segunda-feira, 2 de agosto de 2010
HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte VII
Figuras de Linguagem
Relataremos apenas as principais figuras de linguagem, pois são muitas que não convém tratarmos exaustivamente, pois isso compete à Hermenêutica.
SÍMELE: Trata-se quando se compara algo com outro totalmente diferente, mas que possui alguma semelhança. Exemplos: Salmos 42.1: “Assim como o cervo brama pelascorrentes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!“.
MATÁFORA: Ocorre quando se faz uma comparação sem o uso de uma preposição. Exemplo: Gn 49.14 “Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos.” Jo 6.35 “Eu sou o Pão da Vida”. Nota-se a ausência do como, mas percebe-se que ele está embutido ou oculto na frase. Isto é, Isaacar não é literalmente um jumento, nem o próprio Jesus é um pão, mas como um jumento e como um pão, respectivamente.
PLEONASMO: Ocorre quando se usa palavras redundantes, palavras desnecessárias. Ex.: Gn 40.23: ”O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” Você pode perceber que as duas palavras grifadas possuem o mesmo significado, mas foi posto propositadamente, a fim de enfatizar o esquecimento do copeiro para com José.
IRONIA: Ocorre quando se fala ou escreve algo, desejando dizer o contrário do que se diz ou escreve. A mais famosa ironia bíblica está em I Rs 18.27: “...porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem;porventura, dorme e despertará”.
1. Determine o auditório. Jesus está falando aos escribas e fariseus, ás multidões, ou aos discípulos?
2. Examine cuidadosamente o contexto da parábola, a fim de identificar o assunto da parábola, ou onde ela está inserida.
3. Veja se a parábola se divide em várias cenas, ou o começo, meio e fim da estória.
4. Determine que única decisão ou reação os ouvintes foram levados a tomar quando ela foi contada.
5. Discirna quais temas teológicos que a parábola afirma ou ensina. Isto é, identifique o ensino e propósito da parábola.
EUFEMISMO: Ocorre quando se usa uma palavra mais amena em lugar de uma mais dura ou pesada. Exemplos:
→ Quando se fala da MORTE:
“Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mt 27.52) Aqui a morte foi é comparada a “dormir”, visto que quem dorme, despertará.
→ Quando se fala de SEXO:
Em hebraico, a palavra usada para as relações sexuais é traduzida por “conhecer”, mas também existem outros termos: ”deitar, chegar-se, tocar, possuir, conhecer, ajuntardes”.
“Eu já ontem à noite me deitei com meu pai...” (Gn 19.34).
→ Quando se fala de DEUS:
Os judeus evitavam falar o nome de Deus:
“Nenhuma autoridade terias contra mim, se de cima não fosse dado” (Jo 19.11).
PROSOPOPÉIA: Ocorre quando se atribuem características humanas a seres coisas ou objetos. Ex.:”cantai alegres, vós, ó céus...vós montes retumbai com júbilo; vós também, bosques e todas as árvores em vós...” (Is 44.23).
SÍMELE: é uma comparação expressa. Utiliza as palavras; semelhante, como, etc... Enfatiza a semelhança entre duas idéias, objetos, ações, etc. O sujeito e a coisa com a qual ele está sendo comparado, são mantidos separados.
Ex.: Jer.23:29 - "Não é minha palavra como fogo...
minha palavra como martelo...
Todos estes conhecimentos são válidos na hora de se interpretar qualquer texto bíblico.
Em Cristo,
Pr. Flávio Alves
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Jesus pode ter nascido dia 17 de junho
JESUS CRISTO PODE TER NASCIDO NO DIA 17 DE JUNHO
Para alguns, O Natal é uma época qualquer do ano. Para outros marca a celebração máxima do cristianismo. Interpretações à parte, todos nós aprendemos, seja na escola ou na família, que Jesus nasceu em 25 dezembro. No entanto, uma nova pesquisa, desta vez realizada pelo astrônomo
australiano Dave Reneke, sugere que Jesus não nasceu em dezembro e sim em 17 de junho.
Não existe um consenso entre os pesquisadores sobre a data exata em que Cristo nasceu, sendo geralmente estimada entre 3 aC (3 anos antes) e 1 dC (1 ano depois).
Alinhamento
"Júpiter e Vênus chegaram muito perto, refletindo muita luz. Naturalmente não se pode afirmar com total certeza que esta era a estrela de Natal descrita na Bíblia, mas até o presente momento esta é a explicação mais aceitável que já vi sobre isso", disse Reneke em entrevista à BBC Brasil.
O alinhamento a que o astrônomo se refere é similar ao ocorrido no início de dezembro, quando Júpiter e Vênus ficaram muito próximos, com a diferença que em 17 de junho de 2 aC os planetas estavam tão juntos que parecia um único objeto. "A astronomia é uma ciência muito precisa. Através de cálculos é possível apontar exatamente onde estavam os objetos no céu e existe uma grande possibilidade que esta conjunção possa ser a estrela descrita por Mateus".
