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sábado, 23 de março de 2024

Quem foi o primeiro mártir cristão?

 A primeira semente regada com sangue cristão

29 de Abril de 2011 - Reeditado em 23 de março de 2024.

Estevão, o primeiro mártir cristão

Os diáconos trouxeram energia jovial à Igreja primitiva, e Estevão destacou-se entre eles. Era uma alma ardente; transbordava audácia. Este jovem foi o primeiro a entrar na galeria daqueles que deram suas vidas por Jesus Cristo. Ele se tornou um herói modelado pelo cristianismo primitivo, buscando um galardão maior, provando seu amor a Cristo ao sacrificar sua própria vida. Talvez de origem alexandrina(1), Estevão era versado tanto nas filosofias gregas quanto nas tradições hebraicas.

Falava com ousadia, uma virtude que emanava da presença do Espírito de Cristo dentro e sobre ele. Expôs verdades tão desconfortáveis que acabou sendo preso pelos juízes. Estes, aproveitando a ausência de Pilatos, que tinha ido a Roma explicar-se a Calígula por alguns problemas na pequena província romana.

Diante de seus algozes, Estevão demonstrava altruísmo, não se preocupando em salvar sua própria vida. Sua prioridade máxima era amplificar sua fé tão alto que até os mais insensíveis pudessem ouvi-la ecoar em seus corações. Esta é a marca dos mártires: proclamar sua fé com fervor!

Sua pregação era fundamentada nas Escrituras, seu raciocínio penetrante. Não poupou esforços para demonstrar que as Escrituras se cumpriam em Jesus. Mas ao expor a dureza dos corações dos judeus, encerrou seu discurso mostrando a realidade que eles não queriam aceitar: os judeus perseguiram e mataram os profetas, e fizeram o mesmo com o Justo.

Seus ouvintes rangeram os dentes como cães raivosos contra sua vítima. Cercado pelo ódio e descontrole, Estevão permanecia seguro e confiante, não se deixando contaminar pelo ódio ao seu redor. Ele personificava o verdadeiro cristianismo(2). Diante da morte, não clamou por socorro ou livramento, mas manteve os olhos fixos no céu, onde viu seu Senhor e Mestre, a quem imitava, assentado à direita de Deus.

Enquanto o mundo desabava ao seu redor, o verdadeiro cristão olha para o céu. Enquanto todos o perseguiam, Estevão contemplava o céu aberto! E quando a morte chegou, ele viu Jesus assentado em glória!

Todos o condenaram injustamente à morte, mas a própria Vida se levantou do trono para dar as boas-vindas ao primeiro mártir cristão. Enquanto as pedras voavam contra ele, Estevão seguiu o exemplo de seu mestre e clamou pelo perdão de seus executores. Certamente, os mártires causavam mais impacto com suas mortes do que com suas pregações.

Os assassinos de Estevão não poderiam prever que trinta anos depois as profecias de Jesus Cristo se cumpririam, e que seria o sangue deles que seria derramado pelas ruas de Jerusalém. Talvez não imaginassem que Deus cobraria pelo sangue derramado injustamente.

Contudo, ali perto, estava alguém aprovando e guardando as vestes dos assassinos de Estevão, aquele que em breve se tornaria o maior missionário e propagador da mensagem do Caminho da Vida. Saulo de Tarso jamais poderia imaginar que anos depois estaria no lugar de Estevão, recebendo pedradas, afrontas e sendo perseguido por amor à sua fé. Assim também deve agir o verdadeiro cristão, deixando sementes plantadas até o fim de sua vida.

Naquele que é a própria Vida,

Pr. Flávio Alves

¹  É o que se supõe pelo conhecimento que Estevão paraecia possuir de Fílon, que na época estavam em voga na Alexandria, e também por empregar quatro vezes a palavra "sabedoria", muito usadas no meio judaico do Egito, de onde também procede o livro apócrifo de Sabedoria.

² Palavra usada pelos de Antioquia para denominar os cristãos por que eles se pareciam com Jesus Cristo. 

domingo, 24 de maio de 2020

O QUE FAZER QUANDO SOMOS AFRONTADOS

O QUE FAZER QUANDO SOMOS AFRONTADOS

Imagine você habitar numa terra seca, e todo o seu fornecimento de água viesse de um poço que você cavou com muito trabalho. Agora, imagine se seus vizinhos chegassem e contendessem com você dizendo que este poço lhe pertence. O que você faria?
Provavelmente, entraria na Justiça se existisse, ou chamaria a polícia...Mas, isso aconteceu com Isaque, e sabe o que ele fez? Nada. Apenas se retirou daquele lugar e foi para outro.
Embora a perseguição continuasse, ele persistiu, confiando nas promessas de Deus para sua vida. Sua colheita foi extraordinária, seu crescimento espantoso. Porquê? Deus era com ele. "E partiu dali, e cavou outro poço, e não porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Reobote, e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra." Gênesis 26:22.
Existem momentos em nossas vidas que é necessário se calarmos e deixarmos Deus falar em nosso lugar. Confie no Senhor, Ele te fará crescer em meio á perseguição. Na verdade, as afrontas deles só servem para te tirar do lugar estreito para o largo. Servimos a um Deus que reverte as coisas ruins em nosso favor.

Pr. Flávio Alves

quinta-feira, 21 de maio de 2020

É correto usar objetos judaicos no templo evangélico?

É correto usar a Estrela de Davi, o Candelabro, a Arca da Aliança e outros objetos da Velha Aliança?

Minha opinião é:

A Igreja brasileira está adotando práticas judaizantes, e isto não é de hoje. Se for por questão de ornamentação não poderemos questionar a iconoclastia da Igreja Católica. Nós não temos a mesma aliança que os judeus tem com o Senhor Yahweh. Nós somos o Novo Israel de Deus, mas a aliança da Igreja de Cristo (Graça), não pode ser confundida com a aliança dos filhos de Abraão com Deus (Lei). São duas alianças diferentes, ou você está debaixo da Lei ou debaixo da Graça. 

A Igreja de Cristo não precisa de ornamentações israelitas em nosso meio, a não ser em cursos teológicos ou em palestras, onde se explica o simbolismo(tipologia) dos objetos sagrados que aponta para Cristo. Se temos Cristo, porque precisamos da sombra? Se temos Cristo porque precisamos de simbolismos da Velha Aliança! Estamos na Nova Aliança! 

Creio, que a intenção é o que vale, contudo, deve haver ressalva para que não judaizemos a Igreja de Cristo. Algo que o apóstolo Paulo tanto combatia. Minha conclusão é que estes símbolos são desnecessários e desvirtuam o verdadeiro cristianismo!

Afinal, somos pastores e não rabinos. Somos cristãos e não judeus. Não precisamos de circuncisão ou celebrar as festas judaicas. Respeitamos e admiramos, mas em Cristo toda a Lei e todos estes símbolos foram cumpridos. Resta-nos agora as lições para nos ensinar. Não podemos confundir a igreja de Cristo com uma sinagoga. 

Pr. Flávio Alves

sexta-feira, 17 de abril de 2020

O Amor, o tempo e a morte

Texto de 2017.

PENSAMENTOS VAGOS: O tempo, o amor e a morte 

O tempo passa, pessoas mudam, uns vem, outros vão. A vida prossegue, marcas surgem, transformam-se em cicatrizes. Não sangra, a dor permanece. Lembranças incomodam, prendem a respiração, se solta na nostalgia. A vontade renasce, de amar, abraçar, olhar, sorrir... Nas metamorfoses da vida uns se transformam em borboletas, belas e coloridas. Outros em lagartas feias e perigosas. Não podemos decidir quase nada do que acontece conosco. O tempo, o amor e a morte tudo molda com seu toque gélido. Fases que passam. São apenas fases. Eu sou passageiro no trem da vida. Pena que não sabemos em qual estação iremos descer. Mas, viver é preciso. Esperança é o combustível. Dias mais claros, coloridos, divertidos, amorosos virão. O tempo muda, mas nos presenteia todos os dias com vários segundos, minutos, horas. O amor decepciona, mas nos faz sentir, viver, voar. A morte é traiçoeira, mas o medo que temos dela nos faz aproveitar melhor o tempo e o amor. Saibamos viver plenamente. 

