HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte II

Conceitos Básicos


A Homilética se relaciona a tudo sobre preparação e entrega de sermãos.  Os conceitos básicos que devemos saber são:

·         Exegese: Interpretação, explicação ou comentário (gramatical, histórico, jurídico, etc.) de textos, principalmente da Bíblia.
·         Eloqüência: Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade; dom da falar com fluência.
·         Hermenêutica: Princípios de interpretação bíblica; arte de interpretar os livros sagrados e os textos antigos.
·         Homilética: Vem de homilia=conversação. Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades oratórias. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público.
·         Oratória: Arte de falar em público eloqüentemente ou em consonância com as regras da retórica; peça dramática religiosa.
·         Pregação: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Têm em si dois elementos: a verdade e a personalidade.
·         Sermão: Vem do latim, Sermonis=conversa e hoje significa discurso. Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de Deus, e que tem por objetivo salvar os homens.
·         Tema: É a matéria de que trata o sermão; a idéia central do sermão; o assunto apresentado no sermão.

2. Requisitos de Um Bom Pregador

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         A pregação, isto é, a comunicação da verdade de uma pessoa para outra, é composta principalmente de: A Verdade e o Pregador. Se faltar um desses elementos a pregação será apenas um discurso e o pregador, apenas um palestrante.

         O assunto da pregação é a verdade divina, centralizada no Evangelho do modo como foi revelado e oferecido em Jesus Cristo. Seu tema é a vida eterna, como nas palavras de Jesus, ”para que tenham vida e a tenham com abundância”. Diante dessa tão grandiosa incumbência o requisito que deve estar em primeiro lugar é a genuinidade, em seguida os dotes naturais, o conhecimento e a perícia.

a)           A Genuinidade- É a qualidade da alma. É a sinceridade de quem tem verdadeiramente uma íntima comunhão com Deus. Não é uma postura assumida, nem presunção, mas uma movimentação no calor da graça divina e no fervor do Espírito Santo. Até o ímpio a identificará como uma grande devoção a Deus e mudará a sua opinião sobre o pregador. O que temos visto hoje são pregadores que pregam a Palavra como teoria que nem eles mesmos praticam. Algo bonito de se ouvir, é isso que eles querem ouvir, pensam os nossos pregadores, quando na verdade o que os ouvintes querem e precisam é ver Deus na vida do pregador, sinceridade de quem tem realmente um contato contínuo com o Pai. Seja genuíno. Pois, a vida do pregador muitas vezes fala mais alto do que a sua própria pregação. Sem a santidade o pregador torna-se um hipócrita, já que está pregando o que nem ele mesmo vive. Se você realmente deseja ser um pregador eficaz deve primar pela sua santificação pessoal, através da oração e consagração constantes, pelo bom testemunho das verdades que você prega. Como também se esvaziar de si mesmo e encher-se cada vez mais de Deus e de seu Espírito. Eu me entristeço muito ao ver muitos pregadores ministrarem a Palavra com interesse em receber uma oferta alta da Igreja, e com interesse de receber elogios e fama. Os púlpitos não podem se transformar em vitrines de estrelas, nem passarelas para alguém se apresentar.

Nós não somos estrelas, somos como a Lua, não temos luz própria, somos portadores da luz que vem do Sol da Justiça, apenas refletimos a glória de Deus. Tenha muito cuidado para não querer receber a glória que pertence a Deus, pois a glória d’Ele não divide com ninguém (Isaías 42:8).

b) Dotes Naturais e Conhecimento- O pregador necessita da capacidade de pensar claramente, de conhecimentos gerais de Português, psicologia, geografia bíblica, História Geral e Bíblica, Usos e Costumes nos tempos Bíblicos, Doutrinas Bíblicas, a fim de interpretar corretamente o texto bíblico, e para então, poder aplicá-los no seu sermão. Todo conhecimento é bem vindo na preparação de um sermão. Segundo Cícero o bom orador deve conhecer tudo. Desprezar estes conhecimentos resultou em grande prejuízo para nossas igrejas nos séculos passados. Exemplo dessas más interpretações ocorreu em uma denominação pentecostal que proibia o uso de diademas por parte das irmãs baseados em textos apocalípticos. Como também o grande erro da Igreja Católica Romana em afirmar que Pedro é a pedra sobre a qual Jesus edificaria a Igreja. Usar correta e adequadamente os conhecimentos gerais em sermões embeleza, ampliam a visão e enriquecem a pregação. Pois, toda pregação é um ensinamento, mas nem todo ensinamento é uma pregação.

         O bom pregador deve possuir sentimentos firmes e uma imaginação vigorosa, como também de capacidade de expressão. Esse último, pode se conseguir em oração. (Ex 4.11-12).

c)   Humildade (soberba e auto-exaltação são a causa da queda de muitos pregadores).
d)   Seriedade (Deus não chamou você para alegrar o povo, mas para pregar a verdade).
e)  Respeito á Deus, aos ouvintes e ao ministério da igreja. O erro de muitos pregadores intinerantes, e não somente eles, é depreciar o ministério da igreja local, como se ele fosse a solução para tudo e o ministério nada faz pela Obra.
f)    Unção do Espírito Santo (Não use a armadura de Saul, confie na sua própria chamada, não precisa imitar pregadores famosos, Deus usa a cada um de uma forma diferente e especial).

Lembre-se que o Deus que chamou Moisés, Jeremias, Pedro, João e tantos outros, também os capacitou. Portanto, não tenha medo, Deus chama homens dispostos á anunciarem a Palavra que transforma vidas!

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