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domingo, 9 de fevereiro de 2025

TRÊS CRUZES, TRÊS DESTINOS!

 

TRÊS CRUZES, TRÊS DESTINOS!

"E foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda." 
Mateus 27. 38

INTRODUÇÃO

    No último momento da vida humana, ante ao último suspiro, a maioria dos homens tendem a revelar o que há no seu íntimo. No dia mais importante da história da humanidade, o dia da crucificação de Jesus Cristo, nosso Salvador, podemos ver ali a revelação do que havia no interior mais profundo dos três homens que foram pendurados naquela cruz. Ali podemos perceber um homem que morreu pelos pecados, outro que morreu em seus pecados e outro que morreu para os seus pecados.

A Cruz do Salvador

Cristo Morreu por nossos pecados

    1. A cruz da remissão

    Na cruz do meio estava concentrada toda a atenção da multidão que assistia a crucificação, pois nela estava Jesus de Nazaré. E nela Jesus derramou o seu sangue do homem mais puro e justo que já pisou neste mundo. Mas, além disso este sangue era a remissão de todos os nossos pecados. Como está escrito: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus 9:22).

2. A cruz que revela a justiça de Deus

     Jesus morreu na cruz para satisfazer a justiça de Deus sobre os nossos pecado. O nosso pecado estava sobre aquela cruz como cumprimento da profecia messiânica:  "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” (Isaías 53. 5,6). 

3. A cruz que revela o verdadeiro amor

     Deus enviou o seu Filho ao mundo movido pelo seu imensurável amor. Nem nos ceús ou na terra existe algo comparável a este amor, e Cristo tendo o poder de sair daquela cruz não o fez, porque estava decidido morrer para salvar a todos nós da condenação eterna: Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (João 15.3).

                                      A Cruz da Perdição

O homem que morreu em seus pecados

1. A cruz da dúvida


    Vivemos em um mundo que exige provas da existência de Deus. Muitos querem ver para crer, querem desafiar a Deus e o seu poder. Quantos estão esperando um sinal de Deus para poderem segui-lo, outros se dizem ateus porque não conseguem compreender o incompreensível e preferem acreditar que toda a existência é obra do acaso. Assim estava aquele homem ao lado de Jesus dizendo:“E um dos malfeitores que estavam perdurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.” (Lucas 23:39).

2. A cruz sem sofrimento


    Muitas pessoas procuram uma religião que lhes prometa felicidades eternas, prosperidade e riquezas terrenas. Procuram um evangelho de facilidades e acima de tudo, sem uma cruz. Quando o ladrão disse: "salva-te a ti mesmo, e a nós" exprime a sua natureza imediatista: Eu quero um Cristo que me salve do sofrimento momentâneo, alguém que me tire desse apuros e dessa dor horrível. O ladrão queria ser salvo das consequências dos seus pecados e não dos seus pecados.


3. A cruz da obstinação


    É evidente que o coração daquele homem estava tão endurecido que nem a dor da crucificação o havia quebrantado. Ele estava com o coração tão obstinado que nem assistindo o Filho de Deus morrendo diante dos seus olhos foi suficiente para convencê-lo ao arrependimento. Jeová chamou a casa de Israel de obstinada por que não queria dar ouvidos à sua Palavra: "Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração." (Ezequiel 3:7).

Você ficará com o coração endurecido diante do que Deus está falando com você? Se volte para Deus e Ele é grandioso em lhe perdoar.

                                      A Cruz da Salvação

O homem que morreu para os seus pecados

1. A cruz do reconhecimento


    Do lado oposto ao ladrão obstinado respondia o outro ladrão: “Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo; Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?” (Lucas 23:40). Ambos eram malfeitores, mas este último reconhecia que estava ali por falta de temor a Deus. O primeiro passo para o caminho da salvação é reconhecer que o pecado traz consequências terríveis ao pecador. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6:23).

2. A cruz da confissão


    O ladrão arrependido ainda confessou os seus pecados: “E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.” (Lucas 23:41). Só recebe a cura quem reconhece que está doente. Este homem reconheceu que estava pregado naquela cruz em consequências dos seus erros, mas ao contrário do primeiro, ele não pediu para Jesus livrá-lo da consquência terrena dos seus erros que era a cruz, mas da consequência eterna dos seus pecados que era o inferno. 

3. A cruz da salvação


    Observe o que este homem disse: "E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino." (Lucas 23:42). Quero destacar três verdades contidas neste texto:

1ª O ladrão disse: Senhor...

    Só existe salvação reconhecendo Jesus como Senhor! "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido." (Romanos 10.9-11).

