A representação de Cristo é um tema polêmico que, desde o século XVIII, desperta a curiosidade de vários pesquisadores e religiosos. Na verdade, essa polêmica remonta a sociedade onde o próprio Cristo nasceu. Os judeus, preservando os ideais de sua prática religiosa e condenando a idolatria dos estrangeiros, proibia a produção de retratos. Dessa forma, a missão de revelar as feições do líder religioso ficou a cargo de diversos pintores e escultores que se lançaram a essa mesma missão.
Um dos mais antigos relatos sobre a representação de Jesus foi constatado em uma narrativa mítica do século VI, referente ao Sudário de Verônica. Segundo o mito, Abgar, rei de Edessa (atual Síria), enviou um artista para que o mesmo pudesse produzir um retrato de Cristo. Ao encontrar o líder religioso, o artista enviado não conseguiu cumprir sua missão, pois o rosto de Cristo emanava uma intensa luz. Com isso, Jesus teria usado uma toalha que ficou marcada pelos traços de seu rosto.
No entanto, a primeira representação historicamente comprovada foi encontrada em uma parede do Pedagogium, a antiga escola da guarda imperial. Neste desenho, criado por volta do século III, há a representação de um homem com cabeça de asno crucificado, enquanto um grego lhe presta adoração. A imagem depreciativa, provavelmente seria de autoria de algum soldado romano não muito convencido do caráter divino do Messias.
Sendo a idolatria a imagens igualmente refutada pelos cristãos primitivos, muitos subvertiam a ordem com a criação de diversos símbolos que remetiam a Cristo Jesus. Entre diversos símbolos podemos destacar a cruz, as iniciais de seu nome e a âncora. Havia também um acróstico produzido a partir da fase “Iesus KHristos Theou Uios Soter” (Jesus Cristo Filho de Salvador), onde suas iniciais formavam a palavra peixe, animal até hoje associado ao Cristianismo.
No entanto, a refutação a uma representação humana de Cristo logo passou a ser praticada pelos cristãos, a partir do século III. Utilizadas como grande meio de divulgação e conversão religiosa, as imagens de Cristo passaram a contar com uma diversa gama de situações encenadas. Uma das representações mais comuns coloca Cristo em meio aos animais, fazendo alusão à idéia do poder que o Messias teria de liderar os cristãos e converter os homens.
Em outras imagens mais poderosas, percebemos uma tentativa de valorização da dimensão sobrenatural de Cristo. Nesse tipo de representação temos a ação do Messias durante os julgamentos do Juízo Final, onde estaria separando os bons e os maus. Em outras representações com temática semelhante, Cristo aparece realizando milagres por meio de uma varinha que leva nas mãos. Outro tipo ainda alude à pregação religiosa mostrando um Cristo jovem palestrando aos seus seguidores.
Todas essas representações de um Cristo imperioso e ativo perdem espaço ao longo da Idade Média. A partir da Baixa Idade Média temos várias representações em que Jesus sofre com os suplícios de seu processo de crucificação. De fato, a imagem predominante de Jesus Cristo tem um rosto de traços suaves, pele clara, olhos claros, barba fina e cabelos ondulados. Essa representação surgiu no tempo das Cruzadas, época em que os não-brancos representavam os pagãos.
Em um recente estudo desenvolvido pela Universidade de Manchester, tendo como base o crânio de um judeu do século I, houve a tentativa de se formular um desenho aproximado do Cristo naquela época. Por meio de avançados recursos de computação gráfica chegaram à conclusão de que Jesus, provavelmente, teria um rosto arredondado, cabelos negros, pele amorenada e uma braba grossa.
Fonte: História do mundo
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O absurdo da vida sem Deus e sem imortalidade

Se não há Deus, o ser humano e o universo estão condenados. Como prisioneiros condenados à morte, esperamos a nossa execução inevitável. Não há Deus, e não há imortalidade. E qual a consequência disso? Significa que a própria vida é um absurdo. Significa que a vida que temos não tem sentido fundamental, valor ou propósito. Vejamos esses três conceitos mais de perto.
Não há sentido fundamental sem imortalidade e sem Deus
Se cada pessoa deixa de existir quando morre, que sentido fundamental pode ser dado à sua vida? Realmente faz diferença se ela existiu? Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou outros ou afectou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado relativo da sua vida, não um sentido fundamental. A sua vida pode ter importância relativa a certos acontecimentos, mas qual é o sentido fundamental desses acontecimentos? Se todos os acontecimentos não têm sentido, então que sentido fundamental pode haver em influenciá-los? No final das contas, não faz diferença.
Olhe para isso de outro ponto de vista: os cientistas dizem que o universo se originou de uma explosão que chamam de “Big Bang”, há mais ou menos 15 biliões de anos. Imagine que o “Big Bang” nunca tenha ocorrido. Imagine que o universo nunca tenha existido. Que diferença fundamental isso faria? O universo está mesmo fadado a morrer. No fim, não faz diferença se ele realmente existiu ou não. Por isso ele não tem sentido fundamental.
O mesmo vale para a raça humana. A humanidade está condenada em um universo moribundo. Uma vez que um dia deixará de existir, não faz diferença fundamental se ela alguma vez existiu. A humanidade, assim, não tem mais importância do que um enxame de mosquitos ou uma vara de porcos, pois o seu fim é idêntico. O mesmo processo cósmico cego que a vomitou no início um dia acabará por engoli-la.
O mesmo se aplica a cada pessoa. As contribuições dos cientistas para o avanço do conhecimento humano, as pesquisas dos médicos para aliviar dor e sofrimento, os esforços dos diplomatas para promover a paz no mundo, os sacrifícios de pessoas boas para melhorar a sorte da raça humana – tudo isso não dá em nada. No fim, não farão nenhuma diferença, nem um pouquinho. A vida de cada pessoa, portanto, não tem sentido fundamental. E se, no final das contas, a nossa vida não tem sentido, as actividades com que a preenchemos também não têm sentido. As longas horas gastas em estudo na universidade, os empregos, os interesses, as amizades – tudo isso é, em última análise, totalmente sem sentido. É isto que apavora o homem moderno: já que ele acaba em nada, ele é nada.
Contudo, é importante perceber que o ser humano não precisa apenas de imortalidade para que a sua vida faça sentido. A mera continuação da existência não dá sentido a essa existência. Se o ser humano e o universo pudessem existir para sempre, mas não houvesse Deus, a sua existência ainda não teria sentido fundamental. Certa vez li uma história de ficção científica em que um astronauta foi abandonado numa rocha deserta perdida no espaço sideral. Ele levava consigo dois frascos, um contendo veneno e outro, uma poção que o faria viver para sempre. Compreendendo o seu predicamento, ele engoliu o veneno. Mas então, para seu horror, descobriu que abrira o frasco errado – bebera a poção da imortalidade. E isso significava que ele estava condenado a existir para sempre – numa vida sem sentido e sem fim. Muito bem; se Deus não existe, a nossa vida é como a desse astronauta. Ela pode durar para sempre, e mesmo assim não ter sentido. Ainda poderíamos perguntar à vida: “E daí?” Portanto, o ser humano não precisa apenas de imortalidade para que sua vida tenha sentido fundamental; ele necessita de Deus e de imortalidade. E se Deus não existe, ele não tem nenhum dos dois.