Flávio Alves

sábado, 4 de abril de 2020

PODEMOS JEJUAR PELO NOSSO PAÍS?

PODEMOS JEJUAR PELA NOSSA NAÇÃO?

No Antigo Testamento encontramos várias ocasiões em que o jejum "nacional" fora convocado por inúmeras situações. Josafá proclamou um jejum diante de uma ameaça de um grande exército de inimigos (2 Cr 20.3), todos os israelitas no cativeiro babilônico fizeram um jejum diante do risco de extinção com o decreto de Assuero, instigado por Naamã (Ester 4.3). Em Joel 2 há uma coclamação por um jejum nacional acompanhado por choro e arrependimento por parte de uma nação gentia, Jesus falou que certas castas de demônios só saem com jejum e oração(Mc 9.29). 

A Igreja primitiva que é a nação atual eleita de Deus é exortada a orar sempre, sem cessar (I Ts 5.17), e a igreja primitiva também orava e jejuava até para separar anciãos( At 14.23). Portanto, a união do povo de Deus, independente de denominação, para orar e jejuar não é apenas bíblica, mas tb é louvável e agradável. Oremos e reforçarmos a oração com jejuns pelo nosso país. 

Pr. Flávio Alves

sexta-feira, 3 de abril de 2020

O PODER VISÍVEL DO DEUS INVISÍVEL

O PODER VISÍVEL DE UM DEUS INVISÍVEL

Certa vez fui interrogado sobre como Deus trataria as pessoas que nunca ouviram falar no nome dele no juízo final. Um pergunta bastante pertinente. Então parei para meditar, e cheguei a uma conclusão de que existe uma revelação geral de Deus no universo, acessível a todo ser humano. Até mesmo para os mais remotos e isolados do mundo.

Muitos de nós já ouviu falar que existem mais estrelas no céu do que grãos de areia em todas as praias do mundo. O que parece uma hipérbole, na verdade é uma constatação. O cosmos é maior do que podemos observar com o maior e mais potente telescópio do mundo.

Nossos olhos são limitados demais, no entanto, não nos impede de vermos o poder de um Deus invisível. A grandeza de uma estrela, a beleza de uma galáxia, a complexidade de um planeta são exemplos claros do Poder do Criador. O brilho ofuscante do sol, a dimensão hipinotizante do mar, a beleza da singeleza de uma flor, o sorriso puro de uma criança, a sensação do prazer e felicidade ao sentir amor de alguém são coisas que falam alto aos ouvidos mais surdos e incrédulos de qualquer ser humano. Existe um Deus.

Existe um criador. E esta verdade é percebida pela sua criação. Naquele dia de juízo ninguém estará indesculpável diante de Deus, pois como bem disse o apóstolo Paulo: "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;"

Romanos 1:20

Em Cristo,

Pastor Flávio Alves

PORQUE SE PREOCUPAR TANTO

PRA QUE SE PREOCUPAR TANTO?

A preocupação exarcebeda de alguns pelo sustento diário faz muito mais mal do que se pensa. Ansiedade, depressão, crises nervosas, doenças da mente e do coração são alguns males contraídos por aqueles que resumem suas vidas em somente trabalhar, correr e se preocupar. A vida é muito mais do que trabalho e preocupações. O trabalho é digno, mas a ocupar a mente constantemente com contas, bens e busca de coisas materiais definitivamente não é saudável. Cristo nos ensinou: "Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?"

Mateus 6:26

Para que tanta preocupação se Deus tem cuidado de você?

Pr. Flávio Alves

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

SALMOS 42



SALMOS 42 
Uma sede de Deus
Meditações e Reflexões

O livro dos Salmos é chamado no hebraico de "Tehilim" ou "Sophar Tehilim" que significa "Livro dos Louvores". É o hinário do povo de Deus, assim como é a Harpa Cristã para a Assembleia de Deus. É uma coletânea de cinco livros. Ele verbera sobre as mais profundas experiências e necessidades do coração humano de uma forma poética, exercendo atração forte a qualquer leitor. (Leia mais no post anterior Clique ). Os principais tipos de Salmos são os de louvor, júbilo, sabedoria, liturgia, lamentações e cânticos festivos.

O escritor do Salmo 42 não pôde ser identificado, nem a época que ele o escreveu, se antes, durante ou depois do cativeiro babilônico em 586 a.C. Mas, podemos entender que era um levita, que por algum motivo, provavelmente enfermidade, ele estava impossibilitado de subir ao Templo. Este salmo está inserido entre os salmos de lamentações. Ele e o Salmo 43 formavam uma unidade. Por isso o 43 não possui título, assim como o 71. Os versículos 5 e 11 do 42, e o versículo 5 do 43 são iguais porque são as estrofes do hino.

Possui uma estrutura semelhante a dos demais salmos de lamentações: Angústia, Afronta, Clamor, Libertação, Restauração/Livramento, Louvor/Agradecimento. Mas, nem todo salmo de lamentação termina com agradecimentos pelas vitórias, alguns poucos terminam com tom de desespero porque Deus não atende a todas as orações. E a resposta para isso está na Eterna Onisciência divina.

O que podemos afirmar acerca do autor, é que ele não se conforma apenas com uma vida religiosa farta. Para ele não adianta apenas "orar e ler a Bíblia", ele anela por algo mais.

Salmos 42:1: Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!

O cervo é um animal aparentemente dócil. Mas, é um animal veloz. Quando perseguido por algum caçador ou predador, ele procura as correntes das águas. Pois, na água ele encontra renovação para as suas forças. É uma corrida desesperada pela sobrevivência. O salmista fala de correntes de águas e não de poços, porque no verão os poços secam, mas as correntes não. O salmista tem sede de Deus, a sua vida depende dessas correntes de águas. Os poços de águas do mundo não podem renovar nossas forças, somente as correntes de águas que fluem da presença de Elohim podem nos dar forças para vencermos os inimigos. Você suspira pela presença de Deus?

Salmos 42:2:A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
Todo genuíno e sincero cristão sabe que a leitura da Palavra de Deus é fundamental para sua vida espiritual. A oração é um alimento diário, e a santidade é além da prática da Palavra, imprescindível. Contudo, nada substitui a presença imediata de Deus. É dela que emana a vida. Quantos são profundos conhecedores da Bíblia, mas sua vida espiritual está morta? Somente a experiência pessoal com Deus pode matar a sede da alma do ser humano. Não existe outra comparação melhor para a necessidade da presença de Deus para a vida do ser humano do que a sede. A ciência diz que quando sentimos sede é por que já perdemos 5% da água do nosso corpo. Temos mais água do que carne e ossos. Podemos viver dias sem comida, mas, não sem água. Água é vida. O salmista está dizendo para Deus: "Eu não quero vê-lo além do túmulo, eu preciso vê-lo agora!" Estudar a água não mata a sede, assim precisamos de Deus. E não é dos deuses mortos que o mundo adora, é do Deus vivo!

Salmos 42:3: As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?

As lágrimas e as zombarias. As lágrimas mais densas são as de tristeza profunda. O estado daquele homem fazia lhe pintar um quadro de abandono. Parecia que Deus o havia se ocultado dele. Quantas vezes em nossas vidas houve momentos que parecia que Deus estava escondido de nós? O mundo olha para o sofrimento que existe, paras as tragédias que acontecem, para as intempéries da vida e dizem: "Deus está morto", ou simplesmente zombam dizendo: "Onde está o teu Deus?" Quero dizer-lhe que o diretor só costuma se apresentar no final da peça.

Salmos 42:4:Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.

O salmista lembra-se de quando ia com a multidão louvando a Deus. Provavelmente ele era um levita, que dirigia os louvores. Mas, ele não estava se referindo a um ritual de adoração. Um culto externo, de aparências. Ele ia ao Templo para adorar com sua vida, e sua vida era adoração. Quão diferente dos nossos dias, em que nossos cultos se parecem com locais de encontro, clubes, desfiles de moda, ou baile de máscaras. Adoração não é abrir a boca para cantar apenas, é rasgar a alma para chamar a atenção de Deus. Não é demonstração externa de religiosidade, é quebrantamento interno.

O salmista lembra-se de momentos felizes na sua vida. O diabo é especialista em desenterrar o passado triste das pessoas. Pois, ele sabe que os fantasmas das tristes lembranças são os mais terríveis agentes da depressão e da dor. Pare de se lembrar de coisas ruins. Lembre-se de quantas vezes Deus te deu motivos para cantar!

