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quarta-feira, 28 de maio de 2014

O CHAMADO

O CHAMADO
E, andando junto do mar da Galiléia, 
viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.
Marcos 1:16-17

Segundo Flávio Josefo, podia-se ver na região do Mar da Galileia cerca de 330 barcos de pescaria na época de Jesus. Trinta cidades dependiam economicamente da pescaria naquela região. Eram centenas de pescadores, e dezenas deles estavam na praia quando de repente aparece Jesus. Ele se dirige a quatro deles e faz um chamado incomum: “Vinde após mim...”

Em João 1.35-50, Jesus chama a André e Pedro para deixarem as fileiras de João Batista para seguir aquele que era maior do que o próprio João Batista. Este foi o chamado para a salvação. A prioridade na vida de um pregador é a sua própria salvação. Temo que muitos pregadores, cuja mensagem, arrebata centenas das garras infernais para os braços de Deus, estão com sua própria salvação em perigo. Muitos se deixaram levar pela fama, sucesso efêmero e aplausos da multidão, de alguns até idólatras. Outros vivem uma vida dupla, com outras mulheres, desvios morais e éticos. Esquecem-se de que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a própria alma. Esquecem-se de mais importa a aprovação de Deus do que a do povo, como fez Saul.

Não sabemos o que houve com Pedro e André, mas ambos regressaram para suas atividades pesqueiras. Então, o chamado de Jesus agora era para segui-lo: “Vinde após mim...” Não adianta querer pregar o que não se vivencia. Como pregar eficazmente sobre salvação se ainda não se sente a convicção e a alegria da própria salvação? Quem segue a Jesus aprende com ele, vive com ele, ouve a ele, se alegra com ele. Se não formos capazes de transmitirmos isso para nossos ouvintes seremos apenas religiosos hipócritas! O chamado de Cristo é para ser discípulo, isto é, preservar a salvação através da comunhão contínua com Cristo! Não adianta aceitar a Jesus hoje e não se tornar discípulo depois.

Jesus Cristo poderia ter ido até as escolas rabínicas para escolher o melhor aluno para ser seu discípulo, mas não fez. Poderia ter ido ao Templo escolher os profundos conhecedores da Torah, mas não fez. Ele preferiu ir até um local simples à busca de homens simples. Como um carpinteiro que preferia escolher cortar a própria madeira para esculpir sua obra-prima. Faz parte da essência divina escolher as coisas que não são para confundir as que são. (I Co 1.26,27). A Igreja não começaria com poder e riquezas ou profunda sabedoria humana. A Igreja que se espalharia pelo mundo inteiro até aos confins da terra começaria por homens simples e iletrados. Afim de que posteriormente eles: “...vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” Atos 4:13.

O Evangelho de Cristo não é invencionice humana! Foi fundado pelo próprio Deus para abalar os alicerces da Terra com a mais perfeita manifestação de Deus para a humanidade: Jesus Cristo de Nazaré!

E, deixando logo as suas redes, o seguiram.
Marcos 1:18

Porque eles seguiram de imediato? Por que o chamado de Cristo é soberano! É soberano por que tem autoridade. Tem autoridade por ela vem dele mesmo. Jesus Cristo era e é a maior fonte de autoridade que existe! Os discípulos seguiram Jesus como alunos da maior escola de pregadores que já existiu. Eles tornar-se-iam os maiores pregadores do mundo para pregarem a maior e mais importante notícia do mundo. Como disse Hernandes Dias Lopes: “Jesus não era um artesão do efêmero, mas um escultor do eterno.” Ele tinha o ensinamento que transcendia o apenas “saber”, ele mesmo era e tinha o ensino que transformava vidas!

Pedro certa vez disse: “E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador.” Lucas 5:8. Pedro reconheceu sua indignidade, sua capacidade limitada para atende a este tão grande chamado. Mas, Jesus não desistiu de Pedro. Mas, veja a resposta de Jesus: “E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.” Lucas 5:10. Sim, Jesus transformaria estes homens em pescadores de homens. O vaso era de barro, mas o poder é de Deus. Os instrumentos são frágeis, mas a mensagem é poderosa. Os pescadores são limitados, mas a pesca é gloriosa. O mundo era o mar, os homens os peixes, a pregação o anzol, a isca a Palavra, e o barco, a Igreja!

