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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Futuro incerto?




Nossa vida é como desenho na areia do mar.
O futuro produz inquietude diante das incertezas.
Ansiedade insana de que não conhece o amanhã.
Como ensinou o bom Mestre, nada podemos alterá-lo.

Gravados em tábuas de Pedra.
Não há como re-esculpir.
As mãos que pesou os oceanos foi quem as delineou,
não erra nem um milímetro sequer, 
perfeição é seu sobrenome.

Diante dos olhos do Supremo Arquiteto,
tudo já está projetado, funcionando. 
Dará o fim pré-determinado.
Nada jamais fugiu, nem pode fugir do seu Eterno controle.

Coração que se angustia, 
mente que se perturba,
a fé deve brotar,
como ave fênix ressuscitar.

Pois, nos seus inalteráveis desígnios há segurança.
Certeza nascente de uma alma serena,
que descansa nos braços do seu Pai.
Confiando inabalavelmente que o Seu futuro,
foi escrito, determinado e abençoado por quem mais lhe amou!

Flávio Alves

terça-feira, 15 de março de 2011

O Andar do Novo Homem (Parte I)

O ANDAR DO NOVO HOMEM
Uma exegese e comentário em Efésios


E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Ef 4.17


Efésios é a epístola paulina dos mistérios de Deus, pois revela os propósitos eternos de Deus para o surgimento, procedimento e preservação da Igreja de Cristo. O que escrever para uma igreja que não estava sendo ameaçada por heresias ou graves problemas? O apóstolo Paulo então a escreve uma carta com o propósito de ampliar os horizontes e dimensões teológicas da Igreja em Éfeso.
Vemos as muitas dimensões do profundo propósito de Deus ao constituir a igreja e unir todas as coisas em Cristo. Como também, observamos Paulo apresentando o alvo da igreja aos efésios.


No capítulo 1 vemos:
A saudação do apóstolo.
A revelação de alguns propósitos divinos: A glória e a Supremacia de Cristo.
A necessidade dos cristãos em buscar esse conhecimento.


No capitulo 2 vemos:
Que a salvação é pela graça mediante a fé.
Que Deus reconcilia os judeus e gentios através da cruz de Cristo.
Que Deus une judeus e gentios numa só família, o corpo de Cristo.


No capitulo 3 vemos:
Que Deus revela sua profunda e perfeita sabedoria através da igreja.
Que devemos buscar uma experiência profunda da plenitude de Deus.


No capítulo 4 vemos:
Que a igreja precisa estar unida.
A igreja precisa buscar maturidade.
Cada um de nós precisamos buscar uma vida espiritual renovada.


Este é o nosso tema: Como podemos andar em novidade de vida?


Vers. 17:
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. 


A resposta é: Primeiro, não andando "como os gentios... que andam na vaidade da sua mente."


A Palavra "vaidade" vem do grego: "MATAIOTES", que significa: "Inútil", "depravado".


O apóstolo está afirmando que os que não tem Deus andam com uma mentalidade inútil, depravada. E, como é atual esta verdade! Aqueles que não crêem em Deus vivem uma vida sem sentido, vazia e sem propósito. É por isso que vemos tantas crises existenciais, tantos suicídios, tantas pessoas vivendo numa futilidade e sem uma razão maior.


A humanidade sem Deus não encontra propósito na sua existência. Se acreditássemos no "cientificismo" moderno, em que o homem, assim como todas as espécies derivam de acidentes ou evoluções da natureza, nossa vida não teria sentido algum. Se viemos do nada, e para o nada retornaremos, o que somos? 


Mas, muitos vivem o "carpe diem", aproveitando o máximo deste mundo e seus prazeres. Na verdade, são escravos do prazer e de seus próprios desejos. Desejo de comprar, desejo de sentir, desejo de ser amado, de ser aplaudido, de ter, de possuir...Enfim, o homem tornou-se escravo dos próprios desejos. Mas, em Cristo somos salvos desta visão bitolada da realidade capitalista e vazia na sua essência. Enquanto, os homens desejam ser, nós desejar ESTAR no ÚNICO que é o "EU SOU".


