domingo, 23 de março de 2025
Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?
domingo, 29 de dezembro de 2024
Você é carne ou espírito?
Já estava escuro quando um senhor bem vestido, aparentando ser uma pessoa importante, entrou na casa onde Jesus estava. Ele procurava falar com Jesus a sós, demonstrando tensão e, ao mesmo tempo, grande interesse. Seu nome era Nicodemos. Assim que encontrou Jesus, declarou:
"Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele." (João 3:2)
Nicodemos, um príncipe entre os judeus, veio com uma conclusão lógica: ninguém poderia realizar tantos sinais se Deus não estivesse com ele. No entanto, essa lógica não era suficiente para responder às muitas perguntas que atormentavam seu coração.
A Singularidade de Jesus
Nicodemos estava impressionado com os milagres que Jesus realizava. Ele sabia que poderia encontrar respostas com o Mestre que outros líderes religiosos não podiam oferecer. Muitos mestres de Israel eram sábios e inteligentes, mas não havia neles o poder e a autoridade que confirmavam a presença de Deus como em Jesus.
Jesus era único em sua doutrina e em sua autoridade para ensinar e curar. Nicodemos desejava aprender verdades que a teologia da época não conseguia explicar. Mal sabia ele que estava diante do próprio Filho de Deus.
O Desejo por Respostas Espirituais
Nicodemos buscou Jesus à noite, longe das multidões e das interrupções do dia a dia. Enquanto outros líderes buscavam status, riqueza e poder, Nicodemos ansiava descobrir os segredos do reino espiritual.
Mesmo sendo um homem culto, ele tinha dúvidas profundas. Jesus, conhecendo o que se passava em seu coração, foi direto ao ponto:
"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." (João 3:3)
Jesus sabia que o maior desejo de Nicodemos era ver o reino de Deus. Por isso, deixou claro: é necessário nascer de novo.
O Significado do Novo Nascimento
Nicodemos, intrigado, questionou:
"Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?" (João 3:4)
Jesus explicou que o novo nascimento não é físico, mas espiritual. Disse que:
"O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito." (João 3:6)
Para ver e entrar no reino de Deus, é necessário nascer da água e do Espírito. Este nascimento traz uma nova vida, uma nova realidade espiritual. Quando vemos pessoas brigando por coisas terrenas percebemos que estes ainda não nasceram de novo, pois títulos e posições eclesiásticas não tem nada a ver com as coisas espirituais. Aqui ficarão, por que são daqui. Somente quem é espiritual consegue compreender estas verdades.
As Verdades do Reino de Deus
Jesus utilizou uma linguagem humana para ensinar Nicodemos sobre verdades espirituais, mas ainda assim ele teve dificuldades para compreender. Somos como crianças recém-nascidas em um novo mundo espiritual, precisando ser guiados pelo Espírito para aprender a viver nele.
Jesus continuou:
"Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." (João 3:7-8)
A Relevância Espiritual Sobre a Material
Nicodemos queria entender os segredos do reino celestial, mas estava preso às limitações do pensamento terreno. Jesus o convidou a elevar sua visão. Hoje, muitos pregadores se preocupam apenas com questões materiais – como vencer a ansiedade, enriquecer ou prosperar – esquecendo-se da essência do evangelho:
"Ninguém pode ver o reino de Deus sem antes nascer de novo."
O céu não é para aqueles que vivem apenas na carne, mas para os que nascem do Espírito e andam segundo ele. Como Paulo escreveu:
"Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." (Gálatas 5:25)
Conclusão
Nicodemos ficou maravilhado com as palavras de Jesus. Como uma criança diante do mar pela primeira vez, ele se impressionou com as profundezas das verdades espirituais. Jesus revelou que o novo nascimento é o início de uma caminhada com o Espírito, nosso guia no mundo celestial. Apesar de Nicodemus ser um senhor ainda precisava iniciar esta jornada pelo Espírito.
Esse encontro noturno de Nicodemus com Jesus nos ensina que, por trás de títulos, riquezas e honrarias, existe uma alma sedenta de Deus, buscando respostas que só podem ser encontradas em Jesus. Nos ensina também que Jesus está disposto a retirar a cortina do mundo espritual diante de nós. Mas, tudo isso só depende da nossa disposição em abandonar o terreno para abraçar o celestial e espiritual. Diante de tudo isso, eu pergunto a você: Você é carne ou espírito? Já nasceu de novo?