Pescar homens é mais importante do que a oferta depois do culto. Resgatar o perdido importa mais que os aplausos da multidão. Impactar vidas importa mais que emocioná-las. Nossa missão é arrancar as almas das chamas da perdição e leva-las até os braços de Cristo. É dar luz aos cegos e aos que andam em trevas espirituais. Nossa missão é trazer esperança a um mundo desesperado por paz. Nosso trabalho é arar uma terra seca e dura chamado coração humano para colocar a mais preciosa semente, que é a Palavra de Deus.

Oh! Senhor! Deus meu e Salvador meu! Ajudai-me nesta tão grande empreitada! O mundo está cansado de mensagens que falam de coisas efêmeras e superficiais, desprovidas de poder e autoridade. A verdade é o que eles precisam! Nossos púlpitos precisam ser inundados pelas correntes de águas purificadoras! Nossa voz precisa estar carregada com a autoridade de quem vive o que fala, de modo tal, que se sintam obrigados a ficar de joelhos ante à verdade divina!

Abre tua boca e te encherei! Diz o Senhor!

Nas chamas do Espírito,



Pastor Flávio Alves

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

JESUS, SETE VEZES INCOMPARÁVEL parte I


De todos os seres humanos que existem ou já pisaram neste planeta, nenhum, jamais se pode comparar com o Senhor Jesus Cristo. Ele foi excelente em tudo o que fez. Não existe e nunca existirá outro maior. Somente os que não O conhecem podem afirmar o contrário. Maior e melhor em tudo o que fez. Jesus alcançou o maior nível em tudo. Não existe outro tema mais importante para ser proclamado pela Igreja (I Co 1.23). Jesus é incomparável porque:

ELE FOI UM SER HUMANO INCOMPARÁVEL

Aristóteles, Sócrates, Alexandre, "O Grande", César, Napoleão, Frederic Nietzsche, Alebert Einstein, Bill Clinton, Gandhi e tantos outros grandes nomes da história não chegam nem perto da grandeza do homem chamado Jesus. Ele, sem dúvida foi o maior dos homens, porque:

Por que seu nascimento foi incomparável

Por que só Jesus foi gerado pelo Espírito Santo:
"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo." Mateus 1:18

"E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus." Lucas 1:35

a  “Ninguém nasceu com uma estrela noticiando”. Até o corrupto profeta Balaão pôde ver a estrela que brilhava mais forte no céu dos planos divinos.

"Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto; de Jacó procederá uma estrela, de Israel se levantará um cetro que ferirá os termos de Moabe, e destruirá todos os filhos de orgulho." Números 24:17

      “Ninguém nasceu com um coral de anjos cantando no céu.”
"Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade."
Lucas 2:13-14

Por que sua vida foi incomparável

Nenhum outro ser humano mudou tanto o mundo como Jesus. Nenhum outro ser humano conseguiu promover uma revolução tão grande durante dois milênios com o seu próprio sangue, como Jesus Cristo.
O mundo nunca mais foi o mesmo desde que este homem pisou aqui.
Nenhum outro ser humano dividiu a história em antes e depois dele. Pois, ele diz: "está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. Apocalipse 21:6

Até a sua morte foi incomparável.
Por que nenhuma outra morte causou tanto rebuliço no mundo como a morte de Jesus:
- Os túmulos se abriram e mortos ressuscitaram. (Mt 27.52).
- O véu do templo com 12 cm de espessura, que somente uma junta de bois poderia rasgá-lo partiu do alto abaixo. (Mt 27.51).
- A terra tremeu e o sol escureceu (Mt 27.45). A própria natureza protestava contra a morte do seu Criador.
Sem dúvida, Jesus foi o maior dos seres humanos!

