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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A MENSAGEM DA CRUZ

A MENSAGEM DA CRUZ

A cruz de Cristo era o centro da pregação dos apóstolos e a maior missão de Cristo ao vim a este mundo. Jhon Stott afirmou que: “Se a cruz não for o centro da nossa religião, a nossa religião não é a de Jesus.” Não podemos nunca extingui-la dos nossos púlpitos, pois a Igreja cristã é identificada por ela, muitos morreram para anuncia-la, o sangue dos mártires não foi em vão. A mensagem da Cruz não pode morrer, pois:

I.                    Foi na cruz que Jesus Cristo fundou a sua Igreja quando exclamou: “Está consumado”. Jo 19.30. Neste momento, em que o sacerdote se fez o cordeiro, o sacrifício foi aceito, e se inaugura a Dispensação da graça de Deus, onde a Igreja goza de salvação plena em Deus através da Obra que Jesus realizou na cruz.
II.                  A maior Mensagem da Igreja: “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.” 1 Coríntios 1:17. Enquanto em muitos lugares a Palavra foi substituída por palavras de auto-ajuda, como Igreja Fiel, devemos mostrar na cruz a verdadeira ajuda do alto. Deus fez em Cristo por nós, o que nós mesmos não podíamos fazer.
III.                É a maior expressão da ira e da Justiça de Deus sobre o pecado. “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, ...” Romanos 8:32. A justiça de Deus foi satisfeita com o sacrifício de Jesus. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53:5. “Se somos crentes em Jesus Cristo, já passamos pela tempestade do Juízo. Ela aconteceu na cruz”. (Billy Graham).
IV.                É, contudo, a maior expressão do amor de Deus. Deus amou a humanidade de uma forma tal que foi capaz de dar o próprio Filho em resgate dela. “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” 1 João 4:19. As três pessoas mais importantes do Universo estavam "obcecados" pela ideia de ganhar os homens através de uma batalha silenciosa motivada unicamente pelo amor. É neste ponto onde entra o versículo áureo e mais importante da Bíblia: João 3. 16:
a.       PORQUE: A maior Explicação.
b.      DEUS: A maior pessoa.
c.       AMOU: O maior sentimento.
d.      O MUNDO: O maior projeto.
e.      DE UMA TAL MANEIRA: A maior intensidade.
f.        QUE DEU: A maior atitude.
g.       O SEU ÚNICO FILHO: O maior presente.
h.      PARA QUE TODO AQUELE: A maior abrangência.
i.         QUE NELE CRER: A maior fé.
j.        NÃO PEREÇA: O maior perigo.
k.       MAS, TENHA A VIDA ETERNA: A maior de todas as heranças!
V.                  Nela se fez o maior e único sacrifício perfeito:
a.       Pacto melhor: lei gravada no coração e não em tábuas de pedra. Hb 10.10
b.      Sacerdote melhor: Segundo a ordem de Melquisedeque. Hb 7.23.
c.       Tem poder maior: Porque foi com o sangue de Cristo e não de bodes, pois enquanto o de animais purifica a carne, o de Cristo purifica a consciência.
VI.                Foi nela que Cristo triunfou sobre as potestades: Colossenses 2.15. Quando Satanás pensava que venceria o Salvador na Cruz, foi nela que Cristo obteve a maior vitória!
VII.              Nela caiu o muro de separação entre judeus e gentios. Efésios 2.16.
VIII.            Por causa da cruz é que somos perseguidos. Gálatas 6.12. “A cruz de Cristo sempre será ofensiva para o homem natural” (John Blanchard). I Coríntios 1.18.
IX.                Nela Deus reconciliou consigo mesmo o mundo: E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus. Colossenses 1.20
X.                  Na Cruz de Cristo nós podemos se gloriar: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” Gálatas 6:14

“A cruz é o último argumento de Deus.” C H Spurgeon.

Que o mundo ao olhar para a cruz reconheça o mesmo que o centurião: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” Mc 15.39. Que a Igreja ao olhar para a cruz seja mais grata e fiel a Deus. E que todos os homens ao olhar para o sepulcro vazio perceba que a maior esperança do mundo saiu de lá. Nunca mais a morte foi invencível e temida. Na cruz e no sepulcro, Jesus Cristo matou a morte como sua própria morte. Glória, pois a Ele!