Vers. 18
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;


A palavra "entenebrecidos", poderia ser mais claramente traduzida como "obscurecidos", como em algumas traduções. E reflete esta triste realidade atual, pois denota uma vida mental fútil. E não é, de fato, fútil acompanhar um carro de som debaixo de um sol quente pulando no meio da rua, como se isso lhe trouxesse a felicidade absoluta? 


Qual é o sentido da vida daqueles que vivem para acumular riquezas no mundo, se nada do que possui poderá levar para além da vida?


...separados da vida de Deus...


A palavra "separados" vem do grego, "APOLLOTRIOO", e significa "afastar para longe", "alienar". Este é um estilo de vida longe de Deus, alienígena da vida de Deus.


...pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;


A palavra traduzida como "dureza" aqui é "POROSIS", que também significa: "estupidez", "indiferença", "cegueira"


"Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." II Co 4.4 


Quanta cegueira espiritual e estupidez daqueles que insistem numa vida desprovida de paz, fé e salvação! Por que abraçar o mundo efêmero, se Cristo tem um céu que é eterno? Somente um coração duro, estúpido, e cego que troca a alegria incondicional, a paz que excede todo entendimento, a comunhão com o ser mais poderoso do universo e as riquezas da vida eterna, por um mundo que será brevemente sacudido e destruído pelo fogo da justiça divina.


Vers. 19
Os quais, havendo perdido todo o sentimento...


A palavra "sentimento" aqui traduzida da palavra grega "APALGEO", também significa "tornar-se apático". E isto é o que eu percebo nos meios acadêmicos e em países de primeiro mundo, onde a confiança no poder do dinheiro e do conhecimento trouxe uma falsa segurança nessas pessoas, que elas se tornaram apáticas ao evangelho e ao próprio Deus. Há pessoas hoje que não suportam o nome de Jesus, e consideram a religião como algo de pobres e "desinteligentes". 


Estas pessoas só percebem quão terrível é este engano quando se deparam com uma doença que a medicina mais moderna e cara que existe diagnostica: - É incurável! Só cai esta venda dos olhos dessas pessoas quando há uma tragédia em que o dinheiro nada pode fazer.


Caro leitor, não espere uma tragédia ou algo terrível acontecer para enxergar a verdade de que uma vida sem Deus é como um rio de água parada. Como um dia nascer sem o sol, ou um pássaro não ter céu para voar. Jesus é a nossa maior razão de viver, uma razão tão forte que nos faz levantar-se até nas cinzas das desgraças e dizer: "Tudo posso naquele que me fortalece!".


Nós não somos um quadro com uma pintura sem vida, com Deus somos Obra-prima com a assinatura daquele que pintou e desenhou o céu e o universo.
Somo feitos por um propósito. Não temos mentes inúteis, fúteis, obscurecidas ou alienadas, pois vivemos uma nova vida. Temos uma nova mente. Um novo modo de pensar. 


Andemos portanto, como um "Novo Homem", que deixou tudo isso para trás.


Em Cristo,


Pr. Flávio Alves

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O Decreto de Deus

O DECRETO DE DEUS

O que é decreto? Decreto é uma vontade superior sendo imperada. Isto é, decretar é determinar, designar, ordenar. Dizemos que decreto de Deus é o Seu eterno propósito, baseados na excelência em sua sabedoria e desígnio, através do qual Ele governa todas as coisas. De forma que tudo o que acontece, acontece por que Ele determinou fazer acontecer ou permitir acontecer. Toda a criação foi criada com base em seus decretos. Tudo foi decretado por Ele na eternidade.

Satanás não pegou Deus de surpresa quando se rebelou com um terço dos anjos celestes. Nem tampouco, Deus se desapontou quando viu a falha do primeiro casal humano no Édem. Nada nem ninguém pega Ele de surpresa. Portanto, Deus nunca precisou alterar seus planos. Seus planos são INALTERÁVEIS

Devido ao seu poder de saber das coisas antes que aconteçam, isto é, sua presciência divina, na pode fugir do seu controle, tudo está de acordo com o que Ele determinou acontecer ou permitir que aconteça.

“O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?” Is 14.24,26,27.

Como diz A. J. Gordon: “Um universo sem decretos seria tão irracional e apavorante quanto um trem expresso correndo pela noite sem luz ou piloto, e sem nenhuma certeza de que não estaria mergulhando em um abismo no momento seguinte.”