JESUS FOI UM PROFETA INCOMPARÁVEL

     Nenhum profeta teve mais autoridade do que ele. Elias, Eliseu, João Batista, nem Maomé se compara a Jesus como profeta.
"E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" Mateus 8:27

Nenhum profeta fez tantos milagres. 
Até o profeta Isaías disse acerca d'Ele: "Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão." Isaías 35:5
"E vieram a ele grandes multidões, trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e outros muitos, e lhos puseram aos pés; e ele os curou;
de modo que a multidão se admirou, vendo mudos a falar, aleijados a ficar sãos, coxos a andar, cegos a ver; e glorificaram ao Deus de Israel."
Mateus 15:30-31
"E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem." João 21:25

Nenhum profeta foi tão amado pelo povo como ele:
"E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este?"
Mateus 21:9-10

A esta pergunta que as pessoas de Jerusalém fizeram, o profeta Zacarias responde: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta." Zacarias 9:9

      Nós vemos muitos profetas poderosos no Antigo Testamento, mas ninguém nunca viu um que expulsava demônios:
"Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos;" Mateus 8:16

Pr. Flávio Alves
Continua...



sábado, 9 de abril de 2011

A REVOLUÇÃO DA CRUZ

A REVOLUÇÃO DA CRUZ

O mundo já passou por várias revoluções ao longo da História. A grande maioria delas foi à base do sangue, das guerras e da violência. Seus líderes sempre estiveram encabeçando-as presencialmente. Se matassem o líder, talvez morresse também a revolução. Entretanto, houve uma revolução relativamente silenciosa, e que se espalhou como uma árvore expande suas raízes sobre todo o mundo então conhecido. Uma revolução sem armas, encabeçada por homens iletrados, simples pescadores da menor província da época.

Enquanto dos rochedos de Capri, o Imperador, gastando seus últimos dias na devassidão e em festas prazerosas, lançava apenas sentenças de morte. Todo o império desfrutava de equilíbrio. No mar o comércio prosperava maravilhosamente. Todas as províncias estavam sob controle, perfeitamente submissas. Era assim também na Palestina. Nada parecia ameaçar o domínio romano na menor das regiões do Império. Tudo estava aparentemente bem. Apenas os zelotes e insubmissos tiravam a paz dos romanos. O sinédrio controlava bem o povo, os fariseus os entretiam com suas centenas de regras supostamente baseadas na Torah.

Foi neste sintético contexto que uma mensagem extraordinária começava a espalhar-se por toda a Jerusalém. Os anunciadores destas boas novas não tinham nada de excepcional em si mesmos. Eram judeus dedicados como a maioria. Respeitavam os rituais e costumes da religião judaica. Guardavam o sábado, oravam nos horários estabelecidos, jejuavam até duas vezes por semana. Não faziam parte dos poderosos, pois não dos “príncipes dos sacerdotes” nem dos “anciãos do povo”. Na maioria, eram gente da plebe. O sotaque denunciava sua terra de origem, a desprezada Galiléia. Os líderes os olhavam com desprezo e outros com preocupação.
Os irmãos sem sangue

Quem eram eles? O que exatamente anunciavam? Que mensagem era essa, capaz de reunir pessoas do Ponto, do Egito, da Líbia e da Capadócia numa só fé? Inicialmente, haviam-se denominados discípulos, porque tinham um Mestre, um fundador. Mas, o amor que neles se observava os levou a chamar um ao outro de irmãos. Sim, irmãos. A comunhão, a partilha de bens, o cuidado e unidade entre eles foram mais bem denominados como uma relação de irmãos.

Não formavam uma seita, como os fariseus que ostentavam sua religiosidade nos grandes filactérios que usavam, ou pelos rituais e regras que regiam suas vidas. Os adeptos dessa fé não se preocupavam em aparentar sua santidade como forma de separação social. Nem tampouco se isolavam do mundo, como os essênios, que viviam abnegadamente em monastérios no Mar Morto. Estes irmãos não fundaram uma sinagoga independente, ou keneseth, como a Lei autorizava. Mas, eles estavam entre todos, acessíveis a todos.

O que então eles pregavam? O desejo de liberdade no interior dos judeus era comum. Ninguém, exceto aqueles que lucravam, gostava do domínio romano sob Israel. A ânsia pela independência era mútua. Os profetas de outrora haviam predito a respeito daquele que seria um líder maior que Moisés. Mas, que faria um papel semelhante ao dele na libertação nacional no Egito. Os zelotes almejavam por um líder guerreiro que esmagaria a força opressora dos romanos. Os fariseus esperavam aquele que cumpriria cabalmente e perfeitamente toda a Lei. Os saduceus esperavam uma espécie de Rei-sacerdote que restituísse o Reino de Israel aos padrões dos tempos de Salomão, e que também consolidasse e legitimasse o poder dos sacerdotes.