Pr. Flávio Alves

terça-feira, 28 de maio de 2013

TODOS ATRAIREI A MIM

TODOS ATRAIREI A MIM
draw all men unto me


E eu, quando for levantado na terra, todos atrairei a mim. João 12.32

Estas foram palavras de Jesus. Na ocasião alguns gregos pediram aos discípulos para ver Jesus. Esta frase provoca em mim um aperto no coração. Pois, vejo que o Mestre estava se referindo à sua cruz. O momento mais intrigante da História que consistia na sua missão.

"Para isto vim." Disse Jesus. Ele sabia da sua missão, de como haveria de cumpri-la. O quão iria sofrer como prova do amor que possuía pela degenerada raça humana. Não consigo ler estas palavras e pensar que Ele não sabia que iriam matá-Lo. João foi o discípulo que mais apresentou o Mestre como aquele que sabia quando, onde e como iria morrer. O que me dói, é saber que os homens hoje não compreendem por quem e por que Ele morreu.

Num dia em que as nuvens negras cobriram os céus de Jerusalém, e o alvoroço tomou conta da cidade. Um homem exclamava do alto de uma cruz. A multidão se apertava para vê-lo. Os soldados empurravam para contê-la. Até os sacerdotes foram até lá para ter a certeza do que fizeram. Todos olhavam para a cruz do meio. Todos exceto Deus Pai. Sim, o Deus Pai abandonava a Jesus como Filho para assentar-se como juiz. Como a dívida seria paga se não fosse assim?

Todos corriam para assistir o espetáculo. Ali estava o ser humano mais perfeito que já existiu.  Também o mais forte, pois tendo o poder de destruir seus inimigos, preferiu perdoá-los. O maior de todos os mestres, estava dando a sua última e mais importante lição. O sangue mais inocente já derramado, escoava do alto do madeiro lentamente. O sol escondia o brilho ofuscante para não queimar mais ainda a pele dilacerada do Filho do homem.

Ali estava a mais perfeita expressão de amor. O mais profundo e inexplicável silêncio, rompido apenas pelas sete declarações enigmáticas. Ele tinha sido levantado na terra. O príncipe deste mundo não conseguiu impedi-lo. Até os cruéis soldados romanos se curvavam diante dele, com olhos estatizados não conseguiam parar de olhar para Ele. 

Todos eram atraídos por Ele na Cruz. 

A palavra grega traduzida como atrair foi "holkuo", que também significa arrastar. Eu confesso, sou arrastado aos seus pés por causa do seu amor. Minha mente é arrastada pelo impressionante e majestoso plano traçado no inimaginável da eternidade pelo engenheiro das nossas almas. Seus gestos mais simples, suas pisadas mais doloridas, seu sangue mais vivo e seu olhar tão penetrante literalmente me arrasta para perto d'Ele. 

A pergunta sai pelos lábios dos menos sábios sem ressalvas: "Por quê?" Se Ele podia largar tudo, se Ele podia desistir e destruir a todos e recomeçar quantas vezes quisesse, por quê sofrer? Nem as águas do Amazonas podem se comparar ao rio de revelações que podem fruir desta pergunta. Deus se fez homem,  para morrer pelos homens, para salvar aos homens.   

Nenhuma frase ou livro é capaz de resumir os mistérios da sua graça revelada naquela cruz. É esta mensagem cativante que devemos pregar. O Cristo da Cruz atrai as pessoas a Ele mesmo, não a nós. Miseráveis pecadores incumbidos de levar homens também a Ele. Não pode ser a nossa música o atrativo das multidões. Nem nossos cantores ou a fama dos pregadores. Não é o status do título evangélico. Não são as benesses que podemos receber dele. É unicamente, maravilhosamente, Jesus que deve ser o atrativo.


Igrejas cristãs sem Cristo

É o que vejo atualmente. Querem atrair as pessoas para as igrejas por que tem o melhor louvor, por que são melhores, por são mais ricas ou lá você pode ficar rico. Tenho uma verdade inconveniente para falar: Jesus é maior que os artistas gospeis, pois transforma as pessoas ao invés de entreter. Ele é maior que os pregadores dos Gideões que pregam para aparecer. Ele é mais eloquente do que nossos teólogos, pois fala à alma e não somente ao cérebro. Jesus é maior do que tudo e do que todos. Preguemos Jesus. Nossas denominações não podem atrair mais do que o nome Jesus. Nossa eloquência não podem ecoar mais alto do que as palavras de Jesus. 