2ª O ladrão disse: Lembra-te de mim...

    Este homem não queria uma salvação provisória daquele sofrimento temporário, ele queria uma salvação eterna. Ele compreendeu que o poder de Jesus em salvar não se limitava ao mundo terreno, mas transcedia a matéria física, pois era espiritual. Quantos querem hoje que Deus os livre de um problema, de uma doença, de uma dificuldade da vida, mas não pediram ainda a salvação de sua alma. De que adiante salvar-se de uma doença ou problema terreno e perder a sua alma depois?

3ª O ladrão continuou: Quando entrares no teu reino...

    A multidão olhava pra Jesus e via um profeta sendo morto, os sacerdotes olhavam uma ameaça sendo silenciada, os romanos viam um revolucionário sendo calado, mas quando este ladrão olhou para Jesus crucificado viu ali o Rei dos reis, o Senhor dos céus prestes a entrar no seu Reino que estava muito além do poder dos romanos e da visão dos corruptos sacerdotes! Eu lhe pergunto agora, quando olhas para Cristo a quem você vê? O que queres do Senhor? 

TRÊS CRUZES, TRÊS DESTINOS


    Diante do calvário eu vejo a Cruz do Salvador, onde Jesus morreu pelos nossos pecados e depois entrou no seu Reino e sentou-se à direita de Deus. Eu vejo a cruz da perdição, onde o ladrão que morreu em seus pecados rejeitou a graça de Deus e seu destino foi a perdição eterna. E, eu vejo a cruz da salvação, onde o ladrão arrependido morreu para os seus pecados quando confessou Jesus como seu Senhor e foi para seio de Abraão. Diante da cruz qual postura você terá: Vai rejeitar ou confessar?

Pr. Flávio Alves

quinta-feira, 28 de março de 2024

Sou eu quem faço!

 DEUS CONTINUA SENDO DEUS!

 

   Um português expressou a sua incredulidade para mim dizendo: "Deus está morto". O meu Deus não morre, porque Ele mesmo é a vida. É Ele quem dá vida para quem está morto. Porventura não foi Ele quem disse para o filho da viúva de Naim, que estava morto, sendo levado para o cemitério: "Levanta-te"? Imediatamente o morto ressuscitou e todos glorificaram a Deus? É Ele quem faz todas estas coisas.

    Ele traz à luz as coisas que estão encobertas, anunciando as coisas que não existem como se já existissem. Sim, é Ele quem faz isto. O Deus vivo de Abraão, Isaque e Jacó. Deus que faz milagres. Que glorifica o seu nome mesmo na ira dos nossos inimigos. Quando eles se levantam contra nós, e arquitetam planos às escuras para nos destruir, o Deus que não dorme, nem tosqueneja está atento e faz com aquele que abriu a cova caia na cova que ele mesmo abriu! Não foi assim que Ele fez na Pérsia com Mardoqueu?

    Porque então estás a temer a fúria dos homens e o terror do nossos inimigos se nem todos eles juntos nada podem ante a mão do Todo-Poderoso? É Ele quem fere e sara todas as nossas feridas! Ele é o mesmo que quebra o arco, corta a lança e queima os carros no fogo. E ainda diz para os exércitos do mal: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". Este Deus é Grande. Vale a pena servi-lo e adorá-lo. Não desista, não entregue as suas armas, não volte atrás, e não duvide do seu poder! Porque para Deus, nada é impossível!

Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão. 

Deuteronômio 32:39

Em Cristo,
Pr. Flávio Alves

domingo, 4 de abril de 2021

ELE ESTÁ VIVO

Ele está vivo!

  


     A ressurreição de Cristo é a pedra fundamental da arquitetura de Deus, é o coroamento do sistema bíblico, o milagre dos milagres. A ressurreição salva do escárnio a crucificação e imprime à cruz glória indizível.[1]

“Vimos o Senhor”, esta foi a expressão alegre que os discípulos falaram a Tomé no domingo de páscoa após terem visto Jesus ressuscitado. Mas, como pode um homem que foi traspassado por uma lança, teve suas mãos e pés perfurados, sofreu flagelos inimagináveis e dor imensurável, comprovadamente morto, voltar a viver depois de três dias? Tomé, homem apegado à matéria, ao mundo palpável, ao que somente pode ser provado e experimentado disse: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” João 20:25. Ele queria provas.

