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segunda-feira, 2 de julho de 2012

PROVA DE FOGO 1


PROVA DE FOGO

Em dias de densas trevas como os nossos, vemos a humanidade se curvando as guerras, fome, violência e imoralidade. Tal como aquela senhora que andava encurvada há dezoito anos, assim caminha a humanidade encurvada ao mal (Lc 13.11). O mundo progride em indústrias e comércio, mas regride profundamente no pecado. Mais grave do que a uma epidemia é este câncer que vicia os jovens e mata milhões. O mal, o pecado e a morte formam um triângulo amoroso que contamina a tudo que toca. As pressões para curvar-se a tudo isso surgem em todos os lados.

Um sentimento de falsa liberdade ludibria a juventude. Faça o que quer! Quem manda na sua vida é você mesmo! Você não precisa prestar conta do que faz a ninguém! Estas são mensagens ilusórias que a sociedade corrupta e hipócrita impõe nas mentalidades das pessoas. O resultado são atitudes impensadas, se nunca avaliar as consequências. Usam essa “liberdade” para consumirem drogas e destruírem seus corpos e suas mentes. Libertam-se dos jugos de seus pais para acorrentarem nos vícios carnais.

Enquanto os jovens confundem liberdade com libertinagem. Outros fazem de tudo para tirarem proveito dos outros. Roubam e vivem acusando os outros de fazerem o mesmo. São tantos que criticam os políticos por que roubam milhões, enquanto eles mesmos roubam centavos de um troco passado errado. É uma hipocrisia que nos causa náuseas.

A falta de respeito pela vida é tão grande que juristas brasileiros querem reformar o código penal brasileiro para permitir o aborto. Marta Suplicy defende abertamente o aborto. O interessante é que até aqueles que se dizem líderes espirituais apoiam o infanticídio como Edir Macedo. Mas, se a mãe não quer o bebê e não tem condições de criá-lo não é melhor abortar? Quantos são cegos, paralíticos e deficientes, mas nem por isso desejam a morte, mas lutam e vencem obstáculos incríveis para permanecerem vivos? Se a mãe tem direitos, muito mais a pessoa que ainda está se formando também possui direito à vida. E muitos que apoiam isso se esquecem de que Deus ainda faz milagres. Como no caso de uma criança considerada morta e quando nasceu voltou a viver.

Não importa quantos argumentos eles usem, mas a verdadeira de Cristo não irá negociar princípios. Figurativamente, foi isso que Nabucodonosor queria que todos seus súditos fizessem no Campo de Dura, na Babilônia (Daniel 3). Mesmo reconhecendo anteriormente que o Deus dos judeus é um Deus que revela mistérios, no auge do seu reinado, ele retrocedeu. Construíra uma estátua de sessenta côvados de altura por seis côvados de largura. Observe o número seis presente várias vezes no texto.

O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de babilônia.
Daniel 3:1

Além das dimensões da estátua, o texto se refere por nome a seis tipos de instrumentos que seriam tocados como sinal para todos se curvarem e adorar a estátua. Três vezes vemos o numero seis, isto é, 666. Esta estátua com 27 metros de altura e 2,70 metros de largura representa o sistema moderno do mal que a humanidade tem se prostado nesses últimos dias. Anticristo daquela época se assemelha com o anticristianismo atual.

Deus é odiado nas universidades. Perseguido no Supremo Tribunal Federal, escarnecido nas câmaras legislativas. E debochado por leis como a que reconhece a união de pessoas do mesmo sexo como um casamento, instituição que Ele mesmo criou e a sociedade deformou.
E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e línguas: Quando ouvirdes o som ... prostrar-vos-eis, e adorareis a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado.
Daniel 3:4,5.

O diabo não quer que você deixe a sua igreja.

Não era uma ordem para abandonar o seu Deus. Era apenas para adorar mais um deus. Só havia Sadraque, Mesaque e Abedenego de judeus no meio daquela multidão? Com certeza havia muitos judeus que estavam ali, e que se curvaram diante da estátua para adorarem-na. Satanás não pede para os fiéis abandonarem suas igrejas, nem seu cristianismo confortável, ele só quer que se curvemos a ele. Tal como tentou a Jesus no deserto:
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Mateus 4:9

Quantos têm negociado seus princípios em troca de votos, dinheiro, fama e poder? Usam títulos de padres, pastores e bispos, mas se curvam diante das estátuas de ouro do dinheiro corrupto e desonesto. Outros conseguiram a incrível façanha de transformar igrejas em empresas e fontes de dinheiro para sustentar seu próprio luxo e redes profanas de televisão.

Mas, enquanto a mentira e ausência de uma consciência da punição divina inundam a vida desses falsos líderes espirituais. Enquanto a sociedade se curva às estátuas de ouro da prosperidade, do prazer desmedido, do dinheiro, da corrupção e do deboche às coisas sagradas, os três jovens continuam de pé.

É nesta hora de provação
que se apresenta a verdadeira convicção.

Eu imagino Sadraque olhando para Mesaque e perguntando: “E agora? Você vai se curvar?” ...

