sexta-feira, 1 de julho de 2022
terça-feira, 3 de maio de 2022
A PARÁBOLA DOS TALENTOS
(Mt 25.14-30)
INTRODUÇÃO:
CONTEXTO: O Senhor Jesus estava na sua última semana de ministério. Enquanto dava as últimas instruções aos seus discípulos foi interrogado por eles acerca de como seria o fim do mundo. É nesse contexto que Jesus apresenta o sermão profético e as parábolas escatológicas, pois falavam acerca do fim. Dentre elas destacavam-se: A parábola dos dois servos, das dez virgens e a dos talentos. Neste estudo iremos comentar as principais lições da parábola dos talentos.
SIGNIFICADO:
A parábola dos talentos apresenta Jesus como o senhor que saiu para uma longa viagem (Mt 25.14), mas que antes emprestou a três dos seus servos grandes quantias para que eles administrassem, obviamente estes servos simbolizam os discípulos de Jesus. Isto é confirmado em Efésios 4.8: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro,e deu dons aos homens.”
Jesus confiou aos seus servos dons, talentos e habilidades espirituais para fazer a Obra de Deus com os seguintes propósitos:
1. O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.13);
2. Edificação do corpo de Cristo (Ef 4.13);
3. Para o que for útil (I Co 12.7).
O propósito dos dons não é a ostentação do crente, mas uma oportunidade para o serviço. O tempo de espera também é um tempo de oportunidades para servir fielmente ao Senhor.
O talento era uma unidade monetária que equivalia a 6.000 denários, isto é, 6 mil dias de trabalho de um trabalhador comum. Correspondia a quase 16 anos e meio de trabalho. O senhor distribuiu de acordo com sua própria capacidade, pois o mestre não nos dá responsabilidades além da nossa capacidade.
I. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE O SENHOR NÃO É INJUSTO.
”...a cada um segundo a sua capacidade” (Mt 25. 15)
Nosso Senhor conhece nossa estrutura e capacidades individuais, assim como nossas próprias limitações (Sl 103.14). Se Ele nos confiou algo é por que sabe que somos capazes de administrar e usar para sua glória.
II. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE O POUCO QUE ELE NOS DÁ É MUITO.
”... sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei” (Mt 25. 21)
Vimos que um talento corresponde a 16 anos de trabalho, o que já era uma fortuna incrível para aqueles servos. O primeiro servo recebeu cinco talentos, que correspondia a 80 anos de trabalho. Haja vista que a expectativa média de vida daquela época era baixa, era quase impossível para um trabalhador comum acumular uma fortuna como esta. Mas, ainda assim o senhor falou: “sobre o pouco foste fiel...” Aquela fortuna era pouco diante daquilo que o mestre iria colocar nas mãos daquele primeiro servo. Sem dúvidas, jamais iríamos conseguir por méritos próprios os dons e talentos que Ele nos confiou. Em qual faculdade você pode receber os dons de cura ou de operação de maravilhas? O que Deus nos confiou são tesouros imensuráveis e mesmo assim não se comparam com aquilo que Ele preparou para nós (I Co 2.9).
III. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE NÃO SOMOS DONOS DE NADA.
”E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.” (MT 25.19)
Exatamente tudo pertence ao nosso Senhor. Ele é dono dos talentos, dos dons, e de nós mesmos. Ninguém pode se gloriar por pregar bem, curar enfermos ou fazer coisa alguma na Obra do Senhor, por que tudo pertence a Ele. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” (2 Coríntios 4:7). Somos apenas administradores de Deus.
IV. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE O SERVO MAU É NEGLIGENTE, PERVESO E NÃO ASSUME SUA PRÓPRIA CULPA.
“Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.” (Mateus 25:24,25).
