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sexta-feira, 5 de abril de 2024

A SALVAÇÃO PELA FÉ EM JESUS CRISTO


Lição do discipulado:
A SALVAÇÃO PELA FÉ EM JESUS CRISTO

OBJETIVO: Nesta lição iremos aprender o que é a salvação, os seus principais aspectos e como alcançá-la.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

Romanos 1

16 Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego.

17 Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: "O justo viverá pela fé".

18 Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça,

Romanos 3

22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção,

23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,

24 sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.

 

 O QUE É A SALVAÇÃO:

 A salvação é a restauração do relacionamento entre Deus e a humanidade, perdido devido ao pecado. Ela é uma obra divina pela qual os seres humanos são libertados da condenação eterna e reconciliados com Deus.

 Aqui estão alguns aspectos-chave para compreender a salvação:

 TODOS NECESSITAM DE SALVAÇÃO.

 Todos os seres humanos estão espiritualmente perdidos e separados de Deus devido ao pecado original e aos pecados individuais. (Romanos 3.11). A humanidade está longe de Deus e perdida em seus próprios pecados. Deus enviou o seu filho para prover a salvação que os homens jamais conseguiriam por esforço ou merecimento próprios. É assim que Deus revela sua maravilhosa graça: A salvação é um dom gratuito de Deus, não merecido e impossível de ser alcançado através de boas obras ou méritos próprios. É pela graça que somos salvos, mediante a fé em Jesus Cristo. (Efésios 2.5, 8).

Segundo as escrituras estes são os principais elementos da salvação:

 1. A FÉ

A salvação é alcançada somente através da fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, aceitando Sua morte expiatória na cruz como o sacrifício pelos pecados da humanidade. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (João 3.18).

 2. O ARREPENDIMENTO

Quando o homem começa a reconhecer que é um pecador e que necessita de ser salvo por Cristo ele passa a arrepender-se da forma em que vivia, dos erros que cometeu e deseja uma nova vida. Isto é o arrepender-se: Arrependimento é reconhecer seu estado pecaminosa e abandonar um estilo de vida contrário aos ensinamentos de Jesus e se voltar para Deus. Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. (Lucas 13:5)

 3. REGENERAÇÃO

Todos aqueles que são salvos experimentam uma transformação interior, sendo regenerados pelo Espírito Santo, resultando em uma nova vida em Cristo. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (João 3.3) O pecado corrompeu a imagem de Deus no homem, Jesus veio para que este velho homem morra e venha surgir uma nova criatura, regenerada pela obra de Jesus. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (II Coríntios 5.17).

 4. JUSTIFICAÇÃO

 Todos nós somos culpados diante de Deus, mas a Palavra de Deus nos ensina que através da fé em Cristo, somos declarados justos aos olhos de Deus, não por nossos próprios méritos, mas por causa da justiça de Cristo imputada a nós. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. (Romanos 8.30).

 5. ADOÇÃO

Existe uma ideia secular que diz que todos são filhos de Deus, mas a humanidade é uma criação de Deus. Somente aqueles que creem em Jesus é que podem ser chamados “filhos de Deus”. Os crentes são adotados como filhos de Deus, tornando-se herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, (João 1.12). Se somos filhos de Deus e irmão de Jesus, podemos dizer que somos herdeiros de Deus: E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. (Romanos 8:17)


 6. REDENÇÃO

A salvação envolve a libertação do poder e da culpa do pecado. Jesus Cristo é o redentor que, através de Sua morte na cruz, pagou o preço pelos pecados da humanidade, possibilitando a reconciliação com Deus. Redenção é libertação, é estar quites para com a justiça divina, pois Jesus Cristo bradou na Cruz: Está Consumado! Assim, com o seu sacrifício toda o pecado foi perdoado e não estamos mais debaixo de nenhuma condenação. Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Romanos 8.1)

7. PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Não adianta apenas acreditar e depois desistir durante a caminhada cristã. Somente aqueles perseverar na fé até o fim serão preservados por Deus. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.(Mateus 24:13).

 8. SANTIFICAÇÃO

A perseverança também inclui o desejo do verdadeiro cristão em se santificar-se diante de Deus, se afastando do mundo e de seus prazeres. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. (I Tessalonicenses 5.7) Deus é santo e deseja que seus filhos também sejam: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; (Hebreus 12.14). Ser santo significa ser separado do mundo e do pecado.

 CONCLUSÃO:

              Evidentemente não conseguiremos apresentar todos os aspectos da salvação, nem tampouco se aprofundar em cada um dos tópicos. O importante é reconhecer que o homem precisa crer em Jesus Cristo, arrepender-se do seu pecado e aceitá-lo como seu único Salvador para receber gratuitamente a maravilhosa salvação que nos foi apresentada. Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; (Hebreus 2.3). Nós temos também uma missão: A salvação não é apenas para o benefício individual, mas também implica uma missão de compartilhar o evangelho com os outros. Os crentes são chamados a proclamar o evangelho e fazer discípulos de todas as nações.

 Pr. Flávio Alves

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

REBECA E ASENATE, AS DUAS FACES DE UMA MESMA IGREJA

REBECA e ASENATE, AS DUAS FACES DE UMA MESMA IGREJA

Em gênesis 24 encontramos a bela história do casamento que foi projetado nos céus. Abraão envia seu servo Eliezer para encontrar, preparar e trazer uma esposa para seu filho Isaque. Mesmo sem nunca ver Isaque, mas recebendo os presentes das mãos de Eliezer, Rebeca aceita o convite do servo fiel e parte ao encontro do seu noivo. Rm 15.8 nos diz que "tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito..." Mais adiante, o escritor aos Hebreus nos ensina que as coisas do Antigo Testamento são como sombras das coisas do Novo Testamento. Esta passagem sobre Abraão, Isaque, Eliezer e Rebeca exemplificam uma das facetas da Igreja de Cristo.

Assim como Rebeca decidiu aceitar o convite de Eliezer para se encontrar com Isaque e se tornar co-herdeira de tudo o que era de seu pai, assim a Igreja de Cristo se torna a co-herdeira de Filho de Deus quando aceita o convite do Espírito Santo. Eliezer só podia provar a existência de Isaque e de Abraão através dos muitos presentes que lhe apresentou, mesmo assim ela creu e partiu. O maravilhoso Espírito concede dons à Igreja como prova das coisas que estão por vir (Hb 2.4;Sl 68.18). Esta por sua vez, tomou a decisão de segui-lo e seguir ao encontro do noivo que nunca viu, isto é um ato de (Rm 10.17). Nós cremos na Palavra pregada, tomamos a decisão de seguir ao Espírito Santo, recebemos os seus dons, e um dia se encontraremos com o noivo e Ele nos levará à presença de seu Pai.

Asenate foi a esposa egípcia que Faraó deu a José. Este jovem cuja história se assemelha a de Cristo tornou-se o salvador do mundo e agora precisava de uma esposa. José representa Jesus por vários motivos, ei-los aqui:

1. José foi amado pelo pai (Gn 37.3) e Jesus também o foi (Mt 3.17).
2. José foi odiado pelos seus irmãos (ver.4) e Jesus também (Jo 15.24).
3. José foi enviado pelo pai numa importante missão (vers.13-24) e Jesus também (I Jo 4.14).
4. José foi traido e vendido pela sua família (ver.28), Jesus foi traído e vendido pelo seu povo (Mt 26.14,15).
5. José foi tentado e venceu (Gn 39), Jesus também (Mt 4.1-11).
6. José foi preso entre dois criminosos, um salvo outro condenado(Gn 40), Jesus foi preso e crucificado ao lado de dois criminosos, um condenado, mas o outro se salvou (Lc 23.32,33).
7. A tribulação obrigou os irmãos de José a procurá-lo (Gn 42), a Grande Tribulação vai obrigar os judeus que venderam e traíram Jesus a procurá-Lo naquele grande dia ( Mt 24.21;Zc 12.10; Is 26.16).
8. Por meio dele vieram reconciliação e benção sobre os irmãos(Gn 45-46), através de Cristo os judeus serão reconciliados com Deus e serão abençoados por Ele (Is 11,12 e 35).
9. Todos os povos da terra foram abençoados por causa dele (Gn 41.57; Is 2.2-4;11.10).

