O Amor, o tempo e a morte

Texto de 2017.

PENSAMENTOS VAGOS: O tempo, o amor e a morte 

O tempo passa, pessoas mudam, uns vem, outros vão. A vida prossegue, marcas surgem, transformam-se em cicatrizes. Não sangra, a dor permanece. Lembranças incomodam, prendem a respiração, se solta na nostalgia. A vontade renasce, de amar, abraçar, olhar, sorrir... Nas metamorfoses da vida uns se transformam em borboletas, belas e coloridas. Outros em lagartas feias e perigosas. Não podemos decidir quase nada do que acontece conosco. O tempo, o amor e a morte tudo molda com seu toque gélido. Fases que passam. São apenas fases. Eu sou passageiro no trem da vida. Pena que não sabemos em qual estação iremos descer. Mas, viver é preciso. Esperança é o combustível. Dias mais claros, coloridos, divertidos, amorosos virão. O tempo muda, mas nos presenteia todos os dias com vários segundos, minutos, horas. O amor decepciona, mas nos faz sentir, viver, voar. A morte é traiçoeira, mas o medo que temos dela nos faz aproveitar melhor o tempo e o amor. Saibamos viver plenamente. 

Flávio Alves

PONDERAÇÕES SOBRE A ANGÚSTIA

PONDERAÇÕES SOBRE O PODER DA ANGÚSTIA

Aflição e angústia se apoderam de mim; Salmos 119.143 a

A vida cotidiana nos faz mergulhar na monotonia e nas profundezas do indiferente.

Ser mais um no meio de todos. Ninguém vê ou sente a falta de outro. Nada muda com ou sem a existência de alguém. Essa é a ideia que angustia muitas mentes em diversas épocas em todos os lugares. Na angústia, o homem pode deixar-se dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, e assim cometer o pior ato de covardia contra si próprio, ou elevar-se ao autoconhecimento em sua mais profunda dimensão.

Para os tais, nesse momento, as coisas da vida e do mundo ficam desprovidas de suas importâncias e perdem o significado, dissolvendo-se na nulidade absoluta. Todos os socorros dos títulos e funções sociais são ineficazes em debelá-la. “o homem sente-se completamente perdido e desvalido”.  A angústia aniquila as cores do mundo ao redor, escurecem o negro vazio de tudo, assinalando que tudo é nada. Como diz Heidegger: “o homem sente-se, assim, como um ser-para-a-morte”.

O próprio Jesus Cristo homem passou por este momento. Na névoa entre as árvores do Getsêmane angustiava-se o filho do homem. São nessas mais densas trevas de angústia e aflição desordeira, companheira da morte, que pode nascer a mais forte das convicções para existência humana. O homem pode atribuir um sentido à vida e à sua própria existência. Resignificando o mundo e seu próprio ser. Projetando um futuro confortável para o desenvolvimento do que realmente importa para si. A existência humana de Cristo tinha um propósito.

Assim, depois das gélidas madrugadas da angústia mortífera se reergue aqueles que decidem tomar a rédeas do seu próprio destino. Nossa breve peregrinação no palco da vida não é de figurante, mas de um protagonista, onde o Autor da Vida também é nosso diretor e escritor da peça.

Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; Ec 7.8.

Flávio Alves

Uma verdade inconveniente, porém tão contundente quanto infalível!

A vida não é uma caixa de surpresas como muitos dizem. A vida é um jogo de sobrevivência. Um jogo cheio de leis e regras. Aqueles que quebram essas regras podem pagar caro, alguns pagam com a própria vida. Não escolhemos nascer, somos obrigados a viver. Nem tampouco podemos mudar as regras do jogo da vida. Aquele que nos colocou neste jogo, exige obediência. Não estou falando de algo robotizado, nem automático. Falo de um fio da espessura de uma teia de aranha que se chama graça divina.

É esta graça que determina quem morre, e quem vive. Já dizia Jonathan Edwards que estamos caminhando em cima do inferno, como se caminhássemos em um piso de vidro, bem fino, bem fino com as chamas ardendo abaixo de nós... o homem caminha em cima do lodo e da lama. A qualquer momento ele pode escorregar para a morte, e da morte para o inferno. Cada um receberá dele sua própria recompensa, cada uma receberá dele os frutos do que plantou em vida.

A mim pertence a vingança e a retribuição. No devido tempo os pés deles escorregarão; o dia da sua desgraça está chegando e o seu próprio destino se apressa sobre eles.
Deuteronômio 32:35 NVI

Em um dia fatídico e doloroso como é este para mim, devo erguer a voz como um arauto de Deus e proclamar esta grande verdade: Quem é a criatura para brincar com a longanimidade de Deus? Se nós crescemos sabendo que vamos morrer, por que então desperdiçamos o tempo que nos resta? A ira de Deus pode descer a qualquer momento sobre qualquer um de nós. E quem é o homem para questioná-lo? Ou exigir resposta ou aviso prévio? O anjo da morte trabalha todos os dias, todas as horas e todos os segundos. Milhares são ceifados, e vão direto para o julgamento do seu destino provisório.