O homem do século vinte veio a compreender isso. Leia À espera de Godot, de Samuel Beckett. Durante toda essa peça, dois homens estão ocupados numa conversa trivial, enquanto esperam um terceiro que nunca aparece. A nossa vida é assim, Beckett está a dizer: simplesmente matamos o tempo esperando – o quê, não sabemos. Num trágico retrato do ser humano, Beckett escreveu outra peça em que a cortina se abre para mostrar o palco cheio de lixo. Por trinta longo segundos, a plateia olha atónita, em silêncio, para aquele lixo. Então a cortina fecha-se. Isso é tudo.
Um dos romances mais devastadores que já li foi O lobo da estepe, de Hermann Hesse. No fim do romance, Harry Haller fica a olhar para si mesmo num espelho. No curso da sua vida ele experimentara tudo o que o mundo oferece. E agora está a olhar para si mesmo, e resmunga: “Ah, o sabor amargo da vida!” Ele cospe em si mesmo no espelho e, depois estilhaça-o com pontapés. A sua vida foi fútil e sem sentido.
Os existencialistas franceses Jean-Paul Sartre e Albert Camus também compreenderam isso. Sartre retratou a vida como o inferno, na sua peça Sem saída– a última linha da peça são as palavras resignadas: “Bem, continuemos com isso”. Por isso Sartre escreve noutro texto sobre a “náusea” da existência. Camus também considerava a vida absurda. No fim do seu curto romance O estranho, o herói de Camus descobre num lampejo de compreensão que o universo não tem sentido e que não existe um Deus que lhe dê sentido. O bioquímico francês Jacques Monod pareceu reflectir os mesmos sentimentos quando escreveu na sua obra Acaso e necessidade: “O ser humano finalmente sabe que está sozinho na imensidão indiferente do universo”.
Portanto, se Deus não existe, a própria vida torna-se sem sentido. O ser humano e o universo não têm sentido fundamental.
Não há valor fundamental sem imortalidade e sem Deus
Se a vida termina no túmulo, não faz diferença se nossa vida foi como a de Stalin ou a de um santo. Se o nosso destino, no fim de contas, não tem relação com a nossa conduta, cada um pode viver como quiser. Como Dostoyevsky disse: “Se não há imortalidade, todas as coisas são permitidas”. Com base nisso, um escritor como Ayn Rand está totalmente correcto em louvar as virtudes do egoísmo. Viva totalmente para si; você não deve satisfações a ninguém! Na verdade, seria tolice viver de qualquer outra forma, porque a vida é curta demais para desperdiçá-la agindo de outra forma a não ser em interesse próprio. Sacrificar-se por outra pessoa seria burrice. Kai Nielsen, filósofo ateu que tenta defender a viabilidade da ética sem Deus, no fim admite:
Não fomos capazes de mostrar que a razão requer o ponto de vista moral, ou que todas as pessoas realmente racionais, não predispostas por mitos ou ideologias, precisam de ser indivíduos egoístas ou amoralistas clássicos. Não é a razão que decide aqui. O quadro que pintei para si não é bonito. A reflexão sobre ele deprime-me [...] A pura razão prática, mesmo com um bom conhecimento dos factos, não o levará à moralidade.[1]
O problema, porém, torna-se ainda pior. Porque, apesar da imortalidade, se não há Deus, não pode haver padrões objectivos do que é certo e errado. Tudo o que está diante de nós, nas palavras de Jean-Paul Sartre, é o fato nu e sem valor da existência. Os valores morais são simples expressões de gosto pessoal ou subprodutos da evolução e do condicionamento sócio-biológico.
Nas palavras de um filósofo humanista: “Os princípios morais que regem a nossa conduta estão arraigados a hábitos e costumes, sentimentos e modas” [2] Num mundo sem Deus, quem dirá quais os valores que são correctos e quais os que são errados? Quem julgará que os valores de Adolf Hitler são inferiores aos de um santo? O conceito de moralidade perde todo o sentido num universo sem Deus. Um ateu ético contemporâneo disse: “Afirmar que algo é errado porque [...] é proibido por Deus é [...] perfeitamente compreensível para alguém que crê num deus legislador. Mas dizer que algo é errado [...] apesar de não existir um deus que o proíba não é compreensível [...] O conceito de obrigação moral [é] incompreensível sem a ideia de Deus. As palavras permanecem mas o seu sentido foi-se.” [3] Num mundo sem Deus, não pode haver certo e errado objectivos, somente os nossos juízos subjectivos, cultural e pessoalmente relativos. Isso significa que é impossível condenar guerra, opressão ou crime como maus. Também não podemos louvar a fraternidade, a igualdade e o amor como bons. Porque num universo sem Deus, bem e mal não existem – existe apenas o facto nu e sem valor da existência, e não há ninguém para dizer que você está certo e eu errado.
Não há propósito fundamental sem imortalidade e sem Deus
Se a morte nos espera de braços abertos no fim do curso da nossa vida, qual é o objectivo da vida? Com que fim ela foi vivida? Tudo foi a troco de nada? Não há razão para a vida? E o que dizer do universo? Ele é completamente sem razão? Se o seu destino é um túmulo frio nas extremidades do espaço sideral, a resposta tem de ser sim - ele não tem razão de ser. Não há alvo, não há propósito para o universo. O lixo de um universo morto simplesmente continuará a expandir-se - para sempre.
E o ser humano? Será que existe algum propósito para a raça humana? Ou será que ela simplesmente desaparecerá algum dia perdida no esquecimento de um universo indiferente? O escritor inglês H. G. Wells anteviu essa perspectiva. No seu romance A máquina do tempo, o viajante no tempo avança para o futuro, a fim de descobrir o destino do ser humano. Tudo o que ele encontra é terra morta, com a excepção de alguns líquenes e musgos, orbitando em torno de um gigantesco sol vermelho. Os únicos sons são o sopro do vento e o marulhar das ondas do oceano. “Com excepção desses sons sem vida”, escreve Wells, “o mundo estava em silêncio. Silêncio? Seria difícil descrever como tudo estava quieto. Todos os sons das pessoas, o balido das ovelhas, o canto dos pássaros, o zumbir dos insectos, o movimento que forma o pano de fundo da nossa vida - tudo havia passado”[4] E assim o viajante no tempo de Wells voltou para casa. Mas para quê? - para um mero ponto anterior na corrida em direcção ao esquecimento. Quando eu, ainda não Cristão, li o livro de Wells, pensei: “Não! Não! Não pode terminar assim!” Mas se não há Deus, o fim será esse, gostemos ou não. Esta é a realidade num universo sem Deus: não há esperança, não há propósito. Isso me recorda os versos assustadores de T. S. Eliot:
E assim que o mundo termina
E assim que o mundo termina
E assim que o mundo termina
Não com uma explosão; com um gemido.”[5]
O que se aplica à raça humana como um todo vale para cada um de nós individualmente: estamos aqui sem propósito. Se não há Deus, a nossa vida não é qualitativamente diferente da de um cão. Sei que isso é duro, mas é verdade. O antigo escritor de Eclesiastes disse-o assim: “O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão” (Ec 3.19-20). Nesse livro, que se parece mais com uma peça da literatura moderna existencialista do que com um livro da Bíblia, o escritor mostra a futilidade de prazer, riqueza, educação, fama política e honra numa vida fadada a terminar na morte. Qual é o seu veredicto? “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade” (Ec 1.2). Se a vida termina no túmulo, não temos um propósito fundamental para viver.