Sempre me surpreendo como a Bíblia é bela, perfeita e harmoniosa. Não foi à toa que tantos capítulos da Bíblia foram dedicados a José. Ele aponta para o José perfeito e Salvador do mundo que é e será o Senhor Jesus Cristo. Louvado seja o Senhor que nos faz perceber tamanha semelhança.

Asenate foi a esposa dada a José de maneira deliberada. Assim também, a Igreja de Cristo foi eleita e de maneira deliberada, pela vontade soberana do Rei de todo o Universo para ser a esposa do Salvador do mundo. Enquanto Rebeca aponta para decisão e a para a salvação que precisamos ter para sermos Igreja (Ef 2.8), Asenate aponta para a única fonte e razão da nossa salvação: a eleição direta do próprio Deus (Cl 3.12; Tt 1.1;I Ts 1.4; I Pe 2.9). Precisamos de fé para crermos que Cristo já fez tudo por nós na cruz do Calvário, e nosso trabalho hoje é aceitarmos o fato que já fomos aceitos por Deus.

Veja amados, como a Bíblia é bela e profunda. Que Deus possa nos iluminar mais para extrairmos as mais límpidas e pura água desse poço sem fim que é a Palavra de Deus.

Pr. Flávio Alves

Bibliografia: MELO, Joel Leitão de, 1909. Sombras, tipos e mistério da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 1989.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Solidão companheira

SOLIDÃO COMPANHEIRA

Irmão me fiz dos chacais, e companheiro dos avestruzes. Jó 30:29


A solidão é a companheira dos aflitos e angustiados. Daqueles que atravessam noites buscando o sono que para longe fugiu. É a melhor amiga dos esquecidos e desamparados, e que traz consigo outras amigas chamada tristeza e depressão. Não são poucos os que gritam por socorro quando se afogam nela. Contudo, ela é a terra fértil mais fértil para se aprender as mais importantes lições que a vida pode ensinar.

Na solidão percebemos quem, de fato, são as pessoas. O diabo roubou os bens, família, dinheiro e saúde de Jó, mas não roubou os amigos. Eles por si mesmos se afastaram na hora que Jó mais necessitava. A solidão daqueles que enfrentam provações mostra a eles, quem são os verdadeiros amigos. Os únicos amigos de Jó que sobraram só fizeram julgá-lo injustamente, e piorar sua situação. Neste momento de adversidade, até sua própria esposa mostrou sua verdadeira face mandando Jó amaldiçoar a Deus (Jó 2.9).

A solidão causa desespero, mas abre-nos os olhos para o verdadeiro amigo: Jesus Cristo. A solidão revela-nos que Jesus Cristo não nos ama como os demais, cujo amor é interesseiro, falso, fingido, superficial. Não possuímos nada que Jesus necessite, mais ainda assim Ele demonstra seu amor. Parece uma contradição, mas, são nos momentos das mais terríveis solidões que descobrimos, após profundas meditações, o valor da nossa amizade com Deus.

Ouça bem: Quando o mundo perder sua cor, a vida perder seu encanto, na gélida noite escura, reflita. Reflexão profunda que dá asas ao espírito para mergulhar nas profundezas da alma humana. Ainda que o fantasma da morte queira surgir nesta viagem ao seu próprio interior, segure na mão do doce Espírito. Veja com clareza cristalina o propósito da tua existência. Pois, coisas assim não se descobre em meio às multidões eufóricas. Somente em momentos de solidão plena o homem consegue escutar a voz da própria alma.

Na solidão o homem pode redescobrir o significado da vida. O que realmente lhe importa. Como na angústia do homem de Nazaré quando orava no Getsêmane, ele se ergueu para encarar o próprio destina traçado na eternidade sem fim. Não recuou. Não desistiu. Foi em frente beber o cálice até o fim. Assim também reage os que passam pela angústia da solidão. Pois, são nos momentos de solidão que se tecem as mais profundas e sinceras orações.

A solidão é a melhor companheira para quem deseja estar mais perto de Deus. Em cima de um monte, dentro de uma caverna, no silêncio de um poço sem água. Não importa qual seja o lugar, contanto que se ouça a voz do Espírito e se mergulhe no oceano do seu próprio ser. Conhecer a si próprio é preciso. Conhecer mais da vontade d'Ele para nossa existência é mais do que necessário.

Em Cristo,

Pastor Flávio Alves

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Sumo Satisfatório Sacrifício de Jesus

O Sumo Satisfatório Sacrifício de Jesus

A humanidade estava sentenciada à separação eterna de Deus (Rm 3.23). Todas as alianças de Deus com os homens falhavam, não porque Deus errava, pois Ele é infalível (Ml 3.6). Mas, porque os homens nunca conseguiam cumprir sua parte do acordo. Desde Adão, passando por Noé e Abraão, a natureza falha e pecaminosa do homem sempre falava mais alto do que as promessas de Deus. O homem preferia ouvir a voz da carnalidade do que do Espírito em suas próprias consciências (Gn 6.3).

A morte na Lei

No Sinai, Deus registra em pedras a sua Lei (Ex 24.12), mas nem assim o homem conseguia salvar-se. A Lei só servia mesmo para mostrar o homem o quão pecador ele era diante de Deus "Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado." Romanos 3:20 (Rm 5.13;8.2). Ninguém jamais conseguiu cumprir na íntegra a Lei de Deus (Rm 3.10). A morte reinaria sobre a humanidade por toda a eternidade. 

Os sacrifícios oferecidos no Templo eram um paliativo para a ira de Deus sobre todo o pecador. Deus já estava farto de sacrifícios sem obediência (I Sm 15.22) Pela boca de Isaías Yahweh bradou sua insatisfação: "De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Isaías 1:11 ". Aquela religião praticada pelos judeus não passava de rituais sem vida e propósito. Era necessário cessar com o derramamento de sangue animal inútil por um único sacrifício que satisfizesse a justiça de Yahweh.

O valor do Sacrifício

O Senhor desejava mostrar não apenas o verdadeiro sacrifício, mas também o maior exemplo de obediência. Da mesma forma que Yahweh Yreh (Jeová Jireh) providenciara um cordeiro para morrer no lugar de Isaque (Gn 22.13), alguém deveria morrer no lugar do homem pecador. O sacrifício perfeito deveria ser vicário. isto significa dizer que a vítima do sacrifício deveria morrer no lugar de, ou em benefício de... Louvado seja o Senhor por que um dia : "... João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29" Na verdade, Deus para Si mesmo providenciou o cordeiro mais uma vez, e de uma vez por todas!

Fico maravilhado com o meu Deus e Senhor. Porque se dependesse do homem, nunca seríamos salvos. O homem por si mesmo jamais se salvaria. Foi necessário alguém tão grande se fazer pequeno, para morrer pelos pequenos a fim de elevá-los até os braços do Grande! Não foi à toa que o véu do Templo rasgou-se de alto abaixo (Mt 27.51), é porque a Salvação vem de cima para baixo, é de Deus para os homens. Estávamos postados na lama da imundície dos nossos próprios pecados. Mas O Santo se fez pecador, o Sumo-Sacerdote se fez sacrifício. Deus se fez homem (Jo 1.1,14). O Grande se fez pequeno para que pudéssemos dizer: "Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; Salmos 40:2,3 a " . Como explicar isso senão pela graça! Como explicar o motivo desse sacrifício senão pelo amor (Ef 5.25). 

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." João 15:13

Faço minhas as palavras deste compositor: 


Desejo a meu Jesus louvar,
Em doce harmonia;
Em Crista, tudo fui achar,
Pois tudo carecia;
E sem cessar, o Salvador,
Me ama ternamente;
O que direi a tal amor?
“Te amo eternamente!

