SALMOS 124: O SALMO DO LIVRAMENTO

SALMOS 124: O SALMO DO LIVRAMENTO

No dia 6 de outubro de 1973, o Egito e a Síria lideraram um ataque surpresa à Israel com o intuito de varrer o Estado de Israel do mapa. Porém, mesmo sendo pegos de surpresa, num dia de feriado nacional, o Yom Kuppur, o recém-nascido país Israel reagiu rapidamente e em vinte dias venceu onze países de uma só vez! Mas, se não fora a mão de Jeová, o povo israelense certamente teria vencido aquela batalha. Israel esteve à beira da extinção!

Não foi somente em 1973 que Israel esteve à beira do extermínio. Quando o primeiro rei de Israel, Saul e seu filho Jônatas foram mortos numa guerra contra os filisteus, começou uma nova crise em Israel. Foi neste contexto que o salmista Davi escreveu os salmos 124:

Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel;

Salmos 124:1

Ter Deus como aliado de guerra é a ter um seguro de vida assinado pelo criador de todo o Universo. Deus é o maior e mais poderoso aliado que alguém pode ter do seu lado. O salmista exorta ao povo a repetir esta grande verdade:

Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,

Salmos 124:2

Ter Deus como nosso aliado de guerra não é certeza de que nunca teremos oposição ou adversidades, mas certeza de que mesmo que os homens se levantem contra nós, o general de guerra estará do nosso lado! Lembro-me de um certo presbítero chamado Oséias que estava desempregado, passando muitas adversidades na sua vida, e chegou ao ponto de dizer: “Nem parece que Deus está comigo!” E decidiu ir para um círculo de oração em Olinda para ouvir Deus falar. Pegou seu carro e saiu pela PE 15, na altura do Bairro do Bultrins, existe uma portaria do quartel do exército, o 7º GAC que fica justamente de frente a um semáforo. Ele parou o carro enquanto o sinal estava fechado, e foi neste momento que um grupo de soldados estava atravessando a rodovia. Quando o grupo passou em exercício na frente do veículo do irmão Oséias, o batalhão se virou para seu carro e prestou continência, saiu e entraram no quartel. O irmão não conseguiu compreender nada, olhou para ambos os lados e não encontrou ninguém. Estava sozinho dentro do carro. Chegou no círculo de oração e foi orar no cantinho da igreja, foi neste momento que Deus usou um vaso até ele, marchando como soldado a irmã colocou a mão no ombro dele e disse: “Meu filho, eu ouvi quando tu me disseste que nem parecia que estava contigo. Mas, eu estou contigo, tão certo que quando aqueles soldados passaram na frente do teu carro naquele sinal, não prestaram continência a ti, mas ao general de guerra que estava do teu lado!” Aleluia! Apesar das lutas, da oposição dos levantes de Satanás ou dos homens, Ele continua do nosso lado, sempre!

Eles então nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós.

Salmos 124:3

A fúria dos homens nos traz medo. Eles esbravejam como leões ferozes querendo nos tragar. Os inimigos desejam nossa morte e ruína. Algumas vezes somos alvos de suas investidas. A vontade deles é que sejamos tragados, engolidos vivos. Mas, Deus não chamou Daniel para virar jantar de leão. Mesmo que a morte pareça iminente, há um Deus que possui meios inimagináveis ao seu dispor para dar o livramento.

Não tenha medo da fúria dos homens. Não temas quando o ódio transbordar pelos olhares do mundo. Ou quando alguém pensar que você vai virar a presa dele. Há um Deus que zela por tua alma e não vai fugir diante das ameaças. Uma certa irmã ia para o Círculo de oração com sua amiga, quando no caminho dois homens numa moto estavam vindo em sua direção, quando esta irmã disse: “É ladrão!” A sua amiga já estava há mais de cem metros correndo de medo. Tem gente que diz que está do seu lado, mas foge diante da primeira ameaça, com Deus é diferente, quando a ameaça vier, ele sai do teu lado e vai pra tua frente e ainda diz: “Para tocar nele vai ter que passar por cima de mim!” Aleluia! Esse é o nosso Deus!