Permita que o Espírito Santo sopre sobre a sua vida e lhe guie por um caminho novo, uma aventura cujo final é maravilhoso e surpreendente. E acrescento: Irá satisfazer os mais profundos anseios da sua alma e do seu coração. Eu oro por você agora: "Santo Espírito sopre agora sobre esta pessoa e lhe faça querer conhecer o teu Reino!"
Em Cristo, sempre, Pastor Flávio Alves.
quarta-feira, 31 de julho de 2024
SEGREDOS DA PROSPERIDADE DO REI SALOMÃO (Parte 1)
SEGREDOS DA PROSPERIDADE DO REI SALOMÃO (Parte 1)
INTRODUÇÃONeste singelo estudo iremos
aprender com o grande rei Salomão os maiores segredos da prosperidade. São
conselhos do rei mais rico de Israel que encantou o mundo com a sua sabedoria.
Segundo as suas próprias palavras: "...um grande homem, muito mais sábio
do que todos os que governaram Jerusalém antes de mim. Eu realmente sei o que é
a sabedoria e o que é o conhecimento." Eclesiastes 1.16b. Portanto,
podemos afirmar que estamos falando de alguém com autoridade no assunto, que
escreveu no momento mais maduro da sua vida, enriquecido pelas experiências da
vida e pela iluminação divina.
EM PRIMEIRO LUGAR
Salomão
escreveu três livros da Bíblia: Provérbios, Cantares e Eclesiastes. Este último
é sem dúvida o livro mais filosófico do Antigo Testamento, o sábio rei Salomão
o escreveu no fim de uma vida próspera e abundante. Ele começa afirmando que
uma vida repleta de riquezas e prosperidade é totalmente vazia e sem sentido
sem a presença de Deus. Portanto, saiba antes de tudo que sem Deus tudo perde o
sentido e a razão, principalmente a própria vida. “Mas, quando pensei em todas
as coisas que havia feito e no trabalho que tinha tido para conseguir fazê-las,
compreendi que tudo aquilo era ilusão, não tinha nenhum proveito. Era como se
eu estivesse correndo atrás do vento.” Eclesiastes 2.11
UMA VERDADE INCONVENIENTE
Salomão continua explicando a conclusão que ele chegou: “Tudo o que eu tinha e que havia conseguido com o meu trabalho não valia nada para mim. Sabia que teria de deixar tudo para o rei que ficasse no meu lugar.” Eclesiastes 2.18 Compreenda que neste curto trajeto da vida não podemos ser possessivos com nada, pois tudo é passageiro, e que acumulamos riquezas que na verdade deixaremos para os outros. Muitas pessoas vivem tão preocupadas em juntar, e com medo de perder o que juntou que criam um sentimento possessivo, que afinal de contas é inútil. Lembro-me de uma senhora proprietária de uma fazenda que corria atrás de crianças que entravam em sua propriedade em busca de frutas. O sentimento de posse que ela tinha era tão grande que não conseguia enxergar o papel ridículo que ela se submetia para preservar uma propriedade tão grande, que afinal das contas iria ficar para outras pessoas. Enfim, ela morreu e sua propriedade foi dividida e vendida e dela só sobrou as terríveis histórias de suas loucuras possessivas. Compreenda, não somos donos de nada, somos apenas administradores. A terra e tudo o que há nela pertence ao seu Criador (Dt 10.14).
PRA QUE CORRER?
