Quero apenas conversar sobre o assunto, sem elaborar um tratado teológico, pois estou sem tempo no momento.
Fui questionado sobre a base bíblica para as pessoas se movimentarem durante o culto. Tentei explicar da seguinte forma:
A alegria do povo de Deus em adorá-Lo não pode ser explicada apenas por raciocínio lógico ou fundamentos teológicos. Rodopiar, pular, marchar, e assim por diante, não podem ser considerados regras para manifestações visíveis do agir de Deus, mas também não devem ser negadas. Deus é soberano e age conforme Sua vontade no meio do Seu povo. Tentar racionalizar a alegria de Davi ao dançar enquanto trazia a Arca da Aliança para a cidade não se encaixa na ótica limitada e preconceituosa humana.
Entretanto, podemos aprender com a advertência sobre desprezar tanto as manifestações do agir de Deus quanto a alegria do Seu povo em adorá-Lo. Mical tornou-se estéril por desdenhar a espontaneidade de Davi ao dançar no meio do povo, mesmo sendo ele um rei. Emoções, alegria e júbilo não devem ser menosprezados em nosso meio, pois foram concedidos por Deus e devemos utilizá-los com sabedoria. As Escrituras até mesmo usam linguagem antropomórfica ao descrever Deus dançando no meio do Seu povo com vitória, embora isso seja mais uma exceção do que uma regra.
Não devemos pregar isso como doutrina, nem condená-lo, para não cairmos na síndrome de Mical. A preocupação com o que os outros pensam não deve ser maior do que a preocupação com o que Deus pensa. Tenho vivido essa experiência desde os 7 anos de idade, e Deus tem me ensinado a buscar moderação, evitando tanto o legalismo farisaico quanto a libertinagem coríntia.
Alguém respondeu: "...quando analiso 1ª Coríntios 14, isso vai totalmente contra. No caso de Davi, vejo uma particularidade, pois ele se alegrou pela volta da Arca da Aliança. Mas, em termos de edificação espiritual, como rodopiar, pular, marchar... nos edifica? Como contribui para a edificação do Corpo de Cristo?"
De fato, 1ª Coríntios 14 não proíbe nem limita as manifestações espirituais para a Igreja Universal de Cristo, mas restringe os excessos que ocorriam em Corinto. Quem pode proibir ou restringir o povo de Deus de se alegrar ou falar em línguas? O Espírito Santo é como o vento, que sopra onde quer. O rodopiar, pular e marchar não trazem edificação geral para a igreja, mas pergunte a algumas pessoas, não a todas, o que as impulsionou a fazer isso.
Não deve haver exageros. Como você não estava lá, não pode afirmar se houve ou não. Somente aqueles que sentiram a glória e o poder divinos naquele momento podem falar sobre o indescritível. Se seguirmos a premissa de que Paulo fala para a Igreja Universal, então deveríamos proibir todas as mulheres de ensinar, falar ou pregar em nossas igrejas, além de usar véu.
É claro que não concordo com esse tipo de manifestação em locais públicos, pois poderia escandalizar mais do que beneficiar o povo de Deus.
Na história do movimento pentecostal, encontramos pessoas na rua, incapazes de chegar ao local na Rua Azuza devido à multidão, sendo impactadas pelo poder do Espírito, confessando pecados à beira da calçada, outras chorando e pulando, algumas rindo... Muitos disseram que era obra do demônio, outros que era loucura, e assim por diante...
A verdade é que estamos aqui por causa desses "loucos".
Você é humano, presta seu culto racional, mas nunca deixará de sentir as emoções que a presença do Espírito proporciona a todos!
Não vivemos pelas emoções, mas pela razão. No entanto, são as emoções que nos lembram que estamos vivos.
Mais tarde, tentarei arranjar tempo para escrever com respaldo bíblico sobre o assunto! A paz a todos!