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quarta-feira, 27 de março de 2024

Pular, rodopiar e marchar são legítimas manifestações pentecostais?

 

Pular, rodopiar e marchar são legítimas manifestações pentecostais?

 

Quem já frequentou uma igreja evangélica pentecostal pode ter se deparado com manifestações, no mínimo, estranhas. Pessoas pulando, gritando, chorando demasiadamente, e outros rodopiando como se estivessem em transe, entre outras. Aos olhos de um descrente, tais movimentos parecem muito com aqueles vistos dentro de centros espíritas de religiões afrodescendentes. E a pergunta que surge é: Esses movimentos são verdadeiramente manifestações pentecostais ou são de origem demoníaca? Vamos debater neste texto este tema tão polêmico que divide opiniões.

 

O que é o movimento pentecostal?

 pomO movimento pentecostal é oriundo da crença na atualidade dos dons espirituais. De forma resumida, significa acreditar que o Espírito Santo ainda opera no meio da sua igreja distribuindo os dons, principalmente o de falar em “outras línguas”, profecia e curas. Este movimento surgiu nos Estados Unidos no princípio do século XX e chegou ao Brasil rapidamente no mesmo período. Hoje possui vários expoentes, como a Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e várias ramificações, como as igrejas neopentecostais. A classificação dessas igrejas de acordo com suas crenças e doutrinas é assunto para outras postagens. Mas, de forma geral, os pentecostais representam a maior parte da população evangélica do Brasil. Segundo o censo do IBGE de 2010, dos 42,3 milhões de evangélicos brasileiros, mais de 25 milhões são pentecostais. A mensagem principal do pentecostalismo brasileiro é: “Jesus Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e brevemente voltará” .

 

Falar em outras línguas é a principal crença dos pentecostais

 Desde os primórdios desse movimento, houve várias polêmicas. Na verdade, se olharmos para o surgimento da igreja cristã em Atos 2, percebemos que no dia de pentecostes a imagem de várias pessoas reunidas no mesmo lugar, falando em línguas estranhas aos ouvidos dos expectadores leigos parecia como sinal de embriaguez (At 2.13). Tudo isso devido ao principal sinal destacado pelos pentecostais: a glossolalia, isto é, “o falar de forma sobrenatural em outras línguas” desconhecidas para quem fala. De fato, muitas pessoas reconheceram que esses seguidores de Jesus estavam falando das grandezas de Deus em idiomas estrangeiros de vários países e povos dos quais eles mesmos eram oriundos. “Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” Atos 2:8

 Percebemos neste texto de Atos 2 que os que não conheciam os idiomas falados pelos recém-batizados com o Espírito Santo zombaram do movimento o que acontecia. Descobrimos então que muitos ignorantes zombam, criticam ou ridicularizam pelo simples fato de não entender o que está acontecendo (I Co 2.14-16). O homem carnal não compreende as coisas do espírito porque são espirituais!

 Concluímos que o dom de línguas, que é o mais peculiar do movimento pentecostal, sempre será cercado de polêmicas advindas principalmente daqueles que não o compreendem. Contudo, entendemos que o exercício desse dom possui algumas recomendações e finalidades explicadas pelo apóstolo Paulo em I Co 14:

 

  1. Quem fala em línguas está falando principalmente a Deus. Vers. 2.
  2. Quem fala em línguas edifica-se a si mesmo. Vers. 4.
  3. Quem fala em línguas só edifica a igreja se houver intérprete. Vers. 5.
  4. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretar. Vers. 13.
  5. O dom de línguas é um sinal para os infiéis. Vers. 22.

 

Mas, e o pular, rodopiar ou marchar falando em línguas estranhas são realmente movimentos legítimos do movimento pentecostal?

 O cerne desse texto é sobre as manifestações físicas que acontecem quando um crente sente a presença do Espírito Santo em sua vida. Eu gostaria de fazer algumas considerações iniciais: Não pretendo criar uma doutrina sobre o assunto, e muito menos dogmatizar a respeito do tema. Por último, minha discussão não reflete necessariamente a posição da minha denominação acera do tema. Trata-se apenas de minhas considerações pessoais sobre o assunto.

 **1ª Ponderação:** O falar em línguas é sim a evidência inicial do batismo com Espírito Santo. Entretanto, essa afirmação não significa dizer que uma pessoa que não fala em línguas não tenha o Espírito Santo em sua vida, como alguns querem afirmar. Antonio Gilberto (2019, p. 66) define o batismo no Espírito Santo como “um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para Deus”. Essa definição é corroborada pela Declaração de Fé das Assembleias de Deus (2017, p. 167) ao professar que “o batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder do Alto”. Foi o que aconteceu em Atos 2, na casa de Cornélio At 10.44, 46, em Samaria At 8.16, e em Éfeso At 19.6.

