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terça-feira, 14 de setembro de 2010

HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte IX


Tipos de sermão

É importante saber primeiro que é o público, que tipo de evento será ministrado a pregação. Todo sermão possui a estrutura de um texto: Começo, meio e fim. Conhecendo o público, ter-se-á uma idéia de qual será o tipo de mensagem.
Existem alguns tipos de mensagens:

Doutrinário:
É a mensagem cuja finalidade é doutrinar o público. São umas mensagens com ênfase no ensino, admoestações (advertência), correções , ou sobre assuntos doutrinários como pecado, Trindade, moral, inferno, etc. Não se trata de uma pregação de acusações ou de “achismos”, ou de defesa de usos e costumes de uma igreja, mas sim da exposição da verdadeira doutrina bíblica.

Avivalístico:
É a mensagem cuja ênfase é a renovação espiritual. O verdadeiro avivamento bíblico produz vida, retorno á pureza das Escrituras, arrependimento, renovação da comunhão com Deus e com a igreja. Esse tipo de mensagem deve primar pela fidelidade escriturística e renovação interior das pessoas e não pela manifestação exterior. O verdadeiro avivamento sai de dentro para fora e não o contrário.

Temático:
É a mensagem que se centraliza em um tema, e discorre em vários textos sobre o assunto de acordo com os tópicos construídos pelo pregador.

Evangelístico:
É a mensagem cuja finalidade principal é alcançar o pecador. Deve primar pela singeleza e clareza na exposição.

Textual:
É o tipo de mensagem mais edificante para a igreja, pois ela discorre em um único texto como base de toda a mensagem. Todos os tópicos são extraídos de um único texto. É uma interpretação direta do texto.


Pr.Flávio Alves

domingo, 29 de agosto de 2010

Para meditar

Ou Dê Bom Testemunho ou Mude o Seu Nome

Alexandre, o grande conquistador, tomou conhecimento de que havia em um regimento, um soldado de mau caráter. Relaxado, preguiçoso! Era o tipo do indesejável.
Motivo de grave falta disciplinar fê-lo vir à presença do grande general. Quando soube que o soldado também se chamava Alexandre, foi lacônico:
- "Ou mude a sua conduta, ou mude o seu nome!"

"Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e a graça é melhor do que a riqueza e o ouro" (Pv 22.1).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte VII


















Figuras de Linguagem


Relataremos apenas as principais figuras de linguagem, pois são muitas que não convém tratarmos exaustivamente, pois isso compete à Hermenêutica.


SÍMELE: Trata-se quando se compara algo com outro totalmente diferente, mas que possui alguma semelhança. Exemplos: Salmos 42.1:Assim como o cervo brama pelascorrentes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!“.


MATÁFORA: Ocorre quando se faz uma comparação sem o uso de uma preposição. Exemplo: Gn 49.14 Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos.” Jo 6.35 “Eu sou o Pão da Vida”. Nota-se a ausência do como, mas percebe-se que ele está embutido ou oculto na frase. Isto é, Isaacar não é literalmente um jumento, nem o próprio Jesus é um pão, mas como um jumento e como um pão, respectivamente.

PLEONASMO: Ocorre quando se usa palavras redundantes, palavras desnecessárias. Ex.: Gn 40.23: ”O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” Você pode perceber que as duas palavras grifadas possuem o mesmo significado, mas foi posto propositadamente, a fim de enfatizar o esquecimento do copeiro para com José.

HIPÉRBOLE: Ocorre quando há um exagero no sentido das palavras para dar maior força, maior impressão, para mais ou para menos, a fim de apresentá-la viva á imaginação. Ex.: João 21.25:”Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem.”

IRONIA: Ocorre quando se fala ou escreve algo, desejando dizer o contrário do que se diz ou escreve. A mais famosa ironia bíblica está em I Rs 18.27: “...porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem;porventura, dorme e despertará”.