Este é o universo que muitos cientistas ateus tentam nos convencer. Um universo sem propósito, sem controle. Onde viemos do nada e para o nada retornaremos, e assim nós também se reduzimos ao nada, logo nossa vida também não teria propósito assim como o próprio universo. Mas, se cremos que Deus existe e que tudo tem um propósito, logo nossa vida ganha um sentido e um propósito maior. Quão vazia e sem sentido deve ser uma vida desprovida de Deus e de propósito maior!

Mas, qual a finalidade dos seus decretos?

Poderíamos dizer uníssonos inspirados pelas pregações atuais que o maior propósito de Deus é a nossa felicidade, a felicidade do homem. Como temos vivido um evangelho antropocêntrico! Claro que Deus tem a finalidade de fazer o homem ser feliz. Vemos isso nas palavras de Paulo: “E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações “ Atos 14.17. “mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;” I Tm 6.17 b.

Deus busca a felicidade do homem tanto externa quanto interna. Para a felicidade externa, Ele criou a natureza, e todas as coisas externas que nos proporcionam prazer, desde que não sejam pecaminosas. Ao contrário do que muitos ensinam, não é pecado o servo de Deus ir à uma praia, comer uma boa comida, e aproveitar a vida. Já para a felicidade interna, Ele criou a adoração, o louvor e nos dá o gozo do seu Espírito que é uma alegria incondicional proporcionada por Ele independentemente das circunstâncias externas. E esta é melhor e mais duradoura do que a felicidade externa. Entretanto, este não é o objetivo maior dos seus Decretos, este é apenas um propósito secundário.
O mais alto objetivo do seu eterno Decreto é a glória de Deus. Isto mesmo, o grande propósito de tudo que Ele determina é a Sua glória!

A própria criação O glorifica: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. “ Salmos 19.1.

Os benefícios que Ele concede ao seu provo através das provações visam a glória d’Ele:
“escolhi-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.” Isaías 48. 10 b,11

Somos predestinados por Ele para “louvor da sua glória e da sua graça“ Ef 1.6.

Os vinte e quatro anciões postam suas coroas diante do trono dele e dizem: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” Ap 4.11

Dizemos portanto, que a mais alta finalidade de Deus a Glória d’Ele, e somente quando vivermos isto como a maior meta em nossas vidas é que estaremos perfeitamente encaixados no centro da sua boa, perfeita e agradável vontade. Isto é viver em total harmonia com os propósitos de Deus!


Alguém poderá até perguntar: “Se tudo o que Deus faz é para glória dele mesmo, isso não é egoísmo e orgulho?”

O homem de fato, quando busca a sua própria glória Ele faz por que é pecador e imperfeito. Mas, em Deus não há mudança nem sombra de variação, Ele é perfeito (Tg 1.17). Em Isaías 6 Ele é chamado três vezes de Santo, Ele é infinitamente Santo. Na realidade, como somente Ele é absolutamente Santo e perfeito, Ele e nós mesmos somos forçados a buscar em tudo a glória d’Aquele que é a perfeita manifestação de pureza, santidade, sabedoria, e verdade.


Deus vai dar glória a quem, se somente Ele é santo e perfeito para receber honra e glória?

Façamos como os anciões, se temos alguma coisa ou somos alguma coisa é para glória unicamente do Cordeiro! Aquele que é a grande epifania (manifestação visível) do Deus invisível.

A Ele, Glória!

Pr. Flávio Alves

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ninguém impede!



Ninguém impede!
גם מיום אני הוא ואין מידי מציל אפעל ומי ישׂיבנה
(Isaías 43:13) - Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?

Que versículo tremendo é este! Aquele que é e sempre será, pois antes de tudo ser o que é, Ele já era, afirma neste versículo: “Eu sou Deus e sempre serei. Ninguém pode escapar do meu poder e ninguém pode desfazer o que eu faço." ¹ Quem impede os seus planos e propósitos insondáveis de se realizar? (Jó 42.2). Mas, também como é perigoso  para alguém que não conhece o poder de Deus, tentar frustrá-los. É Ele quem diz: (Isaías 46:10) -... O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.