Além disso, compreenda através
dos ensinos salomônicos que não podemos correr desesperados em busca de
riquezas e bens materiais: “A gente trabalha com toda a sabedoria, conhecimento
e inteligência para conseguir alguma coisa e depois tem de deixar tudo para
alguém que não fez nada para merecer aquilo. Isso também é ilusão e não está
certo! “ Eclesiastes 2.18 As inquietações e preocupações podem destruir a sua
saúde mental. Por isso, não ponha o seu coração nas riquezas. Eu assisti um
testemunho da filha do maior investidor brasileiro que ela se desesperou quando
viu pela primeira vez, em plena pandemia, o patrimônio do seu pai cair da casa
dos bilhões para milhões. E o que este investidor idoso fez? Foi dar seu
cochilo diário, como sempre fazia todas as tardes. A crise passou e tudo voltou
ao seu devido lugar, e ele saiu da crise mais rico do antes. Quantas pessoas
tiraram as suas vidas na crise brasileira de 2016? Não se desespere! Nossa
maior riqueza está nos céus. “e as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas
o coração.” Salmos 62:10
NÃO SE DESESPERE COM AS CRISES ECONÔMICAS
Salomão disse: “Nós trabalhamos e
nos preocupamos a vida toda e o que é que ganhamos com isso? Tudo o que fazemos
na vida não nos traz nada, a não ser preocupações e desgostos. Não podemos
descansar, nem de noite. É tudo ilusão.” Ec 2.22,23. As crises sempre
existiram, elas vem e passam. Por isso, precisamos de equilíbrio e
tranquilidade mental. Essas crises já aconteceram antes, não há nada de novo
nisso, veja o que o sábio escreveu: “O que aconteceu antes vai acontecer outra
vez. O que foi feito antes será feito novamente. Não há nada de novo neste
mundo.” Ec 1.9
RECONHEÇA QUE TUDO VEM DO SENHOR
Então, se não devemos se preocupar tanto, nem ficar ansiosos e desesperados, o que podemos fazer? Salomão responde: “A melhor coisa que alguém pode fazer é comer e beber e se divertir com o dinheiro que ganhou. No entanto, compreendi que mesmo essas coisas vêm de Deus.” Ec 2.24 Simplesmente, viva. Faça tudo de forma responsável, sadia e desprendida. Foi Deus quem lhe deu o que tens, e o que vieres a possuir também será dado por Ele. “Sem Deus, como teríamos o que comer ou com que nos divertir? Ele dá sabedoria, conhecimento e felicidade às pessoas de quem ele gosta.” Ec 2.25,26.
DEUS QUER TER VER PRÓSPERO
Contudo, existe uma verdade que
poucos pregadores ensinam em suas ministrações: “Deus faz com que os maus
trabalhem, economizem e ajuntem a fim de que a riqueza deles seja dada às
pessoas de quem ele gosta mais.” Ec 2.26. Deus deseja entregar as bençãos que
estão nas mãos dos ímpios nas mãos dos justos. Deus deseja que seus filhos
vivam bem, abundantes e prósperos. Este era o plano divino para Israel, e vemos
hoje se concretizando em tudo o que os judeus fazem. São um povo rico,
abençoado e próspero. Veja a nação israelense, tão pequena, mas rica e forte.
Enquanto outros povos ao seu redor, há mais tempo naquela mesma região não tem o
que eles possuem. Nós somos o novo Israel de Deus ( I Pe 2.19), as mesmas
bençãos também repousam sobre nós. Tome posse desta palavra. Os egípcios ímpios
entregaram ouro e bens preciosos aos hebreus quando saíram do Egito. (Ex 12.36).
Eu acredito nesta disposição divina
em abençoar os seus servos para um propósito: “ E Deus pode dar muito mais do
que vocês precisam para que vocês tenham sempre tudo o que necessitam e ainda
mais do que o necessário para fazerem todo tipo de boas obras.” II Co 9.8. Está
percebendo? Deus deseja que você tenha uma vida abundante para que tenha
condições de fazerem todo o tipo de boas obras. Receba esta palavra pela fé, em
nome de Jesus!
Continua.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
Honra, um princípio fundamental do Reino de Deus
Honra, um princípio fundamental do Reino de Deus
Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade, tinha Eu falado que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de Mim perpetuamente; porém agora diz o Senhor: Longe de Mim tal coisa, porque aos que Me honram, honrarei; porém os que Me desprezam serão desprezados.
1 Samuel 2:30
Há quem diga que o mundo é governado por leis, e todas as vezes que você obedece ou viola uma, receberá as consequências. Eu, porém, sou a favor de ampliar esta perspectiva: todo o universo é regido por leis. Vou além, todos os mundos, tanto o espiritual quanto o físico, macro ou micro, animal ou vegetal, no geral todos são regidos por leis, e algumas dessas leis são baseadas em princípios.
Deus instituiu esses princípios desde a criação. Alguns deles são a hierarquia, a ordem e a honra. No texto bíblico acima, encontramos a história de como o sacerdote Eli perdeu a benevolência de Deus por ter quebrado um desses princípios, o princípio da honra. Entende-se por princípio aquilo que define o comportamento, que regula a ação de alguém, ou preceito moral.