 **2ª Ponderação:** A forma como cada pessoa reage à presença do Espírito Santo é diferente. Sobre isso você precisa entender que cada pessoa possui suas próprias experiências e bagagem pessoal. Cada indivíduo traz consigo uma história única, com experiências de vida, educação religiosa, traumas passados, entre outros fatores, que moldam sua percepção e resposta à presença do Espírito Santo.

 Além disso, existe a questão do temperamento e da personalidade de cada um. As pessoas têm diferentes temperamentos e personalidades, o que pode influenciar como elas expressam suas emoções e experiências espirituais de forma única e especial. Algumas pessoas são naturalmente mais extrovertidas e expressivas, enquanto outras podem ser mais reservadas e contemplativas.

 Também existe outra questão muito importante que é o nível de sensibilidade espiritual. A sensibilidade espiritual de cada pessoa pode variar, influenciando como ela percebe e responde à presença do Espírito Santo. Algumas pessoas podem ter uma sensibilidade mais aguçada e facilidade em reconhecer a obra do Espírito, enquanto outras podem precisar de mais tempo para desenvolver essa sensibilidade.

 Por último e não menos importante é a disposição e a abertura que cada pessoa possui para a obra do Espírito Santo, e podem influenciar significativamente sua resposta à Sua presença. Aqueles que estão dispostos a se renderem e permitirem que o Espírito Santo opere em suas vidas podem experimentar uma resposta mais profunda e poderosa, enquanto outros precisam de mais tempo e relacionamento com Deus para se abrirem mais à presença do Espírito Santo.

 Em resumo, a diversidade na forma como as pessoas reagem à presença do Espírito Santo é uma expressão da riqueza da individualidade humana, bem como da complexidade da obra do Espírito Santo na vida de cada indivíduo. Por isso, não podemos ser dogmáticos em relação às diferentes manifestações espirituais em nosso meio.

 **3ª Ponderação: Parece, mas não é.**

 Eu vi muitos comentários de pessoas dizendo que os movimentos de falar em línguas, pular, bater palmas ou rodopiar parecem coisas de “terreiro”. Eis um perigo que reside à porta de quem quer julgar o que provém ou não de Deus: errar em seus julgamentos, atribuindo ao diabo as coisas de Deus e vice-versa. Lembro do meu pastor presidente Isaac Martins Rodrigues ensinando na Assembleia de Deus em Abreu e Lima, Pernambuco - Brasil, que o diabo pode imitar as línguas estranhas.

 Portanto, você precisa entender que assim como as profecias, estas manifestações possuem três fontes diferentes: Deus, a carne, ou o diabo.

 **a. Deus:** Deus pode usar as pessoas de formas diferentes, pois a graça de Deus se manifesta de diversas formas (1 Pe 4.10). Vemos exemplos incomuns de como Deus pode se utilizar das pessoas ou de ferramentas para executar a sua vontade: Deus se utilizou de uma sarça para se revelar a Moisés no monte Horebe (Êxodo 3.2); a própria vara de Moisés pela qual operou poderosos sinais e milagres é uma ferramenta incomum (Êxodo 4.2-4); a estratégia de guerra que Deus deu a Josué para vencer Jericó (Josué 6.15) é uma estratégia racionalmente incomum; as ferramentas que Gideão e seus trezentos soldados usaram para vencer os midianitas não parecem nada comum (Juízes 7.16); o próprio Senhor Jesus cuspiu no chão e fez lodo para abrir os olhos de um cego, uma forma totalmente diferente para operar um milagre (João 9.6) e todas as operações divinas que se Deus se utilizou para um propósito. Nós somos o vaso nas mãos do oleiro e Ele faz como quer e do jeito que quer (Jeremias 18.6).