Então as águas teriam transbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;

Então as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma;

Salmos 124:4,5

Não são apenas as adversidades da oposição dos homens que nos ameaçam, mas até mesmo as forças da natureza são obstáculos e constituem ameaça. O que falar da força das enchentes? Dos dilúvios e da força das águas? Há poucos anos as correntes dos rios destruíram várias cidades e levaram várias vidas na zona da mata Pernambucana. O último grande desastre ocorreu em Mariana, MG. A força da lama invadiu cidades e matou muitos seres vivos, de animais à seres humanos. O que falar do furacão Katrina, dos muitos furacões que devastaram o Caribe e muitas cidades dos EUA em 2017? É disso que o salmista está falando. A morte nessas circunstâncias é quase certa, mas ele afirma: Se não fosse o Senhor!

Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes.

A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.

Salmos 124:6,7

Quando o caçador arma seus laços, forja seus planos, usa a razão para prever todos os passos da presa e obter êxito na captura do animal. Escapar de uma armadilha como esta é praticamente impossível. Isso aconteceu com o rei da Síria, que preparava planos para surpreender Israel numa emboscada, mas ele não sabia que em Israel tinha profeta. Profeta é o mesmo que vidente, alguém que recebe visões sobrenaturais do futuro e da vontade de Deus. Eliseu era seu nome, e revelava os planos do inimigo ao rei de Israel. (II Rs 6.8). Assim os planos não prosperavam e o povo de Deus recebia o livramento. Não se preocupe, enquanto houver profeta em Israel o inimigo não vai pegar você de surpresa. Antes de tudo, Deus revela os planos de Satanás!

O laço pode ter sido armado, a arapuca está montada, o inimigo está à espreita, mas Deus pega ele de surpresa!

Existem muitos laços no mundo em que os homens foram presos e não conseguem se libertar. As garras de uma amante, a fumaça de um cigarro, os desejos da carne, o vício na pornografia, a ambição por dinheiro ilícito, a mentira e o engano, são exemplos de laços que o diabo prende suas vítimas até levá-los para o inferno. Mas, Deus é livramento! Ele quebrou o laço, desfez a armadilha, soltou o pássaro e deu vida a quem estava certo para morrer!

Esse é o nosso Deus!

O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra.

Salmos 124:8

O pára-quedas é o socorro de um piloto. O barco salva-vidas é o socorro do náufrago. O médico é o socorro de um acidentado. Mas, todos eles podem falhar. Podem não funcionar, embora até tentem, mas às vezes tem coisas que estão além da capacidade e das habilidades de um médico. Mas, Deus é o nosso verdadeiro e infalível socorro! “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Salmos 46:1. Jeremias lamentou porque o Egito não podia socorrer Jerusalém quando foi atacada pela Babilônia, porque “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.” Salmos 20:7

Pr. Flávio Alves

O LIVRO SELADO COM SETE SELOS

APOCALIPSE 5 (Parte 1)

O mundo parece um trem bala fora dos trilhos, milhões de pessoas sumiram do mundo subitamente, as pessoas procuram saber o que está acontecendo e os governos não possuem a mínima noção quem fez isso e como aconteceu. Igrejas estão vazias, carros bateram desgovernados sem os seus motoristas, mães gritam pelas ruas na procura dos seus filhos, as autoridades estão sem direção, as forças armadas estão nas ruas impondo toque de recolher. O mundo foi golpeado e não sabe sequer o que de fato aconteceu. Assim está o mundo depois que a Igreja foi arrebatada. A grande indagação é: o que será daqui por diante? Quais serão os próximos acontecimentos? [1]

A maior pergunta que surge é esta: Onde está Deus? É neste momento que João contempla uma gloriosa visão nos céus:

“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.”

Apocalipse 5:1

Ap. 5.1: O livro está nas mãos de Deus

No capítulo 4, Deus mostra a João a sala do Trono, de onde procede todo o comando do universo, de onde emana o poder e o domínio sobre toda a criação. Uma das maiores certezas do apocalipse é a que Deus está no trono. Ele reina sobre tudo e sobre todos, e nada fugirá do seu controle. Por pior que pareça a situação, Ele está no comando. Depois dessa visão João se depara com uma outra visão gloriosa:  Um livro selado com sete selos e escrito por dentro e por fora que estava na mão direita de Deus.  É o livro que contém o destino da História da humanidade. O desenrolar dos próximos capítulos está neste livro. O que os homens não entendem é que a História está nas mãos de Deus.