Mais que isso: mesmo se tudo não terminasse na morte, sem Deus a vida ainda seria sem propósito. O ser humano e o universo seriam simples acidentes do acaso, jogados na existência sem motivo. Sem Deus o universo é resultado de um acidente cósmico, uma explosão aleatória. Não há motivo pelo qual ele exista. Quanto ao ser humano, ele é um capricho da natureza - um produto às cegas de matéria mais tempo mais acaso. O ser humano não passa de uma massa gosmenta que evoluiu até a racionalidade. Não há mais propósito na vida para a raça humana do que para uma espécie de insecto; ambos são resultado da interacção cega de acaso e necessidade. Um filósofo disse-o assim: “A vida humana está posta sobre um pedestal sub-humano e tem de lutar sozinha no centro de um universo silencioso e sem razão”[6]
O que vale para o universo e a raça humana também se aplica a nós como indivíduos. Enquanto seres humanos individuais, somos o resultado de certas combinações de hereditariedade e ambiente. Somos vítimas de um tipo de roleta genética e ambiental. Os psicólogos que seguem Sigmund Freud dizem-nos que as nossas acções são resultados de várias tendências sexuais reprimidas. Os sociólogos que seguem B. E Skinner argumentam que todas as nossas escolhas são determinadas pelo condicionamento, de modo que a liberdade é uma ilusão. Biólogos como Francis Crick consideram o ser humano uma máquina electroquímica que pode ser controlada alterando-se o seu código genético. Se Deus não existe, você não passa de um aborto da natureza, jogado num universo sem propósito para levar uma vida sem propósito.
Portanto, se Deus não existe, isso significa que o ser humano e o universo existem sem nenhum propósito - já que o fim de tudo é a morte - e que vieram a existir sem nenhum propósito, já que são produtos cegos do acaso. Em resumo, a vida é totalmente sem razão.
Você consegue entender a gravidade das alternativas à nossa frente? Se Deus existe, há esperança para o ser humano. Mas se Deus não existe, tudo o que nos resta é o desespero. Você compreende por que a pergunta da existência de Deus é tão vital para o ser humano? Como um escritor expressou muito bem: “Se Deus está morto, o ser humano também está”.
Infelizmente, a massa da humanidade não percebe esse facto. Ela continua a viver como se nada tivesse mudado. Recordo-me da história de Nietzsche sobre o louco que, nas primeiras horas da manhã, corre pelo mercado com um lampião na mão, exclamando: “Procuro Deus! Procuro Deus!” Como muitos à sua volta não crêem em Deus, ele provoca muitos risos. “Deus perdeu-se?”, zombam dele. “Ou escondeu-se? Ou foi viajar ou emigrou!” E riem alto. Então, escreve Nietzsche, o louco pára no meio deles e crava-lhes o olhar:
“Onde está Deus?”, ele grita. “Eu lhes direi. Nós o matámos - vocês e eu. Todos nós somos seus assassinos. E como fizemos isso? Como pudemos beber o mar? Quem nos deu a esponja para apagar todo o horizonte? O que fizemos quando desamarramos esta terra do seu sol? Para onde ela está a mover-se agora? Para longe de todos os sóis? Não estamos caindo sem parar? Para trás, para os lados, para a frente, em todas as direcções? Restou alguma coisa em cima ou em baixo? Não estamos vagando como que por um nada infinito? Não estamos sentindo a respiração do espaço vazio? Não ficou mais frio? Não está a chegar cada vez mais a noite? Não estamos a ter de acender lampiões de manhã? Não ouvimos apenas o barulho dos coveiros que estão sepultando a Deus? ([...]Deus está morto [...]. E nós o matámos. Como é que nós, os maiores de todos os assassinos, iremos consolar-nos a nós mesmos?”[7]
A multidão ficou fitando o louco em silêncio e em perplexidade. Por fim, ele coloca o lampião no chão e disse: “Cheguei muito cedo, esse acontecimento incrível ainda está a caminho - ainda não atingiu os ouvidos do ser humano”. O ser humano ainda não compreendera realmente as consequências do que fizera ao matar Deus. Mas Nietzsche predisse que um dia as pessoas entenderiam as implicações do seu ateísmo; e essa percepção daria início a uma era de niilismo - a destruição de todo o significado e valor da vida. O fim do Cristianismo, escreveu Nietzsche, significa o advento do niilismo. Esse mais terrível de todos os hóspedes já está à porta. “Toda a nossa cultura europeia está há algum tempo em movimento”, escreveu Nietzsche, “numa tensão torturante que está crescendo em cada década, como na iminência de uma catástrofe: sem descanso, com violência, precipitado, como um rio que quer chegar ao fim, que não reflecte mais, que tem medo de reflectir”[8].
A maioria das pessoas ainda não reflecte sobre as consequências do ateísmo, e assim, como a multidão no mercado, continua o seu caminho sem saber. Mas quando entendemos, como Nietzsche, o que o ateísmo implica, essa pergunta fará grande pressão sobre nós: como nós, os maiores assassinos, nos consolaremos a nós mesmos?
***
CRAIG, William L. A Veracidade da Fé Cristã, São Paulo: Vida Nova, pág.58-63. Divulgação: Apologia do Cristianismo
NOTAS
1. Kai NIELSEN, “Why should I be moral?”, em American Philosophical Quarterly 21 (1984): 90.
2. Paul KURTZ, Forbidden fruit. Buffalo/NY, Prometheus, 1988, p. 73.
3. Richard TAYLOR, Ethics, faith, and reason. Englewood Cliffs/NJ, Prentice Hall, 1985, p. 90. 84.
4. H. G. WELLS, The time machine. Nova York, Berkeley, 1957, cap. 11.
5. T S. ELIOT, “The hollow men”, em Collected poems 1909-1962. Nova York, Harcourt, Brace, Jovanovitch, Inc., 1934. Citado com permissão do editor.
6. W. E. HOCKING, Types ofphilosophy. Nova York, Scribner’s, 1959, p. 27.
7. Friedrich NIETZSCHE, “The gay science”, em The portable Nietzsche, ed. e trad. por W. Kaufmann. Nova York, Viking, 1954, p. 95.
8. Friedrich NIETZCHE, “The will to power”, trad. por W. Kaufmann, em Existentialism from Dostoyevsky to Sartre, 2″ ed. com introdução de W. Kaufmann. Nova York, New American Library, Meridian, 1975, p. 130-131.
Não há sentido fundamental sem imortalidade e sem Deus
Se cada pessoa deixa de existir quando morre, que sentido fundamental pode ser dado à sua vida? Realmente faz diferença se ela existiu? Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou outros ou afectou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado relativo da sua vida, não um sentido fundamental. A sua vida pode ter importância relativa a certos acontecimentos, mas qual é o sentido fundamental desses acontecimentos? Se todos os acontecimentos não têm sentido, então que sentido fundamental pode haver em influenciá-los? No final das contas, não faz diferença.