Outras teorias especulam sobre a Estrela de Belém ser um cometa ou uma supernova, causada pela explosão de uma estrela, mas até hoje não foram devidamente comprovadas.
Sem Polêmicas
De acordo com Reneke, sua pesquisa não deve ser vista como uma tentativa de contestação religiosa. "É apenas uma pesquisa astronômica. Quando misturamos ciência e religião sempre haverá a chance de irritar ou magoar as pessoas. Neste caso, o resultado pode até servir para reforçar a fé, uma vez que mostra que realmente havia um grande objeto brilhante no céu no momento certo".
Antes dos estudos de Reneke, muitos teólogos também contestaram a data atribuída ao nascimento de Jesus. Isso porque o Novo Testamento diz que quando Cristo veio ao mundo, os pastores cuidavam de seus rebanhos à noite e ao ar livre. Segundo os teólogos isso seria inviável em dezembro, uma vez que o inverno israelense é muito rigoroso.
Nota do Apolo11
Este não é um artigo religioso, mas científico, onde um pesquisador tenta correlacionar uma data conhecida a um evento astronômico. As palavras que possam representar citações religiosas são necessárias dentro do contexto histórico a que se refere o artigo.
No topo, concepção artística mostra os três Reis Magos sendo guiados pela Estrela de Belém. No detalhe o astrônomo Dave Reneke. Créditos: Marvels Free Photo Powerpoint Backgrounds/Dave Reneke.
Ao utilizar este artigo, cite a fonte usando este link: Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20081211-091705.inc
quinta-feira, 29 de julho de 2010
HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte VI
Hermenêutica Básica (continuação)
Também é bom lembrar que existem diferenças no sentido das palavras de contexto para contexto. Como a palavra “mundo”: em João 3.16, está escrito que Deus amou o “mundo”...eem I João 2.15 as Escrituras nos recomenda que não devemos amar o ”mundo”. A explicação pode ser encontrada em um dicionário teológico, ou comentário bíblico. Vejamos o que um dicionário gratuito virtual nos diz:
Certas palavras bíblicas têm um significado técnico específico, como “sacrifício” que possui um significado teológico bastante amplo. Também existe termos cuja etimologia é importante ou instrutiva. Como por exemplo, a palavra “poder” que possui pelo menos cinco significados originais:
EM UM LUGAR CALMO , SEM O RISCO DE INTERRUPÇÕES: LEIA, CONCENTRE-SE, RELEIA E REPITA O TEXTO.
Também é bom lembrar que existem diferenças no sentido das palavras de contexto para contexto. Como a palavra “mundo”: em João 3.16, está escrito que Deus amou o “mundo”...e
Mundo:"1) A terra (Sl 24.1). 2) O conjunto das nações conhecidas (1Rs 10.23). 3) A raça humana (Sl 9.8; Jo 3.16; At 17.31). 4) O universo (Rm 1.20). 5) Os ímpios e maus, que se opõem a Deus (Jo 15.18) e têm o Diabo como seu chefe (Jo 12.31). 6) Os habitantes do Império Romano (Lc 2.1)."
1) Ez 29.21-qeren:Um chifre de um animal; símbolo de poder, força e vitória [os 4 cifres do altar simbolizam a poderosa presença de Deus( Lv 4.7;9.9].
2) Mc 3.15-exousia: autoridade ou direito para agir, autoridade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Exousia é a autoridade para usar dunamis, “poder”.
3) At 4.33-dunamis: energia, grande habilidade, poderio. [pode se comparar a dinamite.]
4) I Tm 6.16 -kratos: domínio, força, poder manifesto [refere-se ao poder dominador de Deus sobre o Universo].
5) Ishurus: Força física.
Que grandes lições poderemos tirar desse estudo etimológico ! Será de grande utilidade o pregador ter conhecimentos básicos do grego e hebraico.
REGRAS RESUMIDAS PARA UMA BOA INTERPRETAÇÃO:
ORE, POIS A BÍBLIA É O ÚNICO LIVRO QUE VOCÊ LER COM O AUTOR DE LADO.
2º TENHA SOMENTE A BÍBLIA EM MÃOS, POIS A BÍBLIA É A SUA PRÓPRIA INTÉRPRETE.
ANALISE CADA PALAVRA NO SEU SENTIDO USUAL E COMUM.
ANALISE CADA PALAVRA COM A FRASE DO TEXTO.
ANALISE CADA PALAVRA COM O TEXTO INTEIRO, OU SEJA, O CONTEXTO.
QUEM ESCREVEU? PARA QUEM ESCREVEU? COM QUE PROPÓSITO ESCREVEU? E O QUE ISTO QUERIA DIZER PARA OS LEITORES ORIGINAIS?