(Hino 62- Harpa Cristã)

Eu me sinto atraído por este amor. Meu coração se derrete com meu desejo de gratidão. Aos pés de Cristo quero sempre estar, para seu amor poder contemplar. O Cordeiro mudo que por mim morreu, em obediência seu sacrifício para Deus. Te amo meu Senhor, te amo meu Jesus.

Pastor Flávio Alves

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

JESUS, SETE VEZES INCOMPARÁVEL parte I


De todos os seres humanos que existem ou já pisaram neste planeta, nenhum, jamais se pode comparar com o Senhor Jesus Cristo. Ele foi excelente em tudo o que fez. Não existe e nunca existirá outro maior. Somente os que não O conhecem podem afirmar o contrário. Maior e melhor em tudo o que fez. Jesus alcançou o maior nível em tudo. Não existe outro tema mais importante para ser proclamado pela Igreja (I Co 1.23). Jesus é incomparável porque:

ELE FOI UM SER HUMANO INCOMPARÁVEL

Aristóteles, Sócrates, Alexandre, "O Grande", César, Napoleão, Frederic Nietzsche, Alebert Einstein, Bill Clinton, Gandhi e tantos outros grandes nomes da história não chegam nem perto da grandeza do homem chamado Jesus. Ele, sem dúvida foi o maior dos homens, porque:

Por que seu nascimento foi incomparável

Por que só Jesus foi gerado pelo Espírito Santo:
"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo." Mateus 1:18

"E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus." Lucas 1:35

a  “Ninguém nasceu com uma estrela noticiando”. Até o corrupto profeta Balaão pôde ver a estrela que brilhava mais forte no céu dos planos divinos.

"Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto; de Jacó procederá uma estrela, de Israel se levantará um cetro que ferirá os termos de Moabe, e destruirá todos os filhos de orgulho." Números 24:17

      “Ninguém nasceu com um coral de anjos cantando no céu.”
"Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade."
Lucas 2:13-14

Por que sua vida foi incomparável

Nenhum outro ser humano mudou tanto o mundo como Jesus. Nenhum outro ser humano conseguiu promover uma revolução tão grande durante dois milênios com o seu próprio sangue, como Jesus Cristo.
O mundo nunca mais foi o mesmo desde que este homem pisou aqui.
Nenhum outro ser humano dividiu a história em antes e depois dele. Pois, ele diz: "está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. Apocalipse 21:6

Até a sua morte foi incomparável.
Por que nenhuma outra morte causou tanto rebuliço no mundo como a morte de Jesus:
- Os túmulos se abriram e mortos ressuscitaram. (Mt 27.52).
- O véu do templo com 12 cm de espessura, que somente uma junta de bois poderia rasgá-lo partiu do alto abaixo. (Mt 27.51).
- A terra tremeu e o sol escureceu (Mt 27.45). A própria natureza protestava contra a morte do seu Criador.
Sem dúvida, Jesus foi o maior dos seres humanos!

JESUS FOI UM PROFETA INCOMPARÁVEL

     Nenhum profeta teve mais autoridade do que ele. Elias, Eliseu, João Batista, nem Maomé se compara a Jesus como profeta.
"E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" Mateus 8:27

Nenhum profeta fez tantos milagres. 
Até o profeta Isaías disse acerca d'Ele: "Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão." Isaías 35:5
"E vieram a ele grandes multidões, trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e outros muitos, e lhos puseram aos pés; e ele os curou;
de modo que a multidão se admirou, vendo mudos a falar, aleijados a ficar sãos, coxos a andar, cegos a ver; e glorificaram ao Deus de Israel."
Mateus 15:30-31
"E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem." João 21:25

Nenhum profeta foi tão amado pelo povo como ele:
"E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este?"
Mateus 21:9-10

A esta pergunta que as pessoas de Jerusalém fizeram, o profeta Zacarias responde: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta." Zacarias 9:9

      Nós vemos muitos profetas poderosos no Antigo Testamento, mas ninguém nunca viu um que expulsava demônios:
"Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos;" Mateus 8:16

Pr. Flávio Alves
Continua...



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A esperança de um novo mundo


Num futuro próximo, quando a terra não ser mais o que hoje é,
quando a sujeira desaparecer dos rios,
e as feras do campo perder sua violência,
o mundo será mais belo.

As flores tudo cobrirá,
as armas em instrumentos para o verde cultivar,
o sol brilhará mais suave,
as crianças correrão mais seguras.

A fumaça não mais deixará o céu escuro,
os hospitais se esvaziará dos seus doentes,
todos correrão para a fonte de vida,
que de Jerusalém brotará.

Uma cidade de ouro do céu descerá,
mais forte que o sol irá brilhar,
como reis nos assentaremos,
e com Jesus Cristo reinaremos.

Que dia glorioso há de ser,
um paraíso esta terra será,
pois o fim não é o nosso fim,
é o começo de uma eternidade com Deus.

Meu amigo, o que fazes aqui no mundo,
se tudo perecendo já está,
em trevas o coração dos homens se apodrece,
com o amor que aos poucos se desvanece.

Porque apostar na existência do nada?
Se tudo Jesus Cristo quer te dar,
vida, paz e alegria, 
só em Deus irás encontrar.

Em lágrimas as esperança se manifesta,
a tristeza foge com muita pressa,
pois, a luz de Cristo brilhando está.
Vem logo, a Jesus Cristo aceitar!

Com amor, 
Pastor Flávio Alves

domingo, 22 de janeiro de 2012

Simplesmente Jesus

Nenhum sábio se compara a Ele. Pô-lo ao lado de Aristóteles e Sócrates seria um insulto ao Mestre dos mestres. Compará-lo a um profeta ou a  Maommé seria inconveniente demais com o que Ele pregava. Buda, Alan Kardec, Charles Russel, Joseph Simth ou qualquer outro fundador de uma religião não se compara a excelência que havia neste homem. Ninguém marcou tanto a humanidade como Ele.


Afirmar baseado num evangelho apócrifo que Ele não nasceu de uma virgem não arranha sua divindade. Afirmar que ele foi uma invenção, seria atribuir uma grau de inteligência sobrenatural a simples pescadores da Galiléia numa região tão atrasada como a Palestina. Se tudo não passava de mentiras por que o fogo, as pedradas, os açoites, as perseguições ou até mesmo os leões na hora da morte, só conseguiram arrancar da boca dos apóstolos a confissão de que não negariam a Jesus?! Quem sustentaria uma mentira diante de tantas torturas? Ninguém perderia tudo que possuía na terra se não acreditasse que iria ganhar tudo de volta na eternidade.


A vida deste homem é tão extraordinária quanto a sua morte. Ele parecia estar no controle de tudo a sua volta quando tudo parecia estar desmoronando. Ele cumpriu o plano até o fim. Quase ninguém compreendia que plano era este. Ninguém na hora da morte parou para se preocupar com outros como o Senhor da Vida fez. Como diz Max Lucado: "Não foram os soldados que o mataram, nem os gritos da multidão: foi sua devoção a nós." Como alguém pode nos ensinar tanto com sua própria morte?


De fato, precisamos parar diante da cruz e lembrarmos que o Criador não fora morto pela própria criação a toa. A estrela resplandecente da manhã preferiu se apagar por um instante por você do que brilhar pela eternidade sem você! Quem possui uma história tão bela quanto a deste homem? Seu nome era humano. Os pés que caminharam por cima das águas eram tão normais quanto os nossos. A mão que levantou o paralítico do tanque de Betesda era tão comum quanto de um homem qualquer. Suas palavras eram simples, um idioma humano. Suas roupas eram tão terrestres quanto a de hebreu qualquer. Era o homem tão natural que se misturava sem ninguém perceber. Mas, ao mesmo tempo era tão sobrenatural que poderosos oficiais de Roma curvava-se ao seus pés. Reis vieram de longe para adorá-lo. Sim, adorá-lo.Ninguém pode adorar a anjos, nem a homens. Mas, a este homem rendia-se adoração!