O servo mau colocou a culpa de não ter feito nada com o talento no seu senhor, acusando-o de ser injusto e cruel, e por isso teve medo e enterrou o talento que recebera. A natureza humana nunca quer reconhecer seus próprios erros e culpa, a exemplo de Adão, que ao ser confrontado pelo Senhor, colocou a culpa de ter comido do fruto proibido no próprio Senhor (Gn 3.12). O grande erro de muitas pessoas é querer colocar a culpa de suas próprias falhas nos outros e nunca assumir a responsabilade. Quantos enterram os seus talentos e colocam a culpa na cara feia de um irmão, ou na falta de oportunidades. Quem quer fazer a Obra de Deus consegue arranjar oportunidade em toda dificuldade, mas quem não quer, coloca dificuldade em toda oportunidade.
V. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE ATÉ O POUCO QUE SE TEM PODE SER TIRADO.
“Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.”(Mt 25:27)
Ao não investir o talento no banco, o servo mau roubou os juros que o seu senhor poderia receber. O que muitas pessoas precisam entender é que não se peca apenas quando se faz algo errado, mas também comete pecado quem deixa de fazer o que é certo. São chamados de pecados de omissão, “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:17). Então não enterre seus talentos, se o Senhor lhe confiou algo é para ser usado e aperfeiçoado na sua Obra. A cobrança do Senhor pode ser muito alta: “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá choro e ranger de dentes.” (Mt 25.30).
VI. A PARÁBOLA DOS TALENTOS ENSINA QUE TER TALENTOS NÃO É A MESMA COISA DE SER APROVADO POR DEUS.
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:22,23)
Jesus deixou claro que não se trata apenas de perder o talento que ele nos confiou, mas o de perder o privilégio de se alegrar na mesa com o seu Senhor. Dos três servos que receberam os talentos, somente este último deixou de “entrar no gozo do seu senhor”.
CONCLUSÃO
Aceitar a Cristo como Salvador é se tornar servo do Senhor, é se submeter à sua vontade e querer. O Mestre saiu para uma longa viagem, e enquanto Ele não volta não podemos ficar de braços cruzados. Mas, devemos trabalhar com aquilo que Ele nos confiou. Como diz o hino da harpa Cristã: “Há trabalho pronto para ti cristão, que demanda toda tua devoção. (Hc 93)” A vida cristã não é de inércia e preguiça, mas de trabalho, dedicação e serviço ao nosso Senhor “como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pe 4.10) .
Haverá uma prestação de contas: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.( 2 Co 5:10). Matthew Henry afirma que “Cristo tem uma honra guardada para aqueles que o honram, uma coroa (2 Tm 4.8), um trono (Ap 3.21), um Reino (cap. 25.34). Aqui, eles são pobres; no céu, serão governantes. Os justos terão o domínio. Todos os servos de Cristo são príncipes.” O servo do Senhor não deve esperar elogios e reconhecimento dos homens, mas de Cristo, pois como será bom ouvir do nosso Senhor: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mateus 25:23).
Pr. Flávio Alves
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
A Glória que Jamais se contou ao mortal
A
GLÓRIA QUE JAMAIS IMAGINOU O MORTAL
A Nova Jerusalém será uma cidade totalmente construída e edificada por Deus. Terá 2.200 km de altura, cumprimento e largura. Será tão grande que daria pra ocupar a metade do solo brasileiro. Daria para se construir 2 bilhões de casas com 1.000 metros cada uma com mais de 366.000 pavimentos.
Uma cidade que nem a mente engenhosa de Stven Spielberg poderia imaginar, mas que foi produzida na mente do próprio Cristo. Uma cidade que vai além do espaço sideral e será a representação da glória celeste na terra. Por isso Jesus falou bem quando disse que "na casa de meu pai há muitas moradas" (Jo 14.6).
Uma cidade cujos muros são feitos de pedras preciosas e cujas portas são doze pérolas gigantes. Ornamentada como uma jóia no Universo para um povo santo que vai adorar a um Deus santo. Você quer ir para lá? Reconheça a Cristo como seu senhor e terás teu nome escrito como futuro morador desta cidade.
Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam.
1 Coríntios 2:9
Pr. Flávio Alves
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