Suspeito que, ainda que Deus apresentasse o inferno para todos os seres humanos ainda assim, nem todos o obedeceriam. E por que Ele não faz isso? Porque Ele não mostra o inferno para as pessoas? Simplesmente porque Ele não quer que as pessoas lhe obedeçam por medo, e sim por amor. Disse Paulo: o amor nunca falha. E é verdade. O problema é que nem todos tem amor.

Não tem amor á própria vida, nem tampouco às vidas alheias. Arriscam-se em pegas, corridas e aventuras criminosas brincando com sua própria vida. Mesmo sabendo que isso é quebrar as regras, e que quando se quebra as regras se paga caro. Meu irmão quebrou estas regras. Brincou com a vida, hoje ele colheu a morte.

Não posso acusar Deus de injusto. Pois, o que Ele permitiu acontecer foi apenas pesar alguém na balança, infelizmente encontrou ele em falta. Ninguém quer ser julgado, muito menos condenado. Mas esta verdade mais que inconveniente é também a mais contundente e infalível. Sua balança não erra. Qualquer um de nós pode entrar nela a qualquer momento. E, o que será daquele que for encontrado em falta?

Você, meu amigo leitor, anda quebrando as regras? Quero informar-lhe que não existe segunda chance. Se morreres aqui, não terás outra vida novamente para tentar de novo. Por quê? Primeiro, por que não existe reencarnação. Segundo, por que todos os dias quando acordas pela manhã o Criador te dá uma nova chance. Aproveite-a!

Se estás me lendo agora, é por que Ele deu uma chance. Uma oportunidade para acertos. Não se permite errar. Pois este erro pode ser pago com tua própria vida. E quem poderá te fazer escapar das mãos do Todo-Poderoso? Poderás suplicar a Ele: Deixa-me tentar de novo? E Ele te responderá: Eu já deixei todos os dias da tua vida! E agora que estás morto, tens que prestar contas a mim, daquilo que te confiei: a tua vida.

Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento.

Eclesiastes 11:9 NVI

Estás preparado para ser julgado por Ele? Por que pensas que podes despistá-lo? Você não está no filme “Premonição”, você está numa realidade que não admite mudanças nem enganos. Ou você obedece as regras do juiz, ou estás fora do campo. Se até hoje Ele te deu oportunidades, não significa que Ele tem a obrigação de continuar te suportando. Sim, continuar suportando tuas afrontas, tuas desobediências, tuas rebeldias, e principalmente uma coisa que Ele não admite diante dos seus olhos: o pecado!

Deus não vai tolerar o teu pecado para sempre!

Não confies na oração da tua mãe ou do teu pai. Ela pode ser a mulher mais fiel e piedosa do mundo, mas ela só garante a salvação dela mesmo. Deus não vai fazer nada na tua vida se você mesmo não permitir. Ele bate agora na tua porta como um pastor á procura da ovelha perdida. Esta ovelha é você. Mas, a qualquer momento Ele pode entrar pela tua porta sem dar avisos, nem pedir licença e se apresentar como teu juiz.

Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo,

Hebreus 9:2 NVI

E você pode até me dizer agora: “Mas, isso é papo de religioso”. Na verdade, esta é a mensagem que você nunca poderá afirmar diante de Deus que jamais ouviu! O SENHOR é muito paciente, mas o seu poder é imenso; o SENHOR não deixará impune o culpado. (Naum 1.3 NVI). Não vai adiantar rezar “ave-maria” ou “pai-nosso”. Você não está no Alto da Compadecida, você estará no Alto da Santidade de Deus, onde não se admite pecado. Ou tu és santo, ou tu és pecador.

Não existe meio termo. Nem negociação. Aqui na terra, se compra juiz e se vende sentença. Mas, quem poderá comprar alguém que não precisa de nada? Ou alguém que para ele dinheiro não tem valor. Ah meu amigo! Missa de sétimo dia não vai comprar tua salvação. Não existe purgatório. Esta falácia engenhosa do catolicismo tem levado muitos ao Inferno.

Houve um homem no Recife que praticou tantos delitos em vida, que no leito de morte doou uma grande propriedade que se estendia de Abreu e Lima até as praias de Maria Farinha para o mosteiro de São Bento em Olinda. Com a condição de que todos os padres rezassem uma missa por dia por ele, para sempre. Todavia, com Deus não existe barganha. Ainda que eles mantivessem sua promessa, qual homem da terra pode interferir no que Deus já determinou na eternidade?