Salmos 42:6: Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.

O estado de amargura ou angústia nos fazem clamar a Deus com gritos de socorro, tal como a criança que chorava no deserto por água. Mas, o anjo apareceu a Hagar e mostrou uma fonte de águas, pois Deus ouviu o choro da criança (Gn 21.37). Não se desespere, Yahweh Roi é aquele que vê e ou ouve o clamor do seu povo. Desde os lugares mais belos e férteis, até os mais inóspitos, ou dos mais profundos vales aos mais altos montes, sempre devemos lembrar de Deus. O Senhor não pode ser esquecido nos momentos felizes, já que sempre é lembrado nos momentos de dor.

Salmos 42.7: Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.

O escritor agora compara a sua vida como uma encosta à beira de um rio, que pela força das suas ondas vai desmoronando e abismos vão se alargando a cada ímpeto de sua força. Ele se sente atacado e combatido por correntes pesadas de águas. Suas forças estão se desmoronando. Ele tenta argumentar com Deus que sua alma está se desmoronando. Ele precisa de socorro e de ajuda. Não podemos economizar palavras ao orarmos. Devemos imitar o salmista ao escancarar os porões de seus sentimentos no altar da oração. Diante dele devemos abrir e escancarar a nossa alma e o nosso ser, nada deve se esconder em nenhum recôndito. Seja sincero em suas orações (Sl 25.1).

Salmos 42.8: O Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.

As infinitas misericórdias de Deus que se renovam a cada manhã são a causa de não sermos consumidos (Lm 3.22). Misericórdia é lançar o coração na miséria do outro e estar pronto em qualquer tempo para aliviar a sua dor. A palavra hebraica para misericórdia é chesed: “é a capacidade de entrar em outra pessoa até que praticamente podemos ver com os seus olhos, pensar com sua mente e sentir com o seu coração. É mais do que sentir piedade por alguém (Barclay, Mateus p. 112). Deus que é riquíssimo em misericórdia (Ef 2.4) penetra até as nossas dores e necessidades, e é por isso que cuida de cada um de nós. Diante da graça manifesta na misericórdia, Ele nos enche de gratidão, e mesmo nas noites com as mais densas trevas podemos orar em forma de canção que "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã..." (Sl 30.5). Confie nas misericórdias de Deus e poderás suportar as noites como Paulo e Silas, orando e cantando hinos de adoração a Deus. Aleluia!!

Salmos 42.9: Direi a Deus, minha rocha: Porque te esqueceste de mim? Porque ando lamentando por causa da opressão do inimigo?

Mas, a dor ainda persiste no salmista, e ele se volta para Deus. Quando leio este versículo, me lembro do nobre José. Este notável jovem que sofreu duros golpes desde o dia que recebeu sonhos que revelavam seu brilhante futuro. No entanto, estava numa cela escura, numa prisão acusado injustamente. Esquecido pelo copeiro de faraó, nos duros anos que passou ali poderia clamar como este salmista: "Porque te esqueceste de mim?" Antes de sermos "lembrados" por Deus é necessário enfrentarmos a solidão insólita nos desertos do esquecimento. Somente aqueles que foram esquecidos é que poderão de fato valorizar a posição e os presentes que Deus lhe concederá. Deus não se esqueceu de você. A preparação de Deus sempre inclui o esquecimento, a solidão, seja na caverna de Adulão ou no ribeiro de Querite, mas contudo, sempre a provisão de Deus estará presente. Até um caco de telha é sinal que Ele não deixa seus filhos desamparados!

Salmos 42.10: Com ferida mortal em meus ossos me afrontam meus inimigos, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?

Quando Herodes matou a Thiago e pretendia fazer o mesmo com Pedro, poderiam perguntar: Onde está o teu Deus? Eu responderia: Preparando os vermes para devorar o orgulhoso rei e provar que toda glória pertence a Ele. Quando Estevão estava sendo apedrejado por raivosos radicais judeus, alguém poderia perguntar: Onde está o teu Deus? Eu responderia: Assentado num alto e sublime trono e se pondo de pé para receber o primeiro herói da sua Igreja. Quando os cristãos eram massacrados e mortos nas arenas romanas, poderiam perguntar: Onde está o teu Deus? Eu responderia: Está implodindo os corações de Roma, e fazendo a cruz vencer a espada para breve fazer até o imperador se curvar diante dela. Enquanto o mundo atual desaba numa decadência moral e espiritual, e a Igreja está sendo mais perseguida dos que nos seus dias primitivos, poderiam perguntar: Onde está o teu Deus? Eu responderia: Está dando ordem ao arcanjo para segurar a trombeta que em breve irá tocar e todos os mortos ouvirão a voz daquele que vive! Aleluia! Enquanto o mundo pergunta: Onde está o teu Deus? A Igreja nunca esteve tão convicta de onde Ele está: Está às portas, prestes a se revelar e todo o olho O verá, com poder e glória, e então diremos: Eis aí está o nosso Deus! Forte, poderoso e tremendo! Aleluia!!!

Salmos 42.5,11: Por que estás abatida, ó minha alma, e porque te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.

Esperar não é fácil, mas é necessário.Tudo o que é bom requer espera. O salmista consegue sair de si imaginariamente e dizer para si próprio estas palavras. Não é um ato de loucura. É reflexão. É muito fácil pronunciarmos palavras boas para os outros. Mas, quando o problema está conosco não produzimos fé suficiente para acreditarmos naquilo que falamos. Deus deseja que você produza uma fé capaz de profetizar, proferir uma palavra de ânimo e esperança para si mesmo em momentos de dor e de angústia. Seja forte e se levante do pó. Não se renda, seja amigo de você mesmo e se reanime, diga para sua própria alma: "Espera mais um pouco! Você ainda vai louvar a Ele pelas vitória que Ele te dará." Seja um profeta de Deus para sua própria vida.

Pr. Flávio Alves



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Os dois caminhos e os dois destinos - Salmo 1º


SALMOS 1

Sobre o livro

Coletânea de cinco livros. O nome deriva do grego: Psalm, e indica um cântico para ser acompanhado com instrumento de cordas, como harpa. E no hebraico: Sophar Tehillim, que significa: Livro dos louvores. É a hinário de Israel e o livro vetero-testamentário mais citado no Novo Testamento. Ele verbera sobre as mais profundas experiências e necessidades do coração humano de uma forma poética, exercendo atração forte a qualquer leitor. Ao contrário do que a maioria dos leitores pensam, os Salmos não foram escritos unicamente por Davi, mas homens como Moisés, os filhos de Coré, entre outros tantos, inclusive anônimos, prefiguram como escritores sagrados. Os principais tipos de Salmos são os de louvor, júbilo, sabedoria, liturgia, imprecações sobre os inimigos, salmos reais, triunfo, e cânticos festivos. O salmos 1º apresenta os dois caminhos e os dois destinos que o homem pode escolher.

Introdução ao Capítulo

O Salmos 1º é mais que uma introdução ao Livro inteiro, começa com a primeira letra do alfabeto hebraico e termina com a última letra, isto para mostrar que Deus é o Alfa e Ômega. Este capítulo é uma placa para quem viaja pela vida, mostrando os perigos e os benefícios de seguir o caminho do justo ou o caminho do ímpio. O destino do homem é traçado na escolha do caminho que ele decidiu para caminhar na vida. Este é um Salmo de sabedoria, e quão bem-aventurados são os que meditam nessas palavras! Deus não deixa o homem sem direção, Ele mostra o fim de cada um dos caminhos que o homem escolher.Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Salmos 32:8

Salmos 1:1: Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

O homem feliz é aquele é justo. E, segundo esta sentença, existem três coisas que o justo não faz:
a.       Não anda segundo o conselho dos ímpios: A Bíblia nos apresenta vários exemplos de como pode ser trágico andar pelo conselho de pessoas ímpias, isto é, não-fiéis. Amon, filho de Davi, seguiu o conselho de seu amigo Jonadabe, e estuprou sua meia-irmã, Tamar, trazendo desgraça e desestruturando totalmente a família de Davi (II Sm 13.1-20); Roboão, sucessor de Salomão, não quis seguir o conselho dos mais velhos, mas pelo dos seus amigos mais novos, e aumentou sobre o povo altos impostos provocando a divisão do Reino em dois, e nunca mais se reuniram (I Rs 12.1-20).
b.      Ele não imita o caminho dos ímpios e nem é companheiro deles: O mundo impõe sobre a Igreja, constantemente, suas formas e estilos de viver totalmente distantes dos padrões morais de Deus. O cristão precisa entender que não seremos jamais Igreja (eklésia) de Cristo imitando os padrões e valores do mundo. Não é o cristão que deve imitar o mundo, mas o mundo que deve ver em nós o modelo a seguir.
c.       Ele não se assenta junto a zombadores: Nenhum homem bom anda em companhia de pessoas más. Ele não anda, não fica, e nem se assenta junto àqueles que abominam a Palavra de Deus, isto é, que são ímpios (infiéis), pecadores e zombadores das coisas de Deus! Ai dos que zombam de Deus e de seu povo, pois as ursas que dilaceraram quarenta e dois rapazes que zombaram de Eliseu, ainda estão à disposição de um Deus que também é juiz! (II Rs 2.24).