Foi diante desta expectativa que surgiram vários messias. Todos eles, porém dissiparam-se como fumaça no céu. Mas, estes irmãos pregavam no Pórtico de Salomão, no Templo, nas sinagogas ou onde quer houvesse oportunidade que o Messias já tinha vindo. A mensagem era simples, Jesus de Nazaré, é o Messias de Israel. Nós não podemos imaginar atualmente a real intensidade e mistura do impacto de alegria e espanto que esta mensagem provocou no íntimo dos judeus. Esta era a resposta para a oração deles. A resposta divina para suas ânsias e desesperos. Deus enviou o Messias!

Um deles, chamado Pedro, que já se comportava como chefe, pronunciou o primeiro sermão registrado dessa nova fé. Diante uma grande multidão atônita diante da cena fora do comum na descida do Espírito Santo, se põe de pé afirma: “Varões israelitas, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré... Este Jesus, Deus o ressuscitou, e disso nós somos testemunhas... Tenha, pois, por certo a casa de Israel que Deus fez Senhor e Cristo a Jesus, que vós crucificastes” (At 2.22,23,32,36).

A nova fé baseava-se em quê?

Essa nova fé repousava sobre a ressurreição de Jesus. Pedro havia negado Jesus três vezes antes que o galo cantasse. Os demais fugiram com medo de cair no mesmo fim que seu Mestre. Apenas algumas mulheres e o jovem João ficara aos pés da cruz para assistir a crucificação. O que aconteceu para mudar tão radicalmente estes iletrados covardes e incrédulos em os primeiros mártires do Cristianismo? Até mesmo Tomé afirmava que só creria se primeiro tocasse nas perfurações no corpo do Jesus.

Eles tinham certeza que Jesus estava morto. Eles viram de longe e outros de perto o corpo do pregador da Galiléia sendo retirado e sepultado. Agora estavam escondidos das autoridades, sem compreender o sacrifício de Jesus, estavam como os discípulos no caminho de Emaús. Estes discípulos interrogavam-se entre si, sem compreender a morte de Jesus. Nenhum deles acreditava no maior de todos os milagres: a Ressurreição de Cristo.
Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Atos 4:20
Se Cristo não tivesse de fato, ressuscitado, nenhum destes homens daria a sua vida para testemunhar de uma mentira. “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” I Co 15.14 “Mas, confirmada por numerosas testemunhas, a Ressurreição passou a ocupar um lugar central na nova fé; tornou-se o fecho da abóboda do edifício doutrinal.” A revolução Cristã se iniciou! Uma revolução sem armas. As armas eram invisíveis.

Nietzshe afirmou que o cristianismo é uma religião de escravos. É a forma dos judeus se vingarem dos seus líderes. Pois, transforma a força em fraqueza, e a riqueza em pobreza. Se esquece portanto, que desde os dias de vida do próprio Jesus Cristo, alguns ilustres se converteram e creram em suas palavras. Se o cristianismo é uma religião de escravos, porque Nicodemos, Jairo e outros príncipes judeus o seguiram? Porque Barnabé, homem de posses que sustentou vários apóstolos se converteria? Por que Sérgio Paulo, procônsul de Roma creu maravilhosamente? É uma tremenda falta de conhecimento bíblico afirmar que o Cristianismo é uma religião de escravos.

É óbvio que para um escravo, o Cristianismo seria uma forma de libertação. Mas, não de vingança. Isso é ignorar o fato que levou os de Antioquia intitular, pela primeira vez, os irmãos de “cristãos”. O amor que Jesus Cristo demonstrava pelos seus discípulos os cristãos primitivos também demonstravam uns pelos outros. Isso quebrava as barreiras de sociais, de classes econômicas, culturais, raciais ou de nacionalidades. O Cristianismo primitivo não enxergava barreiras. Estas boas novas eram pregadas “sem impedimento algum”. Era uma revolução silenciosa que tomava conta de pessoas, famílias, bairros, cidades, províncias... O grão de mostarda cresceu ao lado da grande árvore do judaísmo, mas logo tornar-se-ia tão grande, que o judaísmo pareceria uma plantinha ao lado dela. A cruz era a bandeira, a ressurreição o baluarte, os discípulos os embaixadores de um Reino que até então, não era deste mundo.
Continua...