Segundo Friederic Hegel, os fatos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Para Marx e Engels, a história é determinada pelos fatores econômicos numa visão totalmente materialista. [2]Mas, na Bíblia a história não está nas mãos dos homens, quem determinou e escreveu a História foi o próprio Deus através da sua vontade permissiva e efetiva. Toda a história está sob o controle de Deus e terminará segundo a vontade de Deus. Não são os poderosos deste mundo que determinam os rumos da história.[3]

                Para muitos a história não tem uma meta, um objetivo. Sou historiador e consigo ver a mão interventora de Deus no decorrer da história. Não importa a fúria dos ditadores, nem os regimes que se levantem contra a Igreja, não importa quantos soldados se levantem para impedir os seus propósitos, no final a soberana vontade de Deus prevalecerá. O livro está escrito por dentro e por fora, apontando para algo pleno, tratava-se da plenitude da revelação de Deus. Tudo está traçado, escrito e determinado. [4]O futuro está nas mãos do nosso Deus. Nada será surpresa para aquele que escreveu e conhece a história antes de acontecer.

                O número sete fala de perfeição divina. Os sete selos lembra um testamento ou outro instrumento oficial romano, que precisa ser selado por sete testemunhas.[5] Somente uma pessoa dotada de autoridade poderia quebrar estes selos, e se assim o fizesse seria considerado o Senhor da História.

“E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?”

Apocalipse 5:2

Ap. 5.2 Quem é digno?

O livro está nas mãos de Deus que o planejou e projetou além da Eternidade. Mas, quem é digno de executá-Lo? Ou mesmo de abrir e retirar o véu do mistério acerca do futuro próximo? O conselho celestial se vê num empasse, pois não há ninguém nem no céu e nem na terra digno de abrir o livro.[6]

Observe o grande problema cósmico, “ninguém no céu”: Os anjos são seres gloriosos e belos, dos quais Gabriel é um deles, mas não foram dignos. Miguel é o chefe dos anjos, por isso chamado de arcanjo, mas também não fora digno de abrir o livro. Os querubins e serafins são terríveis e gloriosos, estão diante do Trono e adoram ao Senhor continuamente, mas não foram dignos de abrir o livro. João ainda acrescenta: “Nem na terra, nem debaixo da terra.”

Passaram vários homens por este mundo dotados de inteligência e genialidades sem igual, outros foram poderosos, conquistaram quase o mundo inteiro. Outros entraram na História pela sua bondade ou generosidade, mas nenhum deles foi digno de abrir o livro, nem sequer de olhar para ele.

Nem sábios e gênios como Albert Einstein ou Aristóteles, nem poderosos como Alexandre o Grande, ou algum César de Roma, ou bondosos e mansos como Madre Teresa ou Mahatma Gandhi eram capazes ou dignos de abrir o livro. A humanidade não tem condições de executar o plano de Deus para ela mesma, nem por seus próprios méritos ou poder. Diante de um cenário tão caótico universal, João chora:

“E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.

E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.”

Apocalipse 5:3,4

          

            As grandes personalidades da história nada podem, muito menos o diabo e seus demônios. Lopes diz que não ideologia, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar os sonhos do coração humano.[7] As propagandas eleitorais são produzidas de uma forma para alimentar a esperança dos homens por um futuro melhor. As empresas de marketing lucram milhões para seduzir a mente dos homens na esperança de que um candidato pode mudar o cenário de caos que está o mundo. Mas, nenhum deles é capaz de sanar com todos os problemas do seu próprio povo. Muito menos os da humanidade.

Sozinha, o destino da humanidade é o caos e seu próprio aniquilamento. Atualmente, os países possuem um arsenal nuclear capaz de destruir a terra 84 vezes. Os povos não se entendem, e as migrações aos milhares de povos à Europa e outros lugares são prova desse desentendimento político e social. Crianças estão morrendo de fome aos milhares, governos ditatoriais atacam sua própria população indefesa, cristãos estão sendo massacrados pelos radicais muçulmanos, a crise econômica aumenta o abismo entre os que tem muito e os que tem muito pouco. A crise de João era a dor da impotência, de ver um grande problema e não poder solucioná-lo. Assim me sinto quando vejo os homens destruindo o seu próprio mundo, os corpos de indefesos espalhados pelo chão, os cristãos sendo mortos das formas mais cruéis possíveis. A vontade é de chorar. Deus, e agora? O que será da humanidade?

“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.”

Apocalipse 5:5

Ap. 5.5 Não chores!

                Muitas vezes choramos pela nossa impotência em resolver os nossos próprios problemas. Lutamos, batalhamos, se esforçamos, mas não aparece nenhuma luz no fim do túnel, não parece haver perspectiva de melhoras, de um futuro diferente. Neste momento de desespero e dor, só conseguimos chorar. Choramos por que não conseguimos ver nada de bom em nossa frente, nenhuma porta, nenhuma esperança, nem sequer uma janela. Choramos quando vemos que não há mais saída, nem solução. As lágrimas vem quando tudo parece perdido.

