sábado, 2 de maio de 2009

O Incomensurável Amor de Deus


O incomensurável Amor
de Deus
The To Love of God
Uma Mensagem sobre a Grandeza do Amor de Deus



“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. (I João 4:8)”

Pr. Flávio Alves
Abreu e Lima-PE, sexta-feira, 09 de janeiro de 2009.


A violência tem crescido de uma forma assustadora nos últimos dias. Tem chegado aos lares e feito das mais belas, frágeis e ingênuas crianças de suas vítimas. A crueldade humana está chegando a níveis tão altos que pensamos estar vivenciando um filme de terror, só que infelizmente é a realidade dura e triste que estamos vendo chegar cada vez mais perto de nós. Os relatos da crueldade, desumanidade, desafeto, insensibilidade ás dores alheias são constantes nos noticiários.

O motivo de tudo isso? (Mateus 24:12) - “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.” Isso mesmo, o pecado se multiplica e o amor se esfria. A ausência deste sentimento mais nobre no coração das pessoas é a razão principal para o avanço da violência e crueldade humana. É de amor que carecem os corações dos homens em todas as camadas sociais, raças, nacionalidades e religiões. Não me refiro a esta falsa e distorcida concepção de amor que o mundo criou, mas do mais belo e nobre sentimento, capaz de fazer do miserável um milionário, e de um milionário um miserável. Este sentimento que liberta os encarcerados, e transforma as favelas dos sentimentos perversos do homem nos mais belos jardins de pensamentos e emoções. O amor que cura as feridas da alma, e colorem o grande quadro da vida. Ciente disso, João escreveu um dos mais sucintos versículos e uma das mais profundas frases já pronunciadas.

Que grandiosa declaração foi esta que João expressou em sua epístola em afirmar que Deus é amor. A essência de Deus é amor. João é conhecido como o apóstolo do amor, ele que reclinava sua cabeça no peito do mestre descobriu a mensagem principal do evangelho de Cristo. Jesus veio revelar uma face de Deus até então desconhecida. As pessoas temiam a Deus por causa do seu poder e força em punir os pecadores, mas não era isso que Deus desejava. Nos evangelhos percebemos que Deus não queria ser apenas temido e obedecido como Deus, mas também amado como um pai o é pelos seus filhos.

São inúmeros relatos no Antigo Testamento de como Deus manifestou sua justiça e seu poder. Jeová era o Deus que destruía seus inimigos enviando apenas um anjo matando cento e oitenta e cinco mil soldados assírios, era o Deus que pesava os reis na sua balança e executava sua justa sentença como fez com Belssazar. Era um Deus que não aceitava que seu povo se rebelasse contra Ele e seus escolhidos, como se manifestou no deserto, levando duzentos e cinqüenta homens vivos ao Sheol, ou inferno. Mas, Jesus Cristo apareceu na Judéia falando de um Deus que também era amor. E seu amor era tão incomensurável que foi capaz de amar a humanidade ao ponto de enviar seu filho unigênito para morrer por ela. O povo conhecia a rigorosidade da lei mosaica, Jesus fez conhecer a misericórdia e o perdão de Deus de uma forma tão gloriosa, que seus ouvintes se esqueciam até de comer para ouvi-lo nos campos, á beira-mar, nas sinagogas ou no Templo. As palavras e os gestos amorosos de Cristo provocaram uma revolução na mente e no coração das pessoas que antes só conheciam a Justiça de Deus.

A autoridade com que Ele pronunciava suas palavras de amor excedia a sabedoria e forma com que se ensinava em qualquer outra época. As pessoas eram arrebatadas psicologicamente e espiritualmente por suas palavras de amor. Com certeza, nenhum ser humano nunca falou com tanta perícia do amor de Deus como Jesus:

“(Lucas 4:22) - E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?”