Salmos 1:2: Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Os justos não ficam ociosos nos mexericos e fofocas, ou zombarias, pois estão ocupados em meditar na Lei do Senhor. O justo não imita e nem anda na companhia dos ímpios, mas tem prazer em estar na meditação da Palavra de Deus. A palavra meditar denota a leitura em voz baixa, do leitor para consigo mesmo, usando e aplicando o seu intelecto em compreender a Lei do Senhor. E isso para ele não é um fardo, é um prazer. O cristão não vive apenas de experiências sobrenaturais com Deus, mas também de se ocupar em estudar as Escrituras, este para ele, é um trabalho prazeroso. O sucesso de Josué seria apenas a consequência dessa meditação (Js 1.1-9). A meditação é a forma mais eficaz para interiorizar o que se lê, enraizando a Palavra dentro do seu próprio coração através do intelecto. Não basta apenas ler, é necessário refletir nela para encontrar direção, instrução e conselho.

Salmos 1:3: Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
O justo é comparado à uma árvore que está plantada próximo à ribeiros de águas, e estas águas são a Palavra de Deus. É desse ribeiro que se alimenta a árvore e ele o segredo da sua vida e vigor. Enquanto as demais árvores poderão murchar, secar e morrer por estar distante dessas correntes de águas, aquele que se alimenta da Palavra não seca, não murcha e nem morre. Mas, é frutífero, isto é, produz alguma coisa, e por isso é útil. Está cumprindo o seu propósito para a qual foi criada. O justo possui folhas verdes e belas por que está regada pela Palavra de Deus. É firme e suas folhas não caem por qualquer ventania. E, por último, tudo o que faz prospera! Observe que esta prosperidade não é uma prosperidade passiva, onde a pessoa apenas recebe a prosperidade de Deus, é uma parceria onde todo o trabalho do justo é bem sucedido garantido pela própria Palavra de Deus.

Salmos 1:4: Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
Mas, o infiel não possui o mesmo destino. Os ímpios murcham, secam e suas folhas caem levadas pelos ventos. Aqueles que não obedecem à Palavra de Deus possui este destino vazio e inútil. O vento são as adversidades da vida, e que muitas vezes são enviadas por Deus como forma de julgamento. Enquanto o justo resiste firme, o ímpio é levado por ela. O sopro de Deus mostra que as obras dos ímpios são secas e ocas! Nulas, vazias e inúteis! Quem resiste ao hálito do Senhor?

Observo as obras dos homens no mundo, todos tentando mostrar sua grandeza, fama, riqueza e poder. Mas, nada disso se aproveitará. Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Malaquias 4:1

Salmos 1:5: Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justo.
Segundo o Ph.D. R.N. Champlin, o juízo neste versículo não se refere à apenas o juízo além-túmulo. Mas, afirma que tanto física quanto espiritualmente, o final do ímpio é trágico e nefasto. Os ímpios não podem suportar tanto nesta vida quanto na próxima os juízos de Deus. A Bíblia mostra vários exemplos de como os ímpios podem receber os juízos de Deus nesta vida: Hamã, primeiro-ministro do rei Assuero sofreu derrotas após derrotas até ser enforcado na forca que ele mesmo preparou (Es 7.10). Mas, o juízo também será exercido na própria congregação dos justos, lembre-se de Hofni e Finéias, filhos do sacerdote Eli, que tanto fizeram Israel pecar diante de Deus e atraíram a ira de Deus sobre eles (I Sm 4.11). O Senhor não permitirá que os ímpios se escondam por muito tempo no meio dos justos.

Salmos 1:6: Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
Aquele que vê o homem pelo interior antes do exterior, conhece bem o caráter do ser humano. Ele sabe quem são os justos de verdade, e aqueles que fingem que são, mas não são. Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações. (Jr 17:10). A alegria do crente é que Deus conhece sua vida e sua procedência. Ele sabe quem são os seus, mas os ímpios perecerão.

O propósito maior deste Salmo é apresentar os dois destinos que o homem pode ter. Ele exorta ao leitor tomar uma postura. O texto mostra de forma sapiencial o caminho da vida, da prosperidade e da aprovação de Deus. Apresenta o veredito sobre o fim daqueles que são infiéis, vivem na prática do pecado e zombam das coisas de Deus. Exposto tudo isso, resta uma pergunta: Qual caminho você escolherá?


Pr. Flávio Alves


CHAMPLIN, R.N.Comentário O Antigo Testamento,  Editora Hagnos. Vol. 4, 2ª Edição, 2001.
ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano, Editora Mundo Cristão, 2ª Edição, 2010.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Enlaçados pelo maravilhoso amor de Deus

Enlaçados pelo Maravilhoso Amor de Deus
Pr. Flávio Alves – Olinda, 27 de dezembro de 2014.

Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor;
Oséias 11.4

Nos dias atuais a infidelidade conjugal tornou-se comum. Na sociedade brasileira, o adultério deixou de ser crime. Milhões de pessoas sofrem todos os dias na amarga experiência de uma traição ou de um amor não-correspondido. A dor de ser trocado, traído ou abandonado pela pessoa amada tem deixado a vida de muitos mais triste e desesperadora. E sobre este sentimento que fala o livro do profeta Oséias.

O ser humano é um ser sentimental, e foi este sentimento amargo como fel que o profeta Oséias teve que vivenciar. Particularmente, eu sempre desejei pregar sobre este livro tão pouco lido, pouco falado, pouco conhecido. Mas, quando me pus à lê-lo e estuda-lo jamais imaginava o quão belo e profundo é o livro de Oséias. Sem dúvida, se podemos chamar João de “O Apóstolo do Amor”, podemos chamar Oséias de “O Profeta do Amor”, pois ninguém no Antigo Testamento mostrou tanto o palpitar do coração amoroso de Deus pelo seu povo como ele.

O nome Oséias equivale ao nome de Josué e Jesus em hebraico, e significa “Jeová salva”. Mas, esta realidade só viria a se cumprir depois de um duro juízo de Deus sobre o povo de Israel. Na época de Oséias e de Amós, o povo estava dividido em dois reinos, o do norte, chamado Israel, e o do Sul, que se chamava Judá. Enquanto Judá teve vários reis que temeram a Deus e buscaram a verdadeira religião de Yahweh, os reis do Norte sempre foram infiéis e idólatras. Quando Oséias começou a profetizar, Jeroboão II estava trono e havia muita prosperidade, mas quando ele faleceu, o período de prosperidade e riqueza estava terminando. Mas, ao invés do povo voltar-se para o verdadeiro Deus, continuaram adorando a falsos deuses.

As elites israelitas fizeram alianças políticas com o Egito e a Assíria, sua confiança estava nessas nações, mas elas se tornariam depois nos seus maiores opressores. Não se voltaram para Deus, preferiram confiar no homem e nos seus falsos deuses. A vida moral do povo também ia de mal a pior, e o só prevalecia o mentir, o roubar, o adulterar. Não havia verdade, amor, e nem conhecimento de Deus em Israel (Os 4.1). Foi nesse contexto triste e trágico que Deus levanta Oséias, o primeiro profeta da graça e o primeiro evangelista de Israel para falar não apenas aos ouvidos, mas aos olhos do povo.