Deus é maior que o universo, pois tudo é obra de suas mãos, pois o criador sempre é maior que sua criação. Mas, o homem natural e ignorante acerca de sua eterna e implacável vontade não compreende seus eternos propósitos, e muitas vezes se coloca contra esta inabalável vontade. Aquele que está cego por obra do deus deste século não compreende que o Senhor possui inimagináveis recursos para cumprir com seus eternos desígnios.

Deus havia prometido ao velho Abraão que dele sairia uma grande e numerosa nação, como as estrelas do céu e os grãos da areia do mar (Ex 22.17). E pela sua providência, Deus havia levado como convidados de honra do próprio faraó, as setenta almas que estavam sob o comando de Jacó para o Egito. Deus os levara para o Egito, para:

a)      1.Salvar a família escolhida dos sete anos de fome que viria sobre a terra.
b)     2. Cumprir com a profecia dita a Abraão que sua descendência seria escravizada no Egito, até que a medida da iniqüidade dos amorreus estivesse cheia (Gn 15.13-15).
c)      3.Mostrar o seu grande poder e força através de faraó, pois através do que Ele faria no Egito o nome do Senhor seria anunciando sobre a terra e todos os povos temeriam ao Deus dos hebreus (Rm 9.17). Veja o testemunho de Raabe em Jericó aos espias de Josué 2.10.

Entretanto, naquele tempo surgiu um novo rei, o faraó Tutmés III teve medo do crescimento do povo de Deus. Não conhecia as promessas divinas feitas a Abraão. Este era um rei que não conhecia a Deus. "Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhe­cera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra" (Ex 1. 8-10). Como é tolo o homem que desconhece a Deus! E pensa que pode impedi-lo de cumprir com suas promessas.

Faraó entendia muito bem de estratégias de guerra, de cálculos e de admintração, mas por desconhecer os planos de Deus, o seu plano de prejudicar o povo de Deus era uma loucura. Um ato insano de uma mente desprovida de sabedoria espiritual. E é interessante como muitos homens agiram dessa forma: Hamã, o agagita que odiava os judeus, arquitetou um plano de morte, que no final resultou na sua própria morte e de todos os inimigos do povo de Deus (Et 3.6). Como é bom meditar nestes atos de maestria divina escrevendo a história, e atuando na História. Somos protagonistas de uma história escrita não nas estrelas, mas acima delas. Pois, o Senhor de todo o universo é o autor da nossa história.

Outros homens agiram de semelhante forma, como os césares de Roma. Pensavam que poderiam impedir o crescimento da igreja. Suetônio, um romano da época de Nero, após criticar os cristãos intitulando de seita maldita, advertiu que: “O sangue dos mártires seriam como sementes para o surgimento de novos cristãos.” Tertuliano também afirmou: "O sangue dos mártires é a semente dos cristãos."

Não há como impedir os planos de se cumprir, pois é o próprio Deus quem determina e é Ele mesmo que os executa: (Isaías 14:24) -  O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Cada gota de sangue que juntas escorria como um rio pelo chão do Coliseu foi, na verdade que produziu o efeito inverso e inesperável. Os rios de sangue alimentaram o desejo insano de violência dos romanos, mas também fertilizaram o solo árido de seus corações, até que aos poucos o cristianismo varreu aquela cidade do paganismo.

Quanto mais Tutmés afligia o povo hebreu, mais eles se multiplicavam. O que é aparentemente contraditório, é a forma maravilhosa de Deus mostrar que nada atrapalha o cumprimento de suas promessas. O erro fatal deste rei foi pensar em mudar o imutável; Faraó ignorava que, muitos séculos antes, ainda ele estava longe de respirar o fôlego desta vida mortal, a palavra e o juramento de Deus—"duas coisas imutáveis"—haviam assegurado infalivelmente a libertação completa e gloriosa daquele mesmo povo que ele, na sua sabedoria, propunha esmagar. Tudo isto ele desconhecia; e, portanto, todos os seus pensamentos e todos os seus planos baseavam-se sobre a ignorância dessa grande verdade, fundamento de todas as verdades, que DEUS, É.