Continua...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Nem todo deserto é uma provação


Nem todo deserto é uma provação

A nossa existência é marcada por dor desde o nosso nascimento. A vida não é um mar de rosas, é uma jornada por desertos, vales e montes de emoções e situações. Neste palco não existe apenas mocinhos, nem heróis. Ás vezes o vilão parece que é o personagem principal e que é ele que vai ganhar no final. Ninguém quer sofrer. Mas, todos quiseram nascer. Ninguém quer sujar as mãos com terra, mas todos querem colher a flor. Todos quem querem levantar o troféu e ser aplaudido, mas nem todos conseguem perseverar em lutar por isso. A vida do cristão é cheia desses desertos.

Deus não é omisso às nossas provações.

Ele conhece muito bem tudo o que passamos. Em Apocalipse 2:9 Ele diz à igreja, "Conheço a tua tribulação, a tua pobreza...". Nosso Deus-homem tem o poder da compaixão, capacidade para colocar-se no lugar de outra pessoa para sentir o que ela está sentido naquele momento. Foi o que ele fez com a viúva de Naim. É exatamente isto que está afirmando para a igreja: “Eu conheço o teu sofrimento, eu sinto tudo o que você está sentindo agora.” Na fajuta teologia da prosperidade isso é inadmissível. O cristão que passa por sofrimentos é por que não tem fé suficiente. Não é isso que vemos na Palavra de Deus.

As escrituras dizem, "Tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata" (Salmo 66:10). "Vossa fé ... é provada pelo fogo" (1 Pedro 1:7). "O Senhor prova o justo" (Salmos 11:5). Se não existisse provação na vida do cristão, não teríamos o livro de Jó. Que exemplo mais notável do que este podemos ter sobre a realidade da provação na vida do cristão?

O salmista escreve, "Muitas são as aflições do justo" (Salmo 34:19). Paulo revela ter "Muita tribulação e angústia do coração ... com muitas lágrimas" (2 Coríntios 2:4). E Hebreus descreve os santos que são, "desamparados, afligidos e maltratados", "suportando grande combate de aflições" (Hebreus 11:37, 10:32).

Todos cristãos fiéis e sinceros passam por tribulações. Deserto é lugar de provação: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.” Deuteronômio 8:2 É essencial compreendermos que Deus prova o seu povo com um propósito “para saber o que estava no teu coração”. A prova não prova nada para Deus. Deus já sabe o que há no nosso interior: “Pois ele conhece a nossa estrutura; ” Salmos 103:14. “... Pois ele sabe os segredos do coração. “Salmos 44:21.

Todo deserto tem um propósito de Deus

Mas, a provação possui alguns propósitos principais: Primeiro, expõe o que somos fiéis a Deus independente das circunstâncias para Satanás e seus demônios. Da mesma forma como ele fez com Jó. O escritor sagrado aos Hebreus afirma que “... que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas ...”Hebreus 12:1. Nossa vida é um espetáculo ao mundo espiritual e terreno. Não podemos se esconder de sermos vistos e observados pelas pessoas e pelos anjos. “não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mateus 5:14. Somos testemunhas vivas de como Deus age e trabalha. Portanto, não se preocupe, o diretor da peça vai entrar em cena e vai dar um revira-volta gigantesco no palco da sua existência.

Em segundo lugar, a provação produz em nós uma fé inabalável: "Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo" (1 Pedro 1:7).  O apóstolo Paulo nos afirma que a tribulação produz frutos no nosso caráter. “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,” Romanos 5:3. E mais, ele a considera como passageira.  “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; “2 Coríntios 4:17. Este tipo de deserto serve para nos amadurecer em fé e graça. Trata-se de se obter experiência com Deus. Considero este tipo de deserto como o carbureto é para a banana. Apressa o processo de amadurecimento. Quanto mais experiência de vida se tem com Deus, mais o conhecemos e mais crescemos espiritualmente. A crente passa pelo deserto para crescer.

E último lugar: A provação nos ensina a sermos mais fiéis. Deserto é lugar de Deus castigar seus filhos rebeldes e colocá-los no eixo. Veja o que o salmista disse a respeito da aflição: “Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra.” Salmos 119:67. “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” Salmos 119:71. Deserto nos ensina a sermos mais crentes. A orar mais, buscar mais. Funciona como o estreito da penha para Moisés, enquanto ele se exprime pela fenda da rocha podia contemplar a glória do Senhor! É no deserto que nós veremos a glória do Senhor em nossas vidas! A sua bondade, providência e amor são revelados com mais evidência nos momentos de maiores tribulações.

Que possamos aprender a passarmos pelo deserto conscientes de que pode se tratar de um treinamento de Deus para nossas vidas. Chova canivetes, desabem tudo, levantem-se tsunamis, mas por este deserto, apenas passaremos. É chuva passageira. É a dor de um parto de uma grande vitória. É a lágrima que será enxugada pelo ser mais importante do Universo. É mais uma causa para Ele seja glorificado na minha vida!

"E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as cousas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras... O vencedor herdará estas cousas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho" (Ap 21.4-5,7).


Pr. Flávio Alves