Pastor Flávio Alves

ROPS, Daniel. Academia Francesa. A igreja dos Apóstolos e dos Mártires. Editora Quadrante, São Paulo. 1988.

terça-feira, 29 de março de 2011

Angelologia e Pandemonologia: Estudos acerca dos "Anjos e demônios" Parte VIII

OS CINCO "EU" DE SATANÁS


Veja como os seus cinco “eis” o derrubaram em Isaías 14.12-17:


“E tu dizias no teu coração:
a)Eu subirei ao céu,
b)e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono
c),e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte.
d)Subirei acima das mais altas nuvens
e)e serei semelhante ao Altíssimo.”


A decisão de Lúcifer em se rebelar contra Deus com violência, desencadeou uma guerra cósmica. E houve batalha no céu:
“Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. (Ap 12:7-9 )”


Quão trágicas foram as consequências para Lúcifer, quando de um querubim magnífico coberto de glória e beleza foi transformado em Satanás (Adversário) e Diabo (Acusador). Os anjos que acreditaram em suas promessas também foram expulsos do céu e se transformaram em demônios. Ele portanto, tornou-se em chefe das potestades do ar (Ef 2.2) e príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30). Desde então é inimigo de Deus e de seus escolhidos.


Ele é chamado de:


1) Satanás (Lc 10.18; I Cr 21.1; Jó 1.6; Zc 3.1; Mt 4.10; II Cr 2.11; I Tm 1.20).
2) Diabo, que significa também caluniador, pois fala mal de Deus para o homem e do homem para Deus (Mt 13.39; Jo 13.2; Ef 6. 11) Aquele que fala mal do seu irmão Paulo chama de “diabolos”, isto é, caluniador.
3) Dragão ( Is 51.9; Ap 12.3,7; 13. 2).
4) Serpente ( Gn 3.1; Is 27.1; Ap 12.9; 20.2). Este termo significa desonestidade e falsidade ( Jó 26.13; II Co 11.3).
5) Belzebu (Mt 10.25; 12.24,27). Em sírio significa “senhor do esterco”. Bem que combina com ele!
6) Belial ( II Co 6.15), tem o sentido de indignidade e depravação.
7) Lúcifer (Is 14.2), que significa “aquele que traz a luz” ou “estrela da manhã”, uma referência ao planeta Vênus.
8) Maligno ( Mt 13.19,38; Ef 6.16; I Jo 2.13). Significa que ele tem uma essência má, cruel e tirânico. Está sempre atento para fazer o mal sempre que puder.
9) O adversário ( I Pe 5:8; Ap 7:27; Ap 20:20 )
10) O acusador dos irmãos ( Ap 12:10 )
11) O deus deste século ( Jo 14:3; IICo 4:4 ). Com um falso deus, ele é adorado, tem seus ministros (II Co 11.15), doutrinas (I Tm 4.1), sacrifícios (I Co 10.20), e suas próprias sinagogas (Ap 2.9).
12) O enganador ( Gn 3: 4,13; II Co 11:3,13,14 ).
13) Homicida ( Jo 8:44 ).
14) Príncipe da potestade do ar ( Ef 2:2 ).
15) O pai da mentira ( Jo 8:44 ).
16) Sedutor ( Ap 12:9 ).
17) Rei dos terrores ( Jó 18:14 ).
18) Príncipe deste mundo. (Jo 12.21; 14.30; 16.11). Sem dúvida ele tem influência sobre os governantes deste mundo, e promove através deles genocídios, guerras, fomes, e toda sorte de males. Entretanto, este controle não foi entregue por Deus, e sim pelos próprios homens (Mt 4.8,9). Contudo, este poder e controle ou influência estão limitados pela soberana vontade de Deus.
19) Tentador (Jó 2.7).
20) Leão que ruge (I Pe 5.8).