PARÁBOLA: É uma palavra grega que significa “colocar ao lado de”, e leva a idéia de colocar a idéia ao lado de outra com o objetivo de comparar. E nos traz grandes verdades espirituais através de coisas materiais. Para interpretar alguma parábola você deve ter em mente: que não se deve abandonar o conteúdo do texto, a causa da clareza e riqueza da figura, e não se deve fazer a parábola dizer mais do 
realmente o autor quer expressar ao usá-la. Eis alguns passos para interpretar e uma parábola:

1.    Determine o auditório. Jesus está falando aos escribas e fariseus, ás multidões, ou aos discípulos?

2.    Examine cuidadosamente o contexto da parábola, a fim de identificar o assunto da parábola, ou onde ela está inserida.

3.    Veja se a parábola se divide em várias cenas, ou o começo, meio e fim da estória.

4.    Determine que única decisão ou reação os ouvintes foram levados a tomar quando ela foi contada.

5. Discirna quais temas teológicos que a parábola afirma ou ensina. Isto é, identifique o ensino e propósito da parábola.

EUFEMISMO: Ocorre quando se usa uma palavra mais amena em lugar de uma mais dura ou pesada. Exemplos:

Quando se fala da MORTE:
“Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mt 27.52) Aqui a morte foi é comparada a “dormir”, visto que quem dorme, despertará.

Quando se fala de SEXO:
Em hebraico, a palavra usada para as relações sexuais é traduzida por “conhecer”, mas também existem outros termos: ”deitar, chegar-se, tocar, possuir, conhecer, ajuntardes”.
“Eu já ontem à noite me deitei com meu pai...” (Gn 19.34).

Quando se fala de DEUS:
Os judeus evitavam falar o nome de Deus:
“Nenhuma autoridade terias contra mim, se de cima não fosse dado” (Jo 19.11).


PROSOPOPÉIA: Ocorre quando se atribuem características humanas a seres coisas ou objetos. Ex.:”cantai alegres, vós, ó céus...vós montes retumbai com júbilo; vós também, bosques e todas as árvores em vós...” (Is 44.23).

SÍMELE: é uma comparação expressa. Utiliza as palavras; semelhante, como, etc... Enfatiza a semelhança entre duas idéias, objetos, ações, etc. O sujeito e a coisa com a qual ele está sendo comparado, são mantidos separados.

Ex.: Jer.23:29 - "Não é minha palavra como fogo...
                                      minha palavra como martelo...


Todos estes conhecimentos são válidos na hora de se interpretar qualquer texto bíblico.


Em Cristo, 


Pr. Flávio Alves

segunda-feira, 26 de julho de 2010

HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte III



Hermenêutica Básica

“Entender o que o texto realmente diz, tanto para sua época, quanto para hoje, é a base de toda pregação. Visto que a pregação é a proclamação das verdades contidas neste texto”

         Tenha em mãos auxílios lexicais como comentários, concordâncias e dicionários teológicos, pois a Bíblia foi escrita em Hebraico, Grego e Aramaico. Por isso, é muito importante ter o conhecimento básico dessas línguas. Pois, tendo a noção correta do que o texto diz, o pregador corre menos risco de fugir da verdade Bíblica.

Regras básicas de uma boa Interpretação

O trabalho de um pregador deve ser caracterizado pela alta qualidade. Na exposição e no ensino dos preceitos e conceitos bíblicos, esta alta qualidade só é atingida com empenho e dedicação. No prefácio de sua edição Manual do Novo Testamento Grego, edição de 1735, J. A. Bengel, escreveu: “aplica-te totalmente ao texto: aplica-o totalmente a ti”.

Os passos para o estudo de um texto são:
 I.    REPETIÇÃO: A repetição é uma forma de canalizar a mente de modo regular, numa direção específica, firmando assim hábitos de pensamentos.
 II.    CONCENTRAÇÃO: A concentração é o segundo elemento prático no estudo. Se além de conduzir a mente repetidas vezes ao assunto em questão a pessoa concentrar-se no que está sendo estudado, a aprendizagem aumenta sobremaneira.