 **b. Carne:** Utilizo a palavra carne no sentido de pessoa, emoção e consciente próprio do ser humano. As manifestações espirituais podem ser provocadas positiva ou negativamente pela própria pessoa. Exemplo positivo: Davi dançou de alegria quando trouxe a arca do Senhor para Jerusalém (1 Crônicas 15.29), era uma alegria carnal, mas não era negativa. Por outro lado, temos pessoas que desejam chamar a atenção para a sua espiritualidade a exibir-se com gritos, pulando ou até profetizando e falando em línguas estranhas. Eu tenho trinta anos de convivência no meio evangélico e já vi muitas manifestações duvidosas de pessoas que queriam mostrar que eram mais espirituais do que as outras. Profecias carnais, rodopiam no meio do templo, línguas estranhas produzidas por sua própria carne para sua própria glória são comuns e devem ser combatidas. Também podemos produzir profecias falsas baseadas em nossas emoções puramente humanas. Por exemplo, queremos que alguém seja curado e profetizarmos a cura para a pessoa sem a ordem de Deus, baseado apenas em nosso desejo emocional pelo bem daquela pessoa. Por isso precisamos orar, buscar confirmação divina e julgar a profecia para não cairmos nestas armadilhas.

 Profetizar em nome de Deus é algo muito sério, tão sério que a Lei punia com a morte quem fizesse falsamente (Deuteronômio 18.20). O próprio Senhor nos advertiu que devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mateus 7.15). Portanto, não devemos dar lugar à carne e sim ao Espírito Santo (Romanos 8.8).

 **c. Diabo:** Sim, a terceira fonte da manifestação espiritual pode ser diabólica. Demônios podem inspirar falsas doutrinas e profecias ("...dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;" 1 Timóteo 4:1). Existe sim a possibilidade de que uma pessoa que profetiza, fala em línguas, pula ou rodopia dentro da igreja possa estar sob efeito demoníaco. Eu já tive uma experiência com uma irmã que orava no monte conosco, e todas as vezes pulava de forma estranha e pronunciava sons estranhos. Por isso, orei a Deus e pedi discernimento, repreendi o espírito de engano, e para a glória de Deus a irmã foi liberta e me agradeceu posteriormente. Mas cuidado, esta repreensão deve ser feita com amor para libertação da pessoa e não para sua humilhação pública.

 

CONCLUSÃO:

 Discernimento Espiritual: Diante de tudo o que foi exposto, a necessidade de discernimento espiritual é crucial (1 Coríntios 12.10). Este dom é fundamental para proteger a comunidade cristã do engano, permitindo identificar a origem das manifestações espirituais.

 

Propósito nas Manifestações: É essencial entender que tudo o que Deus faz possui um propósito (1 Coríntios 14.40). Mesmo quando Deus age de maneira incomum, o resultado é para Sua glória. Portanto, todas as manifestações espirituais devem ser feitas com ordem e decência, em conformidade com a Palavra de Deus.

 

Soberania de Deus: Deus é soberano e pode usar as pessoas de formas incomuns para Sua obra (Hebreus 5.14). Tentar racionalizar ou limitar as formas como Deus se manifesta é inadequado, pois Ele age conforme Sua vontade.

 

Não Restringir a Alegria do Povo de Deus: Devemos evitar menosprezar as emoções, alegria e júbilo do povo de Deus em adorá-Lo (Sofonias 3.17). As manifestações espirituais não devem ser proibidas ou limitadas, desde que ocorram com moderação e discernimento.

 

Evitar Exageros e Manter a Moderação: É importante evitar os exageros e manter a moderação nas manifestações espirituais (2 Timóteo 1.7). Devemos buscar estar cheios do Espírito Santo, conservando a chama do Espírito acesa, sem cair em confusão ou desordem.

 

Buscar Maturidade Espiritual: Em meio às críticas e tentativas de rotulação, é essencial buscar discernimento e maturidade espiritual. Devemos nos lembrar de que o fogo genuíno de Deus não se mistura com fogo estranho, sendo puro e santo.

 

Concluo desejando que você cresça espiritualmente e não despreze as coisas espirituais. Que busque discernimento e maturidade espiritual, permitindo que Deus seja glorificado em todas as coisas.

 

Em Cristo,

Pr. Flávio Alves.

terça-feira, 26 de março de 2013

Pular, rodopiar e marchar são legítimas manifestações pentecostais?

Quero apenas conversar sobre o assunto, sem elaborar um tratado teológico, pois estou sem tempo no momento.

Fui questionado sobre a base bíblica para as pessoas se movimentarem durante o culto. Tentei explicar da seguinte forma:

A alegria do povo de Deus em adorá-Lo não pode ser explicada apenas por raciocínio lógico ou fundamentos teológicos. Rodopiar, pular, marchar, e assim por diante, não podem ser considerados regras para manifestações visíveis do agir de Deus, mas também não devem ser negadas. Deus é soberano e age conforme Sua vontade no meio do Seu povo. Tentar racionalizar a alegria de Davi ao dançar enquanto trazia a Arca da Aliança para a cidade não se encaixa na ótica limitada e preconceituosa humana.