Nós precisamos saber:


1. Satanás tem acesso à presença de Deus, apresentando-se como acusador dos filhos de Deus.


2. Algumas vezes Deus permite que Satanás aflija seus filhos.


3. Satanás se deleita em fazer os homens amaldiçoarem a Deus, a duvidarem do seu amor e de suas benevolências.


4. Satanás tem suas atividades restringidas por Deus.


5. Ele pode controlar elementos da natureza para provocar destruição entre o povo de Deus.


6. Ele também leva as pessoas ao extremismo religioso, fanatismo, o furto e homicídio.


7. Ele é capaz de mentir até na presença de Deus.


8. Ele causa doenças nos corpos das pessoas para que elas blasfemem de Deus.


9. Ele pode usar até eleitos de Deus para desvirtuar os propósitos e planos de Deus.


10. Ele não descansa nem mede esforços para afastarem as pessoas da presença de Deus.


Atentemos para as palavras do Pastor David Wilkerson sobre nosso inimigo:


"Veja, uma fé inabalável no Senhor faz o inferno se enfurecer. Nada constitui maior ameaça ao reino de Satanás do que um cristão firme na fé. Por quê? É pela fé que é liberado o poder pelo qual o reino de Satanás é vencido. Pela fé, nasce a justiça e os incêndios demoníacos são debelados. As promessas de Deus são obtidas e as bocas dos leões são fechadas."

Trecho da Mensagem: Satanás está à solta para destruir a sua fé.

terça-feira, 15 de março de 2011

O Andar do Novo Homem (Parte I)

O ANDAR DO NOVO HOMEM
Uma exegese e comentário em Efésios


E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Ef 4.17


Efésios é a epístola paulina dos mistérios de Deus, pois revela os propósitos eternos de Deus para o surgimento, procedimento e preservação da Igreja de Cristo. O que escrever para uma igreja que não estava sendo ameaçada por heresias ou graves problemas? O apóstolo Paulo então a escreve uma carta com o propósito de ampliar os horizontes e dimensões teológicas da Igreja em Éfeso.
Vemos as muitas dimensões do profundo propósito de Deus ao constituir a igreja e unir todas as coisas em Cristo. Como também, observamos Paulo apresentando o alvo da igreja aos efésios.


No capítulo 1 vemos:
A saudação do apóstolo.
A revelação de alguns propósitos divinos: A glória e a Supremacia de Cristo.
A necessidade dos cristãos em buscar esse conhecimento.


No capitulo 2 vemos:
Que a salvação é pela graça mediante a fé.
Que Deus reconcilia os judeus e gentios através da cruz de Cristo.
Que Deus une judeus e gentios numa só família, o corpo de Cristo.


No capitulo 3 vemos:
Que Deus revela sua profunda e perfeita sabedoria através da igreja.
Que devemos buscar uma experiência profunda da plenitude de Deus.


No capítulo 4 vemos:
Que a igreja precisa estar unida.
A igreja precisa buscar maturidade.
Cada um de nós precisamos buscar uma vida espiritual renovada.


Este é o nosso tema: Como podemos andar em novidade de vida?


Vers. 17:
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. 


A resposta é: Primeiro, não andando "como os gentios... que andam na vaidade da sua mente."


A Palavra "vaidade" vem do grego: "MATAIOTES", que significa: "Inútil", "depravado".


O apóstolo está afirmando que os que não tem Deus andam com uma mentalidade inútil, depravada. E, como é atual esta verdade! Aqueles que não crêem em Deus vivem uma vida sem sentido, vazia e sem propósito. É por isso que vemos tantas crises existenciais, tantos suicídios, tantas pessoas vivendo numa futilidade e sem uma razão maior.


A humanidade sem Deus não encontra propósito na sua existência. Se acreditássemos no "cientificismo" moderno, em que o homem, assim como todas as espécies derivam de acidentes ou evoluções da natureza, nossa vida não teria sentido algum. Se viemos do nada, e para o nada retornaremos, o que somos? 