Eli era o sumo-sacerdote em Israel (I Sm 2.11), e ele tinha dois filhos, chamados Hofini e Finéias; o texto deixa claro o perfil do caráter desses dois: "Eram, porém, os filhos de Eli, filhos de Belial; não conheciam ao Senhor" (I Sm 2.12). Os filhos de Eli deveriam ser exemplos de homens dedicados da Casa do Senhor, porém eram reprováveis ao ponto do texto afirmar que "eram filhos de Belial", que significa "filhos da indignidade". Eram indignos de estarem no Templo, de serem da linhagem sacerdotal, pois desprezavam as coisas sagradas e as ofertas do Senhor (vers.17).
Ainda mais, prostituíam-se com as mulheres de Israel, fazendo com que a sua má fama se espalhasse por todo Israel, escandalizando o nome do Senhor. O pecado era tamanho que Deus já havia determinado exterminá-los do meio da congregação (I Sm 2.25). Mas, o pecado deles não era tão grande quanto o erro do sacerdote Eli, pois ouvindo todo o mal que seus filhos praticavam, não os repreendia como deveria, e essa frouxidão advinha da quebra de um dos mais importantes princípios do Reino de Deus: a honra. Eli honrava mais aos filhos do que a Deus (vers. 29).
A QUEM VOCÊ TEM HONRADO MAIS?
A quem você tem mais honrado? A Deus ou aos homens. Esteja bem atento, existem coisas aparentemente boas que deixam as pessoas fora do céu. E uma delas é honrar mais as pessoas do que a Deus. Quantos honram mais o marido, os filhos, o pastor ou a denominação do que a Deus? Os homens costumam honrar mais àquilo ou àquele que foi transformado em ídolo.
Afinal, o que é a honra? O dicionário virtual Priberam define honra como "o conjunto de ações e qualidades que fazem com que alguém seja respeitado". Já o dicionário Aurélio a define como "consideração à virtude, ao talento, à coragem, à santidade, às boas ações ou às qualidades de alguém". Refere-se ao respeito que se dá a quem se admira e considera, e está relacionado ao caráter, integridade e honestidade. Resumindo: o homem honra àquilo que ele admira e considera.
Contudo, vivemos numa sociedade onde valores como honra estão sendo escanteados e ficando em desuso. É algo considerado como de um passado distante, e só é lembrado nas comemorações militares onde são condecorados os "homens de honra", é a famosa "honra ao mérito", isto é, honrar a quem merece. Mas, não deveria ser assim. A honra deve estar presente no nosso vocabulário cristão assim como está presente na Bíblia. Pois, como lemos no início do texto: "aos que me honram, honrarei" (I Sm 2.20b), diz o Senhor.
Na Bíblia, o conceito de honra é abrangente e multifacetado, sendo utilizado em diversos contextos para expressar diferentes aspectos morais e espirituais. Aqui estão algumas dimensões do conceito de honra na Bíblia:
1. Honra a Deus:
- A honra a Deus é um princípio central na Bíblia. Envolve adoração, reverência e obediência ao Senhor como Criador e Soberano. Honrar a Deus implica reconhecer Sua santidade, justiça e amor.
2. Honra aos Pais:
- A Bíblia destaca a importância de honrar os pais. O quinto mandamento, presente nos Dez Mandamentos, enfatiza esse princípio (Êxodo 20:12). A honra aos pais é vista como um reflexo do respeito e submissão a Deus.
3. Honra entre as Pessoas:
- A Bíblia ensina a importância de honrar uns aos outros, mostrando respeito, consideração e amor mútuo (Romanos 12:10). Esse princípio se estende a várias esferas da vida, incluindo relações familiares, amizades e comunidade.
4. Honra no Casamento:
- O relacionamento conjugal é marcado pela honra mútua entre marido e mulher. O apóstolo Pedro, por exemplo, exorta os maridos a honrarem suas esposas (1 Pedro 3:7), destacando a importância da consideração e respeito no matrimônio.
5. Honra aos Líderes Espirituais:
- A Bíblia instrui os crentes a honrarem seus líderes espirituais (1 Timóteo 5:17), reconhecendo a autoridade e a responsabilidade que esses líderes têm no cuidado das congregações.
6. Honra no Trabalho:
- A Bíblia também aborda a honra no contexto profissional. Os empregadores são instruídos a honrar e tratar com justiça seus funcionários (Tiago 5:4), enquanto os empregados são exortados a servir com integridade e honra (Efésios 6:5-8).