 
III. ANÁLISE DO CONTEXTO: O contexto ajuda a não torcer a Palavra de Deus. Os que deturpam ou torcem a Palavra são chamados de ignorantes e instáveis (2a Pedro 3:16). O contexto fornece preparo e alicerce sólido para uma boa exegese. O sentido correto da Bíblia e das palavras vem do contexto. O contexto é a garantia da verdade nas escrituras. “Um texto fora do contexto é um pretexto” diz o adágio dos estudos de exegese. O melhor modo de estudar as Escrituras é aprender a pensar de acordo com o contexto: é aprender a extrair a mensagem inteira de textos longos; é também ler como leram os primeiros leitores.

Lembro de uma historia que li, se ela é verdade não posso afirmar, por isso a passo da forma como a li. 

Um certo obreiro foi convidado a participar de um congresso. Ele viu nesse convite uma oportunidade de ganhar um dinheiro extra, e mandou imprimir mil camisetas com o logotipo e o lema do congresso. Arrumou uma mesinha na entrada do local de reuniões e colocou o filho como encarregado de vender as camisetas. No último dia de reuniões, foi verificar o resultado de seu negocio e viu com surpresa que só tinha vendido vinte camisetas, horrorizado comprovou que estava com um prejuízo de 980 camisetas. Como ele tinha o sermão de encerramento, subiu aquela noite no púlpito, e disse:

“Amados irmãos, hoje eu tenho uma mensagem de Deus para vocês”. – Aleluia! Exclamou entusiasmada a platéia que lotava o recinto – “Deus falou comigo!” – continuou o pregador – E Ele diz, com voz clara e audível que eu deveria seguir a Bíblia e que eu deveria obedecer também o que ela diz. Então eu pergunte a Deus. O que eu devo fazer Senhor? Eu fiz a mesma pergunta de Paulo no Caminho de Damasco. Então o Senhor me respondeu: “Abra a Palavra e leia, leia e obedeça!”.

Irmãos, então tomei a minha Bíblia e abri, a leitura que o Senhor me mostrou estava em Marcos 10:21. O Senhor me diz, pela sua Palavra: “Vai, vende tudo...”.
“Agora eu tenho que obedecer... e vocês têm que cumprir essa ordem do Senhor, eu estou com 980 camisetas ali na entrada, elas são abençoadas pelo Senhor, e Deus me diz: Vai vende tudo, por isso eu não posso sair daqui até não ter vendido até a última delas. Irmãos... Está escrito, vai e vende tudo, eu tenho que obedecer”.

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Veja o perigo de negligenciarmos o contexto dos textos bíblicos. Quantas heresias e doutrinas de demônios têm sido formuladas e aceitas por pessoas que não analisam 
o contexto. Muitos crentes sérios também se enganam por não examinarem as Escrituras. (MT 22:29; OS 4:6).

         Uma questão importante deve ser levada em consideração ao interpretarmos algum texto, pois algumas palavras traduzidas diferem no sentido moderno. Para não haver nenhuma dúvida do que realmente a palavra realmente diz, o pregador deve possuir o maior número de versões da Bíblia que puder. Pois, comparando-as ter-se-á uma melhor compreensão do verdadeiro sentido da palavra. 

terça-feira, 13 de julho de 2010

HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte II

Conceitos Básicos


A Homilética se relaciona a tudo sobre preparação e entrega de sermãos.  Os conceitos básicos que devemos saber são:

·         Exegese: Interpretação, explicação ou comentário (gramatical, histórico, jurídico, etc.) de textos, principalmente da Bíblia.
·         Eloqüência: Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade; dom da falar com fluência.
·         Hermenêutica: Princípios de interpretação bíblica; arte de interpretar os livros sagrados e os textos antigos.
·         Homilética: Vem de homilia=conversação. Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades oratórias. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público.
·         Oratória: Arte de falar em público eloqüentemente ou em consonância com as regras da retórica; peça dramática religiosa.
·         Pregação: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Têm em si dois elementos: a verdade e a personalidade.
·         Sermão: Vem do latim, Sermonis=conversa e hoje significa discurso. Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de Deus, e que tem por objetivo salvar os homens.
·         Tema: É a matéria de que trata o sermão; a idéia central do sermão; o assunto apresentado no sermão.