                

                       Machado de Assis disse que lágrimas não são argumentos, mas elas chegam quando não há mais argumentos. Nesses momentos de angústia inquietante alguém se aproxima de João e lhe diz uma palavra consoladora: “Não chores!” Quando você estiver pensando que é o fim, Deus enviará a palavra certa, no momento certo. Ele dará uma resposta à quem está aflito. Ele mostrará que tem a solução para o que aparentemente não tem solução. Da mesma forma como disse à viúva de Naim (Lucas 7.13), Ele repete para você agora: Não chores!

                Ap.5.6 O Cordeiro que também é Leão.

      E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.

Apocalipse 5:6

Há alguém capaz de abrir o livro da história e dar um sentido a ela. Há um ser suficientemente: Poderoso, porque é o Leão da Tribo de Judá, para pegar o livro, digno, porque é da semente de Davi, para abrir o livro, e vitorioso por que morreu e ressuscitou para executar o que nele está escrito. Lopes afirma que Jesus só é o Leão, porque antes foi o Cordeiro. [8]

Deus preparou um Cordeiro. [9]Só é apresentado agora como o Messias vencedor por que antes foi o Messias sofredor. Ninguém passou pelo que Jesus passou e saiu vencedor. Somente Ele foi capaz de vencer o mundo, o pecado, o diabo e a morte. Ele tem a chave de Davi e é o legítimo Rei descendente de Jessé. Ele só está no trono porque um dia passou pela cruz. Não há vitória sem sacrifício. Não há um Leão que conquista sem primeiro ser o Cordeiro que foi morto.

                Observo tantos que almejam a glória, mas rejeitam a cruz. Desejam o trono, mas não aceitam sacrifícios. Querem o céu sem negar o mundo. Jesus está agora mostrando a todos nós que Ele conquistou o que nenhum ser humano foi capaz de conquistar, por que conseguiu fazer o que nenhum jamais conseguiu, cumprir cabalmente e plenamente a vontade de Deus.

O cordeiro tem sete chifres, pois é chifre é símbolo de força (Dt 33.17) e segundo Lopes aponta para a Onipotência de Cristo. Também possui sete olhos, que falam sobre a Onisciência de Cristo, nada escapa do olhar de Cristo[10]. E os sete espíritos enviados a toda a terra apontam para a Onipresença de Cristo. Lopes ainda cita Warren Wiersbe que declara: “Nós temos aqui o perfeito poder (sete chifres), a perfeita sabedoria (sete olhos), e a perfeita presença (sete espíritos em toda a terra).”

                Em Cristo temos a plenitude de Deus (Cl 1.19): Onipotência, Onisciência e Onipresença. Atributos exclusivos e incomunicáveis da divindade residem em Cristo. A divindade de Cristo é tema crucial da nossa fé. Pilar da doutrina ortodoxa da Igreja, e aqui mais uma vez ressaltada. Que possamos ter a mesma atitude de Tomé quando O viu e tocou nele ressuscitado, exclamando: Senhor meu, e Deus meu! João 20:28.

Continua.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Bíblia de referência Thompson: com versículos em cadeia temática; Antigo e Novo Testamento / compilado e redigido por Frank Charles Thompson; tradução João Ferreira de Almeida. São Paulo: Editora Vida, 2007.

Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010.

Comentário bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento / editor geral F. F. Bruce. São Paulo, SP. Editora Vida, 2008.

LOPES, Hernandes Dias – Daniel: um homem amado no céu. São Paulo, SP: Hagnos, 2005.

JEREMIAH, David. Antes que a noite venha. Rio de Janeiro, RJ. CPAD, 2ª Ed, 2004.

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[1] JEREMIAH, David. Antes que a noite venha. Rio de Janeiro, RJ. CPAD, 2ª Ed, 2004. Pág. 101.

[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Historiografia.

[3] LOPES, Hernandes Dias – Daniel: um homem amado no céu. São Paulo, SP: Hagnos, 2005. Pág. 161.

[4] Idem. Pág. 163.

[5] Comentário bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento / editor geral F. F. Bruce. São Paulo, SP. Editora Vida, 2008. Pág. 2229.

[6] Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010. Pág. 1596.

[7] LOPES, Op.Cit. Pág. 164.