7. Honra como Virtude Pessoal:
- A honra é frequentemente destacada como uma virtude pessoal. Provérbios 3:9, por exemplo, instrui a honrar o Senhor com os primeiros frutos dos recursos, reconhecendo a prioridade divina em nossas vidas.
O conceito de honra na Bíblia está intrinsecamente ligado a princípios morais e espirituais, refletindo a reverência a Deus, o respeito aos outros e a integridade pessoal. Ao praticar a honra, os crentes buscam viver de acordo com os valores estabelecidos por Deus em Sua Palavra.
JOÃO BATISTA SE TORNOU O MAIOR DA TERRA POR QUE SABIA HONRAR O MAIOR DO CÉU
O próprio Jesus afirmou que "dentre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Batista" (Mt 11.11). Por que Jesus iria prestar tamanha declaração sobre alguém? Porque este homem, mais do que muitos, aprendeu o princípio que norteia todo verdadeiro ministério: honrar a Deus acima de si mesmo.
Quando todos o pressionavam para que ele se declarasse o Cristo, ele declarou que não passava de uma voz que clamava no deserto (Mc 1.3), e que aquele que viria após ele era maior do que Ele, e mesmo sendo o seu precursor, João Batista disse que não era digno de sequer desatar as correias das suas alparcas (Vers.7). Quando disseram a João Batista que Jesus estava atraindo mais pessoas do que ele, João expressou a chave do seu sucesso: "É necessário que Ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30).
BUSQUE HONRAR A JESUS CRISTO
Enquanto as pessoas correm atrás de honrarias humanas, aplausos das multidões, divulgando seus próprios nomes e suas placas denominacionais, em busca de fama e reconhecimento humano e transitórios, estarão bem distantes do verdadeiro significado de honrar a Deus. Como diz o filósofo "A honra não precisa ser defendida, mas sim merecida." - Arthur Schopenhauer. Nosso trabalho é honrar a Cristo, importa unicamente proclamar os feitos e as obras de Jesus e não os nossos!
Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. Apocalipse 5:12
Pr. Flavio Alves
terça-feira, 3 de maio de 2022
A PARÁBOLA DOS TALENTOS
(Mt 25.14-30)
INTRODUÇÃO:
CONTEXTO: O Senhor Jesus estava na sua última semana de ministério. Enquanto dava as últimas instruções aos seus discípulos foi interrogado por eles acerca de como seria o fim do mundo. É nesse contexto que Jesus apresenta o sermão profético e as parábolas escatológicas, pois falavam acerca do fim. Dentre elas destacavam-se: A parábola dos dois servos, das dez virgens e a dos talentos. Neste estudo iremos comentar as principais lições da parábola dos talentos.
SIGNIFICADO:
A parábola dos talentos apresenta Jesus como o senhor que saiu para uma longa viagem (Mt 25.14), mas que antes emprestou a três dos seus servos grandes quantias para que eles administrassem, obviamente estes servos simbolizam os discípulos de Jesus. Isto é confirmado em Efésios 4.8: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro,e deu dons aos homens.”
Jesus confiou aos seus servos dons, talentos e habilidades espirituais para fazer a Obra de Deus com os seguintes propósitos:
1. O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.13);
2. Edificação do corpo de Cristo (Ef 4.13);
3. Para o que for útil (I Co 12.7).
O propósito dos dons não é a ostentação do crente, mas uma oportunidade para o serviço. O tempo de espera também é um tempo de oportunidades para servir fielmente ao Senhor.
O talento era uma unidade monetária que equivalia a 6.000 denários, isto é, 6 mil dias de trabalho de um trabalhador comum. Correspondia a quase 16 anos e meio de trabalho. O senhor distribuiu de acordo com sua própria capacidade, pois o mestre não nos dá responsabilidades além da nossa capacidade.
I. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE O SENHOR NÃO É INJUSTO.
”...a cada um segundo a sua capacidade” (Mt 25. 15)
Nosso Senhor conhece nossa estrutura e capacidades individuais, assim como nossas próprias limitações (Sl 103.14). Se Ele nos confiou algo é por que sabe que somos capazes de administrar e usar para sua glória.
II. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE O POUCO QUE ELE NOS DÁ É MUITO.
”... sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei” (Mt 25. 21)
Vimos que um talento corresponde a 16 anos de trabalho, o que já era uma fortuna incrível para aqueles servos. O primeiro servo recebeu cinco talentos, que correspondia a 80 anos de trabalho. Haja vista que a expectativa média de vida daquela época era baixa, era quase impossível para um trabalhador comum acumular uma fortuna como esta. Mas, ainda assim o senhor falou: “sobre o pouco foste fiel...” Aquela fortuna era pouco diante daquilo que o mestre iria colocar nas mãos daquele primeiro servo. Sem dúvidas, jamais iríamos conseguir por méritos próprios os dons e talentos que Ele nos confiou. Em qual faculdade você pode receber os dons de cura ou de operação de maravilhas? O que Deus nos confiou são tesouros imensuráveis e mesmo assim não se comparam com aquilo que Ele preparou para nós (I Co 2.9).
III. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE NÃO SOMOS DONOS DE NADA.
”E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.” (MT 25.19)
Exatamente tudo pertence ao nosso Senhor. Ele é dono dos talentos, dos dons, e de nós mesmos. Ninguém pode se gloriar por pregar bem, curar enfermos ou fazer coisa alguma na Obra do Senhor, por que tudo pertence a Ele. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” (2 Coríntios 4:7). Somos apenas administradores de Deus.
IV. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE O SERVO MAU É NEGLIGENTE, PERVESO E NÃO ASSUME SUA PRÓPRIA CULPA.
“Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.” (Mateus 25:24,25).
O servo mau colocou a culpa de não ter feito nada com o talento no seu senhor, acusando-o de ser injusto e cruel, e por isso teve medo e enterrou o talento que recebera. A natureza humana nunca quer reconhecer seus próprios erros e culpa, a exemplo de Adão, que ao ser confrontado pelo Senhor, colocou a culpa de ter comido do fruto proibido no próprio Senhor (Gn 3.12). O grande erro de muitas pessoas é querer colocar a culpa de suas próprias falhas nos outros e nunca assumir a responsabilade. Quantos enterram os seus talentos e colocam a culpa na cara feia de um irmão, ou na falta de oportunidades. Quem quer fazer a Obra de Deus consegue arranjar oportunidade em toda dificuldade, mas quem não quer, coloca dificuldade em toda oportunidade.
V. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE ATÉ O POUCO QUE SE TEM PODE SER TIRADO.
“Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.”(Mt 25:27)
Ao não investir o talento no banco, o servo mau roubou os juros que o seu senhor poderia receber. O que muitas pessoas precisam entender é que não se peca apenas quando se faz algo errado, mas também comete pecado quem deixa de fazer o que é certo. São chamados de pecados de omissão, “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:17). Então não enterre seus talentos, se o Senhor lhe confiou algo é para ser usado e aperfeiçoado na sua Obra. A cobrança do Senhor pode ser muito alta: “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá choro e ranger de dentes.” (Mt 25.30).
VI. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE TER TALENTOS NÃO É A MESMA COISA DE SER APROVADO POR DEUS.
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:22,23)
Jesus deixou claro que não se trata apenas de perder o talento que ele nos confiou, mas o de perder o privilégio de se alegrar na mesa com o seu Senhor. Dos três servos que receberam os talentos, somente este último deixou de “entrar no gozo do seu senhor”.
CONCLUSÃO
Aceitar a Cristo como Salvador é se tornar servo do Senhor, é se submeter à sua vontade e querer. O Mestre saiu para uma longa viagem, e enquanto Ele não volta não podemos ficar de braços cruzados. Mas, devemos trabalhar com aquilo que Ele nos confiou. Como diz o hino da harpa Cristã: “Há trabalho pronto para ti cristão, que demanda toda tua devoção. (Hc 93)” A vida cristã não é de inércia e preguiça, mas de trabalho, dedicação e serviço ao nosso Senhor “como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pe 4.10) .
Haverá uma prestação de contas: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.( 2 Co 5:10). Matthew Henry afirma que “Cristo tem uma honra guardada para aqueles que o honram, uma coroa (2 Tm 4.8), um trono (Ap 3.21), um Reino (cap. 25.34). Aqui, eles são pobres; no céu, serão governantes. Os justos terão o domínio. Todos os servos de Cristo são príncipes.” O servo do Senhor não deve esperar elogios e reconhecimento dos homens, mas de Cristo, pois como será bom ouvir do nosso Senhor: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mateus 25:23).
Pr. Flávio Alves
quarta-feira, 13 de maio de 2020
A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS
A autoridade inquestionável das Escrituras:
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