Enquanto Oséias falava as palavras de Deus ao povo, ele mesmo as vivenciava. As palavras que ecoavam dos lábios do profeta soavam com mais força porque ele mesmo as sentia na sua vida pessoal. Nenhum profeta da Bíblia tem sua vida pessoal tão exposta como Oséias. Deus ordenou ao profeta que se casasse com uma mulher prostituta e adúltera chamada Gômer. Com ela o profeta se casou e a amou, assim como o Senhor amou a Israel. Porém, dentro dela estava um mal que a atraía ao adultério. Mesmo com o amor de seu marido Oséias, ela procurava outros homens.

Com ela Oséias teve Jezreel, para simbolizar o castigo que estava por vir; uma filha chamada Desfavorecida, para simbolizar que Deus não iria mais conceder seu favor ao povo, e um filho, que colocou o nome de Não-meu-povo, pois Israel não era mais povo de Deus, e nem Jeová o seu Deus. Esses nomes estranhos falavam ao povo a mensagem que Oséias recebera de Deus. Israel havia pecado tanto que o castigo estava por vir, mesmo a prosperidade que eles gozavam não significava a aprovação divina. Uma verdade que os adeptos da teologia da prosperidade não podem digerir. Pois, riquezas, dinheiro e prosperidade não são sinais da benção de Deus e nem tampouco da aprovação divina.

É possível alguém prosperar financeiramente e mesmo assim ser condenada ao inferno. Mas, a benção de Deus é diferente, ela não acrescenta dores e nem está nas riquezas, ela está sobre aqueles que fazem a boa e agradável vontade de Deus. É possível ter pouco e ser próspero e ter muito e não ser próspero.

A mensagem de Oséias não foi bem recebida e ele foi hostilizado. Assim acontece com todo verdadeiro profeta de Deus. Somos chamados para confrontar o povo com verdades muitas vezes inconvenientes, mas tão contundentes quanto necessárias. Não somos chamados para agradar as pessoas que vivem em pecados e ainda assim querem ser abençoadas por Deus. Fomos chamados para sermos fiéis à mensagem que mesmo sendo duras e perfurantes, são verdade e vida!

A infidelidade da esposa de Oséias fez com que ela abandonasse sua própria casa e família. Assim o diabo age para destruir, ele divide primeiro, afasta as pessoas daquelas que lhe amam de verdade, assim como aconteceu com o filho pródigo que saiu da casa de seu pai. Ela abandonou Oséias e foi á procura da felicidade possivelmente nas riquezas que algum homem pudesse lhe oferecer. Assim também Israel apostatou da verdadeira fé em Deus e foi em busca de outros deuses.

Imagine o coração do profeta ao sentir que o amor que ele tratava sua esposa não lhe fora suficiente para impedir que ela saísse de casa. Imagine a dor que ele estava sentindo ao ser trocado. Agora imagine a dor que sentia o coração de Deus ao ser trocado por estátuas de barro e pedra! Mesmo recebendo o amor e os cuidados de Deus o povo adorava a outros deuses. O Senhor chega a declarar: “Porque o vosso amor é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa. Os 6.4 b”.

Fazendo um paralelo com a parábola do filho pródigo percebemos que mesmo tendo o amor, a proteção e os cuidados do seu pai, o jovem gastador preferiu o mundo e os seus prazeres. E quantos que deixam a casa de Deus onde há o amor e os cuidados de Deus por nós por um mundo traiçoeiro. Será que o amor de Deus não lhes é suficiente?

O livro ainda afirma que ela foi viver dissolutamente no mundo e acabou como escrava. Assim acontece com todos aqueles que abandonam o amor de Deus pelo mundo. Acabam descobrindo que tudo no mundo é belo e bonito, mas não há amor verdadeiro, só ilusão e escravidão. Quantas lágrimas aquela mulher infiel deve ter chorado! Quanto ela deve ter se lembrado do amor de Oséias, seu verdadeiro marido.
Mas, quando aquela mulher estava no meio dos escravos sendo vendida como um objeto, ninguém a valorizou. Saiu para viver no luxo e acabou no lixo. Estava jogada ao chão e acorrentada, coberta de vergonha e arrependimento. Mas, enquanto poucos davam míseros lances por ela, alguém no meio da multidão gritou: “Eu dou quinze peças de prata!” Quem iria pagar tão caro por uma mulher que valia tão pouco? Quem iria dar tanto por quem não merecia nada? Somente alguém que a amava com amor incondicional. Somente seu verdadeiro marido, o profeta Oséias. Eu imagino ele pagando por ela com tudo o que possuía e a levando nos braços para a sua casa. Imagino ele curando as feridas da sua pele enquanto ela chorava. Imagino ela perguntando a ele: “Porquê? Porquê você faz tudo isso por mim se eu não mereço? ” E ele responde: “Porquê assim como o Senhor ama seu povo Israel com amor incondicional, eu também amo você.” Oh! Maravilhoso amor! Oh grandioso amor é o amor de Deus por nós!

O capítulo 11 de Oséias explica um pouco a natureza desse amor. Primeiro ele mostra que o motivo desse amor não está no próprio Israel, mas no próprio Deus. Deus não nos ama porque somos, merecemos ou fazemos alguma coisa. Na verdade, não há nada em nós digno desse amor. Na verdade, enquanto eu digito essas palavras meu coração estremece, e meus olhos se enchem de lágrimas, por que nenhum de nós possui um amor assim. Ele verdadeiramente nos ama!
Agora podemos entender porque Efésios 3.19 afirma que “o amor de Cristo” excede todo entendimento. João afirmou que nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (I Jo4.19). Paulo em Romanos afirma que “Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Rm 8.8” Jesus pagou as quinze peças de prata para nos resgatar. Ele deu tudo o que tinha para nos trazer de volta para seus braços movido pelo seu amor incondicional.

Segundo, o amor de Deus está na escolha e no chamado de Deus: “Quando Israel era menino, eu o amei; Os 11.1”. Não somos e nem possuímos nada que corresponda ao amor de Deus por nós, mas Ele decidiu nos escolher para amar. Somos alvos do amor soberano de Deus desde a eternidade.
Terceiro, o amor de Deus é o amor que liberta: “... e do Egito chamei o meu filho. Os 11.1”. Deus amou Israel e por isso o libertou da escravidão egípcia, da opressão do inimigo. Ele nos amou e por isso nos libertou da opressão do pecado. Não somos mais escravos, as algemas e grilhões da morte foram despedaçados pelo poder do sangue do cordeiro que desceu pela cruz de Cristo.

Em quarto lugar, o amor incondicional é o amor que protege e cuida: “Todavia, eu ensinei a andar Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinavam que eu os curava. Os 11.3” O Deus que liberta da escravidão é o mesmo que cuida e protege o seu povo pelo deserto. Deus alimentou o seu povo, cuidou de suas roupas e calçados, protegeu dos inimigos e alimentou. Esse é o amor de Deus que cuida do seu povo e provê o que ele precisa.

Em último lugar, o amor de Deus por nós é como laços de amor: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor. Os 11.4”. Deus deseja aproximação, comunhão, vida plena com ele, intimidade. Ele não deseja que ninguém fique á força na sua Casa, mas pelas cordas do seu amor. Devemos estar tão presos a este amor que nada no mundo nos atrairá! Devemos amá-lo tanto porque Ele nos amou que nenhuma oferta que o mundo apresente nos afastará dele. Quero ser amarrado da cabeça aos pés ao amor incondicional de Deus, porque somente Deus nos ama de verdade. Oh! Que maravilhoso é o amor de Deus!

No amor de Cristo,

Pr. Flávio Alves

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Solidão companheira

SOLIDÃO COMPANHEIRA

Irmão me fiz dos chacais, e companheiro dos avestruzes. Jó 30:29


A solidão é a companheira dos aflitos e angustiados. Daqueles que atravessam noites buscando o sono que para longe fugiu. É a melhor amiga dos esquecidos e desamparados, e que traz consigo outras amigas chamada tristeza e depressão. Não são poucos os que gritam por socorro quando se afogam nela. Contudo, ela é a terra fértil mais fértil para se aprender as mais importantes lições que a vida pode ensinar.