[8] LOPES, Op.Cit. Pág.165.

[9] E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos. Gênesis 22:8

[10] LOPES, Op. Cit. pág. 166.

IBAR, ELISUA, NEFEGUE E JAFIA

Uma mensagem sobre o trabalhar de Deus na vida do ser humano

“E Ibar, e Elisua, e Nefegue, e Jafia.”

II Sm 5.15

A Bíblia Sagrada é um livro surpreendente. Todo o seu texto possui lições[1] e mensagens poderosas para a vida do fiel. A mente espiritual se debruça em escavar os tesouros escondidos no texto sagrado. Lindas e belas pedras preciosas podem ser encontradas por aqueles que se dedicam a estudá-la e explorar os recônditos da revelação divina. Com o texto em apreço não é diferente, Deus fala através dele.

Os números na Bíblia possuem um simbolismo, o número um, por exemplo aponta para a unicidade de Deus. Deus é único [2](Dt 6.4) e não há outro igual. O número dois aponta para a cumplicidade, a ajuda e união[3]. O número três aponta para um grupo de seres da mesma espécie: Abraão, Isaac e Jacó; Pedro, Thiago e João, e por último e não menos importante, Pai, Filho e Espírito Santo (I Jo 5.7).[4] O número quatro aponta para a totalidade (Ez 7.2), o número seis fala sobre o homem (Ap 13.18), o número sete é o número da perfeição divina (Ap 1.20), [5]o número oito é o número do recomeço[6], o número dez aponta para a totalidade(Mt 25.1); e número doze, que aponta para o ministério[7], o número setenta fala de missões (Lc 10.17), [8]e assim por diante. Neste caso, em específico, tanto Ibar, Elisua, Nefegue e Jafia, possuem juntos e nesta ordem um significado profundo para a vida daqueles que são alvos do trabalhar de Deus.

Mas, antes, contudo, é necessário que você entenda que todos os nomes na Bíblia possuem um significado. E muitas vezes, o significado desses nomes próprios falam sobre traços de caráter, personalidade, ou acontecimentos na vida da pessoa que o possui, ou na dos seus pais que colocaram. Basta lembrar de Abraão, “Pai de multidões”, e se tornou o pai das três maiores religiões do planeta. Jacó, “Suplantador”,  que desde cedo suplantar seu irmão mais velho. Davi, “amado”, foi o rei mais amado de Deus e do povo de Israel. Daniel, “Deus é meu Juiz”, por vezes vítima de injustiças, mas Deus julgou sua causa e lhe defendeu. Os nomes Ibar, Elisua, Nefegue e Jafia falam de quatro fases do trabalhar de Deus na vida do fiel, como veremos a seguir.

Certa vez, Deus desejava entregar uma palavra profética a Jeremias. “A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:” Jeremias 18:1. O profeta ouve a voz de Deus, uma experiência mítica de uma revelação especial direcionada diretamente a ele. O mundo não acredita, mas Deus ainda fala com o homem. A voz de Deus ecoa quando menos esperamos, das mais variadas formas. Infelizmente, com este avanço tecnológico no âmbito da comunicação, as pessoas estão cada vez mais conectadas e se falando o tempo todo. Não dá tempo para ouvir Deus no meio de tantas vozes ao mesmo tempo. Mas, ainda assim Ele deseja falar. Sua voz ecoa para aqueles que se deleitam ao menor sussurro da voz divina: “Fala, porque o teu servo ouve.” 1 Samuel 3:10 b.

E a Palavra que veio ao profeta era pra descer à casa do oleiro (Jr 18.2), pois lá Ele lhe entregaria uma mensagem para Israel, seu povo. Em meio à tantos lugares para Deus falar com o profeta, Deus o envia à casa de um humilde oleiro. Vejo homens, pregadores, líderes e cantores, correndo de todos os lados em busca de subir na fama, no sucesso, nas mídias sociais. Mas, Deus hoje ordena á todos que “desçam”. Não adianta subir como Zaqueu se Jesus vai mandar você descer de todo jeito. Como dizia Frida Vingren:  “Às alturas santas ninguém voa, Sem as asas da humilhação;” [9] O segredo é descer, se humilhar para ouvir Deus falar! Deus poderia falar no Templo, mas ele estava contaminado, poderia falar nos montes, mas não era adequado ao momento. Deus decidiu falar num local de trabalho de uma humilde profissão.

