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sábado, 23 de março de 2024

Quem foi o primeiro mártir cristão?

 A primeira semente regada com sangue cristão

29 de Abril de 2011 - Reeditado em 23 de março de 2024.

Estevão, o primeiro mártir cristão

Os diáconos trouxeram energia jovial à Igreja primitiva, e Estevão destacou-se entre eles. Era uma alma ardente; transbordava audácia. Este jovem foi o primeiro a entrar na galeria daqueles que deram suas vidas por Jesus Cristo. Ele se tornou um herói modelado pelo cristianismo primitivo, buscando um galardão maior, provando seu amor a Cristo ao sacrificar sua própria vida. Talvez de origem alexandrina(1), Estevão era versado tanto nas filosofias gregas quanto nas tradições hebraicas.

Falava com ousadia, uma virtude que emanava da presença do Espírito de Cristo dentro e sobre ele. Expôs verdades tão desconfortáveis que acabou sendo preso pelos juízes. Estes, aproveitando a ausência de Pilatos, que tinha ido a Roma explicar-se a Calígula por alguns problemas na pequena província romana.

Diante de seus algozes, Estevão demonstrava altruísmo, não se preocupando em salvar sua própria vida. Sua prioridade máxima era amplificar sua fé tão alto que até os mais insensíveis pudessem ouvi-la ecoar em seus corações. Esta é a marca dos mártires: proclamar sua fé com fervor!

Sua pregação era fundamentada nas Escrituras, seu raciocínio penetrante. Não poupou esforços para demonstrar que as Escrituras se cumpriam em Jesus. Mas ao expor a dureza dos corações dos judeus, encerrou seu discurso mostrando a realidade que eles não queriam aceitar: os judeus perseguiram e mataram os profetas, e fizeram o mesmo com o Justo.

Seus ouvintes rangeram os dentes como cães raivosos contra sua vítima. Cercado pelo ódio e descontrole, Estevão permanecia seguro e confiante, não se deixando contaminar pelo ódio ao seu redor. Ele personificava o verdadeiro cristianismo(2). Diante da morte, não clamou por socorro ou livramento, mas manteve os olhos fixos no céu, onde viu seu Senhor e Mestre, a quem imitava, assentado à direita de Deus.

Enquanto o mundo desabava ao seu redor, o verdadeiro cristão olha para o céu. Enquanto todos o perseguiam, Estevão contemplava o céu aberto! E quando a morte chegou, ele viu Jesus assentado em glória!

Todos o condenaram injustamente à morte, mas a própria Vida se levantou do trono para dar as boas-vindas ao primeiro mártir cristão. Enquanto as pedras voavam contra ele, Estevão seguiu o exemplo de seu mestre e clamou pelo perdão de seus executores. Certamente, os mártires causavam mais impacto com suas mortes do que com suas pregações.

Os assassinos de Estevão não poderiam prever que trinta anos depois as profecias de Jesus Cristo se cumpririam, e que seria o sangue deles que seria derramado pelas ruas de Jerusalém. Talvez não imaginassem que Deus cobraria pelo sangue derramado injustamente.

Contudo, ali perto, estava alguém aprovando e guardando as vestes dos assassinos de Estevão, aquele que em breve se tornaria o maior missionário e propagador da mensagem do Caminho da Vida. Saulo de Tarso jamais poderia imaginar que anos depois estaria no lugar de Estevão, recebendo pedradas, afrontas e sendo perseguido por amor à sua fé. Assim também deve agir o verdadeiro cristão, deixando sementes plantadas até o fim de sua vida.

Naquele que é a própria Vida,

Pr. Flávio Alves

¹  É o que se supõe pelo conhecimento que Estevão paraecia possuir de Fílon, que na época estavam em voga na Alexandria, e também por empregar quatro vezes a palavra "sabedoria", muito usadas no meio judaico do Egito, de onde também procede o livro apócrifo de Sabedoria.