            O mundo que vivemos está cada vez mais incrédulo. Os charlatões, os falsos milagreiros, os hipócritas amantes do dinheiro são os maiores culpados dos homens estarem cada vez mais céticos em relação ao sobrenatural. Mas, estes não são os únicos motivos. A humanidade se distancia cada vez mais de Deus, e a incredulidade é confortável para encobrir suas vidas pecaminosas e reprováveis (II Tm 3.1). É o curso natural de uma humanidade decadente moral e espiritualmente. Contudo, resta-nos uma pergunta: “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” Lucas 18:8.

            A resposta é que ainda há um povo que crê num Jesus que venceu a morte e continua vivo. A nossa fé está fundamentada na ressurreição de Cristo. Crermos que Jesus ressuscitou é imprescindível para a nossa salvação: “... e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Romanos 10:9. Esta doutrina é tão importante para nossas vidas que desejo trazer-lhes aqui alguns dos principais motivos pelos quais podemos explicar porque e para que Jesus ressuscitou.

É pedra fundamental de toda a nossa fé

Em I Co 15.12-19, o apóstolo Paulo explica que se Cristo não ressuscitou: 

a) A pregação apostólica é nula (v.14). Isto é, não há sentido, propósito ou significado pregar sobre alguém que está morto. Os apóstolos deram as suas vidas pregando sobre alguém que estava morto, e mais, perderam família, bens, status e poder para dedicarem suas vidas à pregação de algo sem fundamentos ou sentido. Qual a razão para defender um falso messias? Não seria mais confortável esquecê-lo do que serem perseguidos até os confins da terra por um falso profeta?

b) A fé dos crentes é vã (v.14). De fato, qual o sentido de renunciar tudo por uma mentira? Qual o sentido teria as palavras de Jesus: “quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mateus 16:25). Ou mesmo “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (João 11:25). Toda a nossa fé nas palavras de Jesus seriam tolas e perderiam o efeito.

c) Os apóstolos morreram como falsas testemunhas (v.15). Acredito que alguém seja capaz de morrer defendendo uma mentira. Mas, afirmar que todos os discípulos de Jesus resistiram à tortura, açoites, fome, frio, e deram a própria vida para defender uma mentira é impensável. Os discípulos sabiam dos perigos de se pregar em público uma declaração como esta. Mas, mesmo o sinédrio judaico, que era a cúpula e aristocracia de Jerusalém ordenando expressamente que não podiam mais falar no nome de Jesus, eles responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:29).

Somente uma experiência muito real e verdadeira poderia converter um grupo covarde de seguidores, escondidos com medo da perseguição, com pouca cultura, decepcionados e frustrados, com o coração quebrado e a moral despedaçada em verdadeiros arautos da ressurreição. Dispostos a suportar os mais terríveis açoites e formas de serem mortos: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” (Atos 4:20). Eles eram testemunhas do maior milagre do mundo e não podiam ficar calados. Aleluia, porque eles tiveram a coragem de falar aos quatro cantos da terra que Jesus ressuscitou e está hoje vivo, assentado à direita de Deus Pai (Mc 16.19).

Dr. William Barclay afirma que a ressurreição de Jesus é a prova contundente de que a verdade é mais forte do que a mentira. Mataram Jesus porque queriam calar a verdade, mas, quando Ele ressuscitou hasteou a bandeira da verdade sobre o império da mentira. A luz de Cristo raiou naquela manhã para dissipar toda mentira e engano para sempre. Nenhuma fraude poderia subsistir por dois mil anos, e poderia ser propagada ou defendida até à morte por tantos homens em tantas épocas, culturas e nacionalidades. “Pode-se afirmar, sem a mínima hesitação, que a ressurreição de Cristo é o fato mais bem comprovado da história.” [2]

d) Nós ainda permanecemos em nossos pecados (v. 17). Se Jesus não tivesse ressuscitado dos mortos todos nós ainda estaríamos sob o jugo infeliz do pecado. Estaríamos condenados à morte eterna (Rm 6.23). O brado de Jesus na cruz: “está consumado” não teria efeito.