Chegando na casa do oleiro, Jeremias passa a observá-lo trabalhar. Se eu estivesse no lugar do profeta pensaria que chegando lá o oleiro iria lhe contar um sonho, uma visão, algo do tipo. Mas, não foi isso que aconteceu. Imagino o profeta pegando um pequeno banco e se pondo a olhar o trabalho interessante daquele homem. Deus fala através das coisas mais inusitadas.

Primeiro, o oleiro pega aquele barro retirado bruto da natureza, cheio de sujeiras, folhas, pedras. Alguém foi lá no meio da natureza, olhou para o barro, que aparentemente não tem valor algum e o “escolhe”. Eis aí a primeira fase do trabalhar de Deus na vida do ser humano.

IBAR, DEUS ESCOLHE!

O rei Davi colocou o nome na sua filha de Ibar, que significa “Deus escolheu”. Ele mais do que ninguém sabia como Deus escolhe. Davi era o menor na casa de seu pai. Pelo costume da época, não teria a maior parte da herança, estava sentenciado pelas tradições a ser o mais desprezado de todos os filhos de Jessé. Mas, enquanto Jessé via Davi como menino para entregar lanches, e seus irmãos o viam apenas como o menino que cuidava das ovelhas de pouco valor, o Deus de Israel encontrou no meio do pasto aquele pedaço de barro desprezado e o escolheu para ser o maior guerreiro e o maior Rei de Israel! Deus não escolhe como homem, que olha para a aparência, Ele atenta para o interior, a essência, o íntimo, o conteúdo vale mais do que o envelope!

Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração. 1 Samuel 16:7

A escolha de Deus não é de acordo com os paradigmas do ser humano, nem tampouco pela fama, nome ou títulos humanos. [10]Saul era o mais belo de Israel[11], o mais alto, um guerreiro conceituado por todos. Mas, Deus o havia rejeitado. De que adianta ser forte, musculoso, usar cabelo na moda, roupa de grife, sapato importado se Deus te rejeitar. Davi poderia ser rejeitado pelos homens, mas Deus o escolheu! Deus não precisa da opinião alheia para escolher alguém. Não precisa perguntar a quem não vai com a tua cara pra poder te escolher, Ele te escolheu não porque és o mais bonito, o mais inteligente, ou o mais desenrolado. Não há nada em nós que nos atraia mais do que aos outros. O motivo da escolha de Deus não está em nós, mas está em Cristo!

“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” João 15:16

O que me chama a atenção neste momento é o material usado para se confeccionar o vaso que Jeremias observava: Barro! Por que não um vaso de ferro? Porque ferro é símbolo de guerra, Deus não quer vaso iracundo. Porque não de prata? Porque a prata é símbolo da traição, Deus não usa traidores. Porque não de ouro? Porque o ouro é material nobre, e Deus não quer ninguém achando que é mais importante do que os outros! Mas, porque de barro? Porque o homem foi feito do barro (Gn 2.7) e o barro fala de humildade e fragilidade (Tg 4.6). “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. (II Co 4:7). Lembre-se de que você é barro! E o poder de Deus se aperfeiçoa na tua fraqueza (II Co 2.9).

Ibar, Deus escolheu! E quando Ele escolhe independente de nossas qualidades ou defeitos ele inicia o segundo processo:

ELISUA, DEUS SALVA

Quando o barro é escolhido do meio da natureza ele é retirado e levado à casa do oleiro. Assim Deus faz na vida das pessoas que Ele escolheu, Ele escolhe no meio de um mundo de trevas, no meio dos drogados, dos viciados, daqueles que vivem na prostituição e retira de lá, Ele salva. Não há nenhum pecador tão distante de Deus que Ele não possa salvar, nenhum homem tão perdido que Ele não possa encontrar, nenhuma pessoa tão inútil que Ele não possa se utilizar. O homem precisa de salvação mais do que qualquer outra coisa. As pessoas buscam Deus por que precisam de uma benção, um livramento, um milagre ou uma cura, mas a maior necessidade do ser humano é a salvação (Lc 19.10).

A palavra salvação implica em libertação. Deus deseja te tirar do mundo. Eu sei que estás cheio de sujeira, imundícias, pedras, coisas tão graves que não tens vergonha de contar para alguém, mas Deus deseja te tirar de tudo isso. Deus deseja te tirar do mundo e levar para a casa do oleiro. Pois, Ele sabe que na casa do oleiro você estará nas mãos de Deus.

