sábado, 13 de fevereiro de 2010

A verdadeira adoração

A verdadeira Adoração

Adorar está impregnado no ser humano como um propósito da sua existência. Deus criou o homem para adorá-lo em intimidade, vemos isso quando Ele mesmo vinha conversar com o homem todos os dias no jardim (Gn 3.8). Entretanto, após a raça humana ter se propagado pela face da terra, os homens começaram a adorar a natureza, espíritos demoníacos e até o próprio homem em si. A idolatria surgiu como o caminho alternativo que o homem tomou não reconhecendo o verdadeiro Deus digno de ser adorado.
Criaram deuses, ídolos e estátuas fruto da sua mente pecaminosa a fim de atender aos seus desejos de adorar a algo. (Romanos 1:23) - E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. A mente vazia e obscura do homem corrompido pelo pecado não pode discernir entre a verdadeira e a falsa adoração. (Romanos 1:22) - Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
Mas, o que é adorar a Deus? Como sabermos o que é a verdadeira adoração? 

(João 4:23) -  Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Vemos implícito nesse texto que existem os verdadeiros adoradores. Ora, se existe os verdadeiros é por que existem também os falsos. É necessário aprendermos á luz da Palavra de Deus o que é a verdadeira adoração, pois Deus procura os verdadeiros adoradores. Ora, se Deus procura os verdadeiros adoradores é por que não é fácil de encontrar; isto é, não se encontra em qualquer esquina, em qualquer igreja, em qualquer lugar. O que é a verdadeira adoração?
1.   
Adorar a Deus é oferecer o seu melhor:

A verdadeira adoração consiste em oferecer o melhor para Deus. Vemos isso claramente na vida de Abraão, quando este ocupava seu tempo em ensinar Isaque as artes da caça, administração, criação de ovelhas a fim de que este fosse seu sucessor. Isaque era o sonho realizado, era o filho único da sua velhice concedido por Deus. Isaque era motivo de orgulho todos os dias. (Gn 22). Este jovem rapaz, que segundo Flávio Josefo, tinha 25 anos de idade na época, era um jovem obediente e muito cheio de vida e força. Era um filho que daria orgulho a qualquer pai, Abraão vendo isso pedia a morte a Deus, pois já tinha realizado seu sonho. Mas, antes que Deus levasse Abraão, observou a dedicação demasiada que Abraão dava ao seu filho Isaque, e queria passar á prova seu coração, pois nada e nem ninguém pode ocupar o lugar que só pertence a Deus. Deus não admite ser trocado por um filho, uma namorada, um emprego ou uma imagem de escultura.

(Isaías 42:8) -  Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.

Muitos cristãos se afastam da verdadeira adoração quando priorizam coisas boas como a família, o emprego, os filhos ou qualquer outra coisa. O primeiro lugar nas nossas vidas deve estar ocupado unicamente por Jesus Cristo. E Deus queria através da ordem que deu a Abraão mostrar quem realmente tinha a primazia na vida de Abraão.

Imagino Deus falando com Abraão como um amigo fala para outro amigo, pois ele era conhecido como “O amigo de Deus”:
- Abraão! Disse o Senhor.
- Sim, Senhor, eis-me aqui. Respondeu Abraão.
- Queres de fato me adorar? Lhe falou o Senhor.
- Sim, Senhor, claro que desejo te adorar, pois tudo que é meu é teu. Respondeu-lhe Abraão.
- Então, dai-me o que tens de melhor e mais importante nesta vida. Falou-lhe o Senhor.
Abraão, sem ainda compreender, lhe deve ter respondido mais ou menos assim:
- Claro, Senhor irei escolher a melhor ovelha ou qualquer melhor criação que tiver no campo para oferecer ao Senhor.
Deus novamente fala a Abraão:
- Não Abraão! Quero que me ofereças o que tu mais ama nesta vida. Oferece-me o teu filho.

Abraão neste momento ficou em silêncio, sentiu como pai um impacto da idéia de perder o seu único filho de sua velhice. Abraão tinha que renunciar seu próprio filho para provar seu amor para com Deus. Quando devolvemos o dízimo provamos que nosso coração não está no dinheiro. A verdadeira adoração consiste em dar para Deus aquilo que temos de mais valioso. (Lucas 12:34) -  Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.

É lindo ver o agir de Deus de acordo com a fé de Abraão. Pois, ele não revela nada a ninguém até chegar no local do sacrifício. Algo que me chama a atenção é o tamanho da fé deste homem, pois vemos nele que a fé produz esperança (Rm 5.2). Pois, veja o que o patriarca disse aos seus servos:

(Gênesis 22:5) - E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós.

Pare e pense: Se Abraão estava decidido sacrificar Isaque no alto do Moriá, por que ele garantiu aos seus moços que ele e o moço retornaria para eles depois de ter adorado? A resposta vemos: (Gênesis 22:8) - E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos. Louvado seja Deus por nos deixar registrado este ato extremo de fé, para que através dele contemplássemos a verdadeira esperança daquele que crê no poder de Deus. Não sei exatamente o que ele via, mas, podemos dizer que pela fé Abraão acreditava que mesmo depois de Isaque fosse transformado em cinzas, das cinzas Deus o ressuscitaria!

Isso é que é Deus! De fato, a fé possibilita-nos ver o invisível, crer no incrível e recebermos o impossível! Louvado seja Deus, pois Ele mesmo nos deu a fé para crermos na infalibilidade de suas promessas! (Ef 2.8).

Não podemos ignorar esta verdade, Deus exige que lhe ofereçamos o nosso melhor. Devemos aprender como Davi, pois Araúna queria dar-lhe o terreno para que ele construísse o Templo ao Senhor, mas veja a resposta de Davi:

(II Samuel 24:24) -  Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.

Fico triste quando vejo o momento de ofertório em muitos lugares, quando alguns tiram o resto de suas carteiras, as moedinhas que não lhe fazem falta para oferecer a Deus. Por isso, nunca experimentam o melhor de Deus. Deus não precisa de esmolas, nem a sua Obra. Deus se agrada do nosso melhor, ainda que seja pouco para alguém, mas se faz falta para nós, é importante para nós, então será importante para Deus. Precisamos dar o nosso melhor tempo, melhor oferta, melhor dedicação e tempo para aquele que nem a seu próprio filho poupou.




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