quarta-feira, 25 de maio de 2011

Saudades

Falecimento

David Wilkerson, foi um pastor em quem me espelhava. Servo de Deus, fundador do "Desafio Jovem", projeto que recuperou inúmeros viciados em drogas, ficou famoso pelo seu livro "A Cruz e o Punhal". Mas, para mim, suas mensagens no PulpitSeries eram inspiradoras e desde que entrei em contato pela primeira vez em 1998, tenho em muito me edificado por suas precisas, simples e contundentes mensagens.

Somente, hoje, fiquei sabendo que o mesmo faleceu no dia 27 de abril deste ano em um acidente auto-mobilístico contra uma carreta, no Texas, EUA. Deus recolheu para si, ainda que de forma drástica esse precioso vaso. Um dia espero conhecer seu filho e sua igreja em New York, de onde partiram seus maravilhosos sermãos que atravessaram o continente e chegaram até mim.

Sentimos sua falta. Nos alegramos com a esperança de que um dia nos veremos nas mansões celestiais.


Fonte: The Cristian Post

domingo, 22 de maio de 2011

Indicando um ótimo blog


Graça e paz a todos os leitores e seguidores do meu blog.


Quero convidar a todos para visitarem e serem abençoados pelo nosso blog: Os Prismáticos, que é feito em conjunto com alguns amigos cristãos da UFPE:
Antônio Augusto, Anderson Carlos, Cláudio Caldas, Zilma Adélia e a minha pessoa.

tenho certeza que Deus irá abençoar a todos que acessarem.


www.prismap5.blogspot.com

"A Fé faz o Herói": Reflexões

 Auto-determinação, auto-estima, auto-confiança, auto-afirmação: slogans do mundo contemporâneo. A mentalidade em nossa sociedade é esta: busca-se realização. Não é de se estranhar que numa sociedade fundamentada num sistema de exclusão e de dominação do homem pelo homem, todos queiram alcançar o sonho burguês de chegar ao topo da sociedade – o que não é impossível, segundo o modelo capitalista. Nesse contexto, desde o mais oprimido até o mais rico – que, em sua maioria, nunca se saciam com o que tem – querem vencer, dominar e poder, qual seria o papel do cristão? Como temos nos comportado diante de tantas necessidades e desejos materiais que nos seduzem todos os dias? De que forma praticamos a filosofia cristã primitiva nos dias de hoje? O cristianismo contemporâneo alcançou uma popularidade nunca vista na história. A mídia tem investido maciçamente no que denominam “gospel”, ainda mais no que diz respeito a música: é justamente este ponto que pretendo ponderar.

            Há uma música intitulada “A fé faz o herói”, da cantora Jamily, que chama muito a minha atenção. De fato, é uma canção belíssima em se tratando de melodia. No entanto, sua letra deve ser submetida à crítica. Em suma, possui uma diversidade de perspectivas um tanto quanto divergentes da essência da teologia cristã. Nela, os versos circundam a atitude de ter fé e as suas consequências. Mas, o que é fé? Porque preciso dela? O que posso alcançar através do seu exercício? Como a canção retrata esse tema?
            “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”, segundo o livro aos Hebreus (11.1), que elenca um admirável quadro de “heróis da fé” – pessoas que, por causa dessa certeza, agradaram a Deus, sendo recompensados por isto. Percebemos, portanto, que ela é uma condição para que aqueles que creem na existência de Deus, se aproximem dEle. Entretanto, essa ideia tem sido (re)significada hoje. A finalidade do exercício da fé não é mais agradar ao Ser Superior, mas alcançar o “pódio” com a realização dos sonhos “inalcansáveis”. Deus não é mais a finalidade, mas o meio de conquistar as realizações. Todavia, é interessante notar que NENHUM dos “heróis” citados em Hebreus recebeu o que havia sido prometido por Deus (Hb 11.39), mesmo que aparentemente o tenham alcançado, como, por exemplo, Abraão, o “Pai da Fé” e “Amigo de Deus”, que recebeu Isaque, o filho da promessa. Na verdade, a grande promessa mesmo era Cristo, o Salvador, o qual todos eles “viram-no de longe e de longe o saudaram” (Hb 11.13). O problema é que nossa mente humana é muito restrita. Não conseguimos enxergar a um palmo do nosso nariz. Somos sim “flecha veloz nas mãos de Deus”, no entanto, para realizações espirituais e sublimes que só Ele conhece, e não com relação a coisas finitas e materiais, produto de ambições humanas e pecaminosas.