VEJA SE NO TEXTO EXISTEM PALAVRAS DE SIGNIFICADO TEOLÓGICO, SIMBOLÓGICOS, CULTURAIS OU FIGURAS DE LINGUAGEM, QUE ESTUDAREMOS AGORA.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
I SEMINÁRIO DE ESCATOLOGIA
A ESTEADEF - Escola Teológica da Assembleia de Deus Filadélfia oferece nestes dias 27,28 e 29, ás 19 hr na igreja sede, situada na Av. Brasil Nº29 Maranguape 0 Paulista-PE. O curso é oferecido com inscrições com um valor simbólico e com direito a apostila e certificado.
Poderemos postar partes do estudo neste blog, caso haja pedidos.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
HOMILÉTICA "A Arte da Pregação Evangélica" Parte III
Hermenêutica Básica
“Entender o que o texto realmente diz, tanto para sua época, quanto para hoje, é a base de toda pregação. Visto que a pregação é a proclamação das verdades contidas neste texto”
Tenha em mãos auxílios lexicais como comentários, concordâncias e dicionários teológicos, pois a Bíblia foi escrita em Hebraico, Grego e Aramaico. Por isso, é muito importante ter o conhecimento básico dessas línguas. Pois, tendo a noção correta do que o texto diz, o pregador corre menos risco de fugir da verdade Bíblica.
Regras básicas de uma boa Interpretação
O trabalho de um pregador deve ser caracterizado pela alta qualidade. Na exposição e no ensino dos preceitos e conceitos bíblicos, esta alta qualidade só é atingida com empenho e dedicação. No prefácio de sua edição Manual do Novo Testamento Grego, edição de 1735, J. A. Bengel, escreveu: “aplica-te totalmente ao texto: aplica-o totalmente a ti”.
Os passos para o estudo de um texto são:
I. REPETIÇÃO: A repetição é uma forma de canalizar a mente de modo regular, numa direção específica, firmando assim hábitos de pensamentos.
II. CONCENTRAÇÃO: A concentração é o segundo elemento prático no estudo. Se além de conduzir a mente repetidas vezes ao assunto em questão a pessoa concentrar-se no que está sendo estudado, a aprendizagem aumenta sobremaneira.
Lembro de uma historia que li, se ela é verdade não posso afirmar, por isso a passo da forma como a li.
Um certo obreiro foi convidado a participar de um congresso. Ele viu nesse convite uma oportunidade de ganhar um dinheiro extra, e mandou imprimir mil camisetas com o logotipo e o lema do congresso. Arrumou uma mesinha na entrada do local de reuniões e colocou o filho como encarregado de vender as camisetas. No último dia de reuniões, foi verificar o resultado de seu negocio e viu com surpresa que só tinha vendido vinte camisetas, horrorizado comprovou que estava com um prejuízo de 980 camisetas. Como ele tinha o sermão de encerramento, subiu aquela noite no púlpito, e disse:
“Amados irmãos, hoje eu tenho uma mensagem de Deus para vocês”. – Aleluia! Exclamou entusiasmada a platéia que lotava o recinto – “Deus falou comigo!” – continuou o pregador – E Ele diz, com voz clara e audível que eu deveria seguir a Bíblia e que eu deveria obedecer também o que ela diz. Então eu pergunte a Deus. O que eu devo fazer Senhor? Eu fiz a mesma pergunta de Paulo no Caminho de Damasco. Então o Senhor me respondeu: “Abra a Palavra e leia, leia e obedeça!”.
Irmãos, então tomei a minha Bíblia e abri, a leitura que o Senhor me mostrou estava em Marcos 10:21. O Senhor me diz, pela sua Palavra: “Vai, vende tudo...”.
“Agora eu tenho que obedecer... e vocês têm que cumprir essa ordem do Senhor, eu estou com 980 camisetas ali na entrada, elas são abençoadas pelo Senhor, e Deus me diz: Vai vende tudo, por isso eu não posso sair daqui até não ter vendido até a última delas. Irmãos... Está escrito, vai e vende tudo, eu tenho que obedecer”.
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Veja o perigo de negligenciarmos o contexto dos textos bíblicos. Quantas heresias e doutrinas de demônios têm sido formuladas e aceitas por pessoas que não analisam o contexto. Muitos crentes sérios também se enganam por não examinarem as Escrituras. (MT 22:29; OS 4:6).
Uma questão importante deve ser levada em consideração ao interpretarmos algum texto, pois algumas palavras traduzidas diferem no sentido moderno. Para não haver nenhuma dúvida do que realmente a palavra realmente diz, o pregador deve possuir o maior número de versões da Bíblia que puder. Pois, comparando-as ter-se-á uma melhor compreensão do verdadeiro sentido da palavra.
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