Olhe para isso de outro ponto de vista: os cientistas dizem que o universo se originou de uma explosão que chamam de “Big Bang”, há mais ou menos 15 biliões de anos. Imagine que o “Big Bang” nunca tenha ocorrido. Imagine que o universo nunca tenha existido. Que diferença fundamental isso faria? O universo está mesmo fadado a morrer. No fim, não faz diferença se ele realmente existiu ou não. Por isso ele não tem sentido fundamental.
O mesmo vale para a raça humana. A humanidade está condenada em um universo moribundo. Uma vez que um dia deixará de existir, não faz diferença fundamental se ela alguma vez existiu. A humanidade, assim, não tem mais importância do que um enxame de mosquitos ou uma vara de porcos, pois o seu fim é idêntico. O mesmo processo cósmico cego que a vomitou no início um dia acabará por engoli-la.
O mesmo se aplica a cada pessoa. As contribuições dos cientistas para o avanço do conhecimento humano, as pesquisas dos médicos para aliviar dor e sofrimento, os esforços dos diplomatas para promover a paz no mundo, os sacrifícios de pessoas boas para melhorar a sorte da raça humana – tudo isso não dá em nada. No fim, não farão nenhuma diferença, nem um pouquinho. A vida de cada pessoa, portanto, não tem sentido fundamental. E se, no final das contas, a nossa vida não tem sentido, as actividades com que a preenchemos também não têm sentido. As longas horas gastas em estudo na universidade, os empregos, os interesses, as amizades – tudo isso é, em última análise, totalmente sem sentido. É isto que apavora o homem moderno: já que ele acaba em nada, ele é nada.
Contudo, é importante perceber que o ser humano não precisa apenas de imortalidade para que a sua vida faça sentido. A mera continuação da existência não dá sentido a essa existência. Se o ser humano e o universo pudessem existir para sempre, mas não houvesse Deus, a sua existência ainda não teria sentido fundamental. Certa vez li uma história de ficção científica em que um astronauta foi abandonado numa rocha deserta perdida no espaço sideral. Ele levava consigo dois frascos, um contendo veneno e outro, uma poção que o faria viver para sempre. Compreendendo o seu predicamento, ele engoliu o veneno. Mas então, para seu horror, descobriu que abrira o frasco errado – bebera a poção da imortalidade. E isso significava que ele estava condenado a existir para sempre – numa vida sem sentido e sem fim. Muito bem; se Deus não existe, a nossa vida é como a desse astronauta. Ela pode durar para sempre, e mesmo assim não ter sentido. Ainda poderíamos perguntar à vida: “E daí?” Portanto, o ser humano não precisa apenas de imortalidade para que sua vida tenha sentido fundamental; ele necessita de Deus e de imortalidade. E se Deus não existe, ele não tem nenhum dos dois.
O homem do século vinte veio a compreender isso. Leia À espera de Godot, de Samuel Beckett. Durante toda essa peça, dois homens estão ocupados numa conversa trivial, enquanto esperam um terceiro que nunca aparece. A nossa vida é assim, Beckett está a dizer: simplesmente matamos o tempo esperando – o quê, não sabemos. Num trágico retrato do ser humano, Beckett escreveu outra peça em que a cortina se abre para mostrar o palco cheio de lixo. Por trinta longo segundos, a plateia olha atónita, em silêncio, para aquele lixo. Então a cortina fecha-se. Isso é tudo.
Um dos romances mais devastadores que já li foi O lobo da estepe, de Hermann Hesse. No fim do romance, Harry Haller fica a olhar para si mesmo num espelho. No curso da sua vida ele experimentara tudo o que o mundo oferece. E agora está a olhar para si mesmo, e resmunga: “Ah, o sabor amargo da vida!” Ele cospe em si mesmo no espelho e, depois estilhaça-o com pontapés. A sua vida foi fútil e sem sentido.
Os existencialistas franceses Jean-Paul Sartre e Albert Camus também compreenderam isso. Sartre retratou a vida como o inferno, na sua peça Sem saída– a última linha da peça são as palavras resignadas: “Bem, continuemos com isso”. Por isso Sartre escreve noutro texto sobre a “náusea” da existência. Camus também considerava a vida absurda. No fim do seu curto romance O estranho, o herói de Camus descobre num lampejo de compreensão que o universo não tem sentido e que não existe um Deus que lhe dê sentido. O bioquímico francês Jacques Monod pareceu reflectir os mesmos sentimentos quando escreveu na sua obra Acaso e necessidade: “O ser humano finalmente sabe que está sozinho na imensidão indiferente do universo”.
Portanto, se Deus não existe, a própria vida torna-se sem sentido. O ser humano e o universo não têm sentido fundamental.
Não há valor fundamental sem imortalidade e sem Deus
Se a vida termina no túmulo, não faz diferença se nossa vida foi como a de Stalin ou a de um santo. Se o nosso destino, no fim de contas, não tem relação com a nossa conduta, cada um pode viver como quiser. Como Dostoyevsky disse: “Se não há imortalidade, todas as coisas são permitidas”. Com base nisso, um escritor como Ayn Rand está totalmente correcto em louvar as virtudes do egoísmo. Viva totalmente para si; você não deve satisfações a ninguém! Na verdade, seria tolice viver de qualquer outra forma, porque a vida é curta demais para desperdiçá-la agindo de outra forma a não ser em interesse próprio. Sacrificar-se por outra pessoa seria burrice. Kai Nielsen, filósofo ateu que tenta defender a viabilidade da ética sem Deus, no fim admite:
Não fomos capazes de mostrar que a razão requer o ponto de vista moral, ou que todas as pessoas realmente racionais, não predispostas por mitos ou ideologias, precisam de ser indivíduos egoístas ou amoralistas clássicos. Não é a razão que decide aqui. O quadro que pintei para si não é bonito. A reflexão sobre ele deprime-me [...] A pura razão prática, mesmo com um bom conhecimento dos factos, não o levará à moralidade.[1]
O problema, porém, torna-se ainda pior. Porque, apesar da imortalidade, se não há Deus, não pode haver padrões objectivos do que é certo e errado. Tudo o que está diante de nós, nas palavras de Jean-Paul Sartre, é o fato nu e sem valor da existência. Os valores morais são simples expressões de gosto pessoal ou subprodutos da evolução e do condicionamento sócio-biológico.
Nas palavras de um filósofo humanista: “Os princípios morais que regem a nossa conduta estão arraigados a hábitos e costumes, sentimentos e modas” [2] Num mundo sem Deus, quem dirá quais os valores que são correctos e quais os que são errados? Quem julgará que os valores de Adolf Hitler são inferiores aos de um santo? O conceito de moralidade perde todo o sentido num universo sem Deus. Um ateu ético contemporâneo disse: “Afirmar que algo é errado porque [...] é proibido por Deus é [...] perfeitamente compreensível para alguém que crê num deus legislador. Mas dizer que algo é errado [...] apesar de não existir um deus que o proíba não é compreensível [...] O conceito de obrigação moral [é] incompreensível sem a ideia de Deus. As palavras permanecem mas o seu sentido foi-se.” [3] Num mundo sem Deus, não pode haver certo e errado objectivos, somente os nossos juízos subjectivos, cultural e pessoalmente relativos. Isso significa que é impossível condenar guerra, opressão ou crime como maus. Também não podemos louvar a fraternidade, a igualdade e o amor como bons. Porque num universo sem Deus, bem e mal não existem – existe apenas o facto nu e sem valor da existência, e não há ninguém para dizer que você está certo e eu errado.