As pessoas que o ouviam eram chamadas a não somente ouvir, mas praticar aquilo que ouviam. Jesus os impactava com suas palavras e os desafiavam a por em prática os seus ensinamentos. O Mestre dos mestres despertou nas pessoas a arte de pensar, mas Ele queria ir além. Ele queria despertar o sentimento mais belo e incompreensível de todos: o Amor. Sua missão não consistia em somente em religar o homem com Deus, mas a de ensinar através da sua própria vida e morte a essência e o motivo maior da existência: o amor.
Os belíssimos ensinamentos de Jesus Cristo são grandiosos demais para se estimar a importância deles na história da Humanidade. Os discípulos reconheceram que nunca ninguém discursou tão divinamente sobre o amor como ele: “(João 6:68) - Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” Nem os mais sábios e filósofos gregos falou de uma forma tão gloriosa como ele. Nunca antes na história alguém reunia tantas pessoas para ouvir palavras de amor. Suas parábolas e histórias exemplificam como o amor de Deus se manifesta. O amor está contido em todas as suas palavras e nos mais belos gestos, quando ele mesmo parava para contemplar a formosura dos lírios dos campos. É força propulsora do seu ministério. A razão maior da sua vida e do seu sacrifício.


O amor de Deus revelado nas palavras de Jesus

“Eu estava fazendo uma revolução na força da guerra…, mas lendo as páginas deste livro (a Bíblia) descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu, sem violência e destruição, fez a revolução do amor e da liberdade espiritual mediante o sangue da sua cruz.”
Napoleão Bonaparte


Nós somos chamados de cristãos porque somos parecidos com Cristo, ou ao menos o deveríamos ser. Entretanto, não é o que temos visto atualmente. Vemos cada vez mais pessoas que se dizem cristãs despreocupadas e omissas ao sofrimento das outras pessoas. Conheci certo pastor que tratava as pessoas de forma diferenciada de acordo com suas posses. Os membros pobres ou que não tinha aparentemente nada para lhe oferecer, ele tratava com desdém, desprezo. Entretanto, quanto mais importante e rico era o membro ou o visitante, melhor era o tratamento que ela recebia, sentava-se até em lugares reservados para o ministério; o servo de Cristo e irmão do nosso Senhor, Thiago, fala sobre este perigo, o de tratarmos as pessoas ricas melhor do que as pobres.
Mas, isso é cada vez mais evidente em muitos lugares. Existem até igrejas que não abrem filiais em bairros pobres, mas só em bairros nobres, nas principais avenidas, possuem até cultos especiais para empresários e homens de negócio. Não sou contra tais reuniões. Mas, pergunto se Jesus faria o mesmo. Será que Jesus faria reuniões do tipo: “Os 7 segredos para o homem ficar rico”? Será que Jesus daria uma palestra para as pessoas ficarem ricas, ou faria separação entre ricos e pobres? Ou atenderia primeiro os mais importantes e influentes homens da sociedade, para depois, se sobrasse tempo atender os mais pobres? O Jesus da Bíblia Sagrada não atendia as pessoas de acordo com seu poder e influência. Ele amava suas ovelhas independentes do tamanho do seu dízimo. Precisamos de pastores que amem suas ovelhas, e que não as vejam como fontes de gordura e lã. Precisamos de homens que amem as almas e não as ofertas.

“E VEIO a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?
Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. (Ezequiel 34.1-3)”


O homem que não fazia acepção de pessoas


Eu fico maravilhado ao ver nas páginas do Sacro Livro a forma que Jesus atendia as pessoas. Ele atendia os adultos, como atendia as crianças. Dava atenção aos príncipes das sinagogas da mesma forma que parava para atender a uma mulher impura. Ele era capaz de amar um rico e poderoso centurião da mesma forma que a um miserável cego que mendigava na porta de Jericó. O meu Jesus amava as pessoas pelo que elas eram e não pelo que possuíam!
O seu amor ia além dos protocolos, preconceitos e barreiras levantadas pelos homens. Mais uma vez João registra um gesto de amoroso de Jesus. Ele afirma no capítulo 4 do evangelho que escreveu que era- lhe necessário passar por Samaria e cansado da viajem assentou perto de um poço, onde encontra uma mulher samaritana e pede que lhe dê de beber. A mulher fica assustada, pois os judeus não se comunicavam com os samaritanos, e ainda mais sendo ela uma mulher. Jesus não respeitou os protocolos e barreiras preconceituosas para salvar aquela vida. Ele não importava com os que as pessoas achariam ou falariam dele se o visse conversando com uma samaritana, e a situação seria pior se descobrissem que aquela mulher era uma mulher prostituta.