e) Os que dormiram em Cristo pereceram (v.18). Se não houvesse a ressurreição de Cristo todos os que morreram crendo n’Ele teriam morrido em vão. Estariam condenados à terem seus corpos apodrecendo no silêncio do sepulcro por toda a Eternidade. A ressurreição de Lázaro teria sido em vão, pois foi ressuscitado para morrer novamente. Enquanto, o nosso Cristo e Salvador morreu para ressuscitar e provar ao mundo que todos os que crêem n’Ele não crêem numa mentira, mas que também ressuscitarão assim como Ele ressuscitou. “Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.” (1 Co 6:14)

f) E, por último, se Cristo não ressuscitou, os cristãos são os mais infelizes dos homens (v.19)[3] porque nossa salvação se limitaria apenas à nossa breve passagem pelo palco da vida. Isto é, a salvação seria apenas para enquanto estamos vivos. A morte significaria o fim de tudo, o vazio existencial e uma nulidade do propósito da nossa existência. Seríamos apenas como os animais que nascem, reproduzem e morrem. Não há um depois, nem amanhã. Mas, louvado seja o nosso Deus, porque graças a Cristo que venceu a morte temos a garantia que a morte não é uma parede, mas uma porta. Temos a certeza que nossa vida se estende além túmulo, que as nossas sepulturas não irão nos deter, e assim como a pedra foi removida do sepulcro de Cristo, assim também as sepulturas dos salvos serão abertas e “e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 1 Tessalonicenses 4:16,17.

Em suma, a ressurreição de Jesus é a prova de que a mentira não pode sufocar a verdade, de que o mal não pode vencer o bem, de que o amor é mais forte do que o ódio e de que a morte não é mais forte do que a vida.[4] Se Jesus não tivesse saído daquela sepultura a morte teria vencido. Mas, enquanto alguns tem corpos de santos envoltos em redomas de vidro para serem cultuados, ou sepulturas com homenagens aos mortos, nós, cristãos, temos uma sepultura vazia para mostrar ao mundo que embora a sepultura esteja vazia, o Trono está ocupado.

 Para todos os fundadores das maiores religiões do mundo podemos citar o brilhante escritor nordestino Ariano Suassuna: “Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.[5] De fato, para todo ser vivo, a morte é a mais temida e odiada inimiga de quem ninguém pode escapar. Mas, diante do sepulcro vazio de Jerusalém, todos os que crêem em Jesus Cristo temos a ousadia de tomar as palavras do profeta Oséias, parafraseadas pelo Apóstolo Paulo, para indagar à morte: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” 1 Co 15:55.

 Tomé precisava de uma prova para crer na ressurreição de Jesus. Por isso, Jesus apareceu para ele e disse uma das frases mais contundentes e maravilhosas da História que repercute até os nossos corações nos dias de hoje: “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” Jo 20:29.

 Em Cristo,

Pr. Flávio Alves



[1] OLIVEIRA, Marcelo de. Mensagens que transformam. São Paulo, Ed. 2009. Edição do autor. Pág. 93.

[2] CHAMPLIN, Russel Norman. O Antigo Testamento Interpretado: Versículo por versículo. Volume 7, dicionário, M-Z. 2ª Ed, São Paulo, Hagnos, 2001. Pág. 5163.

[3] THIESSEN, Henry Clarence. Palestras Introdutória à Teologia Sistemática.  Imprensa Batista Regular do Brasil, São Paulo, 2001. Pág. 238.

[4] OLIVEIRA, Pág. 95.

[5] SUASSUNA, Ariano. O Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Livraria AGIR Editora. 1975.

terça-feira, 26 de maio de 2020

A VERDADE QUE O MUNDO NÃO QUER OUVIR: JESUS CRISTO ESTÁ VOLTANDO!


A VERDADE QUE O MUNDO NÃO QUER OUVIR: JESUS CRISTO ESTÁ VOLTANDO!

Jesus Cristo vai voltar! Esta é a mensagem que ecoa mais forte quando olhamos para este mundo conturbado e sem solução. Não há dúvidas, estamos já na última hora do relógio de Deus: Filhinhos, esta é a última hora; e, assim como vocês ouviram que o anticristo está vindo, já agora muitos anticristos têm surgido. Por isso sabemos que esta é a última hora. 1 João 2:18. O mundo, os homens, a natureza e toda a criação já deram todos os sinais possíveis que a vinda do Rei se aproxima. A qualquer momento Jesus surgirá nos céus para “arrebatar”, isto é, tirar para si com rapidez e poder a sua Igreja que foi comprada e lavada no seu próprio sangue (I Co 15.23; I Ts 4.16,17). A verdade mais contundente e inconveniente para muitos é que estamos na hora mais propícia para a volta de Cristo.

O aumento das heresias, apostasia, decadência moral e espiritual das sociedades, a bagunça no clima e na natureza quer sejam naturais ou provocados pelos homens assinalam que chegou a hora. Precisamos manter viva a mesma expectativa dos tempos apostólicos: “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo;” Tito 2:11-13.

