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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Não desprezes o dom que há em Ti


Não desprezes o dom que há em ti
(I Timóteo 4:14)




Ser um ministro do evangelho não é fácil. Ainda mais quando se é jovem e está começando agora. Mas, alegro-me quando leio as cartas de Paulo á Timóteo. Pois, vejo neste jovem pastor um exemplo, não somente para sua época, mas para todos quantos receberam de Deus uma incumbência na sua Obra. Como também, os conselhos do Apóstolo não servem apenas para Timóteo, mas para cada um de nós. Contudo, mesmo sendo gratos e honrados por ser chamado á uma tão Grande Obra, ás vezes nos achamos incapacitados.


Não foi diferente com os profetas, como no caso de Moisés que alegou ser pesado de língua, ou no de Jeremias afirmando ser uma criança e não saber falar. Não foi diferente no caso de Gideão, de Isaías... Sempre nos achamos pequenos demais para um propósito tão grande. Deus é Grande, Tremendo e Poderoso, mas mesmo diante disso somos cegados pelas nossas próprias incapacidades e imperfeições, ao ponto de sermos paralisados pelas circunstâncias.


Tenha convicção do chamado de Deus para sua vida


Quem te chamou para pregar, cantar ou fazer o serviço da Casa de Deus? Foi o homem, que é pequeno, fraco e imperfeito? Ou foi Aquele que é Grande, Forte e perfeito? Hoje em dia pode-se comprar ordenação pastoral e credenciais pela internet. Muitos desejam ornamentar o nome de “pastor”, “missionário”, “conferencista” e até títulos novos para aumentar ainda mais a hierarquia religiosa para galgar altas posições, prestígio e exaltação. Não sou contra os títulos de “bispo”, “apóstolo” ou qualquer outro. Sou contra aqueles que usam tais títulos com o propósito de se autopromover, diferenciar-se dos demais ministros evangélicos por se achar superior ou melhor do que os demais.


“NAQUELA mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.” (Mateus 18.1-4)

Mas, enquanto não chegarmos no céu, iremos ver cada dia mais homens lutando para ser o maior ou o melhor. Ou pelo menos, o que se veste melhor. Ser ministro, pregador ou até um simples obreiro não é para aqueles que simplesmente querem, mas para aqueles que são chamados por Deus. É Deus que chama, capacita, comissiona, envia. Os homens apenas reconhecem aqueles a quem Deus já consagrou.


Se tu sentes a chama do amor pelas almas queimar no teu coração, ou queres ver o progresso do Reino de Deus e não de bispos, homens ou pastores neste mundo. Se desejas fazer algo para agradar o teu mestre e Senhor e não para ser aplaudido ou reconhecido pelos homens. Se pensas na Obra como Reino e não como tribo. Se não te conformas em ficar parado enquanto milhares descem á sepultura com o destino incerto, então estou autorizado a dizer-te: “Deus te chamou para fazer uma grande Obra!”


"Tenta fazer grandes coisas para Deus e espera grandes coisas de Deus". - Guilherme Carey
Deus te chama para sua Obra, Deus conta com você...
continua...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Mar Vermelho


O MAR VERMELHO

Uma Situação sem Saída

"Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas, esses vêem as obras do Senhor e as suas maravilhas no profundo" (SI 107:23-24).

Quão verdadeiras são estas palavras! E contudo como os nossos corações covardes têm horror a essas "grandes águas"! Preferimos os fundos baixos, e, por consequência, deixamos de ver "as obras" e "as maravilhas" do nosso Deus; pois estas só podem ser vistas e conhecidas "no profundo".

É nos dias de provação e dificuldades que a alma experimenta alguma coisa da bem-aventurança profunda e incontável de poder confiar em Deus. Se tudo fosse sempre fácil nunca se poderia fazer esta experiência. Não é quando o barco desliza suavemente à superfície do lago tranquilo que a realidade da presença do Mestre é sentida; mas sim, quando ruge o temporal e as ondas varrem a embarcação. O Senhor não nos oferece a perspectiva de isenção de provações e tribulações; pelo contrário, diz-nos que teremos tanto umas como as outras; porém, promete estar conosco sempre; e isto é muito melhor que vermo-nos livres de todo o perigo. A compaixão do Seu coração conosco é muito mais agradável do que o poder da Sua mão por nós. A presença do Senhor com os Seus servos fiéis, enquanto passavam pelo forno de fogo ardente, foi muito melhor do que a manifestação do Seu poder para os preservar dele (Dn 3). Desejamos com frequência ser autorizados a avançar na nossa carreira sem provações, mas isto acarretaria grave prejuízo. A presença do Senhor nunca é tão agradável como nos momentos de maior dificuldade.