Não há propósito fundamental sem imortalidade e sem Deus
Se a morte nos espera de braços abertos no fim do curso da nossa vida, qual é o objectivo da vida? Com que fim ela foi vivida? Tudo foi a troco de nada? Não há razão para a vida? E o que dizer do universo? Ele é completamente sem razão? Se o seu destino é um túmulo frio nas extremidades do espaço sideral, a resposta tem de ser sim - ele não tem razão de ser. Não há alvo, não há propósito para o universo. O lixo de um universo morto simplesmente continuará a expandir-se - para sempre.
E o ser humano? Será que existe algum propósito para a raça humana? Ou será que ela simplesmente desaparecerá algum dia perdida no esquecimento de um universo indiferente? O escritor inglês H. G. Wells anteviu essa perspectiva. No seu romance A máquina do tempo, o viajante no tempo avança para o futuro, a fim de descobrir o destino do ser humano. Tudo o que ele encontra é terra morta, com a excepção de alguns líquenes e musgos, orbitando em torno de um gigantesco sol vermelho. Os únicos sons são o sopro do vento e o marulhar das ondas do oceano. “Com excepção desses sons sem vida”, escreve Wells, “o mundo estava em silêncio. Silêncio? Seria difícil descrever como tudo estava quieto. Todos os sons das pessoas, o balido das ovelhas, o canto dos pássaros, o zumbir dos insectos, o movimento que forma o pano de fundo da nossa vida - tudo havia passado”[4] E assim o viajante no tempo de Wells voltou para casa. Mas para quê? - para um mero ponto anterior na corrida em direcção ao esquecimento. Quando eu, ainda não Cristão, li o livro de Wells, pensei: “Não! Não! Não pode terminar assim!” Mas se não há Deus, o fim será esse, gostemos ou não. Esta é a realidade num universo sem Deus: não há esperança, não há propósito. Isso me recorda os versos assustadores de T. S. Eliot:
E assim que o mundo termina
E assim que o mundo termina
E assim que o mundo termina
Não com uma explosão; com um gemido.”[5]
O que se aplica à raça humana como um todo vale para cada um de nós individualmente: estamos aqui sem propósito. Se não há Deus, a nossa vida não é qualitativamente diferente da de um cão. Sei que isso é duro, mas é verdade. O antigo escritor de Eclesiastes disse-o assim: “O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão” (Ec 3.19-20). Nesse livro, que se parece mais com uma peça da literatura moderna existencialista do que com um livro da Bíblia, o escritor mostra a futilidade de prazer, riqueza, educação, fama política e honra numa vida fadada a terminar na morte. Qual é o seu veredicto? “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade” (Ec 1.2). Se a vida termina no túmulo, não temos um propósito fundamental para viver.
Mais que isso: mesmo se tudo não terminasse na morte, sem Deus a vida ainda seria sem propósito. O ser humano e o universo seriam simples acidentes do acaso, jogados na existência sem motivo. Sem Deus o universo é resultado de um acidente cósmico, uma explosão aleatória. Não há motivo pelo qual ele exista. Quanto ao ser humano, ele é um capricho da natureza - um produto às cegas de matéria mais tempo mais acaso. O ser humano não passa de uma massa gosmenta que evoluiu até a racionalidade. Não há mais propósito na vida para a raça humana do que para uma espécie de insecto; ambos são resultado da interacção cega de acaso e necessidade. Um filósofo disse-o assim: “A vida humana está posta sobre um pedestal sub-humano e tem de lutar sozinha no centro de um universo silencioso e sem razão”[6]
O que vale para o universo e a raça humana também se aplica a nós como indivíduos. Enquanto seres humanos individuais, somos o resultado de certas combinações de hereditariedade e ambiente. Somos vítimas de um tipo de roleta genética e ambiental. Os psicólogos que seguem Sigmund Freud dizem-nos que as nossas acções são resultados de várias tendências sexuais reprimidas. Os sociólogos que seguem B. E Skinner argumentam que todas as nossas escolhas são determinadas pelo condicionamento, de modo que a liberdade é uma ilusão. Biólogos como Francis Crick consideram o ser humano uma máquina electroquímica que pode ser controlada alterando-se o seu código genético. Se Deus não existe, você não passa de um aborto da natureza, jogado num universo sem propósito para levar uma vida sem propósito.
Portanto, se Deus não existe, isso significa que o ser humano e o universo existem sem nenhum propósito - já que o fim de tudo é a morte - e que vieram a existir sem nenhum propósito, já que são produtos cegos do acaso. Em resumo, a vida é totalmente sem razão.
Você consegue entender a gravidade das alternativas à nossa frente? Se Deus existe, há esperança para o ser humano. Mas se Deus não existe, tudo o que nos resta é o desespero. Você compreende por que a pergunta da existência de Deus é tão vital para o ser humano? Como um escritor expressou muito bem: “Se Deus está morto, o ser humano também está”.
Infelizmente, a massa da humanidade não percebe esse facto. Ela continua a viver como se nada tivesse mudado. Recordo-me da história de Nietzsche sobre o louco que, nas primeiras horas da manhã, corre pelo mercado com um lampião na mão, exclamando: “Procuro Deus! Procuro Deus!” Como muitos à sua volta não crêem em Deus, ele provoca muitos risos. “Deus perdeu-se?”, zombam dele. “Ou escondeu-se? Ou foi viajar ou emigrou!” E riem alto. Então, escreve Nietzsche, o louco pára no meio deles e crava-lhes o olhar:
“Onde está Deus?”, ele grita. “Eu lhes direi. Nós o matámos - vocês e eu. Todos nós somos seus assassinos. E como fizemos isso? Como pudemos beber o mar? Quem nos deu a esponja para apagar todo o horizonte? O que fizemos quando desamarramos esta terra do seu sol? Para onde ela está a mover-se agora? Para longe de todos os sóis? Não estamos caindo sem parar? Para trás, para os lados, para a frente, em todas as direcções? Restou alguma coisa em cima ou em baixo? Não estamos vagando como que por um nada infinito? Não estamos sentindo a respiração do espaço vazio? Não ficou mais frio? Não está a chegar cada vez mais a noite? Não estamos a ter de acender lampiões de manhã? Não ouvimos apenas o barulho dos coveiros que estão sepultando a Deus? ([...]Deus está morto [...]. E nós o matámos. Como é que nós, os maiores de todos os assassinos, iremos consolar-nos a nós mesmos?”[7]
A multidão ficou fitando o louco em silêncio e em perplexidade. Por fim, ele coloca o lampião no chão e disse: “Cheguei muito cedo, esse acontecimento incrível ainda está a caminho - ainda não atingiu os ouvidos do ser humano”. O ser humano ainda não compreendera realmente as consequências do que fizera ao matar Deus. Mas Nietzsche predisse que um dia as pessoas entenderiam as implicações do seu ateísmo; e essa percepção daria início a uma era de niilismo - a destruição de todo o significado e valor da vida. O fim do Cristianismo, escreveu Nietzsche, significa o advento do niilismo. Esse mais terrível de todos os hóspedes já está à porta. “Toda a nossa cultura europeia está há algum tempo em movimento”, escreveu Nietzsche, “numa tensão torturante que está crescendo em cada década, como na iminência de uma catástrofe: sem descanso, com violência, precipitado, como um rio que quer chegar ao fim, que não reflecte mais, que tem medo de reflectir”[8].