Entretanto, podemos aprender com a advertência sobre desprezar tanto as manifestações do agir de Deus quanto a alegria do Seu povo em adorá-Lo. Mical tornou-se estéril por desdenhar a espontaneidade de Davi ao dançar no meio do povo, mesmo sendo ele um rei. Emoções, alegria e júbilo não devem ser menosprezados em nosso meio, pois foram concedidos por Deus e devemos utilizá-los com sabedoria. As Escrituras até mesmo usam linguagem antropomórfica ao descrever Deus dançando no meio do Seu povo com vitória, embora isso seja mais uma exceção do que uma regra.

Não devemos pregar isso como doutrina, nem condená-lo, para não cairmos na síndrome de Mical. A preocupação com o que os outros pensam não deve ser maior do que a preocupação com o que Deus pensa. Tenho vivido essa experiência desde os 7 anos de idade, e Deus tem me ensinado a buscar moderação, evitando tanto o legalismo farisaico quanto a libertinagem coríntia.

Alguém respondeu: "...quando analiso 1ª Coríntios 14, isso vai totalmente contra. No caso de Davi, vejo uma particularidade, pois ele se alegrou pela volta da Arca da Aliança. Mas, em termos de edificação espiritual, como rodopiar, pular, marchar... nos edifica? Como contribui para a edificação do Corpo de Cristo?"

De fato, 1ª Coríntios 14 não proíbe nem limita as manifestações espirituais para a Igreja Universal de Cristo, mas restringe os excessos que ocorriam em Corinto. Quem pode proibir ou restringir o povo de Deus de se alegrar ou falar em línguas? O Espírito Santo é como o vento, que sopra onde quer. O rodopiar, pular e marchar não trazem edificação geral para a igreja, mas pergunte a algumas pessoas, não a todas, o que as impulsionou a fazer isso.

Não deve haver exageros. Como você não estava lá, não pode afirmar se houve ou não. Somente aqueles que sentiram a glória e o poder divinos naquele momento podem falar sobre o indescritível. Se seguirmos a premissa de que Paulo fala para a Igreja Universal, então deveríamos proibir todas as mulheres de ensinar, falar ou pregar em nossas igrejas, além de usar véu.

É claro que não concordo com esse tipo de manifestação em locais públicos, pois poderia escandalizar mais do que beneficiar o povo de Deus.

Na história do movimento pentecostal, encontramos pessoas na rua, incapazes de chegar ao local na Rua Azuza devido à multidão, sendo impactadas pelo poder do Espírito, confessando pecados à beira da calçada, outras chorando e pulando, algumas rindo... Muitos disseram que era obra do demônio, outros que era loucura, e assim por diante...

A verdade é que estamos aqui por causa desses "loucos".

Você é humano, presta seu culto racional, mas nunca deixará de sentir as emoções que a presença do Espírito proporciona a todos!

Não vivemos pelas emoções, mas pela razão. No entanto, são as emoções que nos lembram que estamos vivos.

Mais tarde, tentarei arranjar tempo para escrever com respaldo bíblico sobre o assunto! A paz a todos!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A maior das hortaliças

A MAIOR DAS HORTALIÇAS

E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra. Marcos 4:30-32

Na remota e turbada província romana da Palestina, no centro do mundo antigo, nasceu o cristianismo. Pequena seita dentro do judaísmo que rapidamente e inexplicavelmente se espalhou. Nem uma das forças humanas, religiosa nem militar poderia impedi-la de crescer. Homens indoutos e desprezados pela elite judaica não podiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4;20).

A mensagem do nazareno se espalhava em todas as classes. O assunto mais comentado na amada Jerusalém era este: Jesus ressuscitou! Seus discípulos estão cheios de poder e operam tantos sinais quanto Ele. Mesmo ameaçados e perseguidos, a semente do evangelho encontrava um solo fértil para brotar sua transformação. Como era maravilhoso contemplar o semblante do jovem diácono que mais se parecia com um anjo! Como foi impactante ver o paralítico da Porta Formosa entrar no Templo saltando e glorificando a Deus! Como era harmoniosa a comunhão dos santos no partir não apenas do pão, mas dos seus próprios bens para ajudar o próximo! O quanto estamos distante da Igreja Primitiva!