Não preciso “sensasionalizar” este fato, a Bíblia não precisa da minha ênfase para ter mais força no que diz, ela é categórica: “(...) Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.” Atos 1:11. Você está preparado para este acontecimento? O mundo zomba da nossa esperança assim como zombavam de Noé e sua arca, até que sobreveio a tempestade e não puderam se salvar. A Igreja é hoje uma grande arca. O mundo de hoje está tão corrompido quanto o da época de Noé. A Grande Tribulação será muito pior do que o dilúvio foi para mundo. Mas, nós não precisamos temer: “Se somos crentes em Jesus Cristo, já passamos pela tempestade do Juízo. Ela aconteceu na cruz.” Billy Graham. Para isto a Bíblia nos assegura: “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.” Malaquias 4:2.

Durante toda a História da humanidade vemos atrocidades, genocídios, injustiças, mentiras e iniqüidades que ficaram impunes. “Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.” Malaquias 4:1. O mal terá um fim, e toda a terra verá a glória daquele a quem mataram numa cruz. A história caminha para este fim, ela não é cíclica como dizem alguns, ela é linear, possui começo, meio e terá um fim. C.S. Lewis disse que a hora em que o autor da peça entrar no palco do teatro é sinal de que se acabou o espetáculo! Por isso o Senhor Jesus ordenou João passar para a Igreja:

Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.
Apocalipse 22:20

Pr. Flávio Alves

domingo, 5 de abril de 2020

O BODE EMISSÁRIO ERA OFERECIDO AO DEMÔNIO?


O BODE EMISSÁRIO ERA OFERECIDO AO DEMÔNIO?

Esta foi a pergunta que fizeram para mim. O capítulo 16 de Levítico trata sobre o “dia da expiação”, o “YOM KIPPUR”. Esta era a data mais importante no calendário do povo de Deus. Era o maior de todos os dias no ano, pois nesse dia era feita a expiação de pecado de todo o povo. Joel Leitão informa que naquele dia era feita a expiação: por Arão e os seus filhos; por todo o povo de Israel; e pelo Tabernáculo e seu mobiliário.[1] Era observado no dia dez do sétimo mês (Lv 23. 27), e era também chamado de “dia da santa convocação”. Neste dia eram escolhidos através de um sorteio o bode expiatório e o emissário. “E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, e a outra pelo bode emissário.” (Lv 16:8). O primeiro era sacrificado e o segundo levado para ser abandonado no deserto.[2] Eram quinze animais sacrificados nesse dia.

A expiação feita com o bode do Senhor consistia no seguinte ritual: o bode era degolado, o seu sangue era levado para dentro do véu, no Santo dos Santos, e o sacerdote fazia como com o sangue do novilho. O Sumo-sacerdote vestido com a roupa sacerdotal aspergia o sangue do animal sobre o propiciatório e sete vezes com o dedo pelo chão, depois de também colocar o sangue nas quatro pontas do altar (Lv 16. 15-19).

Após, era feita a expiação do Santuário e a Tenda da Congregação. Tendo sendo feito esta parte, o Sumo-Sacerdote se dirigia ao segundo bode. “Mas o bode, sobre que cair a sorte para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo perante o Senhor, para fazer expiação com ele, a fim de enviá-lo ao deserto como bode emissário.” (Lv. 16. 10). Este animal era oferecido ou apresentado vivo perante o Senhor (v.20). Arão colocava as mãos sobre o bode e confessa os pecados de todo o povo, depois enviava o animal pelas mãos de um homem escolhido para o deserto, também chamado de terra solitária. A palavra hebraica utilizada neste texto é “Azazel”, e nesse ponto que reside o cerne da questão.

Alguns escritores sustentam a versão de que Azazel era um demônio. Provavelmente baseado no livro apócrifo de I Enoque e da Cabala judaica. Livros escritos posteriores e que refletem apenas à tradição judaica. Tal tradição considera Azazael como chefe dos demônios do deserto. Assim, Azazel seria um ser pessoal, um espírito, ou o próprio Satanás.[3] A demonologia de Israel sustenta esta versão de que o animal era oferecido para que Satanás não atacasse o povo.

No entanto, esta interpretação possui vários problemas teológicos. Uma vez que desprezam os outros possíveis significados da palavra Azazel. Segundo a tradição talmúdica, seria o nome de um local, significando “duro e áspero”, referindo-se a alguma região montanhosa do deserto; As primeiras traduções do texto hebraico, a exemplo da Septuaginta, da Vulgata e mesmo da tradução de Símaco, indicam se tratar do próprio bode em sua função, enquanto “bode emissário”, por ser enviado ao deserto; De acordo com os estudos etimológicos presentes em léxicos importantes (Genesius e BDB), a palavra seria uma abstração, tendo o sentido de “remoção total”[4].