Deus na sua “tática” de grandíssima maestria excelente, leva ao seio da casa de faraó o que ele mais temia: O menino Moisés, o menino sentenciado á morte por ele, agora adotado por sua própria filha, cresceu dentro do seu palácio. Isso nos mostra como é excelsa a soberana providência divina em levar o libertador para crescer e aprender com o próprio inimigo.

Os escravos hebreus saíram enriquecidos do Egito, liderados por Moisés, escoltados pela presença do Todo poderoso! Esta é na Bíblia uma das histórias que melhor apresenta a soberania de Deus em governar todas as coisas sem que ninguém o impeça, com o fim de cumprir o que Ele mesmo determina em benefício do seu povo na terra.

(Isaías 64:4) -  Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.

Ele é Deus, e agindo Ele, quem impedirá?


Em Cristo, vosso conservo,
Pr. Flávio Alves


¹ Versão: Português: Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Bibliografia:
O'REILLY, A.J.  Os mártires do Coliseu, CPAD, 3 ed, 2005.
HOFF, Paul. O Pentateuco, Editora Vida.
MACKINTOSH, C.H. Comentários do Exôdo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Não desprezes o dom que há em Ti


Não desprezes o dom que há em ti
(I Timóteo 4:14)




Ser um ministro do evangelho não é fácil. Ainda mais quando se é jovem e está começando agora. Mas, alegro-me quando leio as cartas de Paulo á Timóteo. Pois, vejo neste jovem pastor um exemplo, não somente para sua época, mas para todos quantos receberam de Deus uma incumbência na sua Obra. Como também, os conselhos do Apóstolo não servem apenas para Timóteo, mas para cada um de nós. Contudo, mesmo sendo gratos e honrados por ser chamado á uma tão Grande Obra, ás vezes nos achamos incapacitados.


Não foi diferente com os profetas, como no caso de Moisés que alegou ser pesado de língua, ou no de Jeremias afirmando ser uma criança e não saber falar. Não foi diferente no caso de Gideão, de Isaías... Sempre nos achamos pequenos demais para um propósito tão grande. Deus é Grande, Tremendo e Poderoso, mas mesmo diante disso somos cegados pelas nossas próprias incapacidades e imperfeições, ao ponto de sermos paralisados pelas circunstâncias.


Tenha convicção do chamado de Deus para sua vida


Quem te chamou para pregar, cantar ou fazer o serviço da Casa de Deus? Foi o homem, que é pequeno, fraco e imperfeito? Ou foi Aquele que é Grande, Forte e perfeito? Hoje em dia pode-se comprar ordenação pastoral e credenciais pela internet. Muitos desejam ornamentar o nome de “pastor”, “missionário”, “conferencista” e até títulos novos para aumentar ainda mais a hierarquia religiosa para galgar altas posições, prestígio e exaltação. Não sou contra os títulos de “bispo”, “apóstolo” ou qualquer outro. Sou contra aqueles que usam tais títulos com o propósito de se autopromover, diferenciar-se dos demais ministros evangélicos por se achar superior ou melhor do que os demais.


“NAQUELA mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.” (Mateus 18.1-4)

Mas, enquanto não chegarmos no céu, iremos ver cada dia mais homens lutando para ser o maior ou o melhor. Ou pelo menos, o que se veste melhor. Ser ministro, pregador ou até um simples obreiro não é para aqueles que simplesmente querem, mas para aqueles que são chamados por Deus. É Deus que chama, capacita, comissiona, envia. Os homens apenas reconhecem aqueles a quem Deus já consagrou.


Se tu sentes a chama do amor pelas almas queimar no teu coração, ou queres ver o progresso do Reino de Deus e não de bispos, homens ou pastores neste mundo. Se desejas fazer algo para agradar o teu mestre e Senhor e não para ser aplaudido ou reconhecido pelos homens. Se pensas na Obra como Reino e não como tribo. Se não te conformas em ficar parado enquanto milhares descem á sepultura com o destino incerto, então estou autorizado a dizer-te: “Deus te chamou para fazer uma grande Obra!”


