(Augusto Cury)
"Amar é provavelmente a necessidade universal mais sublime e mais difícil de ser atendida. Os romancistas discursaram sobre o amor, os poetas o proclamaram, mas na prática não é fácil conquistá-lo.
Cristo discursava sobre um amor estonteante, um amor que gera uma fonte de prazer e de sentido existencial. Aquele simples homem de Nazaré, que teve tantas dificuldades na vida, que sofreu desde a infância e, quando adulto, não tinha onde reclinar a sua cabeça, não apenas destilou sabedoria da sua dor e extraiu poesia da sua miséria, mas ainda achou fôlego para falar de um amor arrebatador: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei..”
O mundo à sua volta estava agitado, mas ele se mostrava tranqüilo e ainda
tinha tempo para discorrer com seus íntimos sobre um amor transcendental, um amor que lança fora todo medo. Como é possível alguém que está rodeado de ódio discursar sobre o amor?
Ele discursava sobre um amor difícil de ser investigado, que está muito além dos limites da sexualidade, dos interesses particulares. Um amor que se doa e que se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo.
O mais alto patamar de amor, tolerância e respeito humanos... Cristo tinha uma meta tão elevada sobre o amor, que tanto seu discurso como suas atitudes ultrapassavam os limites da lógica psicológica. Certa vez, disse: “Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, Vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem... Se amardes os que vos amam, que recompensa tendes?”. Com essas palavras, Cristo atingiu os limites mais altos e, ao mesmo tempo, mais impensáveis do amor, da tolerância e do respeito humano.
Quem ama vive a vida intensamente.
Quem ama extrai sabedoria do caos.
Quem ama tem prazer em se doar.
Quem ama aprecia a tolerância.
Quem ama não conhece a solidão.
Quem ama supera as dores da existência.
Quem ama produz um oásis no deserto.
Quem ama não envelhece, ainda que o tempo sulque o rosto.
O amor transforma miseráveis em ricos.
A ausência do amor transforma ricos em miseráveis.
O amor é uma fonte de saúde psíquica.
O amor é a expressão máxima do prazer e do sentido existencial.
O amor é a experiência mais bela, poética e ilógica da vida.
Cristo discursava sobre a revolução do amor...
A proposta de Cristo do perdão é libertadora. A maior vingança contra um inimigo é perdoá-lo. Ao perdoá-lo, nos livramos dele, pois ele deixa de ser nosso inimigo. O maior favor que fazemos a um inimigo é odiá-lo ou nos sentirmos magoados com ele. O ódio e a mágoa cultivam os inimigos dentro de
nós.
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