São palavras duras que surgem do coração de um homem que acabou de perder um irmão. Não é desabafo. É advertência! Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. (Gálatas 6:7- NVI). Nem o papa, nem o vaticano, nenhuma outra criatura tem poder para mudar as leis de Deus para o Universo.

Resta-nos, portanto, as palavras do sábio Salomão: Por mais que um homem viva, deve desfrutar sua vida toda. Lembre-se, porém, dos dias de trevas, pois serão muitos. Tudo o que está para vir não faz sentido.

(Eclesiastes 11:8 - NVI).

Ame, respeite, guarde e utilize muito bem o presente de Deus para você: A sua vida. Ele vai requerer de volta um dia. E o que tens preparado para Ele? Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? ’ (Lucas 12:2-NVI).

Só tu és Deus! Até como juiz, tu é Deus!

Que Deus me ajude a passar por esses dias maus. Que Deus ajude minha família, parentes e amigos. E a todos que neste momento encontram-se enlutados.

Em Cristo sempre e incondicionalmente,

Pr. Flávio Alves

Resposta às Testemunhas de Jeová

Uma resposta às Testemunhas de Jeová  


A revista "A Sentinela", que possui como slogan: "anunciando o reino de Jeová", deveria ser modificada para "anunciando o reino das Testemunhas de Jeová". Pois, a verdade pregada por ela, à luz da Palavra de Deus veremos que não é tão verdadeira assim.

   Nesta edição, de 1º de Novembro de 2009, a revista promete desmentir algumas doutrinas básicas do cristianismo. Alguns chamados "mitos" do cristianismo.

O primeiro suposto "mito", seria a imortalidade da alma. Baseado na Enciclopédia Britânica, eles defendem que os cristãos primitivos adotaram o conceito da imortalidade da alma dos gregos. 

E citam: (Ezequiel 18:4) - ...a alma que pecar, essa morrerá. Afim  de apoiar sua posição de que a alma é mortal. Segundo eles, "na morte a pessoa deixa de existir."

As Testemunhas de Jeová crêem na doutrina aniquilacionista:

"O aniquilacionismo defende que, após a morte, a alma do ímpio não será punida eternamente num inferno literal, mas, ao invés disso, simplesmente deixará de existir. O aniquilacionismo constitui um meio termo entre o universalismo indiscriminado e a doutrina cristã tradicional da condenação eterna. É defendido pelas testemunhas de Jeová, pelos adventistas do sétimo dia, pela Igreja Mundial de Deus, e muitos outros grupos religiosos em atividade atualmente" (Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, George A. Mather).

E agora? A alma é mortal ou imortal?

O que chamamos de alma é a parte imaterial do homem. A alma foi criada por Deus e doada no momento da criação.

Gn 2.7 Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. 

O problema das pseudo-TJ (falsas Testemunhas de Jeová), é que quase sempre desconsideram as regras básicas da hermenêutica (ciência da interpretação), usando um texto fora do contexto para criar pretexto para suas heresias.

A palavra alma é empregada na Bíblia tanto como sinônimo de parte imaterial do homem: fonte das emoções, sentimentos:

"A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal" (Mt 26.38).

"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lc 1.46-47).

"Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te" ( Is 26.9)

Como também sinônimo do ser humano, um ser pessoal, um indivíduo:

Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro. Ex 12.2

Com setenta almas, teus pais desceram ao Egito; e, agora, o SENHOR, teu Deus, te pôs como as estrelas dos céus em multidão.  Dt 10.22

No livro de Ezequiel 18.7, assim como nos dois textos acima, a palavra alma, foi usada como sinônimo de indivíduo, pessoa, vida. O ser humano é mortal, por isso, a "alma" que pecar morrerá. Mas, seu espírito não morre, conforme vemos: 

Eclesiastes 12.7- “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”

Vemos que na morte o espírito não desce a sepultura, mas retorna para Deus que o deu. O homem que vive sem Deus, sem preocupar-se com sua vida espiritual morre e seu espírito volta para Deus para enfrentar o juízo de Deus sobre sua impiedade: Hb 9.27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,

Jesus disse que quando descemos ao pó a nossa parte imaterial e invisível sobrevive, não morre:
"E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" (Mt 10.28).

O homem é tricótomo, composto de corpo, alma e espírito. Na morte, o corpo retorna ao pó, a alma (fôlego, sopro de vida) e o espírito(a sua personalidade), retorna para Deus a fim de receber o juízo.

Não perca no próximo post: O inferno é um mito?


(Fonte: Dicionário VINE, W.E.Vine, Merril F. Unger, William White Jr., CPAD, 2002, 1a. Edição).