E nas mãos de Deus você passará pela peneira do oleiro, sim, você será peneirado. Na peneira do oleiro será retirado tudo o que não agrada a Deus. Toda sujeira, tudo o que você trouxe do mundo será separado de você. Pois, para Deus não adianta sair do Egito, no processo nas mãos de Jeová, Ele vai tirar o Egito de dentro de você! Todos os vícios, todos os maus costumes, todas as coisas negativas que trouxestes do mundo ficará na peneira do oleiro. Só serve pra ser trabalhado o que presta. Existe uma grande verdade na vida de quem passa pelo “Elisua” de Deus, você vem de todo jeito do mundo, mas na casa do Oleiro você não fica de jeito!

Depois da peneira, o barro seco é molhado. Deus não trabalha com barro seco, tem que ser molhado pelas águas da sua Palavra. A palavra de Deus vai amolecendo o coração, tornando o ser humano mais maleável. Pra estar nas mãos do oleiro tem que ser molhado! É aí que o oleiro começa a amassar o barro para criar liga no barro. Este processo é doloroso. Muitas vezes somos esbofeteados por todos os lados. Algum “Saul” se levanta contra nosso ministério, com ciúmes e inveja, e nos persegue sem causa, mas é Deus amassando o barro. O que importa é que você continua nas mãos de Deus!

É aí que o oleiro pega o barro ainda informe e coloca na sua roda. E à medida que a roda vai girando, o oleiro com suas mãos molhadas vai transformando em realidade o vaso que ele projetou na sua imaginação. Aleluia! Você é um projeto de Deus! Você não é fruto do acaso, o resultado da equação do tempo mais o espaço e a matéria, você é o sonho e a imaginação de Deus se tornando realidade na terra! “O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.” Isaías 14:24. E se tem uma coisa que eu aprendi é que os pensamentos e os projetos de Deus jamais serão frustrados (Jó 42.2). Ninguém vai impedir as mãos do oleiro de trabalhar na tua vida! Você está nas mãos de Deus!

“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” Isaías 43:13

O mundo e o pecado querem te arrancar das mãos de Deus, mas das mãos d’Ele ninguém te tira! O diabo se desespera pra te tirar das mãos de Deus, porquê? Porque ele sabe que nas mãos de Deus ninguém te toca, ninguém te fere, ninguém meche se Ele não permitir! A tua vida está nas mãos de Deus!

Algo digno de nota no trabalhar do oleiro é a forma como ele faz o vaso, de acordo com a sua vontade. Não é a vontade do barro, “Porventura dirá o barro ao que o formou; que fazes?” (Is 45:9). Deixe de reclamar e permita Deus fazer de você o vaso que Ele desejar. Ele é soberano!

O oleiro remove os excessos de barro, porque ele não quer nada além do que precisa. E começa a criar a forma usando as mãos, com uma mão ele molda por dentro e com a outra ele molda por fora. Assim é o trabalhar de Deus na vida do fiel! Ele molda por dentro do homem o caráter, a personalidade, o interior, os pensamentos, as emoções. Deus precisa trabalhar dentro do vaso. Oh!Como precisamos sentir a mão desse oleiro mudando toda a nossa vida interior! “Mas tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por ti”. (Is 64.8). Quando o oleiro trabalha dentro de nós Ele transforma Jacó em Israel!

Jeremias está sentado observando o vaso criar forma nas mãos do oleiro, mas algo inesperado acontece, o vaso que parecia estar pronto, se quebra nas mãos do oleiro: “Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. “ (Jr 18:4). Jeremias não tinha a experiência do oleiro, imagino que quando viu o vaso se quebrar pensou que não servia mais, que iria ser jogado fora, no refugo. Mas, o oleiro surpreende o profeta e daquele vaso quebrado, ele faz um vaso novo.

Quando pensamos ser o nosso fim, que não há mais expectativas para nosso futuro, quando pensamos que Deus não irá mais nos usar por que falhamos, cometemos deslizes, às vezes desanimados, é nesse momento que ele nos surpreende com “Nefegue”.

NEFEGUE, DEUS RENOVA

Não importa se você caiu, ou parou, ou simplesmente já perdeu as esperanças. Não há mais nenhuma expectativa de que algo melhor venha a acontecer, é nessas horas que Deus surpreende o vaso quebrado refazendo-o num vaso novo. A vitória do crente é porque nas mãos de Deus há renovo. O diabo investe, mas Deus reveste. Ao cheiro das águas Deus renova a sua vida (Jó 14.9).