Os arautos de Deus cumpriam as palavras do Mestre: "O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados." Mateus 10:27. Todos deveriam ouvir a mensagem, ainda que as tivesse que pregar com a sua própria morte, mas o sangue não seria derramado em vão. A mensagem era por demais poderosa, e até o mais endurecido e furioso coração de Saulo seria perfurado pelos aguilhões do testemunho do jovem Estevão. Não apenas os judeus, mas até o romano Cornélio fora chamado para assentar-se à Mesa do Senhor. Ainda desprezado por ser gentio, enquanto muitos rejeitaram o convite, os que estavam à margem do privilégio da salvação, agora receberiam vestes brancas e o direito de participar do banquete da graça divina(Mt 22.9).

Agora, até os violentos romanos, gregos profanos e idolátras egípcios teriam acesso ao Caminho. O mal desencadeado pelos inimigos a fim de deter a expansão da Palavra transformou-se no fermento do seu próprio crescimento. Os confins da terra seria o limite para aqueles que não conseguiam se calar. Nada poderia detê-los. Nem a traição dos entes queridos. Nem as ameaças das crucificações, muito menos a fúria dos leões do Coliseu seriam capazes de no mínimo pausar a explosão das conversões. Escravos, soldados, bandidos, sacerdotes, prostitutas e até o Imperador ouviria a louca mensagem da Cruz. O que era escândalo para uns, deixava outros em lágrimas de arrependimento.

O Espírito inspirava, orientava, enchia de poder e autoridade para calar a boca de todos os acusadores. O que eles podiam fazer? Cortar a língua? Louvavam por dentro. Amputar as mãos? Adoravam com o corpo. Queimavam o corpo, se via Cristo no olhar desse fiel. De onde eles tiravam forças para cantar no meio das chamas e orar enquanto as feras corriam para devorá-los? Que força inimaginável era esta, capaz de fazer uma metamorfose tal que até o arqui-inimigo de Cristo, se transformou-se no seu maior propagador?!

Nós também também podemos olhar para mais perto na História e vermos como esta semente cresceu em nosso país. Maria de Jesus Nazaré Araújo foi a segunda pessoa a falar em línguas pela primeira vez nas terras tupiniquins verde e amarelo. Mulher de influência sobre outras, foi uma das primeiras a buscar o batismo com fogo em Belém do Pará. E, na noite de 2 de junho de 1911, depois de quase um dia inteiro de oração viu a pomba pentecostal descer sobre si. Aleluias!

Como não poderia conter esta chama, voltou para sua terra cearense onde foi rejeitada pela família, mas não guardou a sua bandeira. Recebida na Igreja Presbiteriana Independente no Ceará, espalhou a chama pentecostal e a igreja se tornou a primeira igreja pentecostal do Ceará, a primeira Assembleia de Deus no estado. A semente plantada pela irmã Nazaré fez crescer uma árvore muito grande no Nordeste brasileiro.

A síntese de tudo é mesma do livro de Atos: ...Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum. Atos 28:31

Ardendo nas chamas pentecostais acendidas por Cristo,

 Pr. Flávio Alves

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

IV Congresso Pentecostal da Assembleia de Deus Filadélfia



O IV CONGRESSO PENTECOSTAL DA ASSEMBLEIA DE DEUS FILADÉLFIA será realizado nos dias 22,23 e 24 de Março de 2013 nos locais e horários abaixo. A entrada é franca.

DIA 22 Abertura Oficial
18:30 hr
Preletor: Pr. Flávio Alves 
(Presidente da Assembleia de Deus Filadélfia)
Adoradores: Pr. Armando Filho, Banda Criação e Banda Rhema

Dia 23 
14:00 hr
1º Encontro Pentecostal
Preletor: Pb. Júlio César 
(Pr. Auxiliar da Igreja Congregacional em Piedade, Recife-PE)
Adoradores: Banda Rhema, Cantor Romilson.

19:00 hr
2º Encontro Pentecostal
Preletor: Pr. Carlos Torres
(Pastor da Assembleia de Deus Guará em Recife-PE)
Adoradores: Banda Rhema, Cantora Milka Tavares.

Dia 24
14:00 hr
3º Encontro Pentecostal
Preletor: Pr. Bleno Enrique 
(Conferencista internacional , Cantor e pastor da Igreja Batista Renovada Kairós-Recife-PE)
Adoradores: Banda Rhema, Cantor Jadeilson, Bleno Enrique.

Encerramento Oficial:
Preletor: Pr. Flávio Alves
Adoradores: Zé Carlos (Rio de Janeiro-RJ), Banda Rhema e Bleno Enrique.