2. Requisitos de Um Bom Pregador

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         A pregação, isto é, a comunicação da verdade de uma pessoa para outra, é composta principalmente de: A Verdade e o Pregador. Se faltar um desses elementos a pregação será apenas um discurso e o pregador, apenas um palestrante.

         O assunto da pregação é a verdade divina, centralizada no Evangelho do modo como foi revelado e oferecido em Jesus Cristo. Seu tema é a vida eterna, como nas palavras de Jesus, ”para que tenham vida e a tenham com abundância”. Diante dessa tão grandiosa incumbência o requisito que deve estar em primeiro lugar é a genuinidade, em seguida os dotes naturais, o conhecimento e a perícia.

a)           A Genuinidade- É a qualidade da alma. É a sinceridade de quem tem verdadeiramente uma íntima comunhão com Deus. Não é uma postura assumida, nem presunção, mas uma movimentação no calor da graça divina e no fervor do Espírito Santo. Até o ímpio a identificará como uma grande devoção a Deus e mudará a sua opinião sobre o pregador. O que temos visto hoje são pregadores que pregam a Palavra como teoria que nem eles mesmos praticam. Algo bonito de se ouvir, é isso que eles querem ouvir, pensam os nossos pregadores, quando na verdade o que os ouvintes querem e precisam é ver Deus na vida do pregador, sinceridade de quem tem realmente um contato contínuo com o Pai. Seja genuíno. Pois, a vida do pregador muitas vezes fala mais alto do que a sua própria pregação. Sem a santidade o pregador torna-se um hipócrita, já que está pregando o que nem ele mesmo vive. Se você realmente deseja ser um pregador eficaz deve primar pela sua santificação pessoal, através da oração e consagração constantes, pelo bom testemunho das verdades que você prega. Como também se esvaziar de si mesmo e encher-se cada vez mais de Deus e de seu Espírito. Eu me entristeço muito ao ver muitos pregadores ministrarem a Palavra com interesse em receber uma oferta alta da Igreja, e com interesse de receber elogios e fama. Os púlpitos não podem se transformar em vitrines de estrelas, nem passarelas para alguém se apresentar.

Nós não somos estrelas, somos como a Lua, não temos luz própria, somos portadores da luz que vem do Sol da Justiça, apenas refletimos a glória de Deus. Tenha muito cuidado para não querer receber a glória que pertence a Deus, pois a glória d’Ele não divide com ninguém (Isaías 42:8).

b) Dotes Naturais e Conhecimento- O pregador necessita da capacidade de pensar claramente, de conhecimentos gerais de Português, psicologia, geografia bíblica, História Geral e Bíblica, Usos e Costumes nos tempos Bíblicos, Doutrinas Bíblicas, a fim de interpretar corretamente o texto bíblico, e para então, poder aplicá-los no seu sermão. Todo conhecimento é bem vindo na preparação de um sermão. Segundo Cícero o bom orador deve conhecer tudo. Desprezar estes conhecimentos resultou em grande prejuízo para nossas igrejas nos séculos passados. Exemplo dessas más interpretações ocorreu em uma denominação pentecostal que proibia o uso de diademas por parte das irmãs baseados em textos apocalípticos. Como também o grande erro da Igreja Católica Romana em afirmar que Pedro é a pedra sobre a qual Jesus edificaria a Igreja. Usar correta e adequadamente os conhecimentos gerais em sermões embeleza, ampliam a visão e enriquecem a pregação. Pois, toda pregação é um ensinamento, mas nem todo ensinamento é uma pregação.

         O bom pregador deve possuir sentimentos firmes e uma imaginação vigorosa, como também de capacidade de expressão. Esse último, pode se conseguir em oração. (Ex 4.11-12).

c)   Humildade (soberba e auto-exaltação são a causa da queda de muitos pregadores).
d)   Seriedade (Deus não chamou você para alegrar o povo, mas para pregar a verdade).
e)  Respeito á Deus, aos ouvintes e ao ministério da igreja. O erro de muitos pregadores intinerantes, e não somente eles, é depreciar o ministério da igreja local, como se ele fosse a solução para tudo e o ministério nada faz pela Obra.
f)    Unção do Espírito Santo (Não use a armadura de Saul, confie na sua própria chamada, não precisa imitar pregadores famosos, Deus usa a cada um de uma forma diferente e especial).