Somente uma inteligência superior, presente por mais incrível que pareça, nos mais simples e humildes seres humanos pode reconhecer a grandeza de Jesus. Ele ainda faz os sábios parecerem loucos, e os loucos se tornarem sábios. Percebendo esta incrível verdade Ele mesmo declarou: ...respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos." Mt 11.25


Ele se preocupa com o que achamos dEle, por isso certa vez perguntou aos seus discípulos: "E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? " Mt 16.13 


E nós, o que achamos d'Ele: "Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?" Mt 16.15 Alguns O intitulam de: O maior psicólogo da História, outros de O maior pedagogo de todos, o maior isso e aquilo. De fato Ele é O maior. Mas, não é isso que Ele quer ouvir de nós. Ele quer ouvir o que poucos tem coragem de afirmar. E é esta confissão que é a pedra em que todo o cristianismo está abalizado. É declaração que o ousado Pedro teve coragem de fazer:
"E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Mt 16.16




Só em Cristo, e por Cristo,




Pr. Flávio Alves

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O evangelho de hoje e a cruz de Cristo


A cruz de Cristo, tema do bom pregador. Esquecido em nossas igrejas, tão evidente nas Escrituras. Desprezam-na por que não corresponde aos interesses da igreja de laodicéia atual. Como dizem: “rico estou, de nada tenho falta”, deixam o Cristo da Cruz do lado de fora, de onde ele clama: “eis que estou à porta e bato...”

Não entendem que desprezar a cruz de cristo é o mesmo que desprezar o Cristo da Cruz; tantos anos que vejo e adimiro por exemplo o pastor Silas na TV, e nunca o vi pregar sobre a Cruz de Cristo. "Se a cruz não for o centro da nossa religião,a nossa religião não é a de Jesus" - De John Stott, em seu livro "A Cruz de Cristo", pg 59. Por que não aproveitar um espaço tão poderoso como é o da TV para pregar o tema mais importante da igreja Cristã: A Cruz de Cristo?

O que ouvimos então em nossos púlpitos? A Palavra de Deus? Pode ser, mas muito mais a palavra dos homens do que a Palavra de Deus. Ouvimos ataques, exaltações à placa denominacional, mensagens antropocêntricas ao invés de cristocêntricas, e principalmente evangelhos moldados pelos homens ao invés de homens moldados pelo Evangelho.

"Se Jesus tivesse pregado a mesma mensagem que muitos ministros de hoje pregam, ele nunca teria sido crucificado" - (Frase atribuída a Tozer).

As pessoas não querem ouvir sobre Cristo crucificado. Não entendem que a cruz é necessária. Preferem agir como ladrão crucificado ao lado de Jesus: Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.Marcos 15:30. Ninguém quer passar pela cruz. É necessário entendermos que para despojarmos todos principados e potestades é preciso triunfar na cruz. Sem cruz não há evangelho.Nem há salavação: E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23.

A cruz de Cristo é decididamente incompatível com o evangelho de hoje . Tiraram Jesus, querem apenas os milagres. Chamam mais atenção para suas igrejas e para eles mesmos do que para o próprio Jesus Cristo. Como certa vez eu ouvi em um comercial do R.R. Soares: "O missionário tem feito muitos milagres através de Deus!" Eu pensava que era Deus quem fazia milagres através dos homens. Isto não é evangelho!

Oh! se pudéssemos contemplar o que aconteceu na cruz! Na cruz caiu a barreira de separação entre Israel e os gentios. Não há mais inimizade (Ef 6.16). De sorte, que é por causa dela que gozamos dos mesmos privilégios de Israel. Nela Deus reconciliou o homem consigo mesmo. Como costumo dizer: “ Jesus Cristo morreu numa cruz e não em uma estaca como afirmam os TJ, por que na cruz há um madeiro vertical, simbolizando que Jesus no meio une o homem que está em baixo com Deus que está em cima. Mas, também um madeiro horizontal, que simboliza que Cristo no meio une o homem que está a direita com o outro que está á esquerda”. De forma que, não tens comunhão com Deus se primeiro não tiveres comunhão com seu irmão. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? 1 João 4:20.

A cruz de Cristo tem mistérios insondáveis mais profundos do que o mais denso dos oceanos. Mais altos do que as galáxias mais distantes, mais inúmeros do que as estrelas do céu. São mistérios que a mente espiritual se ocupa em decifrar, pois trata-se do maior acontecimento da História da humanidade. Trata-se do dia em que os homens mataram o Filho do seu próprio Criador. O dia em que Jesus matou a morte com a sua própria morte.

Nietzsche afirma que não pode conceber um Deus que se auto imolou. De fato, ... a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. 1 Coríntios 1:18. Ninguém jamais conseguirá compreender o sacrifício sem primeiro olhar para os objetivos. Como diz Augusto Cury, se trata do plano mais audacioso e ambicioso da História. As três pessoas mais importantes do Universo estavam "obcecados" pela idéia de ganhar os homens através de uma batalha silenciosa motivada unicamente pelo amor.

Que possamos viver na cruz e pela cruz. Pois, “Não podemos nos esquecer que somos a única Bíblia que muitas pessoas conseguem ler”(Cindy Jacobs). Que as pessoas possam ver em nós o amor de Cristo.

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Gálatas 6.14.


Pastor Flávio Alves

domingo, 4 de setembro de 2011

JESUS CRISTO EXISTIU HISTORICAMENTE


A paz do Senhor amados,
Estou publicando aqui integralmente o meu trabalho acadêmico sobre O Jesus histórico. Creio que seja de importância este trabalho, visto que, ainda existam pessoas que duvidem da real existência de Jesus homem na História.

INTRODUÇÃO
Jesus de Nazaré existiu realmente ou trata-se de uma invenção mitológica da religião cristã? Esta é uma pergunta que tem intrigado a mente de muitas pessoas através dos séculos. Desde os cristãos primitivos até hoje, surgem vários defensores da sua existência na História em confronto daqueles que a põe em dúvida. 

Este é um assunto delicado, por entremeter-se com assuntos que concerne à fé religiosa predominante.
Jesus é o tema mais explorado e rendável economicamente dos últimos dias. Falar em Jesus tornou-se moda e um gancho para uma boa venda de livros. 

Ele é o homem que divide a História em antes e depois dele. Inúmeras guerras, religiões, símbolos, construções e impérios levantados em seu nome demonstram um pouco da relevância desse personagem. O impacto provocado pelas mensagens deste homem atravessa dois milênios. Reis, imperadores, governos inteiros tentaram apaga-lo da História, como também destruir a seus seguidores. A cruz venceu a espada de Roma. Venceu a todos que se opuseram a ela. Voltaire afirmou: “Cem anos depois de minha morte não haverá mais cristãos, não haverá mais Bíblias, não haverá mais a Palavra de Deus, e desaparecerá definitivamente toda memória de Cristo e seus ensinamentos...” O grande pensador morreu em 1778 e sua previsão não parece que irá se cumprir, pelo menos no prazo “profetizado”. Até Friedrich Nietzsche, chamado "o grande filósofo do ateísmo", escreveu a um amigo sobre a pessoa de Jesus Cristo: "Eu sei que, 
se não O encontrar, não terei repostas para minha vida."

Albert Einstein afirmou: "Ninguém pode negar o fato de que Jesus existiu, nem que seus ensinamentos sejam belos. Ainda que alguns deles tenham sido proferidos antes, ninguém os expressou tão divinamente." Napoleão Bonaparte, famoso estrategista militar declarou: “Eu estava fazendo uma revolução na força da guerra..., mas lendo as páginas deste livro (a Bíblia) descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu, sem violência e destruição, fez a revolução do amor e da liberdade espiritual mediante o sangue da sua cruz.”                   

É sobre este homem que iremos discutir. Um homem que mudou a História e o mundo com suas ideias. Portanto, não pretendo ser ambicioso, nem em querer provar sua existência, nem a de provar sua não-existência. Apenas apresentaremos os fatos que hoje se nos evidenciam.