Na solidão percebemos quem, de fato, são as pessoas. O diabo roubou os bens, família, dinheiro e saúde de Jó, mas não roubou os amigos. Eles por si mesmos se afastaram na hora que Jó mais necessitava. A solidão daqueles que enfrentam provações mostra a eles, quem são os verdadeiros amigos. Os únicos amigos de Jó que sobraram só fizeram julgá-lo injustamente, e piorar sua situação. Neste momento de adversidade, até sua própria esposa mostrou sua verdadeira face mandando Jó amaldiçoar a Deus (Jó 2.9).

A solidão causa desespero, mas abre-nos os olhos para o verdadeiro amigo: Jesus Cristo. A solidão revela-nos que Jesus Cristo não nos ama como os demais, cujo amor é interesseiro, falso, fingido, superficial. Não possuímos nada que Jesus necessite, mais ainda assim Ele demonstra seu amor. Parece uma contradição, mas, são nos momentos das mais terríveis solidões que descobrimos, após profundas meditações, o valor da nossa amizade com Deus.

Ouça bem: Quando o mundo perder sua cor, a vida perder seu encanto, na gélida noite escura, reflita. Reflexão profunda que dá asas ao espírito para mergulhar nas profundezas da alma humana. Ainda que o fantasma da morte queira surgir nesta viagem ao seu próprio interior, segure na mão do doce Espírito. Veja com clareza cristalina o propósito da tua existência. Pois, coisas assim não se descobre em meio às multidões eufóricas. Somente em momentos de solidão plena o homem consegue escutar a voz da própria alma.

Na solidão o homem pode redescobrir o significado da vida. O que realmente lhe importa. Como na angústia do homem de Nazaré quando orava no Getsêmane, ele se ergueu para encarar o próprio destina traçado na eternidade sem fim. Não recuou. Não desistiu. Foi em frente beber o cálice até o fim. Assim também reage os que passam pela angústia da solidão. Pois, são nos momentos de solidão que se tecem as mais profundas e sinceras orações.

A solidão é a melhor companheira para quem deseja estar mais perto de Deus. Em cima de um monte, dentro de uma caverna, no silêncio de um poço sem água. Não importa qual seja o lugar, contanto que se ouça a voz do Espírito e se mergulhe no oceano do seu próprio ser. Conhecer a si próprio é preciso. Conhecer mais da vontade d'Ele para nossa existência é mais do que necessário.

Em Cristo,

Pastor Flávio Alves

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

EU ACREDITO NO AMOR

EU ACREDITO NO AMOR

O amor entre um homem e uma mulher. Entre macho e fêmea. Que se inicia pela atração de um olhar, que acelera o coração e que prende a respiração. Que torna o mundo mais colorido, e o sol mais brilhante. Que nos faz observar o brilho das estrelas e se inspirar sob a luz de uma lua. Eu acredito no olhar cativante, que parece ler a alma de quem o vê. Acredito no toque suave das mãos escurecendo o mundo ao redor, nos reduzindo à apenas aquela sensação. 

Acredito nos amor que faz suportar os defeitos, e nos encanta com seus efeitos. No sorriso alegre que nos dá felicidade no rosto de alguém apaixonado. Sou cafona, atrasado, coisas do passado. Prefiro ser assim do que reduzir algo tão sublime criado por Deus em apenas atração física e apetite sexual. Prefiro ser assim do que viver com amores passageiros e superficiais. 

O que é o amor, senão o apego aos detalhes dos momentos que passamos ao lado de quem amamos? É estar ansioso para estar perto e sentir o cheiro deste sentimento mais nobre. O que somos se não a evolução da necessidade de se sentirmos amado? Desde o ventre quando a mãe acaricia seu bebê ainda informe, até o momento  que ele se embala aos seus braços. Crescendo em tamanho e em necessidade de sentir amado. Amado pelos pais, amigos e irmãos. Até surgir, não a maior, mais a grande necessidade de se sentir amado por uma só pessoa.

Alguém especial, único, com quem queiramos viver toda a nossa vida ao seu lado. Isto sim é amor. 

O amor é lindo, feliz é quem ama, não há barreiras para deter suas chamas.
O amor é bálsamo na triste lida, o amor é mais, também é paz, o amor é vida.

No Grande e verdadeiro amor, 
O amor de Cristo,

Pr. Flávio Alves

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A MAIS DISPUTADA BATALHA

A MAIS DISPUTADA BATALHA

A última Batalha nos últimos dias está sendo travada na mente das pessoas. O império das trevas percebeu que é na mente das pessoas que se ensaia as ações. Por isso, se utiliza de todos os meios disponíveis para controlar o que pensamos. Através das músicas, programas de TV, propagandas e influências pessoais o príncipe deste mundo

(Jo 14.30), o Diabo, tenta incutir seus valores distorcidos, suas práticas imundas e desejos pecaminosos na mente das pessoas.

O pior é que ele já conseguiu vencer a batalha na mente de muitos crentes. Pois, preferem ouvir músicas mundanas cheias de traições, pecado, lascívia e etc. Quantos de nós ocupamos nossas mentes com coisas que não agradam a Deus? A pornografia tem extinguido a chama da santificação da vida de muitos cristãos. O apelo para que sejamos iguais a eles está por todos os lugares. Na TV, no Rádio, nos Outdors, nos rótulos...

O campo de batalha está nas nossas mentes. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Colossenses 3:2. Somos o que fazemos, fazemos o que pensamos, pensamos no que olhamos. Como poderemos agir de acordo com os preceitos de Deus se passamos tanto tempo pensando nas coisas do mundo? Podemos dizer que não somos do mundo se cantarmos as mesmas músicas profanas que eles? Podemos dizer que somos diferentes se agirmos igual a eles? E vos renoveis no espírito da vossa mente; Efésios 4:23. Purifique sua mente. Purifique seus hábitos. Por este motivo, o apóstolo Paulo nos ensina:

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Filipenses 4:8.

Em Cristo, Flávio Alves

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A Máscara do Carnaval


A MÁSCARA DO CARNAVAL

O mundo prepara-se para esbanjar cores, máscaras e fantasias para encobrir a sua triste realidade. Enquanto pulam atrás de um trio elétrico, tentam esconder seus corações desiludidos e suas vidas fúteis. O governo faz o povo de bobo e eles comemoram nas ruas.

O galo arrastará foliões da mesma forma que as drogas destroem a mocidade brasileira. Mentes vazias, sorrisos no rosto, álcool no sangue, falsa alegria em um mundo cada vez mais longe de Deus e de tudo que é bom e agradável.

Os bonecos de Olinda são mais importantes que nossas ruas esburacadas. O povo imbecilizado subirá as ladeiras como presas fáceis num rebanho eleitoral. Nada muda. A corrupção é a mesma. O povo se engana com o brega, homenageia seu rei morto, enquanto desprezam o único Rei Eterno que está vivo. Frevo? Axé? Samba? Ritmos para embalar as multidões manipuladas por quem realmente manda no Brasil.

Minha simples reflexão não aborda todas as máscaras.
A verdade? A verdade é que os brasileiros passam o ano inteiro usando máscaras, e no carnaval, só fazem trocá-las por uma colorida.

A verdadeira alegria não precisa de máscaras para expressá-la.

Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. 2 Coríntios 3:18

Em Cristo, Pastor Flávio Alves

domingo, 22 de dezembro de 2013

O TITANIC QUE NÃO AFUNDOU


E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
Mateus 24:37

Quando nosso Bom Mestre se referiu a este acontecimento, além de confirmá-lo como algo histórico, ou seja, real, Ele também afirma que os últimos dias acontecerá algo semelhante ao que aconteceu na época de Noé. A história de Noé não é uma fábula, nem é fictícia, foi um acontecimento verdadeiro, e possui muitas verdades que impactam a vida daqueles que param para meditar nelas. E sobre estas verdades que eu gostaria de falar para você agora.

O mundo estava mergulhado na lama do pecado. A mente dos homens era má continuamente aos olhos do Santo Altíssimo. Deus, incomodado, com tanta imundície moral e espiritual decidiu lavar o mundo através de um dilúvio. Mas, antes de destruir a humanidade perdida, “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá. ”Salmos 101:6 Então foi assim que Ele encontrou Noé e sua família: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.” Gênesis 6:8. Assim Deus entregou a Noé as plantas de uma grande embarcação pela qual se salvaria ele e a sua família, como muitos animais. Eu considero esta grande embarcação como o Titanic da antiguidade. Mas, existem muitas diferenças entre este Titanic e o que afundou:

O Titanic foi projetado na terra, a Arca nos céus! 