Mas, muitos vivem o "carpe diem", aproveitando o máximo deste mundo e seus prazeres. Na verdade, são escravos do prazer e de seus próprios desejos. Desejo de comprar, desejo de sentir, desejo de ser amado, de ser aplaudido, de ter, de possuir...Enfim, o homem tornou-se escravo dos próprios desejos. Mas, em Cristo somos salvos desta visão bitolada da realidade capitalista e vazia na sua essência. Enquanto, os homens desejam ser, nós desejar ESTAR no ÚNICO que é o "EU SOU".


Vers. 18
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;


A palavra "entenebrecidos", poderia ser mais claramente traduzida como "obscurecidos", como em algumas traduções. E reflete esta triste realidade atual, pois denota uma vida mental fútil. E não é, de fato, fútil acompanhar um carro de som debaixo de um sol quente pulando no meio da rua, como se isso lhe trouxesse a felicidade absoluta? 


Qual é o sentido da vida daqueles que vivem para acumular riquezas no mundo, se nada do que possui poderá levar para além da vida?


...separados da vida de Deus...


A palavra "separados" vem do grego, "APOLLOTRIOO", e significa "afastar para longe", "alienar". Este é um estilo de vida longe de Deus, alienígena da vida de Deus.


...pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;


A palavra traduzida como "dureza" aqui é "POROSIS", que também significa: "estupidez", "indiferença", "cegueira"


"Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." II Co 4.4 


Quanta cegueira espiritual e estupidez daqueles que insistem numa vida desprovida de paz, fé e salvação! Por que abraçar o mundo efêmero, se Cristo tem um céu que é eterno? Somente um coração duro, estúpido, e cego que troca a alegria incondicional, a paz que excede todo entendimento, a comunhão com o ser mais poderoso do universo e as riquezas da vida eterna, por um mundo que será brevemente sacudido e destruído pelo fogo da justiça divina.


Vers. 19
Os quais, havendo perdido todo o sentimento...


A palavra "sentimento" aqui traduzida da palavra grega "APALGEO", também significa "tornar-se apático". E isto é o que eu percebo nos meios acadêmicos e em países de primeiro mundo, onde a confiança no poder do dinheiro e do conhecimento trouxe uma falsa segurança nessas pessoas, que elas se tornaram apáticas ao evangelho e ao próprio Deus. Há pessoas hoje que não suportam o nome de Jesus, e consideram a religião como algo de pobres e "desinteligentes". 


Estas pessoas só percebem quão terrível é este engano quando se deparam com uma doença que a medicina mais moderna e cara que existe diagnostica: - É incurável! Só cai esta venda dos olhos dessas pessoas quando há uma tragédia em que o dinheiro nada pode fazer.


Caro leitor, não espere uma tragédia ou algo terrível acontecer para enxergar a verdade de que uma vida sem Deus é como um rio de água parada. Como um dia nascer sem o sol, ou um pássaro não ter céu para voar. Jesus é a nossa maior razão de viver, uma razão tão forte que nos faz levantar-se até nas cinzas das desgraças e dizer: "Tudo posso naquele que me fortalece!".


Nós não somos um quadro com uma pintura sem vida, com Deus somos Obra-prima com a assinatura daquele que pintou e desenhou o céu e o universo.
Somo feitos por um propósito. Não temos mentes inúteis, fúteis, obscurecidas ou alienadas, pois vivemos uma nova vida. Temos uma nova mente. Um novo modo de pensar. 


Andemos portanto, como um "Novo Homem", que deixou tudo isso para trás.


Em Cristo,


Pr. Flávio Alves

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dia Da Bíblia

Guardando um tesouro

Um moço ao emigrar para uma outra terra, recebeu de seu pai uma pedra, que segundo o costume da sua família, passava de pai para filho. Era uma tradição. A pedra era de grande valor para todos. O moço, pois, a guardou com cuidado. Para onde foi, constituiu família, teve filhos, mas a vida lhe era muito difícil e apertada financeiramente. 

De quando em quando, seus filhos apanhavam aquela pedra para brincar. O pai permitia, só tomando o cuidado para que não a perdessem. Um dia, visitou sua casa, um homem entendido em pedras. Viu a pedra nas mãos das crianças, apanhou-a para um ligeiro exame a fim de constatar o que logo lhe parecera ser -uma pedra preciosa, que se fosse lapidada, valeria uma fortuna. Foi o que fez com a permissão do amigo. Limpou a pedra, fez a lapidação e ela provou ser de fato, um rubi valioso, avaliado em milhares de reais. ...e aquele homem vivendo todo o tempo em dificuldade financeira, com uma fortuna dentro de casa! 