Não perca!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

III Congresso Pentecostal da Assembleia de Deus Filadélfia



Dias 13, 14 e 15 de Janeiro, no Teatro Municipal de Paulista:
III Congresso Pentecostal da Ass. de Deus Filadélfia


Preletores: 


Pr. Luís Prathes (PB), 
Pr. Bleno Enrique (RN), 
Pr. Flávio Alves (PE), 
e Pb. Júlio César (PE).


E no Louvor: 





Pr. Melwin (RJ), 
Pr. Lucas Lima (PE), 
e Miriam Pereira (PE)
além de Banda Rehma, Banda Criação, Banda Brasa Viva e muitos convidados!


Inscrições nas melhores livrarias evangélicas de PE, nas AD Filadélfia de Maranguape ou Abreu e Lima/PE ou solicite pelo e-mail: falds2006@gmail.com.


Taxa: R$ 40,00 
(Crachá-Livre acesso aos três dias do evento, pasta personalidade e caneta do evento, dois almoços e um jantar). 


Vagas limitadas devido ao número de assentos.


Informações: (81) 3371-9310/8800-3918.


Apoio: Rádio Filadélfia 107,3 FM.


Realização: Ministério Flávio Alves

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Reteté? Pode ou não pode?

Uma palavra sobre o re-te-té!


Um certo pastor afirmou em seu blog: "A igreja precisa de aviãozinho, entregador de pizza, sapato de fogo, marcha soldado e outras práticas do chamado "reteté"? É claro que não. Isso são práticas de "pregadores meninos" e "igrejas meninas"."

Amado pastor e queridos irmãos em Cristo,

De fato, existem muitas aberrações e exageros "pentecostais" por parte de alguns irmãos que são verdadeiros "meninos" e praticam tais coisas como se isso fosse edificá-los em alguma coisa. 

Contudo, minha advertência é para os extremistas de ambos os lados:

1º Qual edificação os pulos, marchas, danças e outras coreografias trazem para a igreja? Ou mesmo para que as fazem? Onde a carne reina, de fato, haverá prejuízos na Obra de Deus. Alguns querem parecer mais espirituais do que os outros e fazem tais coisas para chamar a atenção(e estão conseguindo).

Portanto, a primeira advertência seria para aqueles que se usam, que são carnais, e que podem(até incoscientemente) estarem sendo usados por demônios, conforme fui ensinado pelo reverendo e saudoso Pr.Isaac Martins.

2º A segunda vai para aqueles que não aceitam certas formas de Deus usar seus servos. Deus usa como quer, do jeito que quer e da forma que quer e não precisa dar satisfação á homem algum. Deus é soberano, e quem é o homem, por mais graduado que seja, para ditar o jeito que Deus pode usar uma pessoa ou não? 

Já vi Deus usar alguém marchando para curar câncer, outro apenas colocando as mãos; já vi Deus falar poderosamente no 'trovão' e também na 'brisa'. Deus opera de várias formas. E as vezes nem podemos discernir.
" O desafio final para os líderes pentecostais acha-se na área das demonstrações e/ou fenômenos sobrenaturais. É nesse foro onde o ministro, sobretudo o pastor, tem que buscar 'discernimento espiritual'. 
Ao longo da história pentecostal, Deus tem usado demonstrações incomuns para dar a necessária ênfase ao Corpo de Cristo ou para falar diretamente ao não-crente...Não devemos presumir que algo, por ser incomum, não é de Deus." 

Devemos ter cuidado ao taxarmos o que é ou não de Deus. 
Logo podemos perceber, á luz da Palavra de Deus, que aquilo que não tem propósito, nem objetivo algum concerteza não vem de Deus, pois tudo o que Deus faz, inclusive de forma incomum, possui um objetivo. É o que chamo de a "aparente loucura" de Deus. Mas, que na verdade, é uma sabedoria mais sublime do que a mente dos homens podem alcançar.

Infelizmente a igreja sofre por que alguns pastores não interferem na carnalidade demonstrada por alguns crentes, e também sofre quando estes tentam interferir nas formas "incomuns" de Deus usar seus servos.

Precisamos é de muito discernimento e sabedoria de Deus. Que possamos ensinar nossas ovelhas á serem moderadas, sábias, mas também a nunca limitarem a operação do Espírito Santo em suas vidas.

Que Deus abençoe a todos,

Pr. Flávio Alves
(citações: Manual do Pastor Pentecostal-CPAD)

Qual sua opinião sobre o assunto?