Paulo, um Arauto do Espírito Santo

Paulo, um Arauto do Espírito Santo

Como é lindo observar um casal de namorados apaixonados. O brilho dos seus olhares se misturam com os largos sorrisos de seus rostos e demonstram que a felicidade de fato, existe. A devoção, atenção total, e cuidados que um tem pelo outro são belíssimos. Quando o ser humano se apaixona por alguém ou por alguma coisa, ele tenta ao máximo defende-lo, amá-lo, e se dedicar ao alvo do seu amor e paixão. Se alguém olhasse para os olhos do apóstolo Paulo veria o mesmo brilho. Talvez não tivesse o mesmo sorriso, mas seu semblante transmitia a mesma felicidade e paz. Poucos cristãos amaram tanto a causa como ele.


Raramente se vê na história alguém que se dedicasse tanto ao serviço, desgaste, e paixão por uma visão. Soldado de Elite de uma igreja comandada pelo capitão das milícias celestiais, Paulo era guiado por Jesus Cristo. Ele pregava com sua própria vida aquilo que escrevia em suas cartas. Suas pisadas missionárias germinavam igrejas, suas palavras impactaram até altos oficiais de Roma, e convenciam mesmo os mais estudiosos.


Na nascente Igreja de Deus, o ferrenho perseguidor convertido num arauto do Espírito Santo, também ocuparia um lugar providencial na Igreja de todos os tempos; Eis um exemplo de como Deus, na sua inescrutável sabedoria, apodera-se da mais terrível arma de Satanás contra o Cristianismo e transforma-o no mais convicto e ousado dos missionários.


Admiro-me por existir nas igrejas brasileiras tantos "missionários"* hoje em dia. Vivem de igreja em igreja, promovendo movimentos duvidosos e exibindo suas credenciais ao invés das suas marcas em defesa do Evangelho. Enquanto esses "missionários" de hoje pregam exclusivamente em templos cheios, Paulo pregava nas ruas, praças, sinagogas e mercados. Onde se reuniam as almas, ali ele levantava seu púlpito e fazia ecoar sua voz. 


Os "missionários" de hoje têm agendas disputadas, cachês afortunados. O apóstolo dos gentios tinha uma agenda escrita pelas visões divinas, e era impelido pelo Espírito para onde Deus ordenava. O secretário de Paulo era o Espírito Santo.


Não se alimentava dos "trízimos" nem das ofertas dos "900 reais", ele vivia pelo fruto de suas mãos habilidosas em fazer tendas. Não passava chapinha no cabelo, nem usava lentes de contato, muito menos possuía sua própria "grife felizciana". Mas, sua roupa transmitia um pouco do poder que o revestia, de forma que até os demônios ao reconhecerem o proprietário fugia libertando os endemoniados.


Eu não consigo imaginar Paulo como deputado. Sua chamada não era para falar pelo povo, mas para o povo. A convicção era tão enraizada no seu íntimo que nenhum açoite, tempestade, naufrágio, fome, sede, frio e calor pôde abalar. Muito pelo contrário, as adversidades o fazia cantar e orar na escuridão dos cárceres! A visão no caminho de Damasco não foi um delírio do deserto. Mantinha-se tão viva quanto o sol do meio dia. Este vaso escolhido já pré-sentia que seu destino era padecer como um arauto do Espírito Santo, a fim de alcançar uma glória muito maior no povir.


O dono da igreja tinha planos audaciosos para este pregador. Pois, ele seria como uma bomba no coração do império romano. Onde até mesmo o endeusado imperador deveria ouvir a mensagem que ardia no seu coração!


Em Cristo,
Aquele que usa as coisas que não são para confundir as que são.


Pr. Flávio Alves




*Refiro-me àqueles que carregam o título de missionário sem ao menos ganhar uma alma para Cristo. Hoje muitos se auto-intitulam missionários, mas não fazem nada pela causa do evangelho além de enriquecerem com a extorsão santa do povo de povo de Deus em troca de curas e milagres.

Comentários

Jâmnia Zara I.B. da Fé disse…
Boa palavra, Pr. Flávio.
O amor verdadeiro nos conduz a esse brilho e a ter essa força. Que possamos seguir o exemplo do apóstolo Paulo, como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus. No mais, que Deus o abençõe.

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