Assim aconteceu no caso de Israel, como vemos neste capítulo. Encontram-se numa dificuldade esmagadora—foram chamados a mercadejar "mas grandes águas"; vêem esvair-se-lhes "toda a sua sabedoria" (Sl 107:27). Faraó, arrependido de os haver deixado sair do seu país, decide fazer um esforço desesperado para os trazer de novo. "E aprontou o seu carro e tomou consigo o seu povo; e tomou seiscentos carros escolhidos, e todos os carros do Egito, e os capitães sobre eles todos... E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel chamaram ao Senhor" (versículos 6-10). Aqui estava uma cena no meio da qual o esforço humano era inútil. Tentar livrarem-se por qualquer coisa que pudessem fazer, era a mesma coisa que se tentassem fazer retroceder as ondas alterosas do oceano com uma palha. O mar estava diante deles, o exército de Faraó por detrás, e de ambos os lados estavam as montanhas; e tudo isto, note-se, havia sido permitido e ordenado por Deus. O Senhor havia escolhido o terreno para acamparem "diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal -Zefom". Depois, permitiu que faraó os alcançasse. E por quê1?- Precisamente para Se manifestar na salvação do Seu povo e na completa destruição dos seus inimigos. "Aquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade é para sempre. E fez passar Israel pelo meio dele; porque a sua benignidade é para sempre. Mas derribou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade é para sempre" (SI 136:13-15).

O Propósito de Deus

Não existe sequer uma posição em toda a peregrinação dos remidos de Deus cujos limites não hajam sido cuidadosamente traçados pela mão da sabedoria infalível e o amor infinito. O alcance e a influência peculiar de cada posição são calculados com cuidado. Os Pi-Hairotes e os Migdoles estão dispostos de maneira a estarem em relação com a condição moral daqueles que Deus está conduzin­do através dos caminhos sinuosos e dos labirintos do deserto, e também para que manifestem o Seu próprio caráter. A incredulidade sugere com frequência esta pergunta: "Porque é isto assim £ Deus sabe; e, sem dúvida, revelará a razão, sempre que essa revelação promova a Sua glória e o bem do Seu povo. Quantas vezes somos tentados a perguntar porque e com que fim nos achamos nesta ou naquela circunstância! Quantas vezes ficamos perplexos quanto à razão de nos vermos expostos a esta ou àquela prova! Quão melhor seria curvarmos as nossas cabeças em humilde submissão, dizendo, "está bem", e"tudo acabará bem"! Quanto à Deus Quem determina a nossa posição, podemos estar certos que é uma posição sensata e salutar; e até mesmo quando nós, louca e obstinadamente, escolhe­mos uma posição, o Senhor, em Sua misericórdia, domina a nossa loucura e faz com que as influências das circunstâncias da nossa própria escolha operem para nosso bem espiritual.

É quando os filhos de Deus se encontram nos maiores apertos e dificuldades que têm o privilégio de ver as mais preciosas manifes­tações do caráter e da atividade de Deus; e é por esta razão que Ele os coloca fraquetemente numa situação de prova, a fim de poder mostrar-Se de um modo mais notável. O Senhor podia ter condu­zido Israel através do Mar Vermelho para muito além do alcance das hostes de Faraó, muito antes que este houvesse saído do Egito, porém isto não teria glorificado inteiramente o Seu nome, nem teria confundido de uma maneira tão completa o inimigo, sobre o qual queria ser "glorificado" (versículo 17). Também nós perdemos muitas vezes de vista esta preciosa verdade, e o resultado é que os nossos corações fraquejam na horta da provação. Se tão somente pudéssemos encarar as crises graves como uma oportunidade de Deus pode mostrar, em nosso favor, a suficiência da graça divina, as nossas almas conservariam o seu equilíbrio, e Deus seria glorifi­cado, até mesmo no profundo das águas.

Trecho: Mackintoch-Comentários do Êxodo