O grande entrave encontra-se em identificar o ponto que distingue o Jesus histórico do Jesus do Cristianismo. As fontes não bíblicas sobre a existência de Jesus de Nazaré são escassas. A ciência histórica não adentra em assuntos sobrenaturais; se Jesus operou milagres ou ressuscitou dos mortos não compete à História, como ciência, discutir. Mas, se Jesus nasceu, viveu na Palestina e levantou um enorme número de seguidores, dando início à maior religião do mundo atual é o tema desse trabalho.

A dificuldade para encontrar fontes

Também é importante reconhecer que no ano 70 d.C. os Romanos invadiram e destruíram Jerusalém e a maior parte de Israel, chacinando seus habitantes. Cidades inteiras foram literalmente incendiadas e desapareceram. Não se deve, portanto esperar que existam então muitas provas arqueológicas acerca da existência de Jesus. Muitas das testemunhas oculares de Jesus teriam sido mortas. Estes fatos provavelmente limitaram a quantidade de relatos vindos de testemunhas oculares de Jesus. Muitos documentos foram adulterados por cristãos a fim de beneficiar o Jesus da Igreja. Outros são totalmente postos em dúvida de acordo com os interesses em domínio.

Cabe ao estudioso analisar os fatos, provas e refutações de ambos os lados para chegar à sua própria conclusão ou ainda ficar na dúvida neste debate cheio de interesses.



 CAPÍTULO I
1.      Os três pilares da mitologia do “mito” de Jesus

Diante de um farto material, fruto de uma ampla pesquisa apesar do pouco tempo disposto, decidi dividir o trabalho em três “pilares”, ou capítulos. Nos quais discorrerei sobre a mitologia atual do “mito” de Jesus. Não levarei o assunto à exaustão, pois trata-se de um trabalho acadêmico e não de uma monografia, ou tese. E ainda que fosse não esgotaria um assunto tão polêmico como este. Mas, tentarei ser organizado e objetivo, como também, necessariamente sucinto.

1.1       O primeiro pilar da mitologia do “mito de Jesus”
O primeiro pilar da mitologia do “mito” de Jesus é que as epístolas paulinas, escritas mais cedo do que os evangelhos, não fornecem evidência de um Jesus histórico recente. Vejamos:
1.1.a    Os Escritos de Paulo
As fontes textuais mais antigas a respeito de Jesus são os escritos de Paulo, que datam cerca de 20 a 30 anos após a crucificação do pregador de Nazaré. Ainda que de acordo com os críticos, Paulo os tivesse escrito cerca de 100 anos depois, ainda assim seria confiável. Pois, escritos após de até 200 anos são considerados provas confiáveis. A distância temporal, em todos esses casos, é a mais ou menos a mesma que separava o historiador Heródoto da época da guerra entre gregos e persas, que aconteceu entre 490 a.C. e 479 a.C. – e ninguém duvida da existência de Leônidas, o rei guerreiro de Esparta. Além disso, a vasta maioria de estudiosos (cristãos ou não-cristãos) apoiam que as Epístolas de Paulo (pelo menos algumas delas) foram de fato escritas por Paulo no meio do primeiro século d.C., menos de 40 anos após a morte de Jesus. Em termos de manuscritos antigos que sirvam como provas, esta fonte é uma extraordinária prova da existência de um homem chamado Jesus em Israel no começo do primeiro século d.C.

Existe outro fato relevante para levarmos em consideração: Se o apóstolo Paulo, principal ícone dessa nova fé, reconhece que não acompanhou nem a vida, nem o ministério de Jesus, e nem tampouco sua crucificação, por que devemos então considera-lo como verídico?

A resposta bíblica plausível para tal interrogação é que o mesmo, que segundo o relato de Lucas no livro de Atos dos Apóstolos era antes um grande perseguidor dos cristãos primitivos, e após sua conversão esteve em contato com os demais apóstolos, testemunhas oculares tanto da vida quanto da ressurreição de Jesus de Nazaré. Ele obteve as informações que necessitava sobre Jesus com os discípulos em Jerusalém, principalmente com Pedro que já se comportava como líder dos irmãos. Descartamos, portanto, as revelações pessoais que o Apóstolo dos gentios teve com o próprio Jesus ressuscitado, inicialmente, num espaço de três anos e também na Arábia, por ser um ponto que concerne apenas à fé¹.

Contudo, outra pergunta surge-nos à mente: O que aconteceu de tão poderoso para um perseguidor ferrenho do cristianismo, como Saulo de Társis² entrar numa profunda metamorfose, e se tornar o maior defensor e propagador dessa nova fé? É impossível afirmar com uma fonte extra-bíblica o que aconteceu. Entretanto, pode-se perceber que deveria ser forte o suficiente para que um fariseu tão dedicado como ele, pudesse mudar de lado tão radicalmente e praticamente levantar as paredes e janelas de uma nova religião. 

Alguém com tamanho grau de conhecimento abraçaria uma mentira pregada por simples pescadores indoutos? Por que ele sustentaria fábula sob constantes ameaças de morte? Primeiro perdendo seu “status” social, sofrendo açoites, naufrágios, apedrejamentos, e daria sua própria vida para defendê-la?

Os escritos de Paulo fornecem muitas informações que se harmonizam com os Evangelhos. Veja uma lista que poderia ser um evangelho de Cristo por Paulo:
·         Jesus nasceu em forma humana, como um judeu, e tinha um ministério para os judeus. ( Gálatas 4:4 ).
·         Jesus era conhecido como "Filho de Deus". ( 1 Cor. 1:9 ).
·         Jesus era um descendente direto do Rei David. ( Romanos 1:3 ).
·         Jesus orou a Deus usando o "abba" prazo. ( Gálatas 4:6 ).
·         Jesus expressamente proíbe o divórcio. ( 1 Cor. 7:10 ).
·         Jesus ensinou que "pregadores" devem ser pagos por suas pregações. ( 1 Cor. 9:14 ).
·         Jesus ensinou sobre o fim dos tempos. ( 1 Ts. 4:15 ).
·         Paulo refere-se a Pedro pelo nome Cefas (pedra), que era o nome de Jesus lhe deu. ( 1 Cor. 03:22 ).
·         Jesus tinha um irmão chamado Tiago. ( Gálatas 1:19 ).
·         Jesus iniciou a Ceia do Senhor e se refere ao pão e o cálice. ( 1 Coríntios. 11:23-25 ​​).
·         Jesus foi traído na noite da Ceia do Senhor. ( 1 Coríntios. 11:23-25 ​​).
·         A morte de Jesus foi relacionada com a celebração da Páscoa. ( 1 Cor. 5:7 ).
·         A morte de Jesus estava nas mãos de governantes terrenos. ( 1 Cor. 2:8 ).
·         Jesus sofreu abusos e humilhações. ( Romanos 15:3 ).
·         Autoridades judaicas estavam envolvidos com a morte de Jesus. ( 1 Ts. 2:14-16 ).
·         Jesus morreu por crucificação. ( Cor 2. 13:4).
·         Jesus estava fisicamente no sepulcro. ( 1 Coríntios 15:4. ).

1.2       Os Evangelhos
Outra fonte desprezada pelo seu teor religioso e seu propósito em provar que Jesus Cristo é o Messias são os evangelhos. Desprezaríamos os evangelhos por ser teológico?
“Nem mesmo os Evangelhos constituem documento irretorquível. “ La Sagesse.

Por que os evangelhos são refutáveis do ponto de vista histórico? Não pretendo aqui, por falta de espaço e por não ser o propósito do presente trabalho tecer argumentos que mostrem a confiabilidade dos evangelhos. Entretanto, Graham Stanton, professor na Universidade de Cambridge , escreve que a maioria dos historiadores aceitam que Jesus existiu e que os evangelhos contêm muitas evidências valiosas, que deve ser ponderada e avaliada criticamente. Dados geográficos, detalhes e descrições de costumes e lugares condizem perfeitamente com os achados arqueológicos. Nomes de lugares e pessoas de quem muitos duvidavam existir teve sua comprovação histórica corroborada pelas descobertas arqueológicas.

