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sábado, 23 de março de 2024

O que é o livre-arbítrio?

Livre-arbítrio: Uma centelha do divino no homem

Escrita em 12 de agosto de 2011

O idioma hebraico nos traz muitas especificidades que nos iluminam na compreensão dos textos bíblicos. Trata-se de uma língua santa, de um povo santo, falada por um Deus santo. O idioma falado atualmente em Israel é o mais antigo do mundo e o que talvez possua mais sutilezas. 

As divergências e polêmicas, como também as heréticas interpretações podem ruir ante estrondo de suas verdades literais. Vemos uma neste caso abaixo:

הֲלֹוא אִם־תֵּיטִיב שְׂאֵת וְאִם לֹא תֵיטִיב לַפֶּתַח חַטָּאת רֹבֵץ וְאֵלֶיךָ תְּשׁוּקָתֹו וְאַתָּה תִּמְשָׁל־בֹּו׃  Gênesis 4:7


Na hora da tradução deste texto vemos muitas diferenças nos pormenores das Bíblias conhecidas: Na versão do Rei James, traduzida para o inglês em 1611, vemos Deus falando assim:

" Se procederes bem, não é certo que será aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta, teu desejo será contra ti, mas haverás de dominá-lo."


Nesta tradução entendemos o Senhor citando como uma profecia ou promessa divina que Caim iria dominar o desejo do pecado de assassinar seu irmão Abel. Assim também concorda a versão da Bíblia Sagrada traduzida pelo Padre Matos Soares:

"Porventura, se tu obrares bem, não receberás (por isso galardão); e se obrares mal, não estará logo o pecado a tua porta? Mas sob ti está o seu desejo, e tu o dominarás."

Sabemos que não foi isso o que aconteceu com Caim. Poderíamos então afirmar que a promessa divina de que Caim dominaria o seu desejo pecaminoso falhou. Mas, sabemos que Deus nunca falha em nenhuma de suas promessas.  

Na versão de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada vemos:

Gênesis 4:7 Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o peacado jaz à porta; o seu desejo será contra ti,mas a ti cumpre dominá-lo

A diferença é substancial. Enquanto na Versão do Rei James e do Padre Matos Soares vemos uma suposta promessa divina, e que falhou, em João Ferreira vemos uma ordenança divina a Caim para domina-lo: "a ti cumpre dominá-lo".

Agora aparece a excelência do idioma hebraico, se transliterarmos este texto, teremos: 

"halo' 'im-têythiybh se'êth ve'imlo' thêythiybh lappethach chathâ'th robhêts ve'êleykha teshuqâtho ve'attâh timshâl-bo."

Que quer dizer¹: " Se tu faz o bem, não haverá um privilégio especial? E, se tu não fazes o bem, o pecado está agachado à porta. Ele anseia por ti, mas tu podes dominá-lo."

A diferença é enorme, pois na transliteração da Bíblia Hebraica vemos que o homem pode triunfar ou não. E o que significa esta tautologia? Que o homem possui a oportunidade de escolher entre o "fazer" e o "não fazer" o mal. Deus conferiu ao homem o livre-arbítrio, a escolha entre o bem e o mal, e assim, eleva-o à sua semelhança. Nenhuma criatura evoluída pode optar escolher o bem ou o mal. Isto é inerente ao homem, por ser isso a semelhança de Deus no homem. Eis aí a centelha do divino! 

Nenhum acaso poderia produzir em lugar nenhum na natureza o livre-arbítrio, somente o Senhor pôde produzir esta assinatura inigualável dentro da obra-prima de sua criação.

Em Cristo,

Flávio Alves

domingo, 29 de janeiro de 2012

Porque o fruto proibido foi uma maçã?


A origem da lenda da maçã. 

Popularmente, o fruto proibido seria a maçã. E a maçã simbolizaria o contato sexual. Entretanto, a Bíblia não revela qual era a espécie da árvore. Essa idéia trata-se uma fantasia maliciosa. 

As tradições judaicas pensavam na videira, na oliveira ou em uma espiga gigantesca. Talvez se eles vivessem em um ambiente tropical pensassem numa manga, ou uma jabuticaba. Já os gregos pensavam na videira.

Na verdade, a idéia da maçã, apareceu pela primeira vez entre os escritores latinos, talvez devido a uma semelhança de palavras latinas (malum= mal; malus = macieira). Se não fosse, essa similaridade de palavras, no latim, não se teria vulgarizado a idéia da maçã, é tão tola quando outra tolice qualquer. 