Além disso, diferentemente do que é afirmado na música, o mundo não é nosso. Esta não é a nossa casa, nossa terra, nossa pátria. Cristo disse para ajuntarmos tesouros que não se acabam no céu, “onde ladrão algum chega perto e nenhuma traça destrói” (Lc 12.33). Não apenas isto: os “heróis” relatados no livro aos Hebreus não tinham por finalidade nenhum tipo de conquista, mas apenas agradar àquele em quem confiavam. Por isto, foram recompensados com bênçãos materiais. Devemos ter em mente sempre que buscando primeiramente o Reino de Deus, as demais coisas serão acrescidas (Lc 12.31). Uma das músicas do cantor Nani Azevedo diz: “se atentamente ouvir a Deus, e os mandamentos seus obedecer [...], eu não correrei atrás de bênçãos; sei que elas vão me alcançar...”.
            Outra parte, da canção “A fé faz o Herói”, que me conduz à reflexão é: “Diga pra vida: ‘eu sou mais eu’. Diga pro alvo: ‘aí vou eu’ [...] Olha pra dentro de você! Só realiza quem constrói! A gente nasce pra vencer...”. Puxa! Cadê Deus?! Esses versos expressam uma desigualdade teoantropocêntrica, pois o homem assume o papel de maior peso na balança. Deus é citado na canção apenas uma vez e, mesmo assim, como um instrumento de vitória para o homem. Isso negligencia completamente o que Cristo afirmou: “Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5). Quem somos nós para dizermos que podemos fazer tudo o que queremos? Podemos até dizer isso, mas realizar e conquistar que é bom... nada. Sem Ele, NADA.
Quando se diz “a gente nasce pra vencer” o que se pretende dizer? É necessário lembrar que nem todas as pessoas consideradas como “heróicas” na Bíblia, foram vencedoras no sentido estrito da palavra. Muitas foram fugitivas, perseguidas e mortas, inclusive. O problema é que essa teologia da prosperidade desconsidera todas essas questões, dando ênfase, majoritariamente, a coisas materiais e finitas, como sucesso financeiro, profissional, amoroso etc.

            Infelizmente, o cristianismo chegou a um nível crítico. Cristo não é mais o centro do cristianismo. As pessoas se valem da importância do homem sobre a natureza para acharem que são superiores a Deus também; que Ele é submisso aos caprichos humanos. Que Deus pequeno! O homem não precisa mais dEle – e porque não destituímos os maiúsculos também? Escrevamos agora Homem e deus. Nesse sistema vigente, há uma “guerra de todos contra todos”, em que as pessoas são os “espinhos transformados em trampolins” pelos gananciosos. Além disso, músicas como essa iludem os que não têm chance nenhuma nessa sociedade selvagem. Costumo dizer também que é uma canção de auto-ajuda para aqueles que têm complexo de inferioridade. Talvez esta seja a única contribuição para a edificação espiritual. Pode ser até contraditório de minha parte afirmar isso, mas acredito que esse estilo ‘neo’ é um estímulo para o excesso de autoconfiança em uns, ao mesmo tempo em que é um impulso para que se vença o complexo de inferioridade de outros.

            Não sei qual o pior: deixar Deus de lado completamente e admitir que não se precisa dEle para absolutamente nada ou confessá-lo como um deus útil, um meio para a satisfação humana. De uma coisa tenho certeza somente: vivemos hoje tal qual a igreja em Laodiceia, na Ásia primitiva.


Zilma Adélia

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Paulo, um Arauto do Espírito Santo

Paulo, um Arauto do Espírito Santo

Como é lindo observar um casal de namorados apaixonados. O brilho dos seus olhares se misturam com os largos sorrisos de seus rostos e demonstram que a felicidade de fato, existe. A devoção, atenção total, e cuidados que um tem pelo outro são belíssimos. Quando o ser humano se apaixona por alguém ou por alguma coisa, ele tenta ao máximo defende-lo, amá-lo, e se dedicar ao alvo do seu amor e paixão. Se alguém olhasse para os olhos do apóstolo Paulo veria o mesmo brilho. Talvez não tivesse o mesmo sorriso, mas seu semblante transmitia a mesma felicidade e paz. Poucos cristãos amaram tanto a causa como ele.