"Tenta fazer grandes coisas para Deus e espera grandes coisas de Deus". - Guilherme Carey
Deus te chama para sua Obra, Deus conta com você...
continua...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Elim de Deus na vida cristão


O Elim de Deus na vida do Cristão

A Bíblia nos fala de como Deus estendeu poderosamente a sua mão e livrou o seu povo do Egito. Êxodo nos conta a história da épica libertação dos hebreus das garras de faraó, humilhando os deuses do Egito e o próprio faraó. Deus, após livrá-los do Egito os conduz por um caminho incomum no meio do deserto, Moisés registra que Deus não escolheu o caminho dos filsiteus que era muito mais perto e menos perigoso para qualquer viajante :

(Êxodo 13:17) - E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte ao Egito.

Pois bem sabemos que servimos a um Deus de coisas incomuns e que não aje de acordo com a opnião e pensamento humano. Não é do jeito que você quer, mas da forma que o Senhor determinou, o caminho que Ele mesmo preparou. Quando Jesus Cristo nos libertou do mundo (Egito), não foi para que andássemos da forma que queremos, mas para que andássemos de acordo com a sua vontade. (Mateus 7:21) - Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Não existe libertação sem renúnciar as suas próprias vontades. O verdadeiro salvo sabe que deve andar no caminho reto: (Oséias 14:9) - Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Quem é prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do SENHOR são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão.

Seus planos são traçados de uma forma que nada lhe pega despreparado. Embora Israel não soubesse disso, eles obedeceram até que chegou a notícia que o exército mais poderoso daquela época estava vindo apressadamente para destrui-los, foi quando o desespero invadiu o acampamento dos hebreus. (Êxodo 13:21) - E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. A coluna de fogo e a nuvem era um sinal visível da presença de Deus no meio do seu povo, mas isso não foi o suficiente para dar-lhes segurança e logo a murmuração enche os corações do povo até que a ordem de Deus foi dada a Moisés: "diga ao povo que marche" (14.15).

Quando os problemas nos sobrevêm esquecemos muitas vezes dos sinais visíveis que o próprio Deus está conosco. Esquecemos que Deus está conosco, e que se Ele tem poder de nos libertar do Egito, também terá poder de livrar das garras de faraó. As lutas e os problemas ofuscam o poder do nosso Deus como as negras nuvens ofuscam a luz do Sol numa tempestade, embora não vejamos, o Sol está brilhando acima das nuvens e nenhuma tempestade durará para eternamente, sempre o Sol volta a brilhar. Creia que em meio a tantas notícias ruins, Deus está brilhando eternamente com poder e força para te livrar de todo mal.

O povo já estava em posição de guerra, mas eles não sabiam que haveria uma guerra, e de fato, houve uma guerra, mas nesta guerra eles não pelejaram, pois: (Êxodo 14:14) - O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis. Existem guerras nas quais teremos que pelejar, fazendo a nossa parte, e na vida muitas dessas guerras nos sobrevirão. Mas, existem batalhas das quais nada teremos que fazer, pois Deus fará por nós! Será Ele mesmo que guerreará nossas batalhas. Ele irá agir no natural e no sobrenatural para tornar os seus escolhidos mais do que vencedores.

continua...



quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Mar Vermelho


O MAR VERMELHO

Uma Situação sem Saída

"Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas, esses vêem as obras do Senhor e as suas maravilhas no profundo" (SI 107:23-24).

Quão verdadeiras são estas palavras! E contudo como os nossos corações covardes têm horror a essas "grandes águas"! Preferimos os fundos baixos, e, por consequência, deixamos de ver "as obras" e "as maravilhas" do nosso Deus; pois estas só podem ser vistas e conhecidas "no profundo".

É nos dias de provação e dificuldades que a alma experimenta alguma coisa da bem-aventurança profunda e incontável de poder confiar em Deus. Se tudo fosse sempre fácil nunca se poderia fazer esta experiência. Não é quando o barco desliza suavemente à superfície do lago tranquilo que a realidade da presença do Mestre é sentida; mas sim, quando ruge o temporal e as ondas varrem a embarcação. O Senhor não nos oferece a perspectiva de isenção de provações e tribulações; pelo contrário, diz-nos que teremos tanto umas como as outras; porém, promete estar conosco sempre; e isto é muito melhor que vermo-nos livres de todo o perigo. A compaixão do Seu coração conosco é muito mais agradável do que o poder da Sua mão por nós. A presença do Senhor com os Seus servos fiéis, enquanto passavam pelo forno de fogo ardente, foi muito melhor do que a manifestação do Seu poder para os preservar dele (Dn 3). Desejamos com frequência ser autorizados a avançar na nossa carreira sem provações, mas isto acarretaria grave prejuízo. A presença do Senhor nunca é tão agradável como nos momentos de maior dificuldade.