Basta de ouvirmos em nossos púlpitos: "Eu profetizo!", "eu determino", "eu não aceito"...Precisamos ouvir: "Jesus disse. "

Pregadores, deixem Jesus falar. É Ele que deve atrair. "Arrastar" multidões à Ele, à sua Cruz, à sua voz, ao seu sacrifício. 

Meu Deus! Faze-nos regressar outra vez, Senhor! Aos teus pés unicamente. Pois, eu fui atraído e arrastando para Ti. Somente para Ti.

Em oração,

Pastor Flávio Alves

domingo, 22 de janeiro de 2012

Simplesmente Jesus

Nenhum sábio se compara a Ele. Pô-lo ao lado de Aristóteles e Sócrates seria um insulto ao Mestre dos mestres. Compará-lo a um profeta ou a  Maommé seria inconveniente demais com o que Ele pregava. Buda, Alan Kardec, Charles Russel, Joseph Simth ou qualquer outro fundador de uma religião não se compara a excelência que havia neste homem. Ninguém marcou tanto a humanidade como Ele.


Afirmar baseado num evangelho apócrifo que Ele não nasceu de uma virgem não arranha sua divindade. Afirmar que ele foi uma invenção, seria atribuir uma grau de inteligência sobrenatural a simples pescadores da Galiléia numa região tão atrasada como a Palestina. Se tudo não passava de mentiras por que o fogo, as pedradas, os açoites, as perseguições ou até mesmo os leões na hora da morte, só conseguiram arrancar da boca dos apóstolos a confissão de que não negariam a Jesus?! Quem sustentaria uma mentira diante de tantas torturas? Ninguém perderia tudo que possuía na terra se não acreditasse que iria ganhar tudo de volta na eternidade.


A vida deste homem é tão extraordinária quanto a sua morte. Ele parecia estar no controle de tudo a sua volta quando tudo parecia estar desmoronando. Ele cumpriu o plano até o fim. Quase ninguém compreendia que plano era este. Ninguém na hora da morte parou para se preocupar com outros como o Senhor da Vida fez. Como diz Max Lucado: "Não foram os soldados que o mataram, nem os gritos da multidão: foi sua devoção a nós." Como alguém pode nos ensinar tanto com sua própria morte?


De fato, precisamos parar diante da cruz e lembrarmos que o Criador não fora morto pela própria criação a toa. A estrela resplandecente da manhã preferiu se apagar por um instante por você do que brilhar pela eternidade sem você! Quem possui uma história tão bela quanto a deste homem? Seu nome era humano. Os pés que caminharam por cima das águas eram tão normais quanto os nossos. A mão que levantou o paralítico do tanque de Betesda era tão comum quanto de um homem qualquer. Suas palavras eram simples, um idioma humano. Suas roupas eram tão terrestres quanto a de hebreu qualquer. Era o homem tão natural que se misturava sem ninguém perceber. Mas, ao mesmo tempo era tão sobrenatural que poderosos oficiais de Roma curvava-se ao seus pés. Reis vieram de longe para adorá-lo. Sim, adorá-lo.Ninguém pode adorar a anjos, nem a homens. Mas, a este homem rendia-se adoração!


Somente uma inteligência superior, presente por mais incrível que pareça, nos mais simples e humildes seres humanos pode reconhecer a grandeza de Jesus. Ele ainda faz os sábios parecerem loucos, e os loucos se tornarem sábios. Percebendo esta incrível verdade Ele mesmo declarou: ...respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos." Mt 11.25


Ele se preocupa com o que achamos dEle, por isso certa vez perguntou aos seus discípulos: "E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? " Mt 16.13 


E nós, o que achamos d'Ele: "Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?" Mt 16.15 Alguns O intitulam de: O maior psicólogo da História, outros de O maior pedagogo de todos, o maior isso e aquilo. De fato Ele é O maior. Mas, não é isso que Ele quer ouvir de nós. Ele quer ouvir o que poucos tem coragem de afirmar. E é esta confissão que é a pedra em que todo o cristianismo está abalizado. É declaração que o ousado Pedro teve coragem de fazer:
"E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Mt 16.16




Só em Cristo, e por Cristo,




Pr. Flávio Alves

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O evangelho de hoje e a cruz de Cristo


A cruz de Cristo, tema do bom pregador. Esquecido em nossas igrejas, tão evidente nas Escrituras. Desprezam-na por que não corresponde aos interesses da igreja de laodicéia atual. Como dizem: “rico estou, de nada tenho falta”, deixam o Cristo da Cruz do lado de fora, de onde ele clama: “eis que estou à porta e bato...”