A maioria das pessoas ainda não reflecte sobre as consequências do ateísmo, e assim, como a multidão no mercado, continua o seu caminho sem saber. Mas quando entendemos, como Nietzsche, o que o ateísmo implica, essa pergunta fará grande pressão sobre nós: como nós, os maiores assassinos, nos consolaremos a nós mesmos?
***
CRAIG, William L. A Veracidade da Fé Cristã, São Paulo: Vida Nova, pág.58-63. Divulgação: Apologia do Cristianismo
NOTAS
1. Kai NIELSEN, “Why should I be moral?”, em American Philosophical Quarterly 21 (1984): 90.
2. Paul KURTZ, Forbidden fruit. Buffalo/NY, Prometheus, 1988, p. 73.
3. Richard TAYLOR, Ethics, faith, and reason. Englewood Cliffs/NJ, Prentice Hall, 1985, p. 90. 84.
4. H. G. WELLS, The time machine. Nova York, Berkeley, 1957, cap. 11.
5. T S. ELIOT, “The hollow men”, em Collected poems 1909-1962. Nova York, Harcourt, Brace, Jovanovitch, Inc., 1934. Citado com permissão do editor.
6. W. E. HOCKING, Types ofphilosophy. Nova York, Scribner’s, 1959, p. 27.
7. Friedrich NIETZSCHE, “The gay science”, em The portable Nietzsche, ed. e trad. por W. Kaufmann. Nova York, Viking, 1954, p. 95.
8. Friedrich NIETZCHE, “The will to power”, trad. por W. Kaufmann, em Existentialism from Dostoyevsky to Sartre, 2″ ed. com introdução de W. Kaufmann. Nova York, New American Library, Meridian, 1975, p. 130-131.
sábado, 15 de maio de 2010
PASTOR SILAS MALAFAIA RENUNCIA AO CARGO DE VICE-PRESIDENTE DA CGADB E DESLIGA-SE DELA
PASTOR SILAS MALAFAIA RENUNCIA AO CARGO DE VICE-PRESIDENTE DA CGADB E DESLIGA-SE DELA
Neste sábado, 15 de maio de 2010, o Pastor Silas Malafaia, em rede nacional de televisão, no programa Vitória em Cristo, anuncou seu desligamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), onde era filiado desde quando foi ungido ao pastorado.
Afirma que não divide a denominação Assembleia de Deus, a saída é motivada por uma visão de Deus muito grande e que não abrirá mão desta visão por causa de instituições humanas. Revela que cansou-se de fazer parte da política eclesiástica assembleiana. Além disso, sem dizer a razão deixa no ar que o tempo trará a resposta do motivo maior de sua saída da CGADB.
Avisa que não pede para nenhum líder assembleiano imitá-lo, diz que não aceitará líderes divisores ao seu lado, e que, talvez, poderá voltar num futuro remoto para a instituição.
A verdade é que o pastor Silas Malafaia já estava sendo mais bombardeado do que Londres o fora por Hitler. Muitos pastores movidos pelo zelo á denominação Assembleiana deixaram suas preocupações e críticas em relação ao apoio do pastor Silas á teologia da prosperidade. Outros também não foram motivados pelo zelo á sã doutrina, mas á inveja, desejo de fazer polêmica e querer aparecer usando o nome do pastor assembleiano mais conhecido do Brasil.
O fato é que ele foi alvo de duras críticas por líderes da CGADB, como no debate ocorrido no OGalileo: (Clique aqui e veja o debate) pelo pastor Carlos Roberto da Silva, vice-presidente da COMADESP e membro do conselho de doutrina da CGADB.
Na minha opinião, a saída do Pastor Silas foi necessária devido á diferenças teológicas que ele vinha apresentando freqüentemente em seus programas. Contudo, constitui-se numa enorme perda para a CGADB, pois o pastor Silas era o maior representante da denominação no meio secular. Apesar de seus desvios, e falhas (falhas que todos nós temos), admiro este grande homem de Deus e desejo que ele seja bem sucedido na sua nova visão e que volte ao modelo da sã doutrina assembleiana.
Na minha opinião, a saída do Pastor Silas foi necessária devido á diferenças teológicas que ele vinha apresentando freqüentemente em seus programas. Contudo, constitui-se numa enorme perda para a CGADB, pois o pastor Silas era o maior representante da denominação no meio secular. Apesar de seus desvios, e falhas (falhas que todos nós temos), admiro este grande homem de Deus e desejo que ele seja bem sucedido na sua nova visão e que volte ao modelo da sã doutrina assembleiana.
Oro também para que haja uma mudança radical na CGADB e que se acabe a dinastia imperial, para que haja mudanças significantes para a instituição. Não faço parte da CGADB, e nem pretendo fazer nem tão cedo, pois tenho prioridades muito mais significantes do que discutir e ver a tal política eclesiástica da CGADB cheia de suas hipocrisias e interesses pessoais. Entretanto, por mais coisas das quais eu discorde, a existência da CGADB é necessária, boa e edificante para a maior igreja evangélica do país que está tão fragmentada e desunida.
Pr. Flávio Alves
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Serra nos Gideões?! Pelo amor de Deus!
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez um discurso repleto de referências bíblicas diante de uma plateia de missionários evangélicos e foi saudado como "futuro presidente" por pastores da Assembleia de Deus, hoje à noite em Camboriú (SC).
"Orem, rezem a Deus, por mim no sentido de eu ter mais sabedoria para enfrentar as batalhas e as lutas que nós temos daqui por diante", discursou, aludindo a uma passagem do Velho Testamento em que o rei Salomão pede a Deus sabedoria para governar.
Na discurso, o católico Serra vinculou passagens da Bíblia à sua atuação como ministro da Saúde e governador. Citando trecho do Evangelho de João, sobre Cristo ter vindo à Terra para dar "vida abundante", o tucano lembrou que propôs legislação restritiva ao cigarro em São Paulo para dar "qualidade de vida" à população.
Serra falou para um auditório lotado com cerca de 10 mil pessoas, segundo pastores da Assembleia de Deus.
Líderes da igreja pentecostal afirmaram que o discurso foi ouvido por 160 mil pessoas que participaram do encontro 28º Encontro Internacional de Missões dos Gideões Missionários, espalhados em um parque de Camboriú. A Polícia Militar não fez estimativa de público.
O palanque evangélico de Serra foi articulado pelo pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC (Partido Social Cristão), sigla aliada de Lula no Congresso e que deverá apoiar o tucano na eleição. A Assembleia de Deus é a igreja da pré-candidata Marina Silva (PV).
Pastores trataram Serra várias vezes como "futuro presidente". Durante sua oração, o pastor Cezino Cavalcante pediu que os fieis rezassem para que o presidenciável se elegesse e conclamou o ex-governador a voltar ao encontro em 2011 como presidente. O pré-candidato disse "amém".
