SOLIDÃO COMPANHEIRA
Irmão me fiz dos chacais, e companheiro dos avestruzes. Jó 30:29
A solidão é a companheira dos aflitos e angustiados. Daqueles que atravessam noites buscando o sono que para longe fugiu. É a melhor amiga dos esquecidos e desamparados, e que traz consigo outras amigas chamada tristeza e depressão. Não são poucos os que gritam por socorro quando se afogam nela. Contudo, ela é a terra fértil mais fértil para se aprender as mais importantes lições que a vida pode ensinar.
Na solidão percebemos quem, de fato, são as pessoas. O diabo roubou os bens, família, dinheiro e saúde de Jó, mas não roubou os amigos. Eles por si mesmos se afastaram na hora que Jó mais necessitava. A solidão daqueles que enfrentam provações mostra a eles, quem são os verdadeiros amigos. Os únicos amigos de Jó que sobraram só fizeram julgá-lo injustamente, e piorar sua situação. Neste momento de adversidade, até sua própria esposa mostrou sua verdadeira face mandando Jó amaldiçoar a Deus (Jó 2.9).
A solidão causa desespero, mas abre-nos os olhos para o verdadeiro amigo: Jesus Cristo. A solidão revela-nos que Jesus Cristo não nos ama como os demais, cujo amor é interesseiro, falso, fingido, superficial. Não possuímos nada que Jesus necessite, mais ainda assim Ele demonstra seu amor. Parece uma contradição, mas, são nos momentos das mais terríveis solidões que descobrimos, após profundas meditações, o valor da nossa amizade com Deus.
Ouça bem: Quando o mundo perder sua cor, a vida perder seu encanto, na gélida noite escura, reflita. Reflexão profunda que dá asas ao espírito para mergulhar nas profundezas da alma humana. Ainda que o fantasma da morte queira surgir nesta viagem ao seu próprio interior, segure na mão do doce Espírito. Veja com clareza cristalina o propósito da tua existência. Pois, coisas assim não se descobre em meio às multidões eufóricas. Somente em momentos de solidão plena o homem consegue escutar a voz da própria alma.
Na solidão o homem pode redescobrir o significado da vida. O que realmente lhe importa. Como na angústia do homem de Nazaré quando orava no Getsêmane, ele se ergueu para encarar o próprio destina traçado na eternidade sem fim. Não recuou. Não desistiu. Foi em frente beber o cálice até o fim. Assim também reage os que passam pela angústia da solidão. Pois, são nos momentos de solidão que se tecem as mais profundas e sinceras orações.
A solidão é a melhor companheira para quem deseja estar mais perto de Deus. Em cima de um monte, dentro de uma caverna, no silêncio de um poço sem água. Não importa qual seja o lugar, contanto que se ouça a voz do Espírito e se mergulhe no oceano do seu próprio ser. Conhecer a si próprio é preciso. Conhecer mais da vontade d'Ele para nossa existência é mais do que necessário.
Em Cristo,
Pastor Flávio Alves
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
PONDERAÇÕES SOBRE A ANGÚSTIA
PONDERAÇÕES SOBRE O PODER DA ANGÚSTIA
Aflição e angústia se apoderam de mim; Salmos
119.143 a
A vida
cotidiana nos faz mergulhar na monotonia e nas profundezas do indiferente.
Ser mais um
no meio de todos. Ninguém vê ou sente a falta de outro. Nada muda com ou sem a
existência de alguém. Essa é a ideia que angustia muitas mentes em diversas
épocas em todos os lugares. Na angústia, o homem pode deixar-se dominar pelas
mesquinharias do dia-a-dia, e assim cometer o pior ato de covardia contra si
próprio, ou elevar-se ao autoconhecimento em sua mais profunda dimensão.
Para os
tais, nesse momento, as coisas da vida e do mundo ficam desprovidas de suas
importâncias e perdem o significado, dissolvendo-se na nulidade absoluta. Todos
os socorros dos títulos e funções sociais são ineficazes em debelá-la. “o homem
sente-se completamente perdido e desvalido”.
A angústia aniquila as cores do mundo ao redor, escurecem o negro vazio
de tudo, assinalando que tudo é nada. Como diz Heidegger: “o homem sente-se,
assim, como um ser-para-a-morte”.
O próprio
Jesus Cristo homem passou por este momento. Na névoa entre as árvores do
Getsêmane angustiava-se o filho do homem. São nessas mais densas trevas de
angústia e aflição desordeira, companheira da morte, que pode nascer a mais
forte das convicções para existência humana. O homem pode atribuir um sentido à
vida e à sua própria existência. Resignificando o mundo e seu próprio ser.
Projetando um futuro confortável para o desenvolvimento do que realmente
importa para si. A existência humana de Cristo tinha um propósito.
Assim,
depois das gélidas madrugadas da angústia mortífera se reergue aqueles que
decidem tomar a rédeas do seu próprio destino. Nossa breve peregrinação no
palco da vida não é de figurante, mas de um protagonista, onde o Autor da Vida
também é nosso diretor e escritor da peça.
Melhor é o
fim das coisas do que o princípio delas; Ec 7.8.
Flávio Alves
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