F. F. Bruce acrescenta a informação de que a expressão também pode ser entendida como “para o precipício”, e explica que em tempos posteriores, era costume empurrar um bode vivo num despenhadeiro a 5 ou 6 km de Jerusalém. E de que também há uma palavra árabe de pronúncia semelhante que significa “lugar árido.”[5]

A narrativa de que Azazel se trata de um demônio não encontra consenso em todos estudiosos judeus, uma vez que um dicionário judeu define assim: “Azazel, bode expiatório ou bode do afastamento.”[6] O texto sagrado nos deixa evidente que o bode carregava sobre ele todos os pecados de Israel. “Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto.” (Lv 16.22). O que é confirmado em toda a Palavra de Deus de se trata de uma tipologia do próprio Cristo: “...mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. [...] porque as iniqüidades deles levará sobre si.” (Is 53:6 b, 11). O apóstolo Pedro nos ensinou esta verdade: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro.” (1 Pe 2:24). E que este lugar ermo se refere ao caráter da Obra de Cristo em relação ao nosso pecado, como foi profetizado por Miquéias: “lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” (Miquéias 7:19).

Tudo isto para que se cumprisse a profecia de Salmos 103.12: “Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.” Dessa forma, enquanto o bode degolado aponta para Cristo sendo crucificado por nossos pecados, o bode emissário sendo levado ao deserto aponta para Cristo levando nossos pecados sobre si. De forma nenhuma o diabo, ou algum demônio poderia levar nossos pecados sobre ele ou ter parte na Obra expiatória de Deus pelos pecados dos homens.

Pr. Flávio Alves


[1] MELO, Joel Leitão de, 1909. Sombras, tipos e mistérios da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 1989. Pág. 76-18.
[2] CHAMPLIN, Russell Norman, 1933. O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo. Vol.1. 2ª Ed. São Paulo, Hagnos, 2001. Pág. 537.
[3] CHAMPLIN, Russell Norman, 1933. O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo. Vol.6. 2ª Ed. São Paulo, Hagnos, 2001. Pág. 3872.
[4] RUPPENTHAL, Willibaldo Neto. AS INTERPRETAÇÕES DE AZAZEL EM LEVÍTICO 16. Revista Ensaios Teológicos. Vol. 2, Nº 01, 2016.
[5] COMENTÁRIO BÍBLICO NVI: Antigo e Novo Testamento. Editor geral F.F. Bruce. Tradução: Valdemar Kroker. São Paulo, Editora Vida, 2008. Pág. 281.
[6] MELO, ibidem. Pág. 78.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O LIVRO SELADO COM SETE SELOS

APOCALIPSE 5 (Parte 1)

O mundo parece um trem bala fora dos trilhos, milhões de pessoas sumiram do mundo subitamente, as pessoas procuram saber o que está acontecendo e os governos não possuem a mínima noção quem fez isso e como aconteceu. Igrejas estão vazias, carros bateram desgovernados sem os seus motoristas, mães gritam pelas ruas na procura dos seus filhos, as autoridades estão sem direção, as forças armadas estão nas ruas impondo toque de recolher. O mundo foi golpeado e não sabe sequer o que de fato aconteceu. Assim está o mundo depois que a Igreja foi arrebatada. A grande indagação é: o que será daqui por diante? Quais serão os próximos acontecimentos? [1]

A maior pergunta que surge é esta: Onde está Deus? É neste momento que João contempla uma gloriosa visão nos céus:
“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.”
Apocalipse 5:1

Ap. 5.1: O livro está nas mãos de Deus

No capítulo 4, Deus mostra a João a sala do Trono, de onde procede todo o comando do universo, de onde emana o poder e o domínio sobre toda a criação. Uma das maiores certezas do apocalipse é a que Deus está no trono. Ele reina sobre tudo e sobre todos, e nada fugirá do seu controle. Por pior que pareça a situação, Ele está no comando. Depois dessa visão João se depara com uma outra visão gloriosa:  Um livro selado com sete selos e escrito por dentro e por fora que estava na mão direita de Deus.  É o livro que contém o destino da História da humanidade. O desenrolar dos próximos capítulos está neste livro. O que os homens não entendem é que a História está nas mãos de Deus.