Pr. Flávio Alves

Bibliografia: Champlin- Comentário Bíblico

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

BENJAMIM: Um duplo tipo de Jesus

BENJAMIM: Um duplo tipo de Jesus





Gênesis 35:18   Já a ponto de sair-lhe a vida, quando estava morrendo, deu ao filho o nome de Benoni. Mas o pai deu-lhe o nome de Benjamim.

Apesar de não encontrarmos em nenhum versículo sequer do primeiro livro a esperança de uma vida pós-morte no pacto abraâmico, encontramos esta fé implícita em algumas passagens do Gênesis. Vemos esta fé atrelada nas palavras de Abraão quando garantiu que ele e seu filho Isaque retornariam aos seus servos depois de terem realizado o sacrifício no Moriá, onde o próprio Isaque seria a vítima deste sacrifício. Hebreus 11:19       Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos.
Quando Raquel estava prestes a falecer na hora parto de seu último filho, deu-lhe o nome de “Benoni”, que em hebraico é Ben-'Owniy”, que siginifica “filho da minha tristeza”. Como foi triste para Raquel ter que deixar seu grande amor Jacó e agora não poder criar e amamentar seu segundo filho; diante desta realidade tão triste, ela o chamou de Benoni a fim de demonstrar sua grande tristeza. Como estava triste o coração de Raquel nesta hora em que deveria estar alegre! Além de se entristecer na hora em que seu filho estava nascendo agora estava abandonando seu corpo desfalecido para enfrentar as incertezas e os mistérios do além.

Figurativamente, Benoni é um tipo profético de Jesus, pois vemos que ele seria o filho que por sua causa uma dor transpassaria a alma da sua própria mãe: Lucas 2:35               ... Quanto a você, uma espada atravessará a sua alma. Que mãe suportaria ver o seu filho ser preso, espancado, chicoteado, injustiçado, e crucificado? Que tamanha dor surgiu no coração desta nobre mãe ao ver seu filho numa situação de extrema vergonha e dor. Mas, enquanto para Maria, mãe de Jesus, era transpassada por esta dor, Deus pai atentava do alto céu e o tinha como um Benjamim.

Benjamim foi o nome dado por Jacó em lugar do nome Benoni que Raquel havia dado aquele filho. Isto demonstra que Jacó, naquele momento de dor e tristeza, tinha se tornando realmente um Israel pois conseguiu contemplar pelos olhos espirituais que aquela criança seria um grande líder. De fato, Benjamim se tornou o cabeça de uma tribo guerreira ( Gn 49.17), que posteriormente se uniu a Judá, a tribo real (Gn 49.8-12; I Rs 12.21), ele se tornou portanto tipo vitorioso.

Concluímos portanto, que o último filho de Raquel com Jacó é um duplo tipo de Cristo, por que como “Benoni”, ele transpassou a alma da sua mãe com uma profunda tristeza assim como Maria e Jesus, seu filho. Mas, como “Benjamim” ele foi “o filho da mão direita” de seu pai Jacó, assim como Jesus que se assentou á mão direita de Deus Pai. 

Salmos 80:17 Seja a tua mão sobre o povo da tua destra, sobre o filho do homem que fortaleceste para ti.


N’Ele, por Ele e para Ele.

Pastor Flávio Alves

CHAMPLIN, R. N.O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos 2ª Edição 2001 São Paulo.
NVI, Bíblia Nova Versão Internacional.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A História prova que existiram as cidades de Sodoma e Gomorra

Prova da existência de Sodoma e Gomorra

Em meados dos anos 1960, G. Pettinato e P. Matthiae foram os responsáveis pela descoberta da antiga cidade de Ebla (Tell Mardikh), a principal cidade síria do III milênio a.C. Como toda grande cidade do passado, Ebla possuía uma vasta biblioteca de aproximadamente 17 mil tabletes cuneiformes. Um desses tabletes foi publicado por Pettinato em 1976, e revelou algo surpreendente. A inscrição falava sobre cinco cidades: Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar. A mesma seqüência que aparece em Gênesis 14:2 e 8.



Ebla era um grande centro comercial, mantinha relações econômicas com diversas cidades do antigo Oriente Médio e foi destruída pelo rei Naramsin de Akkad, por volta de 2300 a.C. Assim, fica demonstrado que existia uma cidade chamada Sodoma no mesmo período em que a Bíblia a situa.


Em Cristo e por Ele,

Pr. Flávio Alves