Não entendem que desprezar a cruz de cristo é o mesmo que desprezar o Cristo da Cruz; tantos anos que vejo e adimiro por exemplo o pastor Silas na TV, e nunca o vi pregar sobre a Cruz de Cristo. "Se a cruz não for o centro da nossa religião,a nossa religião não é a de Jesus" - De John Stott, em seu livro "A Cruz de Cristo", pg 59. Por que não aproveitar um espaço tão poderoso como é o da TV para pregar o tema mais importante da igreja Cristã: A Cruz de Cristo?

O que ouvimos então em nossos púlpitos? A Palavra de Deus? Pode ser, mas muito mais a palavra dos homens do que a Palavra de Deus. Ouvimos ataques, exaltações à placa denominacional, mensagens antropocêntricas ao invés de cristocêntricas, e principalmente evangelhos moldados pelos homens ao invés de homens moldados pelo Evangelho.

"Se Jesus tivesse pregado a mesma mensagem que muitos ministros de hoje pregam, ele nunca teria sido crucificado" - (Frase atribuída a Tozer).

As pessoas não querem ouvir sobre Cristo crucificado. Não entendem que a cruz é necessária. Preferem agir como ladrão crucificado ao lado de Jesus: Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.Marcos 15:30. Ninguém quer passar pela cruz. É necessário entendermos que para despojarmos todos principados e potestades é preciso triunfar na cruz. Sem cruz não há evangelho.Nem há salavação: E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23.

A cruz de Cristo é decididamente incompatível com o evangelho de hoje . Tiraram Jesus, querem apenas os milagres. Chamam mais atenção para suas igrejas e para eles mesmos do que para o próprio Jesus Cristo. Como certa vez eu ouvi em um comercial do R.R. Soares: "O missionário tem feito muitos milagres através de Deus!" Eu pensava que era Deus quem fazia milagres através dos homens. Isto não é evangelho!

Oh! se pudéssemos contemplar o que aconteceu na cruz! Na cruz caiu a barreira de separação entre Israel e os gentios. Não há mais inimizade (Ef 6.16). De sorte, que é por causa dela que gozamos dos mesmos privilégios de Israel. Nela Deus reconciliou o homem consigo mesmo. Como costumo dizer: “ Jesus Cristo morreu numa cruz e não em uma estaca como afirmam os TJ, por que na cruz há um madeiro vertical, simbolizando que Jesus no meio une o homem que está em baixo com Deus que está em cima. Mas, também um madeiro horizontal, que simboliza que Cristo no meio une o homem que está a direita com o outro que está á esquerda”. De forma que, não tens comunhão com Deus se primeiro não tiveres comunhão com seu irmão. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? 1 João 4:20.

A cruz de Cristo tem mistérios insondáveis mais profundos do que o mais denso dos oceanos. Mais altos do que as galáxias mais distantes, mais inúmeros do que as estrelas do céu. São mistérios que a mente espiritual se ocupa em decifrar, pois trata-se do maior acontecimento da História da humanidade. Trata-se do dia em que os homens mataram o Filho do seu próprio Criador. O dia em que Jesus matou a morte com a sua própria morte.

Nietzsche afirma que não pode conceber um Deus que se auto imolou. De fato, ... a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. 1 Coríntios 1:18. Ninguém jamais conseguirá compreender o sacrifício sem primeiro olhar para os objetivos. Como diz Augusto Cury, se trata do plano mais audacioso e ambicioso da História. As três pessoas mais importantes do Universo estavam "obcecados" pela idéia de ganhar os homens através de uma batalha silenciosa motivada unicamente pelo amor.

Que possamos viver na cruz e pela cruz. Pois, “Não podemos nos esquecer que somos a única Bíblia que muitas pessoas conseguem ler”(Cindy Jacobs). Que as pessoas possam ver em nós o amor de Cristo.

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Gálatas 6.14.