Segundo Friederic Hegel, os fatos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Para Marx e Engels, a história é determinada pelos fatores econômicos numa visão totalmente materialista. [2]Mas, na Bíblia a história não está nas mãos dos homens, quem determinou e escreveu a História foi o próprio Deus através da sua vontade permissiva e efetiva. Toda a história está sob o controle de Deus e terminará segundo a vontade de Deus. Não são os poderosos deste mundo que determinam os rumos da história.[3]

                Para muitos a história não tem uma meta, um objetivo. Sou historiador e consigo ver a mão interventora de Deus no decorrer da história. Não importa a fúria dos ditadores, nem os regimes que se levantem contra a Igreja, não importa quantos soldados se levantem para impedir os seus propósitos, no final a soberana vontade de Deus prevalecerá. O livro está escrito por dentro e por fora, apontando para algo pleno, tratava-se da plenitude da revelação de Deus. Tudo está traçado, escrito e determinado. [4]O futuro está nas mãos do nosso Deus. Nada será surpresa para aquele que escreveu e conhece a história antes de acontecer.

                O número sete fala de perfeição divina. Os sete selos lembra um testamento ou outro instrumento oficial romano, que precisa ser selado por sete testemunhas.[5] Somente uma pessoa dotada de autoridade poderia quebrar estes selos, e se assim o fizesse seria considerado o Senhor da História.
“E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?”
Apocalipse 5:2

Ap. 5.2 Quem é digno?
O livro está nas mãos de Deus que o planejou e projetou além da Eternidade. Mas, quem é digno de executá-Lo? Ou mesmo de abrir e retirar o véu do mistério acerca do futuro próximo? O conselho celestial se vê num empasse, pois não há ninguém nem no céu e nem na terra digno de abrir o livro.[6]

Observe o grande problema cósmico, “ninguém no céu”: Os anjos são seres gloriosos e belos, dos quais Gabriel é um deles, mas não foram dignos. Miguel é o chefe dos anjos, por isso chamado de arcanjo, mas também não fora digno de abrir o livro. Os querubins e serafins são terríveis e gloriosos, estão diante do Trono e adoram ao Senhor continuamente, mas não foram dignos de abrir o livro. João ainda acrescenta: “Nem na terra, nem debaixo da terra.”

Passaram vários homens por este mundo dotados de inteligência e genialidades sem igual, outros foram poderosos, conquistaram quase o mundo inteiro. Outros entraram na História pela sua bondade ou generosidade, mas nenhum deles foi digno de abrir o livro, nem sequer de olhar para ele.

Nem sábios e gênios como Albert Einstein ou Aristóteles, nem poderosos como Alexandre o Grande, ou algum César de Roma, ou bondosos e mansos como Madre Teresa ou Mahatma Gandhi eram capazes ou dignos de abrir o livro. A humanidade não tem condições de executar o plano de Deus para ela mesma, nem por seus próprios méritos ou poder. Diante de um cenário tão caótico universal, João chora:

“E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.
E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.”
Apocalipse 5:3,4
          
            As grandes personalidades da história nada podem, muito menos o diabo e seus demônios. Lopes diz que não ideologia, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar os sonhos do coração humano.[7] As propagandas eleitorais são produzidas de uma forma para alimentar a esperança dos homens por um futuro melhor. As empresas de marketing lucram milhões para seduzir a mente dos homens na esperança de que um candidato pode mudar o cenário de caos que está o mundo. Mas, nenhum deles é capaz de sanar com todos os problemas do seu próprio povo. Muito menos os da humanidade.

Sozinha, o destino da humanidade é o caos e seu próprio aniquilamento. Atualmente, os países possuem um arsenal nuclear capaz de destruir a terra 84 vezes. Os povos não se entendem, e as migrações aos milhares de povos à Europa e outros lugares são prova desse desentendimento político e social. Crianças estão morrendo de fome aos milhares, governos ditatoriais atacam sua própria população indefesa, cristãos estão sendo massacrados pelos radicais muçulmanos, a crise econômica aumenta o abismo entre os que tem muito e os que tem muito pouco. A crise de João era a dor da impotência, de ver um grande problema e não poder solucioná-lo. Assim me sinto quando vejo os homens destruindo o seu próprio mundo, os corpos de indefesos espalhados pelo chão, os cristãos sendo mortos das formas mais cruéis possíveis. A vontade é de chorar. Deus, e agora? O que será da humanidade?

“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.”
Apocalipse 5:5

Ap. 5.5 Não chores!
                Muitas vezes choramos pela nossa impotência em resolver os nossos próprios problemas. Lutamos, batalhamos, se esforçamos, mas não aparece nenhuma luz no fim do túnel, não parece haver perspectiva de melhoras, de um futuro diferente. Neste momento de desespero e dor, só conseguimos chorar. Choramos por que não conseguimos ver nada de bom em nossa frente, nenhuma porta, nenhuma esperança, nem sequer uma janela. Choramos quando vemos que não há mais saída, nem solução. As lágrimas vem quando tudo parece perdido.
                