E todo projeto terreno está sujeito a falhas e defeitos. Não porque o homem não seja capaz de fazer algo “perfeito”, mas porque faz parte da natureza humana a “imperfeição”. A Arca de Noé foi projetada nos céus, por aquele que projetou também o Universo inteiro. Com 137 metros de cumprimento, por 23 de largura e 14 de altura, a Arca possuía as dimensões certas dadas pelo maior de todos os engenheiros navais, pois Ele mesmo havia também criado o próprio mar. O Titanic possuía 269 metros de cumprimento, por 28 de largura e 18 de altura. O maior transatlântico daquela época. Os melhores engenheiros do mundo foram contratados para construí-lo em um estaleiro na Irlanda do Norte. Porém, fora construído para competir. A arca fora construída para salvar.

Um folheto jornalístico da época falou que ele era infundável. Outro comentou que nem o próprio Deus em pessoa poderia afundá-lo. O próprio nome, Titanic, que nos remete à mitologia grega em que os titãs desafiaram os deuses. O navio foi construído para desafiar a natureza e o Deus que a criou. Foi construído na arrogância do homem em querer ser Deus. Quão males trazem sobre si aqueles que desafiam com arrogância o próprio Deus!

Guiado por um experiente piloto e uma excelente tripulação, o Titanic tinha tudo para ser um sucesso. Representava o que havia de mais luxuoso e caro da época. O Titanic era uma epopéia do dinheiro e do glamour de uma época, também da desigualdade social e da discriminação com que eram tratados os passageiros da segunda classe. 

Já a arca de Noé era totalmente diferente

Não tinha piloto nem leme. Flutuava sobre as águas turbulentas das mais terríveis tempestades que se pode enfrentar. Guiado apenas por Deus, dirigido pelo Espírito, não havia diferenças e discriminação naquela embarcação. Os homens estavam com os animais. Convivendo com o mal cheiro e barulho dos animais imundos não havia nada na arca que se assemelhasse ao glamour do Titanic. Apenas madeira e animais apreensivos. Não havia nada de belo, nem uma tripulação experiente, não havia bailes suntuosos e roupas caríssimas, só uma família com muitos animais para cuidar. Porém, havia segurança.

Nos mais belos e ricos lugares que o mundo pode oferecer não há o que encontramos na Arca: Segurança! Por quê? Por que Jeová é o piloto. É Ele quem está no comando! Apenas a graça divina é quem pode salvar uma embarcação no meio de mares revoltosos!

A Igreja é como aquela Arca e o mundo como o transatlântico Titanic

No mundo há riquezas, fama, exibicionismo, glamour, mas tudo isso de nada vai adiantar quando o momento fatal chegar. Mas, na Igreja há mal cheiro, desconforto, trabalho para manter tudo limpo, barulho de animais, porém há segurança, porque ninguém pode afundar o barco que leva o Senhor dos mares e do céu! Quem foi que disse a você que a Igreja é um local bonito e confortável? Quem disse que seria fácil? Mas, a única promessa que temos é que nela há Salvação!

Enquanto o Titanic tinha pressa para quebrar Record e chegar à New York em pouco tempo. A Igreja flutua calmamente na História faz dois mil anos, por que: Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. Isaías 28:16. Estamos certos que vamos chegar ao nosso destino. Os caminhoneiros costumam andar bem lentos em relação aos carros de passeio, mas é nessa lentidão, no passo do gado que eles atravessam o país inteiro.

No Titanic havia várias entradas e janelas

Todos poderiam olhar a paisagem ao redor. Mas, na arca chamada Igreja só há uma porta e uma janela. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. ...se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. João 10:7,9.  Só há uma entrada nesta embarcação para fugir da ira de Deus: Jesus! Não é a denominação, nem a religião, nem os usos e costumes, mas Jesus.
A porta um dia será fechada, assim como a porta da Arca. Por isso Jesus falou: Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. Lucas 13:24. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Mateus 7:14.

No mundo tudo é mais bonito e mais fácil, mas o Senhor da Vida diz: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; Mateus 7:13.

O que me chama a atenção é que na Arca só havia uma janela em cima. Porque em cima? Primeiro, para entrar luz e ventilação. Na Arca há luz e há renovação! E, em segundo lugar, por que não importava olhar para os lados. Pra que você olhar para os lados? Fora da Arca você só verá morte e destruição. Olhe para cima! A visão da igreja não é para o mundo, nem para fora dela, é para cima. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Isaías 45:22. Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2

Se você olhar para os lados vai querer sair da Arca. Olha só para Jesus. Por mais que a Arca não seja um transatlântico nela há Salvação! O Titanic, assim como as embarcações que o mundo oferece, como drogas, sexo dissoluto, diversão irrefreada, e muitas outras estão sentenciadas ao não chegar no destino “felicidade”, vão afundar levando todos à profundeza dos mares infernais.

Estamos no barco verdadeiramente “infundável

A Arca de Cristo ninguém afunda porque nenhum iceberg pega o piloto de surpresa! Quem pode surpreender um Deus que sabe de tudo antes de acontecer?  Enquanto o Titanic repousa no fundo do mar congelado, a Arca repousará no alto do Ararate de Deus, isto é, nas alturas santas, verdadeiro descanso eterno. Haverá descanso seguro para aqueles que confiam em Deus!
O Titanic também representa o homem guiado pelo orgulho, ganância e avareza que sempre afundará surpreendido pelas intempéries da vida, mas Arca representa o homem que confia no Senhor, guiado e dirigido por Ele: humilde, obediente e perseverante!

Em Cristo,

Verdadeira Arca da Salvação,

Sempre, eternamente,

Amém!

Pr. Flávio Alves




terça-feira, 27 de agosto de 2013

Planeta Terra: Um trem bala rumo ao Armagedon

Planeta Terra: Um trem bala rumo ao Armagedon

Menino de treze anos mata a própria família e depois tira a própria vida. Governo sírio mata mais de 1.300 pessoas da sua própria população com armas químicas. EUA, Grã-Bretanha e França se preparam para mais uma guerra. Milhares de pessoas vivem  e trabalham como escravas no capitalismo canibal da China Comunista. Milhões de bebês inocentes são abortados nesses mesmo país. As drogas são uma epidemia universal que fazem as pessoas até apodrecerem ainda vivas. Enquanto o mundo se deteriora cada vez mais, a Igreja, única instituição criada e fundada por Cristo, sofre com os falsos pastores e líderes. 

Quem está atento a estas realidades desperta dentro de si o clamor: "Venha logo Senhor Jesus!"

Eu não vejo com bons olhos a situação global. Já teve dias piores, mas, atualmente, tudo se encaixa para o Armagedon. A ira do Irã e dos países árabes contra Israel, o choro silencioso das um milhão de crianças refugiadas da Síria. A poluição global que descontrola o ecossistema planetário. Tudo se acumula como bola de neve que ruma aceleradamente aos últimos dias.

A humanidade desce o despenhadeiro perigoso e sem fundo. É a vida sem Deus. O mundo não conhece o poder do amor, a força do perdão, o benefício da compaixão. As duas guerras mundiais serviram como estantes para provar o quanto somos criativos para fazer o que é mal. Os governos tem mais interesse em promover a morte do que a vida. As habitantes do planeta Terra só conhecem o ódio e a guerra por que desprezam o Príncipe da Paz.

Desperta da tua inércia, Oh Igreja! Acorda do teu berço esplêndido! Quem tem olhos para ver, que veja: Os nossos líderes estão mais interessados em construir impérios do que salvar vidas! Templo de Salomão pra quê? Se o verdadeiro templo do Espírito, que são os crentes estão apodrecendo  com seus pecados ocultos! Guarda o que tens virgens prudentes, as loucas querem roubar teu azeite. 

O mundo se desmorona e a Igreja que ficar abraçada com ele? 