Tem famílias guardando uma Bíblia na estante, na cabeceira da cama, mas que nunca é lida. Tomemos o cuidado para não menosprezarmos o tesouro que temos em casa: a Bíblia Sagrada!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Deus é o Senhor do Tempo

Deus é o Senhor do Tempo



...é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes. Daniel 2:21


Deus é eterno. E, a eternidade de Deus é inerente á sua própria natureza. No conceito hebraico de eternidade, Deus é eterno por que não tem começo e não tem fim. Todos os deuses das muitas mitologias que surgiram no mundo dizem ser eternos, por que nunca teriam fim. Todos eles foram criados e surgiram de outros deuses. Basta olharmos para a mitologia grega e veremos exemplos claros disso. Mas, somente o Deus judaico-cristão é de fato eterno. E este conceito é um anomalia e inédito dentre todas as religiões do mundo.

Deus não foi criado, nunca surgiu e nunca passou a existir. Deus sempre existiu. Como Deus é eterno e sempre existiu, Ele criou o tempo. Ele portanto, é a causa do tempo. A sua existência é necessária.

"Aquele que existe devido a Sua natureza mais do que a Sua vontade, deve ter sempre existido e sempre continuar a existir para sempre." Henry C. Thiessen

Em sua revelação escrita à humanidade, Ele se revela e é reconhecido e chamado como Eterno: 
Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Salmos 90.2





"Ele é causa primeira sem ser causado". A verdadeira origem, o criador, sustentador e preservador de todas as coisas. Ele criou o tempo e como  criação de Deus, o tempo está sob o comando e vontade de Deus. Ele não está sujeito à passagem do tempo. O tempo não tem efeito sobre Ele. Mas, Ele tem efeito sobre o tempo.

Este Deus que legisla, governa, e preserva todas as coisas, inclusive o tempo, dispõe de qualquer recurso que existe e inclusive os que não existem para chegar ao seu propósito. De forma mais simples, posso profetizar-lhe que Deus tem todos os meios existentes e inexistentes para fazer a vontade d'Ele prevalecer independente de qualquer circunstância. 

O tempo é somente mais um meio que Deus pode se utilizar para proporcionar a sua vitória.

Por sua causa:

Deus pára o tempo:

(Josué 10:12,14) - Então Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. 
E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR assim a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel. 



Deus fez o tempo (o sol) parar para proporcionar a vitória absoluta de Josué. Não importa o que seja necessário acontecer, mas até a própria natureza está como uma ferramenta nas mãos de Deus para garantir-lhe a vitória.

Deus retrocede o tempo:

(Isaías 38:8) -  Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado. 

O rei Ezequias estava enfermo e após a profecia de que Ele viveria mais 15 anos, o sol retrocedeu a sua sombra dez degraus no relógio de Acaz. Isto só seria possível, se fosse possível, além de parar o planeta que se move em torno de si mesma, também fazê-la fazer o caminho contrário, isto é, girar do oeste para o leste exatamente dez degraus no relógio de sol de Acaz. O fato é que Deus além de fazer a terra parar novamente ainda a fez girar ao contrário por causa da oração de um servo dele.

Deus Acelera o tempo:

(Mateus 24:22) -  E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. 


Por causa dos escolhidos, a vinda de Cristo está mais perto do que imaginamos. 

E para concluir, receba este versículo para sua vida:

(Ezequiel 12:28) - Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Não será mais adiada nenhuma das minhas palavras; e a palavra que falei se cumprirá, diz o Senhor DEUS. 

Deus tem pressa em cumprir com as suas promessas na vida dos seus escolhidos.
(Gênesis 41:32) -  ... é porque esta coisa é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la. 

É por isso que afirmo:

"Há tempo para todo tempo no tempo daquele que manda no tempo!"
Flávio Alves


No único e verdadeiro Eterno e Senhor dos tempos e das horas,

Vosso conservo,



Pr. Flávio Alves