O pastor Reuel Bernardino incentivou a ovação a Serra: "Esse povo não só ora como vota, haverá um rebuliço no país".
Após ganhar uma Bíblia de Cezino, Serra concedeu uma rápida entrevista em que defendeu o trabalho missionário das igrejas e negou ter ido a Santa Catarina apenas em busca do voto evangélico.
Ao sair do ginásio, diante de uma multidão que gritava seu nome, Serra fez o V de vitória.
Fonte: Abril.com
"Orem, rezem a Deus, por mim no sentido de eu ter mais sabedoria para enfrentar as batalhas e as lutas que nós temos daqui por diante", discursou, aludindo a uma passagem do Velho Testamento em que o rei Salomão pede a Deus sabedoria para governar.
Na discurso, o católico Serra vinculou passagens da Bíblia à sua atuação como ministro da Saúde e governador. Citando trecho do Evangelho de João, sobre Cristo ter vindo à Terra para dar "vida abundante", o tucano lembrou que propôs legislação restritiva ao cigarro em São Paulo para dar "qualidade de vida" à população.
Serra falou para um auditório lotado com cerca de 10 mil pessoas, segundo pastores da Assembleia de Deus.
Líderes da igreja pentecostal afirmaram que o discurso foi ouvido por 160 mil pessoas que participaram do encontro 28º Encontro Internacional de Missões dos Gideões Missionários, espalhados em um parque de Camboriú. A Polícia Militar não fez estimativa de público.
O palanque evangélico de Serra foi articulado pelo pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC (Partido Social Cristão), sigla aliada de Lula no Congresso e que deverá apoiar o tucano na eleição. A Assembleia de Deus é a igreja da pré-candidata Marina Silva (PV).
Pastores trataram Serra várias vezes como "futuro presidente". Durante sua oração, o pastor Cezino Cavalcante pediu que os fieis rezassem para que o presidenciável se elegesse e conclamou o ex-governador a voltar ao encontro em 2011 como presidente. O pré-candidato disse "amém".
O pastor Reuel Bernardino incentivou a ovação a Serra: "Esse povo não só ora como vota, haverá um rebuliço no país".
Após ganhar uma Bíblia de Cezino, Serra concedeu uma rápida entrevista em que defendeu o trabalho missionário das igrejas e negou ter ido a Santa Catarina apenas em busca do voto evangélico.
Ao sair do ginásio, diante de uma multidão que gritava seu nome, Serra fez o V de vitória.
Fonte: Abril.com
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Aniversário da Assembléia de Deus Filadélfia
Aniversário da Assembleia de Deus Filadélfia
4 a 11 de julho
Preletores:
Pr. Hugo Ribeiro
(Pr. Pres. AD Internacional Abreu e Lima-PE)
Pr. Flávio Alves
(Pr. Pres. AD Filadélfia Paulista-PE)
Prª Francisca Rodrigues
(AD Bom Retiro Natal-RN)
Miss. Nize
(Rádio Tamandaré)
No Louvor:
Pr. Armando Filho
Pr. Lucas Lima
Cantora Dilma Barroso
Banda El Shadai
Grande Coral Filadélfia
e muitos outros...
Av. Brasil Nº29 Maranguape 0 Paulista PE próximo á praça das kombis.
Informações: (81) 8800-3918
sábado, 8 de maio de 2010
Soldados rebeldes se voltam a Cristo no Congo
Centenas de milhares de pessoas na República Democrática do Congo, África, foram desabrigadas e abusadas por soldados rebeldes. Os ataques têm sido comuns, deixando as mulheres espancadas, estupradas e abusadas.
E para atingir os soldados rebeldes, a União Batista do Leste do Congo desenvolveu uma extratégia ousada. Eles vão aos acampamentos e testemunham para eles. A União Batista consiste de 90 igrejas com 12 mil membros.
Os pastores vão para os campos por duas semanas e partilham de Cristo através de uma série de histórias da Bíblia para explicar a separação do homem de Deus por causa do pecado e da salvação oferecida em Jesus Cristo.
O pastor Ndiho coordena o perigoso ministério. "Sem a permissão dos comandantes, não estamos autorizados a ir e se aproximar dos soldados rebeldes. Temos de nos identificar como servos de Deus e explicar que estamos lá para compartilhar a maravilhosa notícia de Jesus Cristo. Nós mostramos as vantagens de estar em Cristo”, afirma Ndiho.
Segundo o pastor, até agora, mais de 500 rebeldes foram batizados. Alguns se reúnem em um pequeno complexo para contar suas histórias. No início não contam muitos detalhes. Apenas confessam "fiz coisas ruins", mas depois começam a se abrir.
Em uma das reuniões, um mais inquieto, com sua arma automática em mãos, afirmou que "matei pessoas e estuprei mulheres e gostava". Outro combatente afirmou que "matei até crianças", diz outro.
Seus rostos provam a gravidade do que fizeram. Os olhares penetrantes demonstram medo. "Eu realmente não pensava no que eu estava fazendo. Estava apenas fazendo o que eu pensei que eu deveria fazer", diz um.
O pastor conta que seus rostos amolecem quando falam sobre a mudança em suas vidas. "Nós tentamos não pensar sobre o que fizemos - para esquecer - mas é difícil, sabemos que ferimos muitas pessoas e temos muitos pecados", confessa um.
Um dos soldados convertidos disse que agora tudo mudou. “Mas é muito diferente agora. A diferença é que antes eu não sabia de Deus. O que eu fiz, eu fiz para mim. Agora eu sei que eu cometi tantos pecados, e me sinto muito culpado. Mas o pastor disse que Deus pode me perdoar. Agora eu sei que posso ser perdoado por Jesus. Esse foi o dia mais feliz da minha vida", comemora o soldado.
Fonte: Christian News
Os pastores vão para os campos por duas semanas e partilham de Cristo através de uma série de histórias da Bíblia para explicar a separação do homem de Deus por causa do pecado e da salvação oferecida em Jesus Cristo.
O pastor Ndiho coordena o perigoso ministério. "Sem a permissão dos comandantes, não estamos autorizados a ir e se aproximar dos soldados rebeldes. Temos de nos identificar como servos de Deus e explicar que estamos lá para compartilhar a maravilhosa notícia de Jesus Cristo. Nós mostramos as vantagens de estar em Cristo”, afirma Ndiho.
Segundo o pastor, até agora, mais de 500 rebeldes foram batizados. Alguns se reúnem em um pequeno complexo para contar suas histórias. No início não contam muitos detalhes. Apenas confessam "fiz coisas ruins", mas depois começam a se abrir.
Em uma das reuniões, um mais inquieto, com sua arma automática em mãos, afirmou que "matei pessoas e estuprei mulheres e gostava". Outro combatente afirmou que "matei até crianças", diz outro.
Seus rostos provam a gravidade do que fizeram. Os olhares penetrantes demonstram medo. "Eu realmente não pensava no que eu estava fazendo. Estava apenas fazendo o que eu pensei que eu deveria fazer", diz um.
O pastor conta que seus rostos amolecem quando falam sobre a mudança em suas vidas. "Nós tentamos não pensar sobre o que fizemos - para esquecer - mas é difícil, sabemos que ferimos muitas pessoas e temos muitos pecados", confessa um.