Pastor Flávio Alves

sábado, 9 de abril de 2011

A REVOLUÇÃO DA CRUZ

A REVOLUÇÃO DA CRUZ

O mundo já passou por várias revoluções ao longo da História. A grande maioria delas foi à base do sangue, das guerras e da violência. Seus líderes sempre estiveram encabeçando-as presencialmente. Se matassem o líder, talvez morresse também a revolução. Entretanto, houve uma revolução relativamente silenciosa, e que se espalhou como uma árvore expande suas raízes sobre todo o mundo então conhecido. Uma revolução sem armas, encabeçada por homens iletrados, simples pescadores da menor província da época.

Enquanto dos rochedos de Capri, o Imperador, gastando seus últimos dias na devassidão e em festas prazerosas, lançava apenas sentenças de morte. Todo o império desfrutava de equilíbrio. No mar o comércio prosperava maravilhosamente. Todas as províncias estavam sob controle, perfeitamente submissas. Era assim também na Palestina. Nada parecia ameaçar o domínio romano na menor das regiões do Império. Tudo estava aparentemente bem. Apenas os zelotes e insubmissos tiravam a paz dos romanos. O sinédrio controlava bem o povo, os fariseus os entretiam com suas centenas de regras supostamente baseadas na Torah.

Foi neste sintético contexto que uma mensagem extraordinária começava a espalhar-se por toda a Jerusalém. Os anunciadores destas boas novas não tinham nada de excepcional em si mesmos. Eram judeus dedicados como a maioria. Respeitavam os rituais e costumes da religião judaica. Guardavam o sábado, oravam nos horários estabelecidos, jejuavam até duas vezes por semana. Não faziam parte dos poderosos, pois não dos “príncipes dos sacerdotes” nem dos “anciãos do povo”. Na maioria, eram gente da plebe. O sotaque denunciava sua terra de origem, a desprezada Galiléia. Os líderes os olhavam com desprezo e outros com preocupação.
Os irmãos sem sangue

Quem eram eles? O que exatamente anunciavam? Que mensagem era essa, capaz de reunir pessoas do Ponto, do Egito, da Líbia e da Capadócia numa só fé? Inicialmente, haviam-se denominados discípulos, porque tinham um Mestre, um fundador. Mas, o amor que neles se observava os levou a chamar um ao outro de irmãos. Sim, irmãos. A comunhão, a partilha de bens, o cuidado e unidade entre eles foram mais bem denominados como uma relação de irmãos.

Não formavam uma seita, como os fariseus que ostentavam sua religiosidade nos grandes filactérios que usavam, ou pelos rituais e regras que regiam suas vidas. Os adeptos dessa fé não se preocupavam em aparentar sua santidade como forma de separação social. Nem tampouco se isolavam do mundo, como os essênios, que viviam abnegadamente em monastérios no Mar Morto. Estes irmãos não fundaram uma sinagoga independente, ou keneseth, como a Lei autorizava. Mas, eles estavam entre todos, acessíveis a todos.

O que então eles pregavam? O desejo de liberdade no interior dos judeus era comum. Ninguém, exceto aqueles que lucravam, gostava do domínio romano sob Israel. A ânsia pela independência era mútua. Os profetas de outrora haviam predito a respeito daquele que seria um líder maior que Moisés. Mas, que faria um papel semelhante ao dele na libertação nacional no Egito. Os zelotes almejavam por um líder guerreiro que esmagaria a força opressora dos romanos. Os fariseus esperavam aquele que cumpriria cabalmente e perfeitamente toda a Lei. Os saduceus esperavam uma espécie de Rei-sacerdote que restituísse o Reino de Israel aos padrões dos tempos de Salomão, e que também consolidasse e legitimasse o poder dos sacerdotes.

Foi diante desta expectativa que surgiram vários messias. Todos eles, porém dissiparam-se como fumaça no céu. Mas, estes irmãos pregavam no Pórtico de Salomão, no Templo, nas sinagogas ou onde quer houvesse oportunidade que o Messias já tinha vindo. A mensagem era simples, Jesus de Nazaré, é o Messias de Israel. Nós não podemos imaginar atualmente a real intensidade e mistura do impacto de alegria e espanto que esta mensagem provocou no íntimo dos judeus. Esta era a resposta para a oração deles. A resposta divina para suas ânsias e desesperos. Deus enviou o Messias!