Como exemplo, podemos citar o próprio Pôncio Pilatos, de quem muitos duvidavam existir historicamente, até que foram descobertas inscrições com seu nome, cuja foto está no anexo 1 no final do trabalho. Como é de se esperar, hoje ninguém duvida da existência histórica de Pilatos. A maioria dos estudiosos admite que os evangelhos, principalmente os sinóticos, foram escritos cerca de cinquenta anos depois dos acontecimentos.  Foram escritos com a necessidade de suprir informações acerca da vida de Jesus ante ao crescimento do número de cristãos conversos. O próprio Lucas apresenta o propósito e o método utilizado na confecção do livro:
“Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.” Lucas 1.1-4

Pode-se perceber que Lucas ouviu testemunhas oculares e se informou minuciosamente de tudo desde o princípio. Além disso, a historiografia analisa os textos considerando o seu caráter subjetivo e se propõe a extrair fatos históricos do texto em questão. Por que não poderia ser feito assim com os evangelhos? Infelizmente há mais preconceito religioso no meio acadêmico do que em qualquer outro lugar. Ninguém nega que aquele que defende a nulidade dos escritos sagrados e a não-existência de Jesus Cristo, bem como ser contra tudo que se relaciona a religião, principalmente em um centro de ciências humanas de uma instituição universitária será muito melhor visto e aceito do que qualquer bom cientista que prove o contrário. É surpreendente saber que a própria Bíblia Sagrada é uma coletânea de livros que nos trazem muitíssimas informações históricas e mesmo assim, diante da facilidade de se adquirir o livro mais copiado e vendido do mundo, a Biblioteca do CFCH não dispõe de um exemplar sequer. A Bíblia Sagrada independe de religião, independe de fé ou crença, é um livro ímpar que atravessou milênios até nós, e não pode ser desprezado em um centro de estudos como a UFPE.

Mas, vamos ao estudo em questão. Existem outras fontes como o livro de Atos dos Apóstolos. O Livro de Atos dos apóstolos escrito cerca de 40 ou 60 d.C. é uma fonte histórica sobre o surgimento da igreja cristã primitiva. Há pelo menos oito fatos históricos no livro que corroboram para sua autenticidade histórica. Embora o tratamento de sua descrição da história da igreja primitiva seja encarada com ceticismo, os estudiosos críticos como Gerd Lüdemann , Wedderburn Alexander , Conzelmann Hans , e Martin Hengel ainda vêem Atos como contendo valioso acervo de informações historicamente precisas dos primeiros cristãos.

1.3       Os pais da Igreja
Fontes cristãs primitivas fora do Novo Testamento também menciona Jesus e os detalhes de sua vida. Importante textos dos Padres Apostólicos são, para citar apenas as mais significativas e antigas, Clemente de Roma (c. 96), Inácio de Antioquia (c. 107-110), e Justino Mártir .
Quadrato, que escreveu uma apologia ao imperador Adriano, foi relatada por Eusébio teria declarado:
“As palavras de nosso Salvador sempre estiveram presentes, para que fosse verdade: aqueles que foram curados, quem ressuscitou dentre os mortos, aqueles que não eram vistos somente no ato de serem curados ou elevadas, mas também estavam sempre presentes, não apenas quando o Salvador estava vivendo na terra, mas também por um tempo considerável após a sua partida, tanto que alguns deles sobreviveram até aos nossos tempos.” [9]

CAPÍTULO II
2.      O segundo pilar da mitologia do “mito de Jesus

O segundo pilar da mitologia do “mito” de Jesus é que o Jesus histórico não foi comentando nem citado por nenhum historiador romano ou judeu. É o silêncio dos escritores contemporâneos de Jesus que prova sua não-existência:
“As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus, os quais não fazem qualquer referência ao mesmo.” ³

A resposta proposta é que não há registros romanos que sobreviveram à destruição de Jerusalém. Os historiadores romanos tinham pouco interesse nas idas e vindas de cultos pequenos e eram muito mais preocupados com os imperadores e reis. Jesus fez um pequeno “splash”, enquanto ele estava vivo e não havia nenhuma razão para os historiadores romanos notá-lo. A verdade é que a Palestina era uma das menores ou senão a menor província romana da época. Turbulenta e altamente complexa, a região em que Jesus possivelmente percorreu era uma região culturalmente atrasada e isolada devido principalmente ao sentimento exclusivista judaico-nacional.

Pelo que se pode entender no contexto neo-testamentário é que um carpinteiro pregador da pequena Nazaré não importunaria o Grande Império. Havia questões mais preocupantes para se tratar do que mais um que se autoproclamava o “Meshiach”. Bastaria matar a ameaça e seu rebanho se dispersaria. Esta era a ideia do Sinédrio, e este foi o plano arquitetado que se virou contra os seus executores.
Entretanto, existem citações de alguns historiadores. Algumas informações sobre Jesus ainda pode ser extraída de fontes históricas seculares. As importantes provas históricas de Jesus Cristo incluem:

2.1       Tácito
Publius (ou Caio) Cornélio Tácito (cerca de 56 d.C. - 117 d.C.) foi um senador e um historiador do Império Romano. Ele é geralmente considerado o maior historiador de Roma[4].

“Consequentemente, para livrar-se do relatório, Nero prendeu a culpa e infligiu as punições mais requintado em uma classe odiada por seus atos vergonhosos, chamado Chrestians pela população. Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu a penalidade extrema (isto é, Crucificação), durante o reinado de Tibério às mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição maligna, assim marcada para o momento, mais uma vez quebrou se não só na Judéia, a primeira fonte do mal, mas mesmo em Roma, onde todas as coisas abomináveis ​​e vergonhosas de toda parte do mundo a encontrar seu centro e se tornar popular. Assim, a prisão foi feita pela primeira vez de todos os que se declarou culpado, em seguida, sobre as suas informações, uma imensa multidão foi condenada, não tanto do crime de disparo da cidade, mas por ódio contra a humanidade. Zombaria de cada espécie foi adicionado à sua morte. Cobertos com peles de animais, que foram rasgados por cães e pereceram, ou foram pregados em cruzes, ou estavam condenados ao fogo e queimados, para servir como uma iluminação noturna, quando o dia já tinha expirado.” (“Anais” XV,44).[5]

Trata-se de uma referência direta à condenação de Jesus por Pôncio Pilatos. Alguns afirmam que as informações de Tácito foram extraídas dos próprios cristãos, por isso não possuem validade. Mas, este argumento não seria muito conveniente? Quem pode garantir que Tácito não investigou a existência desse Cristo antes de escrever no Anais da História? Tácito não está interessado no sofrimento do povo e questão, mas com o Imperador. Somente os cristãos estavam interessados em Jesus. Outra questão que levantam é que Tácito os chamou de “Chrestians” e não de “Cristãos”. Suetônio confirma que os cristãos tenham sido perseguido por Nero. [6] Comentário do grande historiador inglês Edward Gibbon (1737-1794) sobre esta evocação do autor de Dialogus de Oratoribus:
“A crítica mais cética deve respeitar a verdade desse fato extraordinário e a integridade desse tão famoso texto de Tácito.”