Eu vejo pelos olhos da fé as mãos de Jeová te segurando firme e te refazendo. A tristeza quer te parar, as decepções te impulsionam a voltar, as frustrações te empurram para sair da roda do oleiro, mas Deus está falando agora, a roda vai girar na tua vida, há renovo para você hoje! Você vai voltar a cantar, a pregar, a profetizar. Elias estava depressivo, desejando a morte, se escondeu na caverna e pensou em abandonar o ministério, mas Deus lhe surpreendeu, lhe arrancou de lá. Elias não sabia, mas ainda tinha azeite na sua botija (I Rs 19), ainda tinha uma grande missão para sua vida, seu ministério não estava no fim, e nem tampouco ele iria morrer! Aleluia! Deus surpreende você hoje e te levanta! Jezabel ainda vai ouvir falar de Elias. Seu ministério ainda vai dar frutos, Deus vai ser glorificado!

O oleiro após fazer o vaso, o coloca no fogo numa temperatura certa. Nem muito frio para ele não ficar cru, e nem muito quente para ele não queimar. A fornalha representa a fornalha da aflição, a última prova de resistência do vaso: “Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.” (Is 48:10). Suporta mais um pouco, Deus está provando, mas você será aprovado! Quando o vaso sai, recebe a última fase do trabalhar do oleiro, o que Davi colocou como nome para sua filha: “Jafia”.

JAFIA, “BRILHANDO”

O vaso pronto e cozinhado recebe o verniz para fechar os poros e também para brilhar. Sim, o vaso recebe o brilho. O brilho representa o Espírito Santo, que reproduz em nós o mesmo efeito que a presença de Deus causou na face de Moisés (Ex 34.20). [12] A diferença é que o brilho na face de Moisés foi coberto por um véu, pois ele era transitório[13]. Mas, nós somos diferentes, pois acerca dessa glória disse o apóstolo Paulo: Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. (2 Co 3.18). O mundo precisa ver no rosto do jovem o brilho do Espírito Santo. O mundo precisa ver no rosto do crente fiel a glória de Cristo. Nós somos a luz do mundo, disse Jesus (Mt 5.14). Se o mundo não pode ver em nós o brilho refletido do Sol da Justiça, onde poderá ver então?

O vaso de honra da casa de Deus brilha com a presença de Deus. A pergunta que lhe faço agora é esta: Você é vaso de honra ou vaso de desonra?[14] Não se engrandeça, o vaso é de barro. Mas, se coloque nas mãos de Deus para ser usado por Ele, para brilhar onde você chegar! Muitos dirão: “Que vaso bonito e usado!” Mas, não sabem o processo que você passou para chegar onde vai chegar. Você é vaso de Deus?

Pr. Flávio Alves

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[1] Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; 2 Timóteo 3:16

[2] Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Deuteronômio 6:4

[3] Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Eclesiastes 4:9

[4] Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. 1 João 5:7

[5] O Apocalipse é o livro da perfeição divina, pois repetidamente mostra o número sete: Sete estrelas, sete castiçais, sete igrejas, sete selos, sete trombetas, sete cálices. E se deve ao fato de Deus mostrar sua soberania apesar de todos os acontecimentos terríveis que “haverão de vir”.

[6] Gn 8. 18. Oito pessoas saíram da Arca de Noé para recomeçar o povoamento da terra após o dilúvio.

[7] O número 12 fala tanto do ministério apostólico, como da geração eleita de Deus, pois são doze tribos que compõem o povo eleito de Deus.

[8] Tanto o ministério apostólico quanto o ministério de missões podem ser encontrados simbolizados no deserto do Sinai, em Elim, onde o texto sagrado nos diz: Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas. Êxodo 15:27. Se Israel é a Igreja no AT, o deserto simboliza o mundo, então as doze fontes de águas simbolizam o ministério apostólico e as setenta palmeiras a obra de missões, pois juntos fornecem repouso e descanso na jornada até a Nova Canaã. Quão maravilhoso é para o cristão poder saber que na caminhada dura até a terra prometida encontrará um oásis neste deserto, onde terá água (Palavra) e sombra (descanso) no ministério terreno dos santos homens de Deus!

[9] Harpa Cristã, hino 126, as Bem-aventuranças.

[10] Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; 1 Coríntios 1:27

[11] Este tinha um filho, cujo nome era Saul, moço, e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo. 1 Samuel 9:2

[12] Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele. Êxodo 34:30

[13] E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. 2 Coríntios 3:13

[14] Rm 9.21.