                       Machado de Assis disse que lágrimas não são argumentos, mas elas chegam quando não há mais argumentos. Nesses momentos de angústia inquietante alguém se aproxima de João e lhe diz uma palavra consoladora: “Não chores!” Quando você estiver pensando que é o fim, Deus enviará a palavra certa, no momento certo. Ele dará uma resposta à quem está aflito. Ele mostrará que tem a solução para o que aparentemente não tem solução. Da mesma forma como disse à viúva de Naim (Lucas 7.13), Ele repete para você agora: Não chores!

                Ap.5.6 O Cordeiro que também é Leão.

      E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.
Apocalipse 5:6

Há alguém capaz de abrir o livro da história e dar um sentido a ela. Há um ser suficientemente: Poderoso, porque é o Leão da Tribo de Judá, para pegar o livro, digno, porque é da semente de Davi, para abrir o livro, e vitorioso por que morreu e ressuscitou para executar o que nele está escrito. Lopes afirma que Jesus só é o Leão, porque antes foi o Cordeiro. [8]

Deus preparou um Cordeiro. [9]Só é apresentado agora como o Messias vencedor por que antes foi o Messias sofredor. Ninguém passou pelo que Jesus passou e saiu vencedor. Somente Ele foi capaz de vencer o mundo, o pecado, o diabo e a morte. Ele tem a chave de Davi e é o legítimo Rei descendente de Jessé. Ele só está no trono porque um dia passou pela cruz. Não há vitória sem sacrifício. Não há um Leão que conquista sem primeiro ser o Cordeiro que foi morto.
                Observo tantos que almejam a glória, mas rejeitam a cruz. Desejam o trono, mas não aceitam sacrifícios. Querem o céu sem negar o mundo. Jesus está agora mostrando a todos nós que Ele conquistou o que nenhum ser humano foi capaz de conquistar, por que conseguiu fazer o que nenhum jamais conseguiu, cumprir cabalmente e plenamente a vontade de Deus.

O cordeiro tem sete chifres, pois é chifre é símbolo de força (Dt 33.17) e segundo Lopes aponta para a Onipotência de Cristo. Também possui sete olhos, que falam sobre a Onisciência de Cristo, nada escapa do olhar de Cristo[10]. E os sete espíritos enviados a toda a terra apontam para a Onipresença de Cristo. Lopes ainda cita Warren Wiersbe que declara: “Nós temos aqui o perfeito poder (sete chifres), a perfeita sabedoria (sete olhos), e a perfeita presença (sete espíritos em toda a terra).”

                Em Cristo temos a plenitude de Deus (Cl 1.19): Onipotência, Onisciência e Onipresença. Atributos exclusivos e incomunicáveis da divindade residem em Cristo. A divindade de Cristo é tema crucial da nossa fé. Pilar da doutrina ortodoxa da Igreja, e aqui mais uma vez ressaltada. Que possamos ter a mesma atitude de Tomé quando O viu e tocou nele ressuscitado, exclamando: Senhor meu, e Deus meu! João 20:28.
Continua.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Bíblia de referência Thompson: com versículos em cadeia temática; Antigo e Novo Testamento / compilado e redigido por Frank Charles Thompson; tradução João Ferreira de Almeida. São Paulo: Editora Vida, 2007.
Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
Comentário bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento / editor geral F. F. Bruce. São Paulo, SP. Editora Vida, 2008.
LOPES, Hernandes Dias – Daniel: um homem amado no céu. São Paulo, SP: Hagnos, 2005.
JEREMIAH, David. Antes que a noite venha. Rio de Janeiro, RJ. CPAD, 2ª Ed, 2004.




[1] JEREMIAH, David. Antes que a noite venha. Rio de Janeiro, RJ. CPAD, 2ª Ed, 2004. Pág. 101.
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Historiografia.
[3] LOPES, Hernandes Dias – Daniel: um homem amado no céu. São Paulo, SP: Hagnos, 2005. Pág. 161.
[4] Idem. Pág. 163.
[5] Comentário bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento / editor geral F. F. Bruce. São Paulo, SP. Editora Vida, 2008. Pág. 2229.
[6] Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010. Pág. 1596.
[7] LOPES, Op.Cit. Pág. 164.
[8] LOPES, Op.Cit. Pág.165.
[9] E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos. Gênesis 22:8
[10] LOPES, Op. Cit. pág. 166.