Jesus não teve preconceitos em relação aquela mulher, mesmo conhecendo a vida que ela tinha. Jesus revelou a vida íntima daquela mulher de uma forma tão profética que ela logo percebeu que não se tratava de um homem qualquer, mas de um verdadeiro profeta. Ele não acusou e não a condenou, mas lhe ofereceu uma água que mataria a sua sede de uma vez por todas. Jesus foi capaz de ver que a ânsia da samaritana em busca da sua felicidade.
(João 4:17-19) – “A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.”
Como precisamos aprender com Jesus! Como precisamos pedir a Ele para que caia todas as escamas de preconceitos e barreiras sociais e étnicas. Ah! Se os judeus pudessem aprender com o mais ilustre judeu de todos!


Lembro-me de um testemunho que ouvi de um pastor do Rio de Janeiro, ele contou que certo pastor saiu um pouco mais tarde da sua igreja e foi para a sua casa. Porém, no meio do caminho encontrou-se com duas mulheres da vida, uma delas quando viu o pastor, começou a chamá-lo:
-Pastor, pastor!
Gritava aquela mulher. Contudo, o pastor mesmo ouvindo, preferiu não atender, preocupado com sua reputação, pensou:
-O que os outros pensarão se passarem aqui e me virem falando com uma prostituta? Pensarão que estou marcando algum programa!
Então, o pastor foi embora sem dar ouvidos ao chamado daquela mulher. Chegando na sua casa contou o acontecido á sua esposa. Ela imediatamente falou que ele deveria tê-la atendido, então foi com ele ao mesmo local onde ela o chamou. Chegando no local, só encontraram sua amiga no local. Ele então perguntou sobre a mulher que o havia chamado, ela respondeu que sua amiga estava em depressão, dizendo que não tinha valor, que ninguém se importava com ela, então viu o pastor, e quando o chamou e ele não atendeu, disse á sua companheira:
-Eu sou tão má, tão ruim que nem o pastor quer falar comigo!
Então foi para sua casa. O pastor insistiu para que ela os levasse para a casa daquela meretriz. Chegando na casa dela, bateu insistentemente na sua porta, a chamou e como ninguém atendeu, decidiram arrombar a porta e quando entraram, encontraram aquela mulher enforcada no seu próprio quarto. Ela havia cometido um suicídio.


Quantas vezes agimos ainda que inconscientemente como aquele pastor? Olhamos o estereótipo das pessoas, atentamos para sua aparência e preferimos o belo, o limpo e o agradável. Desprezamos o que é feio, sujo, pobre e desagradável. Jesus olhava para os horríveis leprosos e enxergava neles o que não havia no íntimo dos belos fariseus. Percebia como ninguém o sofrimento e a dor de ser desprezado e rejeitado pela sociedade no íntimo dos cegos, paralíticos e enfermos. Ele atentava para quem ninguém atentava. Gostava de ficar perto daqueles de quem a maioria queria distância. Ele olhava e dava atenção para quem vivia ás margens, na sarjeta da sociedade. Até na hora da morte deu atenção a um ladrão condenado á crucificação, Ele reuniu suas poucas forças para ajudá-lo e aliviá-lo, afirmando que naquele mesmo dia ele estaria com ele no Paraíso. Que ser belo e maravilhoso era e é Jesus!


O Rei dos Judeus era também o Rei dos rejeitados, O Rei dos encarcerados, o Rei e Mestre da vida que conseguiu amar mesmo sem ser amado. Foi desamparado pelo próprio Deus para amparar os que o abandonaram. Intercedeu pelos seus executores. Preocupou-se na hora de sua própria morte com o bem estar de seu discípulo mais amado e em não deixar sua mãe sozinha providenciou João como um filho para cuidar dela. Este é o maior exemplo de abnegação, renúncia, amor pelo próximo, mesmo quando o próximo é o seu próprio assassino.


“(João 15:13) - Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”
“(Romanos 5:8) - Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Foi por isso que o Apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Corinto: “(I Corintios 13:4) - O amor é sofredor, é benigno;” O amor de fato, é sofredor.


Usado com permissão do Ministério Missionário Flávio Alves.
Este Livro é uma realização doMinistério Flávio AlvesLevando a Palavra até os confins da Terra.Web site - Em ConstruçãoHome Site em Várias Línguas das Pregações de Flávio Alves
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