2.2       Plínio o Jovem
Outra fonte é de Plínio, o Jovem (c. 61 - c. 112), o governador provincial do Ponto e Bitínia , escreveu ao imperador Trajano c. 112 a respeito de como lidar com os cristãos, que se recusaram a adorar o imperador e, e que adoravam a "Christus".
“Aqueles que negaram que eram ou tinham sido cristãos, quando invocavam os deuses em palavras ditadas por mim, a oração oferecida com incenso e vinho para sua imagem, que eu tinha encomendado para ser intentada para esse fim junto com as estátuas dos deuses, e além disso, amaldiçoavam a Cristo - nenhum dos quais aqueles que são realmente cristãos, é dito, pode ser forçado a fazer - estes eu pensei que deveria ser apurado. Outros nomeados pelo informante declarou que eles eram cristãos, mas depois negou, afirmando que tinha sido, mas tinha deixado de ser, alguns há três anos, outros há muitos anos, alguns, tanto como 25 anos. Todos adoraram a sua imagem e as estátuas dos deuses, e amaldiçoaram a Cristo.” [7]

2.3       Suetônio
Caio Suetônio Tranquillus (c. 69 - 140 ) escreveu o seguinte em seu “Vidas dos Doze Césares” sobre rebeliões que eclodiram na comunidade judaica em Roma sob o imperador Cláudio :
"Como os judeus estavam fazendo constantes distúrbios por instigação de Cresto, ele [ Cláudio ] os expulsou [os judeus] de Roma ". [8]

O evento foi observado em Atos 18:02 . O “Chrestus” termo que também aparece em alguns textos mais tarde aplicado a Jesus, e Robert Graves, entre outros, consideram uma grafia variante de Cristo, ou pelo menos um erro ortográfico razoável. Por outro lado, Cresto era em si um nome comum, especialmente para os escravos, ou seja, bom ou útil. Em relação à perseguição aos judeus, na época em que essa passagem se refere, a Enciclopédia Judaica declara: "... em 49 - 50, em conseqüência de dissensões entre eles sobre a chegada do Messias , eles foram proibidos de realizar serviços religiosos. Os líderes da controvérsia, e muitos outros dos cidadãos judeus, deixou a cidade ".

Outra sugestão a respeito de porque Chrestus pode não ser Cristo é baseada no fato de Suetônio se refere aos judeus não cristãos, nessa passagem, embora em sua Vida de Nero, ele mostra algum conhecimento da existência da seita. Uma solução para este problema, no entanto, reside no fato de que os primeiros cristãos ainda não haviam separado desde a sua origem judaica neste momento. Os primeiros cristãos não tinham a intenção de criar uma nova religião, prova disto é que os mesmos ainda cultivavam e respeitavam todos os costumes judaicos. Eles guardavam o sábado, mas respeitavam também o domingo, oravam nas horas de oração, e houve questões acerca da Tarah que tiveram que resolver em reuniões com os apóstolos em Jerusalém. Tudo isso nos mostra que o cristianismo primitivo ainda estava ligado por um cordão umbilical ao judaísmo, que só foi cortado depois com a destruição do Templo, principal ícone da religião judaica.

2.4       Flávio Josefo
Flávio Josefo é o mais famoso historiador judeu. Em seu Antiguidades Judaicas, se refere a Tiago: “o irmão de Jesus, que era chamado Cristo.” Há um verso polêmico (XVIII,3) que diz: “Agora havia acerca deste tempo Jesus, homem sábio, se é que é lícito chamá-lo homem. Pois ele foi quem operou maravilhas... Ele era o Cristo... ele surgiu a eles vivo novamente no terceiro dia, como haviam dito os divinos profetas e dez mil outras coisas maravilhosas a seu respeito.” Uma versão diz: “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).

Há uma questão instigante em Josefo. Como fariseu, ele nunca reconheceria Jesus como Messias, mas, segundo Orígenes[10], apresenta o fato de que os cristãos já sabiam que Josefo não acreditava que Jesus era o Messias. Mas pelo que se entende em dois dos seus textos, o termo “Cristo” constava nos escritos de Josefo, não para enaltecer Jesus como messias, mas para apresentar Thiago e os cristãos como a causa da destruição de Jerusalém, como castigo divino contra os cristãos. Orígenes defende que Flávio Josefo deveria ver que a causa da punição divina sobre os judeus de Jerusalém era por causa da morte de Thiago, “irmão do Senhor”.

2.5       Manuscritos do Mar Morto
Os Manuscritos do Mar Morto são do primeiro século ou escritos mais antigos que mostram a língua e os costumes de alguns judeus de "tempo de Jesus”. Segundo o clérigo e estudioso do Novo Testamento Henry Chadwick , usos semelhantes, de línguas e pontos de vista registrados no Novo Testamento e na Manuscritos do Mar Morto são úteis para mostrar que o Novo Testamento retrata o período do primeiro século que os relatórios e não é um produto de um período posterior.

2.6       Outras fontes
Julio Africano cita o historiador Talo em uma discussão sobre as trevas que sucederam a crucificação de Cristo (Escritos Existentes, 18).

“No mundo inteiro há uma escuridão pressionou mais temíveis, e as pedras foram rasgadas por um terremoto, e em muitos lugares na Judéia e outros distritos foram jogados para baixo. Esta escuridão Talos, no seu terceiro livro de História, chamadas (como parece-me sem razão) um eclipse do sol.” [11]

O Talmude da Babilônia (Sanhedrin 43 a) confirma a crucificação de Jesus na véspera da Páscoa, e as acusações contra Cristo de usar magia e encorajar a apostasia dos judeus.
Luciano de Samosata foi um escritor grego do segundo século que admite que Jesus foi adorado pelos cristãos, introduziu novos ensinamentos e foi por eles crucificado. Ele disse que os ensinamentos de Jesus incluíam a fraternidade entre os crentes, a importância da conversão e de negar outros deuses. Os Cristãos viviam de acordo com as leis de Jesus, criam que eram imortais, e se caracterizavam por desdenhar da morte, por devoção voluntária e renúncia a bens materiais.

Mara Bar-Serapião confirma que Jesus era conhecido como um homem sábio e virtuoso, considerado por muitos como rei de Israel, executado pelos judeus, e que continuou vivo nos ensinamentos de seus seguidores.
Então temos os escritos Gnósticos (O Evangelho da Verdade, O Apócrifo de João, O Evangelho de Tomé, O Tratado da Ressurreição, etc.) todos mencionando Jesus.

CAPÍTULO III
Jesus é uma junção de mitologias pagãs?

A história de Jesus mostra fortes paralelos com religiões orientais Médio sobre morte e ressurreição deuses, simbolizando o renascimento do indivíduo como um rito de passagem. Robert Price escreve que os apologistas cristãos têm tentado minimizar esses paralelos. Tem-se observado desde a antiguidade e na erudição moderna desde o século 19, que Jesus Cristo tem impressionantes paralelos com outras divindades adoradas na religião helenística, especificamente para o culto de Dionísio, no grego religiões de mistério e com o Buda .

O estudo de Jesus Cristo como mito é popularmente associado a uma postura cética em relação à historicidade de Jesus, conhecida como a "teoria do mito de Cristo", e James DG Dunn opina que "Mito é um termo melhor, relevância duvidosa para o estudo de Jesus e Evangelhos. "

Eles apontam que a história neotestamentária de Jesus se assemelha por demais á mitologias do culto grego (Édipo), mas também egípcia (Hórus e Osíris), Romano (Baco) e persa (Mitra). Em outro lugar você vai encontrar as divindades celtas, vikings e beserkers místicos indianos sendo puxados para a briga. Nesta teoria Jesus seria uma invenção, possivelmente em Alexandria, de um “messias” que incorporaria os deuses das muitas mitologias existentes antes e da época bíblica.

Neste caso, só tem valor as mitologias que existiram antes de Cristo, e que o cristianismo tomou como parte da sua “concepção”. O Jesus dos cristãos na verdade seria uma mescla destes mitos, portanto, também um mito. Mas, existem muitos pontos a serem vistos.

Primeiro, a linguagem é importante. Todas as traduções idiomáticas destas religiões para os idiomas de hoje utilizaram termos e palavras carregadas de significados cristãos. Por exemplo, termos cristãos, como a 'salvação', 'Eucaristia', 'Verbo que se fez carne "e" Cordeiro de Deus' são hoje moeda comum. Portanto, ao traduzir ou parafrasear fontes pagãs usaremos sempre uma linguagem cristã moderna. Será que os termos que usamos hoje para cultos pagãos refletem exatamente à mesma ideia ou conceito religioso pagão daquela época? Desta forma, você pode chamar uma mulher sendo estuprada por vários tipos de animais selvagens como um "nascimento virgem", você pode chamar com as partes do corpo preso novamente juntos uma 'ressurreição' e você pode chamar apenas sobre cada herói grego um “filho de Deus“.