Lembre-se que o Deus que chamou Moisés, Jeremias, Pedro, João e tantos outros, também os capacitou. Portanto, não tenha medo, Deus chama homens dispostos á anunciarem a Palavra que transforma vidas!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte I

Traremos uma série de estudos sobre Homilética, a arte da pregação. Nesta primeira parte traremos uma breve introdução ao tema. 



Introdução

        Como é maravilhoso sentar-se para ouvir um pregador manejando bem a Palavra da Verdade. Principalmente quando ela está carregada de muita unção e bem elaborada. Mas, existem pregadores desagradáveis de se ouvir, ora pelo sermão não preparado ou pela transmissão inadequada. Helmut Thielicke, famoso pregador alemão, disse: "Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma congregação cheia de vida, encontraremos no centro uma pregação cheia de vida". Mas, como atrair a atenção do auditório sem perder a essência da Palavra? Como pregar persuasivamente bem? Surge então a necessidade da Homilética. Como qualquer outro artista, fazendo, aprende melhor. Se o estudante buscar o Reino de Deus, amar as pessoas, estudar a obra da pregação e preparar-se para a eficiência no púlpito, de acordo com os ideais deste estudo, poderá crescer, ano após ano, como pregador. Que ninguém se dedique a uma vida de pregação sem antes refletir e orar; mas, uma vez tomada a decisão de pregar ou aceito o “chamado”, que esforço nenhum seja então poupado na preparação.

A pregação é característica peculiar do cristianismo; nenhuma outra religião jamais tornou a reunião freqüente e regular de massas humanas para se ouvir a instrução religiosa e a exortação como parte integrante do culto divino. Houve algo semelhante no judaísmo, mas não com tanta ênfase como no cristianismo.

A pregação se constitui uma função primária da igreja.
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Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías; e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor.” 
Lc 4.16-21

         Como podemos ver, o próprio Jesus deu primazia ao ministério da pregação e por isso, ao pregar nos mais diversos lugares: sinagogas, nos montes, à beira-mar, indo de vilarejo a vilarejo, arrastava multidões com suas palavras de graça e autoridade de Seu ensino. Sua pregação era um clamor, que muito insistia por sua compaixão e que era poderoso por sua urgência.

         Embora existam atualmente vários meios para comunicar a verdade, como rádios, filmes, livros, revistas e outros tantos, nada pode substituir a pregação da Palavra de Deus. Quando um homem se mostra apto para ensinar, cuja alma está nas chamas da verdade que ele acredita tê-lo salvo e espera salvar os outros, fala face a face a seus semelhantes e os raios de simpatia vão e vêm entre ele e seus ouvintes, até elevar a uns e outros , cada vez mais alto, a intensos pensamentos, até a mais calorosa emoção- de modo que se sintam arrebatados por carros de fogo para além do mundo- há aí um poder que envolve os homens, que influencia o caráter, a vida e destino, poder nenhum que página impressa, cabinas de rádio, ou telas de cinema jamais produzirão.

         Por isso, devo trazer uma advertência aos pastores: Cuidado! Não substituam a pregação da Palavra de Deus em suas igrejas pela obra pastoral ou pelo louvor na liturgia dos cultos. É você pastor que deve ministrar a Palavra nos púlpitos de suas igrejas e deve mostrar ás suas ovelhas o quão importante é a Palavra de Deus para a vida de qualquer cristão. Também não se esqueça da dedicação ao prepará-lo, e tenha cuidado para não estar cansado demais para ministrar, pois a igreja também ficará.

 
Nunca reserve os chamados dez ou cinco minutos para a pregação da Palavra. Ela tem primazia em qualquer lugar! Você que almeja ser um arauto de Cristo também deve, de fato, dedicar-se ao estudo da Palavra e no aperfeiçoamento deste talento. Por isso, este estudo será um bom auxílio para seu crescimento na graça e no conhecimento.

Se você acha este estudo proveitoso, deixe o seu comentário.

Flávio Alves