Um dos soldados convertidos disse que agora tudo mudou. “Mas é muito diferente agora. A diferença é que antes eu não sabia de Deus. O que eu fiz, eu fiz para mim. Agora eu sei que eu cometi tantos pecados, e me sinto muito culpado. Mas o pastor disse que Deus pode me perdoar. Agora eu sei que posso ser perdoado por Jesus. Esse foi o dia mais feliz da minha vida", comemora o soldado.
Fonte: Christian News
DEUS TAMBÉM É MÃE
Deus também é “Mãe”
O historiador judeu Flávio Josefo, tratando sobre o cerco e destruição de Jerusalém, conta que um soldado romano encontrou uma galinha totalmente torrada, numa posição como se estivesse chocando seus ovos. Quando a afastou com a espada, debaixo dela saíram assustados pintinhos. A conclusão óbvia é que o instinto “materno” falou mais alto. Mesmo diante do fogo destruidor, a galinha fez o que só uma mãe extremada pode fazer: preferiu morrer para salvar seus “filhinhos”.
Esse era o mesmo sentimento que havia em Jesus, quando comparou a Sua compaixão por Israel com o cuidado extremado de uma galinha: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23.37).
Sendo Jesus o Filho de Deus, “o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser”, ali estava o próprio Deus se comparando a uma galinha (Hb 1.3). Por quê? Porque nenhum outro animal tem comportamento semelhante. Diante do fogo, qualquer outro animal foge. A galinha, quando tem de salvar seus pintinhos, mesmo em face da morte pelo fogo, não hesita. Do mesmo modo, Jesus não fugiu da raia quando teve de sofrer para nos salvar.
É, portanto, uma grande injustiça chamar de “galinha” alguém que, por mero mau-caratismo, não consegue ser fiel. Jesus, mostrando-se fiel à infiel Jerusalém, como uma “Mãe”, mantinha sempre as “asas” abertas oferecendo acolhimento a quem não merecia.
Nem sempre é fácil imaginar Deus numa perspectiva maternal. Sempre fomos acostumados à ideia de que Deus é Pai. Isso soa quase como um clichê numa cultura paternalista. Sendo assim, quando Deus resolveu Se revelar à humanidade, Ele o fez utilizando essa mesma visão cultural: nasceu como homem, viveu como homem, morreu como homem. E Jesus, o homem perfeito e sem pecado, deixou bem claro essa imagem paterna masculina de Deus, quando disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Jesus se referiu ao templo como “casa de meu Pai”. Deus era “Aba”, seu “paizinho” querido.
Quando Filipe indagou de Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”, Jesus lhe respondeu: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.8-10).
Não podia ser diferente numa cultura masculinizada e patriarcal. Mas essa imagem só tem razão de ser relativamente ao aspecto cultural. Porém, o próprio Jesus, ao tratar sobre a vida eterna, deixa claro que, no céu, não haverá essa divisão pela sexualidade: “Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu” (Mt 22.30).
Na eternidade, não haverá para nós, assim como nunca houve essencialmente para os anjos, nem para Deus, essa visão de macho e fêmea. Em Cristo, não há homem nem mulher, porque somos um só corpo (Gl 3.28). Deus é o “EU SOU”, o Ser Supremo, onde todos os outros seres encontram seu sentido e importância na Criação, porque Nele existimos e nos movemos (At 17.28). E ponto final!
Mas a grande verdade é que o próprio Deus, que Jesus chama de Pai, algumas vezes também se identificou como “Mãe”. Deus não vê problema em tomar emprestado da natureza os exemplos das mais extremadas mamães. Por isso, Ele evoca a imagem de uma águia, mestra na arte de ensinar a voar: “Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, só o Senhor o guiou” (Dt 32.11,12).
Quando estava muito zangado, Deus se comparava com uma “ursa, roubada de seus filhos” (Os 13.8). Quem brincaria com uma mãe ursa zangada?
Deus é Pai, bem mais pai que todos os pais. Deus é “Mãe”, bem mais mãe que todas as mães. Como está escrito: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15).
Deus é Pai. Deus também é “Mãe”. Por causa do Seu Amor, todas as mães podem ter um Feliz Dia das Mães!
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Arrebatamento. Você está preparado?
Arrebatamento, você está preparado?
Estamos vivenciando a última hora da igreja de Cristo aqui na terra: (I João 2:18) - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. O mundo, os homens e a natureza já deus os sinais que a qualquer momento Jesus Cristo aparecerá com resplendor e glória para “arrebatar”, isto é, tirar para si com rapidez e poder a sua igreja comprada e lavada no seu sangue (I Co 15.23;I Ts 4.16,17).
Creio que a igreja atual não está mais ansiosa para se encontrar com Jesus. Na verdade, devem existir muitos pensando: -Jesus, não volte agora por que eu ainda quero aproveitar a vida e tudo o que meu dinheiro pode comprar. E isso é fato, pois o tema a “volta de Cristo” já foi banido de muitos púlpitos, e hoje há pregações cheias de: “receba poder”, “receba vitória”, “receba a chave disso e daquilo outro”... calvário, renúncia, transformação são palavras em desuso no vocabulário de vários pregadores.
Não culpo somente os pregadores, pois eles pregam o que povo realmente quer ouvir. São poucos os que estão interessados na fidelidade bíblica de suas mensagens, ou sobre o que realmente o povo “precisa” ouvir. A questão é que esta é a hora mais propícia para vinda de Cristo. Os crentes estão amando mais a terra e o que ela oferece, nem se importam como é o céu e o que Deus tem preparado para os fiéis. Que possamos viver o que nos ensina a Palavra de Deus:
(Tito 2:13) - Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;
Infelizmente, esta não é a realidade da igreja cristã atual. Expressões como: “O Brasil é do Senhor Jesus”, servem para demonstrar o real desejo de um povo que não quer sair da terra. Será que nos tornamos como as Testemunhas de Jeová? Construirmos algum reino aqui na terra?
(Mateus 24:44) - Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.
Não é para apelar ou sentimentalizar este fato, pois a Bíblia não precisa da minha ênfase para ter mais força, ela é categórica: Jesus Cristo está voltando. Você está preparado para encarar este fato? Ou prefere agir como os pré-diluvianos da época de Noé? Não adianta fingir que está tudo bem. O dono da igreja que estão transformando em centros de comércio, o grande pastor do rebanho que está sendo explorado pelos amantes do dinheiro está prestes á chamar á prestação de contas. A triste realidade evangélica brasileira está chegando ao fim.
Mataram em nome de Cristo, fizeram guerras e atrocidades em seu nome. Construíram impérios, exploraram e acumularam riquezas e fortunas em seu nome. Creio intrinsecamente que o mais interessado, para não dizer ansioso, em voltar e apresentar-se para este mundo pervertido é o próprio Jesus Cristo.
Deus escreveu a história, e sempre esteve presente, atuante e ativo na história. E agora, chegaram os momentos finais dessa história. Chegou a hora de Cristo se apresentar. Certa vez, C. S. Lewis disse que na hora em que o autor de uma peça entra no palco do teatro é sinal de que acabou-se o espetáculo.
(II Pedro 3:12,13) - Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
Por Flávio Alves
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