Em segundo lugar, a influência religiosa pode ser de corrente contrária à defendida pela teoria. Isto é, você pode encontrar uma imagem mostrando Baco em uma cruz que data de 200 anos depois que Jesus foi crucificado, e ainda assim você ainda pode afirmar que os cristãos copiaram dos pagãos e não o contrário. É o que acontece com muitos pseudointelectuais que afirmam a suástica, símbolo usado há milênios no hinduísmo é satânico por que Hitler usou como símbolo do nazismo. Outros afirmam que o triângulo usado nas pinturas de igrejas construídas por maçons há poucos séculos provam que o cristianismo é invencionice egípcia.

Em terceiro lugar, qualquer um pode dizer que coisas totalmente diferentes são, na verdade intimamente relacionados. Por exemplo, Mitra era às vezes representado por um touro. Digamos que este é o mesmo que Jesus está sendo chamado o Cordeiro de Deus (ignorando que é um símbolo da sexualidade e da força e o outro de inocência e humildade). Compare o ritual mítrico de tomar um banho de sangue morno do touro acima, com o batismo cristão com água. Alegação de que os ladrões crucificados com Jesus são as mesmas que um par de portadores da tocha que aparecem em algumas ilustrações de Baco. Trata-se, portanto, de uma falsa intelectualidade e se aparenta mais com uma “teoria da conspiração” do que um estudo científico-histórico de verdade.

CAPÍTULO IV
Provável prova arqueológica da existência de Jesus

O ossuário, uma urna funerária de Tiago data do século 1 e traz a inscrição em aramaico "Tiago, filho de José, irmão de Jesus" (Ya'akov bar Yosef achui d'Yeshua). Oculto por séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás por um colecionador judeu que não suspeitou da importância do artefato. Só quando o renomado estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado autêntico. Segundo o jornal The New York Times, "essa descoberta pode muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus".

A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento. Conhecido popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Farkash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um “popstar” naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. O próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. [13]

Pode ser este o mais antigo artefato ligado diretamente à Jesus Cristo histórico. Isso somente a prova do tempo nos dirá.


  
CONCLUSÃO
Não se encerra este debate tão facilmente. Se Jesus Cristo existiu historicamente é um debate que ainda levará um bom tempo para cessar. Provavelmente, só se encerrará na descoberta ou do diário de Jesus ou de seus ossos. É um assunto instigante e que meche com a razão, mas acima de tudo a fé. Para os cristãos, provar que Jesus Cristo existiu importa tanto quanto provar que o Sol amanhã nascerá. Para os ateus isto é uma questão de honra. Talvez pense eles que arrancando Jesus da História, poderia arranca-lo dos corações. Muitos filósofos e eruditos já se propuseram à este árduo trabalho, nenhum deles pode destrona-lo.

Por incrível que pareça quase dois mil anos depois, eruditos e estudiosos estão descobrindo o gênio que foi Jesus Cristo. “Jesus não foi apenas um maravilhoso catalisador de almas, o autor e porta-voz de uma doutrina sublime... revelou-se o mais sábio dos fundadores, o mais completo dos educadores e o mais eficaz dentre os homens. Deu aos seus discípulos uma doutrina concreta, digna de uma excelente escola de líderes, e ensinou-lhes também uma estratégia. Temos o direito de dizer, portanto, que a Igreja nasceu de Cristo.” Nenhuma fábula produziria treze [14] apóstolos tão ligados pelo amor fraternal como eles. Ainda que alguns ensinamentos tenham sido citados antes de Cristo, ninguém os ensinou com sua própria vida como Ele.

Jesus continua sendo o personagem mais instigante da História. Duvido que tantos homens indoutos, outros letrados, de todas as classes sociais, cor e nacionalidades seriam capazes de perder tanto para defender uma mentira que eles mesmos inventaram e defenderam até a morte. Não são poucas as virtudes morais e humanas que os ensinamentos de Cristo trouxeram ao mundo. Foi uma revolução sem armas. Hoje, existem muitos “cristos”, muitos deles ou a maioria, criados por homens movidos pela ganância e poder que a religião proporciona.

Mas, somente um homem de verdade, divino ou não, poderia mudar o mundo com sua vida e ideias como ele mudou. "... Quanto ao Cristo... Acho que a personagem mais forte, mais dinâmica e mais importante que já existiu, acabou por ser terrivelmente deformada pela tradição. Mostrá-lo-ia, então, acolhido em delírio por homens, mulheres, e crianças. As pessoas iriam ao seu encontro para sentir seu magnetismo. Não mais seria um homem piedoso, triste e distanciado; um solitário que acabou por ser o maior imcompreendido de todos os tempos." (Charles Chaplin).

Ele inspira homens, metamorfoseia o caráter, esculpe o ser humano em uma obra-prima. "Se as doutrinas de Jesus sempre tivessem sido pregadas como a pureza de quando saíram de seus lábios, todo o mundo civilizado seria atualmente cristão." (Thomas Jefferson). Sua importância e relevância para a humanidade não é sequer arranhada pelos ataques que já sofreu. Jesus é a prova de que a humanidade pode ser melhor. Que ninguém roube esta esperança do coração dos homens.
"A história inteira é incompleta sem Jesus." (Ernest Renan)

¹ Gálatas 1.16-19: O Apóstolo afirma que o próprio Jesus o ordenou pregar aos gentios, e que depois da sua conversão em Damasco foi para a Arábia e depois para Damasco novamente. Só assim foi para Jerusalém onde se encontrou com Pedro e Tiago, irmão do Senhor.
²  O antigo nome de Paulo, em homenagem ao rei Saul, primeiro rei de Israel, que também era da tribo de Benjamim.
³ La Sagasse – Nome dado á um material encontrado na internet. Embora não haja nenhuma outra informação sobre quem seja ou o que é, seus argumentos foi considerado por mim, os mais razoáveis. Há informações de que se trate de Jean-Ferdinand Denis.
4 Van Voorst Robert E., Jesus fora do Novo Testamento: Uma Introdução à Prova Antiga, Wm. Eerdmans B., 2000. p 39.
5 Catherine M. Murphy, o Jesus histórico For Dummies, Editora For Dummies, 2007. p 76.
6 Suetônio, Vida dos Doze Césares, Vida de Nero 16:02.
7 Plínio a Trajano, Letras 10,96-97.
8 Iudaeos, Chresto impulsore, assidue tumultuantes expulit Roma; Uchicago.edu.
9 Citado em Eusébio, História Eclesiástica 4.3.2, tradução de Richard Bauckham em seu Jesus e as testemunhas oculares (Cambridge: Eerdmans, 2006), p. 53.
9 Inácio, Carta aos cristãos de Trali 9, Carta aos Cristãos de Esmirna 1, 3.
11 Julius Africanus, escritos existentes no XVIII-Nicene Padres Ante, ed. A. Roberts e J. Donaldson (Grand Rapids: Eerdmans, 1973) vol. VI, p. 130.
12 "Myth" in Dictionary of Jesus and Gospels ed. Joel B. Green, et al.
13 Revista Isto é.
14 Treze por que inclui-se Matias que substituiu Judas Iscariotes e acrescenta-se Paulo, o último apóstolo.

Bibliografia
Theologians as Historians the statement by historian Rolf Torstendahl, p 197,retrieved 10/9/10
Douglas R. Edwards (2004). Religião e sociedade na Palestina romana: velhas questões, novas abordagens . Routledge. p. 164 -. ISBN 9780415305976 . Retirado 04 de agosto de 2010.
Henry Chadwick (2003). A Igreja na sociedade antiga: desde a Galiléia até Gregório Magno . Oxford University Press. p. 15 -. ISBN 9780199265770 . Retirado 04 de agosto de 2010.
George J. Brooke (01 maio de 2005). Os Manuscritos do Mar Morto e o Novo Testamento . Pressione Fortaleza. p. 20 -. ISBN 9780800637231 . Retirado 04 de agosto de 2010.