Assim aconteceu no caso de Israel, como vemos neste capítulo. Encontram-se numa dificuldade esmagadora—foram chamados a mercadejar "mas grandes águas"; vêem esvair-se-lhes "toda a sua sabedoria" (Sl 107:27). Faraó, arrependido de os haver deixado sair do seu país, decide fazer um esforço desesperado para os trazer de novo. "E aprontou o seu carro e tomou consigo o seu povo; e tomou seiscentos carros escolhidos, e todos os carros do Egito, e os capitães sobre eles todos... E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel chamaram ao Senhor" (versículos 6-10). Aqui estava uma cena no meio da qual o esforço humano era inútil. Tentar livrarem-se por qualquer coisa que pudessem fazer, era a mesma coisa que se tentassem fazer retroceder as ondas alterosas do oceano com uma palha. O mar estava diante deles, o exército de Faraó por detrás, e de ambos os lados estavam as montanhas; e tudo isto, note-se, havia sido permitido e ordenado por Deus. O Senhor havia escolhido o terreno para acamparem "diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal -Zefom". Depois, permitiu que faraó os alcançasse. E por quê1?- Precisamente para Se manifestar na salvação do Seu povo e na completa destruição dos seus inimigos. "Aquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade é para sempre. E fez passar Israel pelo meio dele; porque a sua benignidade é para sempre. Mas derribou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade é para sempre" (SI 136:13-15).

O Propósito de Deus

Não existe sequer uma posição em toda a peregrinação dos remidos de Deus cujos limites não hajam sido cuidadosamente traçados pela mão da sabedoria infalível e o amor infinito. O alcance e a influência peculiar de cada posição são calculados com cuidado. Os Pi-Hairotes e os Migdoles estão dispostos de maneira a estarem em relação com a condição moral daqueles que Deus está conduzin­do através dos caminhos sinuosos e dos labirintos do deserto, e também para que manifestem o Seu próprio caráter. A incredulidade sugere com frequência esta pergunta: "Porque é isto assim £ Deus sabe; e, sem dúvida, revelará a razão, sempre que essa revelação promova a Sua glória e o bem do Seu povo. Quantas vezes somos tentados a perguntar porque e com que fim nos achamos nesta ou naquela circunstância! Quantas vezes ficamos perplexos quanto à razão de nos vermos expostos a esta ou àquela prova! Quão melhor seria curvarmos as nossas cabeças em humilde submissão, dizendo, "está bem", e"tudo acabará bem"! Quanto à Deus Quem determina a nossa posição, podemos estar certos que é uma posição sensata e salutar; e até mesmo quando nós, louca e obstinadamente, escolhe­mos uma posição, o Senhor, em Sua misericórdia, domina a nossa loucura e faz com que as influências das circunstâncias da nossa própria escolha operem para nosso bem espiritual.

É quando os filhos de Deus se encontram nos maiores apertos e dificuldades que têm o privilégio de ver as mais preciosas manifes­tações do caráter e da atividade de Deus; e é por esta razão que Ele os coloca fraquetemente numa situação de prova, a fim de poder mostrar-Se de um modo mais notável. O Senhor podia ter condu­zido Israel através do Mar Vermelho para muito além do alcance das hostes de Faraó, muito antes que este houvesse saído do Egito, porém isto não teria glorificado inteiramente o Seu nome, nem teria confundido de uma maneira tão completa o inimigo, sobre o qual queria ser "glorificado" (versículo 17). Também nós perdemos muitas vezes de vista esta preciosa verdade, e o resultado é que os nossos corações fraquejam na horta da provação. Se tão somente pudéssemos encarar as crises graves como uma oportunidade de Deus pode mostrar, em nosso favor, a suficiência da graça divina, as nossas almas conservariam o seu equilíbrio, e Deus seria glorifi­cado, até mesmo no profundo das águas.

Trecho: Mackintoch-Comentários do Êxodo