Raramente se vê na história alguém que se dedicasse tanto ao serviço, desgaste, e paixão por uma visão. Soldado de Elite de uma igreja comandada pelo capitão das milícias celestiais, Paulo era guiado por Jesus Cristo. Ele pregava com sua própria vida aquilo que escrevia em suas cartas. Suas pisadas missionárias germinavam igrejas, suas palavras impactaram até altos oficiais de Roma, e convenciam mesmo os mais estudiosos.


Na nascente Igreja de Deus, o ferrenho perseguidor convertido num arauto do Espírito Santo, também ocuparia um lugar providencial na Igreja de todos os tempos; Eis um exemplo de como Deus, na sua inescrutável sabedoria, apodera-se da mais terrível arma de Satanás contra o Cristianismo e transforma-o no mais convicto e ousado dos missionários.


Admiro-me por existir nas igrejas brasileiras tantos "missionários"* hoje em dia. Vivem de igreja em igreja, promovendo movimentos duvidosos e exibindo suas credenciais ao invés das suas marcas em defesa do Evangelho. Enquanto esses "missionários" de hoje pregam exclusivamente em templos cheios, Paulo pregava nas ruas, praças, sinagogas e mercados. Onde se reuniam as almas, ali ele levantava seu púlpito e fazia ecoar sua voz. 


Os "missionários" de hoje têm agendas disputadas, cachês afortunados. O apóstolo dos gentios tinha uma agenda escrita pelas visões divinas, e era impelido pelo Espírito para onde Deus ordenava. O secretário de Paulo era o Espírito Santo.


Não se alimentava dos "trízimos" nem das ofertas dos "900 reais", ele vivia pelo fruto de suas mãos habilidosas em fazer tendas. Não passava chapinha no cabelo, nem usava lentes de contato, muito menos possuía sua própria "grife felizciana". Mas, sua roupa transmitia um pouco do poder que o revestia, de forma que até os demônios ao reconhecerem o proprietário fugia libertando os endemoniados.


Eu não consigo imaginar Paulo como deputado. Sua chamada não era para falar pelo povo, mas para o povo. A convicção era tão enraizada no seu íntimo que nenhum açoite, tempestade, naufrágio, fome, sede, frio e calor pôde abalar. Muito pelo contrário, as adversidades o fazia cantar e orar na escuridão dos cárceres! A visão no caminho de Damasco não foi um delírio do deserto. Mantinha-se tão viva quanto o sol do meio dia. Este vaso escolhido já pré-sentia que seu destino era padecer como um arauto do Espírito Santo, a fim de alcançar uma glória muito maior no povir.


O dono da igreja tinha planos audaciosos para este pregador. Pois, ele seria como uma bomba no coração do império romano. Onde até mesmo o endeusado imperador deveria ouvir a mensagem que ardia no seu coração!


Em Cristo,
Aquele que usa as coisas que não são para confundir as que são.


Pr. Flávio Alves




*Refiro-me àqueles que carregam o título de missionário sem ao menos ganhar uma alma para Cristo. Hoje muitos se auto-intitulam missionários, mas não fazem nada pela causa do evangelho além de enriquecerem com a extorsão santa do povo de povo de Deus em troca de curas e milagres.

domingo, 1 de maio de 2011

Tudo passa!


Tudo Passa
Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se confuso. Resolveu consultar os sábios do reino e disse-lhes:

- Não sei por que me sinto estranho e preciso ter paz de espírito. Preciso de algo que me faça alegre quando estiver triste e que me faça triste quando estiver alegre.

Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas condições:
Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável. Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado. Quando TUDO estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais puder ser feito, aí o rei deve abrir o anel.

O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu. Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim. O reino estava perdido, mas ainda podia recuperá-lo. Fugiu do reino para se salvar. O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros e o cavalo.

Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos. Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício. Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei ainda pensa:

- Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento de ler a mensagem...

Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê a mensagem: "Isto também passará". De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente, o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempo depois reúne seus exércitos e reconquista seu país. Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora de tanta alegria e, de repente, se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem: "Isto também passará". Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.

Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades, em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante que nos lembremos de que tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.

A ansiedade, freqüentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo. Mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é na esfera dos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.

A calma, conforme o ditado popular, pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós... Manter as emoções constantemente sob controle é pura fantasia e qualquer um já viveu a sensação de pânico ao perceber que o que mais se valoriza está escapando por entre os dedos.

"Dar tempo ao tempo" não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maior parte dos casos.