Um deles, chamado Pedro, que já se comportava como chefe, pronunciou o primeiro sermão registrado dessa nova fé. Diante uma grande multidão atônita diante da cena fora do comum na descida do Espírito Santo, se põe de pé afirma: “Varões israelitas, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré... Este Jesus, Deus o ressuscitou, e disso nós somos testemunhas... Tenha, pois, por certo a casa de Israel que Deus fez Senhor e Cristo a Jesus, que vós crucificastes” (At 2.22,23,32,36).

A nova fé baseava-se em quê?

Essa nova fé repousava sobre a ressurreição de Jesus. Pedro havia negado Jesus três vezes antes que o galo cantasse. Os demais fugiram com medo de cair no mesmo fim que seu Mestre. Apenas algumas mulheres e o jovem João ficara aos pés da cruz para assistir a crucificação. O que aconteceu para mudar tão radicalmente estes iletrados covardes e incrédulos em os primeiros mártires do Cristianismo? Até mesmo Tomé afirmava que só creria se primeiro tocasse nas perfurações no corpo do Jesus.

Eles tinham certeza que Jesus estava morto. Eles viram de longe e outros de perto o corpo do pregador da Galiléia sendo retirado e sepultado. Agora estavam escondidos das autoridades, sem compreender o sacrifício de Jesus, estavam como os discípulos no caminho de Emaús. Estes discípulos interrogavam-se entre si, sem compreender a morte de Jesus. Nenhum deles acreditava no maior de todos os milagres: a Ressurreição de Cristo.
Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Atos 4:20
Se Cristo não tivesse de fato, ressuscitado, nenhum destes homens daria a sua vida para testemunhar de uma mentira. “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” I Co 15.14 “Mas, confirmada por numerosas testemunhas, a Ressurreição passou a ocupar um lugar central na nova fé; tornou-se o fecho da abóboda do edifício doutrinal.” A revolução Cristã se iniciou! Uma revolução sem armas. As armas eram invisíveis.

Nietzshe afirmou que o cristianismo é uma religião de escravos. É a forma dos judeus se vingarem dos seus líderes. Pois, transforma a força em fraqueza, e a riqueza em pobreza. Se esquece portanto, que desde os dias de vida do próprio Jesus Cristo, alguns ilustres se converteram e creram em suas palavras. Se o cristianismo é uma religião de escravos, porque Nicodemos, Jairo e outros príncipes judeus o seguiram? Porque Barnabé, homem de posses que sustentou vários apóstolos se converteria? Por que Sérgio Paulo, procônsul de Roma creu maravilhosamente? É uma tremenda falta de conhecimento bíblico afirmar que o Cristianismo é uma religião de escravos.

É óbvio que para um escravo, o Cristianismo seria uma forma de libertação. Mas, não de vingança. Isso é ignorar o fato que levou os de Antioquia intitular, pela primeira vez, os irmãos de “cristãos”. O amor que Jesus Cristo demonstrava pelos seus discípulos os cristãos primitivos também demonstravam uns pelos outros. Isso quebrava as barreiras de sociais, de classes econômicas, culturais, raciais ou de nacionalidades. O Cristianismo primitivo não enxergava barreiras. Estas boas novas eram pregadas “sem impedimento algum”. Era uma revolução silenciosa que tomava conta de pessoas, famílias, bairros, cidades, províncias... O grão de mostarda cresceu ao lado da grande árvore do judaísmo, mas logo tornar-se-ia tão grande, que o judaísmo pareceria uma plantinha ao lado dela. A cruz era a bandeira, a ressurreição o baluarte, os discípulos os embaixadores de um Reino que até então, não era deste mundo.
Continua...

Pastor Flávio Alves

ROPS, Daniel. Academia Francesa. A igreja dos Apóstolos e dos Mártires. Editora Quadrante, São Paulo. 1988.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Unicamente Cristo

“Aprenda a conhecer a Cristo, e Ele crucificado. Aprenda a cantar a Ele e dizer: ‘Senhor Jesus, tu és a minha justiça, e eu o teu pecado. Levaste sobre ti o que era meu; mas depuseste sobre mim o que era teu. Tu te tornaste o que não eras, para que eu pudesse me tornar o que eu não era”. Lutero

Alguém disse que a palavra é uma forma de alguém se comunicar, manifestar e revelar. Jesus é a Palavra (Jo 1.1; I Jo 5.7). Portanto, Jesus é a forma mais sublime e perfeita em que Deus se fez "comunicar" à humanidade, "revelando" seu amor, para "manifestar" sua Graça.


Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,

Tito 2.11



Nenhum outro personagem histórico fez-se conhecer tanto pela forma que morreu como Jesus. A cruz de Cristo mudou o mundo e dividiu a história. Mas, acima de tudo, dividiu nossas vidas entre velho homem e novo homem e mudou nosso ser no corpo, alma e espírito. Somente aquele que foi crucificado com Cristo pode pregar a Cruz de Cristo, pois ainda existem "Tomés" que perguntarão: "onde estão as marcas da cruz?"


E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. I Tm 3.16


Por mais que tentem, os céticos jamais conseguirão separar a Cruz de Cristo do Jesus "histórico". Por que sua Obra é maior do que eles mesmos conseguirão compreender com seus meros raciocínios. Pois sua morte na cruz:
...se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. Hb 9.26 E também para aniquilar ... o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; Hb 2.14.


De forma que é por causa desta cruz que todas as coisas foram reconciliadas, tanto as visíveis da terra, quanto as invisíveis que há no céu (Cl 1.20); até as barreiras entre Israel e os gentios caíram por causa da Cruz (Ef 2.16). É por causa desta cruz que somos perseguidos (Gl 6.2), pois a Palavra que pregamos é o Evangelho da Cruz de Cristo (I Co 1.18). E é somente na Cruz de Cristo que podemos se gloriar (Gl 6.14).


Que possamos olhar para Cruz e dizer como o centurião:
Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus. Mc 15.39




Pr. Flávio Alves

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A CRUZ DE CRISTO: Onde a Justiça e o Amor de Deus se encontraram

A CRUZ: Onde A Justiça e O Amor se encontram.


“Luz divina, resplandece!
Mostra ao triste pecador,
Que na cruz estão unidos
A justiça e o amor.
Fala aos corações feridos,
Mostre-te, Deus Salvador;
E sem fim, proclamaremos:
"Deus é luz! Deus é amor!”
(Hino 18 Harpa Cristã)

Não existe outra verdade maior do que A Cruz de Cristo.

É o tema central do Cristianismo:
(I Corintios 1:23) -  Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.

Deve ser o tema central de toda pregação:
(I Corintios 1:17) -  Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.

É somente nela que devemos se gloriar:
(Gálatas 6:14) -  Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.

É nela que se cumpre a justiça de Deus:
(II Corintios 5:21) -  Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.

Porque onde deveríamos morrer, ele morreu por nós:
(Romanos 5:8) ... em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

É na cruz onde seu amor de Cristo nos constrange:
(II Corintios 5:14) - Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.

É na cruz onde Deus prova seu amor:
(Romanos 5:8) -  Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

É por causa da cruz que somos aceitos, pois é nela que manifesta a graça de Deus: Tornando as aceitáveis a Deus as pessoas que são em si mesmas inaceitáveis. Não é por obras, nem por merecimento, mas unicamente pela graça de Deus (Tt 2.11).

(Efésios 2:8) -  Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.

Nisto está a justiça de Deus:
(Romanos 5:15) -  Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

Que para A CRUZ olhe todo pecador e veja que nela está exposto o encontro do AMOR com a JUSTIÇA DE DEUS.

Uma ciganinha chamada Pepita foi convidada por um pintor a posar para um quadro. Em troca, receberia algumas moedas de ouro. Chegando ao atelier, Pepita se impressionou com uma tela de Cristo crucificado. Ela nunca tinha ouvido falar de Cristo nem de sua morte na cruz. Pediu então ao pintor que lhe contasse a história daquele "homem na cruz".
O artista contou-lhe a história de Jesus. Seu nascimento, seu sofrimento e morte na cruz, sua ressurreição, tudo... A ciganinha ficou muito comovida e perguntou ao artista:
- O senhor deve amá-lo muito, não? Pois ele morreu pelo senhor.
Mas o pintor, que conhecia tão bem a história de Cristo, vivia distanciado do grande amor do Senhor. A pergunta da menina levou-o a render-se a Jesus. Ambos se converteram naquele momento e juntos agradeceram a Deus.


"E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" (Jo 12.32).

Em Cristo, para Cristo, por Cristo.


Pr. Flávio Alves