² Palavra usada pelos de Antioquia para denominar os cristãos por que eles se pareciam com Jesus Cristo. 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A primeira semente regada com sangue cristão

A primeira semente regada com sangue cristão

Os diáconos trouxeram dinamismo juvenil à Igreja primitiva. Estevão se destacou entre eles. Era uma alma de fogo; transbordava audácia. Foi este jovem o primeiro a adentrar à galeria dos que deram a vida por Jesus Cristo. Foi um herói que o cristianismo primitivo criou, e que atentando ele para um galardão maior, provou seu amor a Cristo sacrificando suas própria vida. Talvez Estevão fosse alexandrino¹ de origem, era conhecedor das filosofias gregas tanto quanto era das tradições hebraicas.

Falava com ousadia, que segundo o conceito original da palavra grega é a capacidade de falar sem nenhuma dificuldade. Mas, tratava-se de uma virtude oriunda da presença do Espírito de Cristo dentro e sobre ele. Expôs verdades tão desconfortantes que o levaram preso perante os juízes. Juízes que se aproveitavam da ausência de Pilatos, que tinha ido à Roma explicar-se à Calígula por alguns desconfortos na pequena província romana. 

Mas, diante dos seus algozes, Estevão demonstrava altruísmo não se preocupando em salvar sua própria cabeça. A prioridade máxima não era salvar-se do perigo iminente, mas a de ecoar sua fé tão alto que até aqueles ensurdedecidos pela insensibilidade humana a pudessem ouvir tinir nos seus corações. Esta seria a atitude dos mártires: gritar a sua fé!

Sua pregação era bíblica. Seu raciocínio surpreendente. Não economizou forças e vigor para pregar que as Escrituras se cumpriam em Jesus. Mas, quando expôs claramente a dureza dos corações dos já conturbados judeus, encerrou seu longo discurso apologético mostrando a realidade que não queriam admitir: Os judeus perseguiam e matavam seus profetas e assim também fizeram com o Justo.

Os ouvintes ragem os dentes como cãs feroses ao encontro da sua vítima. Cercado pelo ódio e descontrole, está Estevão seguro e confiante. Não se deixava contaminar pelo ódio ao seu redor. Fazia juz à palavra cristão². Diante da morte não pediu socorro nem livramento. Apenas com os olhos fitos no céu pode ver seu Senhor e Mestre, a quem imitava, assentado à direita de Deus.

Enquanto o mundo desaba o verdadeiro cristão olha para o céu. Enquanto todos lhe persegue, Estevão olha o céu aberto! E quando a morte bateu á sua porta, ele viu Jesus assentado na glória!

Todos, injustamente lhe condenavam à morte. A própria Vida se levantava do trono para dar as boas-vindas ao primeiro mártir cristão. Enquanto as pedras voavam contra ele, Estevão seguiu o exemplo de seu mestre e clamou pelo perdão dos seus executores. Com toda a certeza os mártires causavam mais impacto com suas mortes do que suas pregações.

Não podiam imaginar aqueles assassinos que trinta anos depois as profecias de Jesus Cristo se cumpririam, e seria o sangue deles que jorrariam pelas ruas de Jerusalém. Não sei se podiam imaginar que Deus cobraria pelo sangue derramado inocentemente.

Contudo, estava ali por perto, aprovando e guardando as vestes dos assassinos de Estevão, aquele que seria em breve o maior missionário e propagador daquele mensagem de Estevão. Saulo de Társis nunca imaginaria que anos depois estaria no lugar de Estevão recebendo pedradas, afrontas e sendo perseguido por amor à sua fé. Assim também deve agir o verdadeiro cristão, deixando sementes plantadas até o fim da sua vida.

N'Aquele que é a própria Vida,

Pr. Flávio Alves

¹  É o que se supõe pelo conhecimento que Estevão paraecia possuir de Fílon, que na época estavam em viga na Alexandria, e também por empregar quatro vezes a palavra "sabedoria", muito usadas no meio judaico do Egito, de onde também procede o livro apócrifo de Sabedoria.
² Palavra usada pelos de Antioquia para denominar os cristãos por que eles se pareciam com Jesus Cristo.