A conivência com o erro e pecado de muitas lideranças me deixam de cabelo em pé. Os acordos políticos com anticristos na política me causam indignação. O evangelho fácil e mundano me causam náuseas. Se eu estou assim, o que dirá o Espírito Santo?! Está chegando a hora de se cumprir a Palavra: "Então vereis a diferença entre o que serve a Deus e o que não serve." Ml 3.18.

A terra está encharcada de tanto sangue inocente. A moral está falida, a família é o próximo alvo. E você? Como estás diante de Deus? Será que não percebes que o mundo está fadado à ruína? A Nova Ordem Mundial colocará o poder político, religioso e militar nas mãos do anticristo. Nesta hora, onde você estará? Deus te exorta: "Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o Senhor teu Deus!" Am 4.12 A Igreja de Cristo estará na glória celeste, recebendo das mãos furadas do Grande Pastor os seus galardões.

Quando o diretor da peça entra no palco é sinal que a peça terminou.

Estou certo que Cristo não demorará a arrebatar a sua Igreja. O palco já está montado para a trindade do mal: Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta. "Filhinhos, esta é a última hora e, assim como vocês ouviram que o anticristo está vindo..." I Jo 2.18 Creio que neste exato momento, o Arcanjo já está com a trombeta na mão, atento para o segundo final da meia noite de Deus. É a hora do diretor e escritor dessa peça entrar em cena.

Eu vejo Hitler, Mussoline, Stálin, padres, papas, reis, pastores e grandes pregadores tremerem diante do Grande Trono Branco! "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos." Mt 25.41. O mal se levantará na sua última vez. O Rei triunfará definitivamente sobre o mal! Os santos estarão para sempre com o Senhor. A morte não nos causará mais angústia. Até as lágrimas Ele nos enxugará. 


As crianças não mais irão chorar separadas de seus pais. A Terra será transformada num paraíso onde até os leões dormirão com os cordeiros. Não haverá pessoas sucumbindo por um pedaço de pão. As drogas não farão mais vítimas. Os rios não exalarão mais o odor de esgoto. Utopia? Não. Promessa. Feita pelo único que tem poder para cumpri-la. Aleluia! Louvado seja o Senhor Deus para todo o sempre! 

Minha esperança não é de um mundo melhor. É de um mundo perfeito. Governado pelo único que é perfeito: Jesus!

Em Cristo sempre!

Pr. Flávio Alves





quinta-feira, 18 de julho de 2013

Segredos de um chamado contraditório

Segredos de um chamado contraditório

É o tema desta pequena reflexão. Na verdade, a maioria dos chamados de Deus foge a todo padrão ou paradigmas humanos. A começar de Abrão. Como pode alguém querer iniciar uma geração de famílias eleitas a partir de um idoso e sua esposa estéril? Depois, vemos um assassino fugitivo de oitenta anos que é chamado para ser embaixador de Deus ante ao tirano faraó, todo-poderoso no Egito.

Assistimos nas páginas sacras do Livro divino, que depois de muitos anos, novamente Deus surpreende a todos chamando um filho de uma prostituta, expulso de casa pelos próprios irmãos para ser juiz sobre Israel. Sem falar de Gideão, o covarde que se escondia dos midianitas de tanto medo. Foi, entretanto, chamado para liderar um exército de apenas trezentos homens para destruir aqueles que lhe aterrorizavam. Verdadeiramente, os caminhos dele não são os nossos.

Isto me impulsiona a perguntar-lhe: "Porque questionas a Deus pelo teu chamado?" Não sabes, porventura, que Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Isaías 55:8.

Mas, dentre todos os chamados ditos, contraditórios, o Espírito da sabedoria me apresenta um em especial. Trata-se daquele menino que surpreendeu não somente a Israel, mas principalmente os filisteus. O chamado de Davi é um desses chamados contraditórios, pois tudo nele foge do que os homens, em sua comum imaginação estabeleceria.

Contudo, antes de adentrarmos nessas características peculiares do jovem Davi, chamo-lhe a atenção para os precedentes de Davi. Sua vida pregressa antes da fama e do sucesso. Pois, seu chamado começa no anonimato, nas partes ocultas ao olhar da multidão, no cotidiano em que se evidencia o seu caráter e virtudes.

O chamado de um homem de Deus começa no anonimato

Não é no palco em meio aos aplausos, nem nos púlpitos das maiores igrejas. É longe dos olhos das pessoas. Contudo, perto do olhar de Deus. Aqueles que já nascem como estrelas, na maioria das vezes, carregam em si o código genético do orgulho e vaidade que os levará para longe de Deus. Mas, as maiores ferramentas do Senhor foram forjadas no deserto da provação. Foi o que aconteceu com Davi.

Quando ele foi levado a Saul para responder sobre sua oferta em enfrentar Golias, ele apresentou seu "curriculum vitae":

Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e quando vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho,
Eu saia após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; e, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria e o matava.
Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo.
1 Samuel 17:34-36

A faculdade deste jovem foi matar o leão e o urso que ameaça devorar as ovelhas do seu pai. Vejo propensos pregadores almejando o sucesso, que para eles é vender dvd's e viajar o mundo se hospedando nos melhores hotéis. Davi era um jovem diferente. Deus chama os que já estão ocupados com as ovelhas, cuidando, protegendo-as. Arriscando a própria vida. Antes do mundo te conhecer, precisas primeiro matar teus leões e ursos!

Quando Davi visualizou aquele gigante, lembrou-se do que fez na relva. Sua experiência forneceu-lhe a fé e a coragem necessária para aceitar o desafio. Quem tem experiência com Deus na vida jamais teme qualquer desafio, pois suas vitórias do passado lhe mostram que maior é o seu Deus!

Ninguém o conhecia. Mas, quando Saul ouviu isto, investiu-lhe um voto de credibilidade. Quando ninguém acreditou nele, por causa da sua história, recebeu uma oportunidade. Tua história com Deus tem um valor inestimável, pois ela será como uma chave abrindo portas de novas oportunidades.

Fazendo o que os outros não queriam fazer: chegou a hora do mundo reconhecer teu chamado!

Israel parecia um menino medroso se escondendo na barra da orla do rei Saul, que por sua vez estava tremendo de medo do guerreiro de 2,95 metros de altura. Na ausência do Espírito Santo abunda incertezas, na incerteza nasce o medo. Mas, este não era o caso de Davi. Dotado de uma fé viva lhe transbordava a confiança nascida da certeza de quem tem Deus na vida. Chegou a hora de sair do anonimato, fazendo o que ninguém se dispunha a fazer.

Um homem chamado por Deus reconhece as batalhas do Senhor

Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?1 Samuel 17:26

Davi percebeu que aquela batalha não era entre Israel e Golias, e sim entre Deus e Golias. Deus precisava apenas de um canal. Os verdadeiros servos de Yahweh reconhecem a necessidade e se dispõem a serem usados por Ele. Há uma necessidade: "Quem Deus vai usar?" Davi reconheceu esta verdade.

Será que você está reconhecendo as verdadeiras necessidades no Reino de Deus? Ou tens te preocupado somente com as tuas? Vejo crentes correndo de um lado para o outro, ansiosos pela vida, preocupados com o hão de vestir ou comer. " E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis. Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que as vestes." Lucas 12:22-23

Os chamados por Deus percebem as necessidades mais importantes: "Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8 Os mais espirituais se preocupam com as coisas espirituais. Sua mente se deleita em meditar nas coisas divinas.Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Colossenses 3:2 

Davi não se destacou por ser bonito, nem forte, nem corajoso apenas. Mas, porque guerreava as guerras do Senhor (I Sm 25.28). Quando todos desprezaram Davi, ele mostrou que sua diferença não estava na força, nem nas suas próprias capacidades, e sim na sua fé capaz de vencer gigantes. Queres que os outros te respeitem? Faça o que a maioria não quer fazer, derrube os gigantes e eles passarão a te respeitar.

O menino anônimo que entregava lanches ficou famoso. O caçula da família tornou-se rei. O desprezado pastor de ovelhas foi reconhecido como um guerreiro do Senhor! Assim acontecerá contigo. As mãos que hoje te empurram para trás, terão que te aplaudir de pé. Deus te chamou, e a queda do gigante obrigará a todos te reconhecerem o chamado.

Chamados por Deus não são reconhecidos pelo que os outros acham. Mas, pelo que Deus faz através deles!

Grato ao Senhor!

Pr. Flávio Alves